Iniciativa nascida no ano 2000 visa melhoria das condições de apoio às mulheres grávidas e às crianças timorenses.
A Fundação Mater-Timor (FMT) vai entregar oficialmente à Diocese de Díli, no próximo dia 8 de Dezembro, a Maternidade-Escola Nossa Senhora de Fátima, na capital de Timor-Leste.
A cerimónia contará com a presença de Fernando Maymone Martins, Presidente da Fundação, e do Cón. Francisco Tito Espinheira, em representação do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, presidente do Conselho de Fundadores. A entrega será feita ao Bispo de Díli, D. Alberto Ricardo da Silva.
A iniciativa nasceu quando, no Ano Jubilar de 2000, João Paulo II pediu às Conferências Episcopais um gesto de solidariedade social. Em Portugal, foi decidido oferecer às dioceses de Díli e Baucau, em Timor-Leste, uma Maternidade-Escola, que tinha na sua base a intenção não só de facultar assistência materno-infantil directa, como de formar quadros aptos à condução sustentada da vida da nova instituição, uma vez lançada a sua actividade.
Em Setembro de 2002, foi assinada a escritura da Fundação Mater-Timor cujos fundadores são a o Patriarcado de Lisboa, a Conferência Episcopal Portuguesa, as Dioceses de Díli e Baucau, a Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos (FIAMC), o Santuário de Fátima, a Associação dos Médicos Católicos Portugueses e a Rádio Renascença. O próprio João Paulo II contribuiu com um donativo pessoal para este projecto.
A construção do edifício da Maternidade foi concluída no ano de 2008, assegurando-se depois o equipamento técnico e o pessoal especializado necessário para o seu funcionamento. As autoridades locais e a população de Timor-Leste vêem esta maternidade como “um milagre”, que vem possibilitar a melhoria das condições de apoio às mulheres grávidas e às crianças timorenses.
A Diocese de Díli decidiu chamar a si, desde já, a responsabilidade do início da actividade da Maternidade-Escola. Desta forma, a cerimónia culminará os trabalhos da Fundação Mater-Timor na diocese timorense.
Segundo comunicado, no último ano foi colocada uma colaboradora permanente em Timor-Leste, como Directora Geral da FMT para coordenar o projecto localmente, assegurando “os mais altos padrões de qualidade do edifício da maternidade, assim como para garantir a passagem progressiva e eficaz para a Diocese de Díli”.
Maria de Sousa Leitão admite que “abrir uma Maternidade em Timor, o país com uma das taxas de natalidade mais elevadas do mundo mas também com uma das mais altas taxas de mortalidade materno-infantil, representa um desafio enorme a todos os níveis.
Timor-Leste é um dos países da Ásia com maiores taxas de mortalidade materna e infantil, o que é considerado um dos maiores problemas do país.
Actualmente a taxa de mortalidade infantil é de 8,8%, e a taxa de mortalidade materna é de 660 mães por cada 100.000 nados vivos. A percentagem de grávidas assistidas por pessoas qualificadas é de apenas 27%.
“É pois com grande alegria que a FMT vê chegada a hora de fazer esta entrega em cerimónia devidamente solenizada, confiante de que, com a bênção de Deus, este projecto se concretizará como ajuda efectiva às mães, às crianças e às famílias timorenses”, indica a Fundação.
(Fonte: site Rádio Renascença)
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