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sábado, 15 de agosto de 2009
A Nossa Senhora da Assunção o Papa confia os sacerdotes do mundo inteiro
Vídeo em espanhol
Ao meio-dia, no pátio interno do palácio pontifício de Castelgandolfo, o Santo Padre recitou a oração mariana do Angelus, precedida de algumas reflexões tendentes a reavivar o amor e a veneração á Virgem Maria, reflexões tiradas da vida e obras do Santo Cura d’Ars. O Papa convidou a dirigir-se a Maria com a mesma fé deste Santo, confiando-lhe de maneira particular os padres do mundo inteiro.No coração do mês de Agosto, tempo de férias para muitas famílias, a Igreja celebra a solenidade da Assunção de Nossa Senhora, uma ocasião privilegiada para meditar sobre o sentido último da existência humana. O Papa convidou todos os fiéis a dirigir o olhar para Maria, mas em particular os sacerdotes, convidados a reavivar o amor e a veneração pela Virgem Maria, e a seguir os ensinamentos de São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, neste ano sacerdotal.
Esta a saudação de Bento XVI aos peregrinos de língua portuguesa presentes em Castelgandolfo:
Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, a quem agradeço a presença e a união na oração do “Angelus”, neste dia de Nossa Senhora da Assunção. Ela aponta-nos a meta do Céu, ensinando-nos que o destino do homem não se esgota no tempo, mas completa-se na Vida Eterna, junto de Deus. Esta mensagem encha os vossos corações de alegria e de esperança que vos desejo com a minha Bênção Apostólica.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
São Gaudêncio de Brescia (?-após 406), bispo
Homilia pascal; CSEL 68, 30 (a partir da trad.breviário)
«Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue fica a morar em Mim e Eu nele»
O sacrifício celeste instituído por Cristo é verdadeiramente a herança legada pelo Seu novo testamento; Ele deixou-no-la na noite em que ia ser entregue para ser crucificado, como garante da Sua presença. Ele é o viático da nossa viagem, o nosso alimento no caminho da vida, até chegarmos à outra Vida, ao deixar este mundo. Era por isso que o Senhor dizia: «Se não comerdes a Minha carne e não beberdes o Meu sangue, não tereis a vida em vós».
Ele quis que os Seus benefícios permanecessem entre nós; quis que as almas resgatadas pelo Seu sangue precioso fossem sempre santificadas à imagem da Sua própria Paixão. Foi por essa razão que ordenou aos Seus discípulos fiéis, que estabeleceu como primeiros sacerdotes da Sua Igreja, que celebrassem estes mistérios de vida eterna. [...] Com efeito, a multidão dos fiéis devia ter todos os dias diante dos seus olhos a representação da Paixão de Cristo; ao segurá-la nas nossas mãos, ao recebê-la na boca e no coração, ficaremos com uma recordação indelével da nossa redenção.
É preciso que o pão seja feito com a farinha de numerosos grãos de fermento, misturada com água, e receba do fogo o seu acabamento. Encontra-se aí, portanto, uma imagem semelhante ao corpo de Cristo, pois sabemos que Ele forma um só corpo com a multidão dos homens, que recebeu o seu acabamento do fogo do Espírito Santo. [...] Do mesmo modo, o vinho do Seu sangue é extraído de diversos cachos de uvas, isto é, de uvas da vinha plantada por Ele, esmagadas sob o peso da cruz; vertido no coração dos fiéis, aí se agita pelo seu próprio poder.
É este o sacrifício da Páscoa, que traz a salvação a todos os que foram libertados da escravatura do Egipto e do Faraó, isto é, do demónio. Recebei-o em união connosco, com toda a avidez de um coração religioso.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 16 de Agosto de 2009
Naquele tempo,
disse Jesus à multidão:
«Eu sou o pão vivo descido do Céu.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
E o pão que Eu hei-de dar é a minha Carne
pela vida do mundo».
Os judeus discutiam entre si:
«Como pode Ele dar-nos a sua Carne a comer?»
Jesus disse-lhes:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Se não comerdes a Carne do Filho do homem
e não beberdes o seu Sangue,
não tereis a vida em vós.
Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
tem a vida eterna;
e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha Carne é verdadeira comida
e o meu Sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
permanece em mim, e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai,
também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu;
não é como aquele que os vossos pais comeram, e morreram;
quem comer deste pão viverá eternamente».
Bento XVI – “Nossa Senhora guia os cristãos na tempestuosa história humana”
Missa da Assunção em Castelgandolfo. Presente o irmão Mons. Georg Ratzinger
A “vida do homem na terra” é “um caminho que se percorre constantemente na tensão de luta entre o dragão e a Senhora, entre o bem e o mal”: palavras do Papa celebrando a Santa Missa em Castelgandolfo por ocasião da Solenidade religiosa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu. “Esta – prosseguiu Bento XVI - é a história humana, num mar frequentemente borrascoso no qual Maria é a estrela que nos leva até Jesus, sós levantados por cima das trevas da história, e dá-nos a esperança de que temos a necessecidade: que Deus venceu e, através do baptismo, entrámos nesta vitória, não sucumbimos, Deus ajuda-nos, guia-nos.
Concelebraram com o Papa o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone e o Bispo de Albano, D. Marcello Semeraro. Na peque Paróquia de São Tomás de Villanova estava também presente o irmão mais velho do Papa, Mons. Georg Ratzinger.
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(Tradução a partir do italiano de JPR)
Maria paradigma da fé da Igreja
Neste sábado, o Papa Bento XVI presidiu, na paróquia de São Tomás de Vilanova, em Castelgandolfo, a Santa Missa, por ocasião da solenidade da Assunção de Nossa Senhora – festa que algumas Igrejas locais celebram neste domingo, dia 16.
A fé é uma viagem num mar borrascoso que não deve interromper-se tão touco no momento da obscuridade, mas pelo contrário deve proceder com a pressa sagrada de aderir ao projecto divino, enquanto que nada mais deve criar pressa na nossa vida: foi o que afirmou Bento XVI na homilia da Missa.
Recordando um episodio da vida de Maria, a sua visita á prima Isabel depois da Anunciação, o Papa sublinhou como Maria percorre um novo caminho deixando-se conduzir apenas por Deus. “A graça do Espírito Santo não admite lentidões. A partir daquele momento Maria, seguindo Jesus na sua vida escondida e na vida pública, até aos pés da cruz, vive a sua constante ascensão a Deus aderindo ao seu projecto também no momento da obscuridade.
Maria abandona-se totalmente ao Senhor e torna-se assim paradigma da fé da Igreja.A vida inteira é uma ascensão, é meditação, obediência, confiança e esperança também na obscuridade, e a vida inteira é esta sagrada pressa que faz com que Deus seja a prioridade.
A sequela de Jesus é um caminho com uma meta bem precisa: a vitoria definitiva sobre o pecado e sobre a morte, realizada com a ressurreição: uma ressurreição para nós ainda incompleta, mas para Maria realizada antes, porque em cada momento acolheu a palavra de Deus. A Assunção de Maria ao Céu acompanha-nos recordando o caminho da Igreja para aquela meta, mas também o caminho do homem sobre a terra, um caminho que se efectua constantemente na luta entre o dragão e a mulher, o mal e o bem.
Uma viagem num mar muitas vezes borrascoso, no qual Maria aparece como uma estrela que nos guia para o seu filho Jesus, sol que surge sobre as trevas da historia para dar aos homens a esperança da vitoria sobre o mal e sobre a morte. E portanto na Virgem Maria manifesta-se um sinal de consolação e de esperança segura.
(Fonte : site Radio Vaticana)
Centralidade da pessoa humana
Caritas in veritate [IV – 47 (a)] – Bento XVI
Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria
Dia Santo de preceito, convém rodeá-lo de todo o amor para com a nossa Mãe do Céu, que aí nos espera com tanto carinho maternal, participando devotamente na Santa Missa. Esta é a primeira e mais importante das iniciativas que devemos ter em conta, porque as férias não devem ser motivo para nos esquecer das nossas mais importantes obrigações como fiéis da Igreja Católica. Um dos preceitos da Igreja prescreve, efectivamente, que se deve ouvir Missa inteira aos domingos e dias santos de preceito. E a Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria é um desses dias.
Poderemos nessa data imaginar a alegria de Jesus ao receber no Céu a Mãe. A sua obrigação de julgar quem passa desta vida para a outra, deve ter encontrado na vez de Maria uma satisfação completa e inexcedível, porque ela foi, com certeza, entre todas as criaturas humanas, obviamente, a única que só apresentou nesse momento toda a sua vida como um modelo perfeito de virtude.
Nossa Senhora foi, por um lado, imaculada na sua concepção e no seu nascimento, porque Deus assim quis que fosse a Mãe do seu Filho; por outro, ela viveu sempre no maior grau de virtude, pelo que nunca pecou e se santificou dum modo ímpar. Ninguém mais santa do que Ela; é a santa por excelência entre todos os santos.
Uma criatura tão perfeita, moralmente, como a Virgem Maria, não só se uniu a Deus em todos os seus pensamentos e desejos, como a levou a aceitar a vontade de Deus de uma forma absoluta. Nada Lhe negou, pois tinha consciência de que o que Deus lhe pedia, ainda que pudesse ser difícil, era sempre o melhor para ela e para todos com quem Deus a relacionava.
Um acto sumamente heróico, entre muitos, da sua passagem por este mundo, foi o da aceitação da nossa maternidade, quando Jesus, já em agonia e prestes a expirar, lho pede, através da pessoa de S. João Evangelista, a quem Maria, por delicadeza para com o Filho, certamente convenceu a acompanhá-la até ao Calvário, a fim de Lhe dar a consolação de que, apesar de tudo, nem todos os discípulos O tinham abandonado. A presença no seu suplício deste apóstolo significou para Jesus um raio de satisfação e de esperança.
Não Lhe deu Jesus preocupações e problemas durante a vida como Filho? Muitíssimos: lembremo-nos da maneira como Maria fica grávida sem o concurso de varão, da fuga para o Egipto, da perda do Menino quando vai com seu marido ao Templo de Jerusalém e, por fim, o tormento da Cruz com a fuga dos apóstolos, que a fez sofrer tremendamente.
No entanto, em todas essas circunstâncias, o seu Filho nunca lhe deu o maior desgosto que uma boa mãe cristã pode sofrer com a conduta de um seu descendente: o pecado. Maria nunca foi para Cristo aquilo que ela é para nós: "Refúgio dos pecadores". Aceita a imensidão de filhos que Jesus lhe propõe, sabendo que os terá de tratar duma forma diferente, já que, como diz a Escritura: "O justo peca sete vezes por dia".
Mais uma vez, Nossa Senhora nos ensina que a aceitação da vontade de Deus nem sempre é fácil. Que ela peça por nós maternalmente junto das Três Pessoas divinas e seja, como o é de facto, a Mãe boa e condescendente, a quem o pecador arrependido recorre por saber que será sempre bem acolhido.
(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Agosto, selecção do título da responsabilidade do autor do blogue)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/15-8-5)