Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 6 de abril de 2019

O Evangelho de Domingo dia 7 de abril de 2019

Jesus foi para o monte das Oliveiras. Ao romper da manhã, voltou para o templo e todo o povo foi ter com Ele, e Ele, sentado, os ensinava. Então os escribas e os fariseus trouxeram-Lhe uma mulher apanhada em adultério; puseram-na no meio, e disseram-Lhe: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante delito de adultério. Ora Moisés, na Lei, mandou-nos apedrejar tais mulheres. E Tu que dizes?». Diziam isto para Lhe armarem uma cilada, a fim de O poderem acusar. Porém, Jesus, inclinando-Se, pôs-Se a escrever com o dedo na terra. Continuando, porém, eles a interrogá-l'O, levantou-Se e disse-lhes: «Aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra». Depois, tornando a inclinar-Se, escrevia na terra. Mas eles, ouvindo isto, foram-se retirando, um após outro, começando pelos mais velhos; e ficou só Jesus com a mulher diante d'Ele. Então, levantando-Se, disse-lhe: «Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Então Jesus disse: «Nem Eu te condeno; vai e doravante não peques mais».

Jo 8, 1-11

Usar bem a liberdade

«Não sei se isto está bem ou está mal. Sinceramente, quero lá saber! O que eu sei é que gosto disto. E também sei que sou livre. Ninguém — nem Deus — me pode impedir de fazer aquilo que me apetece. Ninguém me pode impedir de ser feliz. Aqueles que insistem na existência do bem e do mal, lá no fundo, pretendem impedir-nos de sermos felizes. Porquê? Porque são uns infelizes. São uns frustrados. Nunca fizeram o que lhes apetecia na sua vida. Sempre cumpriram — religiosamente — o seu dever. E esse seu dever asfixiou-os, murchou-os e impediu-os de aproveitarem a existência».

Todos já ouvimos algum raciocínio deste tipo. É um modo de pensar que se encontra em muitas pessoas ao nosso redor — sobretudo, nos jovens. No entanto, não é um modo de pensar exclusivo dos nossos dias. Sempre esteve presente, na História da Humanidade, o equívoco de confundir a liberdade com fazer aquilo que nos apetece. É um equívoco relativamente comum, mas isso não significa que não seja, ao mesmo tempo, um erro crasso com funestas consequências para a vida de uma pessoa. Consequências que — muitas vezes — só se descobrem tarde demais.

Não é à toa que alguém disse — e com razão — que a educação consiste sobretudo em ensinar a usar bem a liberdade. É que nós, quer queiramos quer não, estamos obrigados a ser livres. Estamos obrigados a escolher um caminho concreto a percorrer nesta vida, entre as variadas bifurcações que se nos apresentam todos os dias. No entanto, temos de ter atenção a um “pequeno” detalhe da liberdade que nos pode passar despercebido: estamos obrigados a escolher mas não estamos obrigados a acertar.

Com o mesmo dom da liberdade podemos construir a nossa vida ou destruí-la. Podemos desenvolver-nos ou degradar-nos. Podemos realizar o bem ou deixar-nos arrastar pelo mal. Podemos chegar à felicidade eterna ou perdê-la para sempre. Sermos livres não é — sem dúvida nenhuma — uma brincadeira com consequências inócuas. A liberdade não nos foi concedida para fazermos o que nos apetece, mas para fazermos aquilo que nos convém. A isso chamamos “bem”. Ao que não nos convém, chamamos “mal”.

E se — com esperteza saloia — chamarmos ao “mal” “bem” porque nos apetece fazê-lo? Nesse caso, deformamos a nossa visão da realidade. No entanto, a realidade — a verdade das coisas — não se deforma. O tempo acabará por dar razão à realidade — não à nossa deformação mental. Não é por fecharmos os olhos à realidade que ela desaparece ou deixa de ser aquilo que é.

Pois bem: para fazer o bem com constância — e não só quando nos apetece — temos de possuir uma autêntica força de vontade. A força de vontade liberta-nos das cadeias da nossa própria debilidade — das cadeias dos nossos apetites sensíveis. Torna-nos mais livres porque a liberdade exige um senhorio sobre nós mesmos. Quem não consegue dominar-se a si mesmo nunca poderá ser verdadeiramente livre. Sempre será escravo dos seus gostos e dos seus caprichos.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

A ausência da verdadeira liberdade

«Uma sociedade cuja ordem pública é consequentemente determinada pelo agnosticismo não é uma sociedade que se tornou livre, mas antes uma sociedade desesperada, marcada pela tristeza do homem, que anda a fugir de Deus e está em contradição consigo mesma».

(Joseph Ratzinger - “Olhar para Cristo”)

Perdoai as nossas ofensas

S. Josemaria assimilou com profundidade os ensinamentos do Senhor, e transmitiu-os com o seu exemplo e com a sua palavra. Perdoar... Perdoar com toda a alma e sem resquício de rancor! Atitude sempre grande e fecunda!
Esse foi o gesto de Cristo ao ser cravado na Cruz: - "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!" E daí veio a tua salvação, e a minha [7]. Que bom exemplo para nós! Peçamos a Deus que saibamos ser indulgentes e desculpar rapidamente a quem nos tenha ofendido, sem ressentimentos.

Perdoar as ofensas é, de certa forma, o que de mais divino os seres humanos podem fazer. Não se trata apenas de uma obra de misericórdia, mas é também uma condição e uma prece para que Deus perdoe os nossos pecados, como o Mestre nos ensinou na oração do Pai Nosso: perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido [8].

[7]. S. Josemaria, Sulco, n. 805.
[8]. Mt 6, 12.

(D. Javier Echevarría excerto da carta do mês de abril de 2016)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Evangelho do dia 6 de abril de 2019

Entretanto, alguns daquela multidão, tendo ouvido estas palavras, diziam: «Este é verdadeiramente o profeta». Outros diziam: «Este é o Messias». Alguns, porém, diziam: «Porventura é da Galileia que há-de vir o Messias? Não diz a Escritura: “Que o Messias há-de vir da descendência de David e da aldeia de Belém, donde era David”?». Houve, portanto, desacordo entre o povo acerca d'Ele. Alguns deles queriam prendê-l'O, mas nenhum pôs as mãos sobre Ele. Voltaram, pois, os guardas para os príncipes dos sacerdotes e fariseus, que lhes perguntaram: «Porque não O trouxestes preso?». Os guardas responderam: «Nunca homem algum falou como Este homem». Os fariseus replicaram: «Porventura, também vós fostes seduzidos? Houve, porventura, algum dentre os chefes do povo ou dos fariseus que acreditasse n'Ele? Quanto a esta plebe, que não conhece a Lei, é maldita». Nicodemos, que era um deles, o que tinha ido de noite ter com Jesus, disse-lhes: «A nossa Lei condena, porventura, algum homem antes de o ouvir e antes de se informar sobre o que ele fez?». Responderam: «És tu também galileu? Examina as Escrituras, e verás que da Galileia não sai nenhum profeta». E foi cada um para sua casa.

Jo 7, 40-53