Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

TESTEMUNHO SOBRE O ALPHA

Há três, quatro anos atrás, o Pe Armindo Ferreira e o Pe Pedro Viva, da Paróquia da Marinha Grande, falaram comigo acerca do Curso Alpha, do qual eu já tinha algum, pouco, conhecimento, por ouvir falar do mesmo em Lisboa.

Confesso que não me entusiasmava, e que, tinha até para mim a ideia de que seria mais uma “coisa” da Igreja, que não levaria a grandes resultados.

Entretanto, o Pe Pedro Viva foi para Roma e chegou à Marinha Grande o Pe Patrício Oliveira, e o tal do Curso Alpha voltou “à baila”, pois a Vigararia da Marinha Grande seria a “porta de entrada” do Alpha na Diocese de Leiria-Fátima, e pediam-me, com outros, que fossemos a um fim-de-semana em Lisboa tomar contacto com aquilo que é, como é e para que serve o Curso Alpha.

E assim lá fomos e mais uma vez não me entusiasmou, não me pareceu que fossem possíveis os resultados que “apregoavam”.
Uma coisa, no entanto, me chamou a atenção, e que foi uma certa identificação com uma espiritualidade muito similar à do Renovamento Carismático Católico, sobretudo no chamado fim-de-semana do Espírito Santo, espiritualidade essa que vivo diariamente e me levou a ser hoje em dia um cristão que tenta ser empenhado, vivendo a fé diariamente em Igreja.

Para encurtar razões, lá fomos, viemos, e programámos o primeiro Percurso Alpha.
Tentei colocar de lado todas as minhas reservas e dúvidas e parti para o Alpha de coração aberto a tudo que pudesse acontecer.
Logo de início e sendo eu a dar o primeiro tema sobre Jesus Cristo, agradou-me muito a forma como o tema era abordado, bem como depois, todos os outros temas.
Começou aí uma mudança na minha relação com o Alpha e pensei cá nos meus “orgulhos” que afinal talvez a “coisa” tivesse “pernas para andar”.

As semanas foram correndo e foi muito interessante ver os convidados e a equipa a tornarem-se cada vez mais próximos uns dos outros, perceber uma maior facilidade e abertura para debater os temas, uma maior procura da verdade de Deus e da Doutrina da Igreja, e uma alegria que se ia instalando em todos os participantes.

O fim-de-semana do Espírito Santo, (apesar de eu já ter algumas expectativas sobre o mesmo), ultrapassou largamente tudo que eu esperava e foi visível a mudança que na maioria dos convidados se operou, e até mesmo nos membros da equipa.
Tornou-se mais claro o viver cristão, não assente em “crendices” ou “coisas já estabelecidas”, mas numa vivência e procura de encontrar cada vez mais a Deus em comunhão de Igreja.
Nem falo, obviamente, dos testemunhos que se abriam aos nossos olhos quando no fim-de-semana rezámos individualmente pelos convidados que assim o desejaram.

Daí até ao fim do Alpha, foi um crescendo de empenhamento e dedicação de todos, de tal modo que ficaram saudades quanto o Percurso acabou.
E a realidade de que como mudaram as prioridades e a vivência cristã, foi bem demonstrada em todos os convidados, que se ofereceram para fazer parte do novo Alpha que começou passadas algumas semanas.

Falar dos outros dois Alpha entretanto realizados é repetir um pouco o que acima testemunho.

Deus realmente faz muito, faz tudo, com o tão pouco que nós somos!
Basta que nos abramos à sua presença, e deixar que Ele faça em nós e se sirva de nós, e tudo o mais vem por acréscimo.

Acredito que o Percurso Alpha, pela graça de Deus, pode chamar e mudar aqueles que andam afastados ou mais descrentes, que andam sem rumo, sem sentido na vida, sobretudo pela falta de um encontro pessoal com Jesus Cristo.

E, ao realizar essa mudança nos homens, torna cada vez maior e mais real a comunhão em Igreja, caminho de salvação por Cristo, com Cristo e em Cristo.

Marinha Grande, 8 de Julho de 2014

Joaquim Mexia Alves

Nota:
Sobre o Alpha, ver este link: http://alphaportugal.org/

O Vaticano põe em causa a nova "entrevista" publicada no 'La Repubblica' (vídeo em espanhol)

Educar num clima de confiança

«O meu pai parece que não confia em mim. Quando me pede para fazer alguma coisa, não descansa enquanto não verifica pessoalmente que o assunto está resolvido. Então para que é que pergunta? Não acredita naquilo que eu lhe digo?».

Estas afirmações de um adolescente fizeram-me pensar. Será que com desconfianças se podem educar de verdade os filhos?

A resposta é, evidentemente, que não. A educação e a amizade requerem um clima de genuína confiança. Clima que manifesta uma verdadeira estima pelo outro ― seja ele de que idade for. É óbvio que é muito importante que os filhos respeitem os seus pais. Mas também devia ser óbvio que isso é muito mais fácil de conseguir quando os filhos se apercebem de que os pais têm uma verdadeira estima por eles.

A desconfiança esfria sempre uma amizade. E o ambiente ideal para os pais educarem os seus filhos é de amizade. Claro que a amizade pai-filho não é equivalente à amizade entre colegas na escola.

Quando notamos que desconfiam de nós, ficamos paralisados. A confiança, pelo contrário, move-nos a actuar com empenho. A corresponder a essa manifestação de verdadeiro apreço. A procurar sermos dignos dessa confiança depositada em nós. A ter iniciativa naquilo que se nos pede. A crescer em sentido de responsabilidade.

Tudo isto, pelo contrário, vem por água abaixo se falta a confiança. Além disso, convém ter em conta que os adolescentes valorizam muito ― às vezes, demasiado ― aquilo que os outros pensam deles. Confiar, no fundo, também é sinónimo de ter fé. Acreditar naquilo que nos dizem. E essa atitude costuma provocar um duplo efeito que favorece muito a tarefa educativa: um sentimento de gratidão e um maior sentido de responsabilidade. Os filhos querem esforçar-se para serem dignos dessa confiança neles depositada.

Mas, atenção: a confiança não se pode aparentar! Se um pai diz que confia e depois “verifica” por sua conta, então, não confia!

Os pais devem conquistar essa confiança dos seus filhos, confiando de verdade neles e fazendo com que sintam isso. Porque só nesse clima é que os filhos comunicarão o seu mundo interior ― preocupações, dificuldades, perplexidades ― e se deixarão ajudar pelos pais.

Que pena que tantos adolescentes estejam mais à vontade para perguntar certos assuntos aos seus colegas da escola do que aos seus pais! Talvez isto seja uma indicação óbvia de que os pais não souberam dedicar-lhes todo o tempo de que eles necessitavam. Não souberam ganhar de verdade a sua confiança.

A confiança dá-se ― mas não se pode impor nem exigir. Os pais ― e em geral, todos os educadores ― fazem-se dignos de confiança pelo exemplo da sua integridade. Pela sua autoridade moral. Valha um exemplo muito actual para terminar: um pai que ajuda em casa nas tarefas domésticas possui toda a autoridade moral para pedir o mesmo aos seus filhos.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

O Papa disse isso? - Lombardi esclarece (agradecimento 'É o Carteiro!')

LOMBARDI ESCLARECE

«as expressões individuais referidas, na formulação dada, não podem ser atribuídas com certeza ao Papa.

Por exemplo e, em particular, isso se aplica a duas afirmações que atraíram muita atenção e que, pelo contrário, não se devem atribuir ao Papa, ou seja, que entre os pedófilos existam "cardeais", e que o Papa tenha afirmado com certeza, a propósito do celibato, "encontrarei as soluções".

No artigo publicado no La Repubblica estas duas afirmações são claramente atribuídas ao Papa, mas - curiosamente - as aspas são abertas antes, mas depois não estão fechadas.

Simplesmente faltam as aspas de fecho ...

Esquecimento ou reconhecimento explícito de que se está a fazer uma manipulação para os leitores ingénuos?»

A abertura pela Fé é o início da nossa salvação

(...) Aquilo que São Paulo rejeita é a atitude de quem se quer justificar a si mesmo diante de Deus através das próprias obras; esta pessoa, mesmo quando obedece aos mandamentos, mesmo quando realiza obras boas, coloca-se a si própria no centro e não reconhece que a origem do bem é Deus. Quem actua assim, quem quer ser fonte da sua própria justiça, depressa a vê exaurir-se e descobre que não pode sequer aguentar-se na fidelidade à lei; fecha-se, isolando-se do Senhor e dos outros, e, por isso, a sua vida torna-se vã, as suas obras estéreis, como árvore longe da água. Assim se exprime Santo Agostinho com a sua linguagem concisa e eficaz: « Não te afastes d’Aquele que te fez, nem mesmo para te encontrares a ti ».[15] Quando o homem pensa que, afastando-se de Deus, encontrar-se-á a si mesmo, a sua existência fracassa (cf. Lc 15, 11-24). O início da salvação é a abertura a algo que nos antecede, a um dom originário que sustenta a vida e a guarda na existência. Só abrindo-nos a esta origem e reconhecendo-a é que podemos ser transformados, deixando que a salvação actue em nós e torne a vida fecunda, cheia de frutos bons. A salvação pela fé consiste em reconhecer o primado do dom de Deus, como resume São Paulo: « Porque é pela graça que estais salvos, por meio da fé. E isto não vem de vós, é dom de Deus » (Ef 2, 8).

[15] De continentia, 4, 11: PL 40, 356 (« ab eo qui fecit te noli deficere nec ad te »).

Lumen Fidei, 19

Chamados a escolher amar e ser amados

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
A Simple Path


Todos somos capazes, tanto de fazer o bem, como de fazer o mal. Não nascemos maus: toda a gente tem em si algo de bom; uns escondem-na, outros ignoram-na, mas a bondade está neles. Deus criou-nos para amarmos e sermos amados; assim, escolher um caminho ou outro é uma espécie de teste que Deus nos envia. Deixar de amar pode levar-nos a dizer que sim ao mal, sem nos apercebermos sequer de onde isso poderá conduzir-nos. […]

Felizmente, temos a possibilidade de tudo ultrapassar por meio da oração. Se nos voltarmos para Deus, derramaremos alegria e amor sobre aqueles que nos rodeiam; pelo contrário, quando o mal se apodera de alguém, essa pessoa pode derramá-lo em torno de si. Quando entramos em contacto com uma pessoa nessas circunstâncias, façamos tudo para ajudá-la e para lhe mostrar que Deus continua a interessar-se por ela. Rezemos muito para que ela volte a descobrir a oração, para que recupere a Deus dentro de si e volte a encontrá-Lo nos outros. […] Todos fomos criados pela mesma mão amorosa. O amor de Cristo continua a ser mais forte que o mal que há no mundo; temos, pois, de amar e de ser amados – é tão simples como isso, e não devíamos ter de travar tão grandes combates para lá chegar.

«E quem der de beber a um destes pequeninos [...], por ser Meu discípulo, [...] não perderá a sua recompensa.»

São Patrício (c. 385-c. 461), monge missionário, bispo
Confissão, 56-62 conclusão

Vede: eu encomendo a minha alma ao Criador, que é fiel (1 Pe 4, 19), de Quem «eu sou embaixador» (Ef 6,20), apesar da minha baixeza; porque Ele não faz acepção de pessoas e escolheu-me para este serviço, para que seja Seu servo, a mim, um dos Seus «irmãos mais pequeninos» (Mt 25,40). «Como retribuirei ao Senhor todos os Seus benefícios para comigo?» (Sl 115,12) Mas que posso eu dizer ou prometer ao meu Senhor, visto não ter mais capacidades para além das que Ele próprio me deu?

Que, por vontade de Deus, nunca me aconteça perder o povo que Ele formou para Si nos confins da terra! (Is 43,21) Peço a Deus que me dê a perseverança e a vontade de d'Ele dar sempre um testemunho fiel, até ao dia da minha partida. Se me acontecer realizar uma boa obra para o meu Deus, que tanto amo, peço-Lhe que me conceda derramar o meu sangue com os estrangeiros e cativos, em honra do Seu nome [...]. Tenho a certeza de que, se tal me acontecesse, ganharia como recompensa a minha alma com o meu corpo, pois naquele dia ressuscitaremos sem dúvida na claridade do sol, isto é, na glória de Cristo Jesus, nosso Redentor [...].

Dirijo uma prece aos homens crentes e tementes a Deus que se dignarem acolher este escrito que Patrício, um tão ignorante pregador, compôs em terras da Irlanda: se alguma coisa fiz ou disse de acordo com a vontade de Deus, ninguém diga que foi este ignorante quem a fez, antes pensai – e tende-o mesmo por certo – que tal foi um verdadeiro dom de Deus. Esta é a minha confissão antes de morrer.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 14 de julho de 2014

«Não julgueis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. Porque vim separar “o filho do seu pai e a filha da sua mãe e a nora da sua sogra. E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares”. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma a sua cruz e Me segue, não é digno de Mim. Quem se prende à sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por Meu amor, acha-la-á. «Quem vos recebe, a Mim recebe, e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá a recompensa do profeta; quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá a recompensa de justo. E todo aquele que der de beber um simples copo de água fresca a um destes pequeninos, por ele ser Meu discípulo, na verdade vos digo que não perderá a sua recompensa». Tendo Jesus acabado de dar estas instruções aos Seus doze discípulos, partiu dali para ir ensinar e pregar nas cidades deles.

Mt 10,34-42.11,1