Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Rainha da paz, roga por nós!

Santa Maria é (e assim a invoca a Igreja) a Rainha da paz. Por isso, quando se agitar a tua alma, ou o ambiente familiar ou profissional, a convivência na sociedade ou entre os povos, não cesses de aclamá-la com esse título: "Regina pacis, ora pro nobis!", Rainha da paz, roga por nós! Experimentaste-o alguma vez, quando perdeste a tranquilidade?... Surpreender-te-ás com a sua imediata eficácia. (Sulco, 874)

Não há paz em muitos corações que tentam em vão compensar a intranquilidade da alma com a distracção contínua, com a pequena satisfação dos bens que não saciam, porque deixam sempre o travo amargo da tristeza. (...)

Cristo, que é a nossa paz, é também o Caminho. Se queremos a paz, temos de seguir os seus passos. A paz é consequência da guerra, da luta, dessa luta ascética, íntima, que cada cristão deve sustentar contra tudo aquilo que, na sua vida, não é de Deus: contra a soberba, a sensualidade, o egoísmo, a superficialidade, a estreiteza do coração. É inútil clamar pelo sossego exterior se falta tranquilidade nas consciências, no fundo da alma, porque é do coração que saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as fornicações, os furtos, os falsos testemunhos, as blasfémias(Cristo que passa, 73)

São Josemaría Escrivá 

MISTÉRIOS DO EVANGELHO Décimo segundo Mistério

Desprendimento
São Marcos relata, no Evangelho que escreveu, uma “cena” entranhável que ficou, para sempre, conhecida com o nome: “O Jovem Rico”. (Mc 10, 17-30)
É, pode dizer-se, toda uma dissertação de Jesus Cristo sobre o DESPRENDIMENTO pessoal dos que, por decisão própria, se dispôem a segui-Lo.
Percebe-se clarissimamente que se trata de uma condição “sine qua non”, ou seja, sem desprendimento pessoal não é possível seguir Jesus.
Que as riquezas, a abundância, exigem um esforço de desprendimento, por vezes, muito grande, parece-me uma realidade.
Mas, a pobreza, a escassez de meios, não pedem, igualmente, um empenhamento sério para o conseguir?
No primeiro caso é o desprendimento do que se tem; no segundo, trata-se de não estar preso ao que se gostaria de ter.
Aqui, o oferecimento do sacrifício das privações, facilita à alma desprender-se; já no primeiro, este esforço pode ser ajudado pelas acções de bem-fazer que a situação permite.
Em ambos os casos, porém, a maior “ajuda” virá das acções que o primeiro leve a cabo com a abundância que lhe permite fazer o bem e, o segundo, pela escassez que o ajuda a alcançar merecimentos. (AMA, reflexões)
Concluo, portanto, que não tenho outro caminho que não seja fazer exame – frequente – sobre este tema: estou, de facto, desprendido do que tenho – ou penso ter – e, também dos desejos de possuir?
Este exame deve levar-me a um propósito e a um pedido:
O propósito será de correcção e vigilância;
O pedido – porque reconheço a minha pouca “força” – deverá ser:
Ajuda-me, Senhor, a ser desprendido, a estar livre de quaisquer “amarras” que, de alguma forma, impeçam ou condicionem o meu desejo de Te seguir. Anjo da Minha Guarda, ajuda-me neste propósito.
(AMA, 2018)

Santo Rosário - Quarto Mistério Glorioso

Assunção de Nossa Senhora ao Céu

A Santíssima Virgem morreu de facto?

Não é, quanto a mim, fundamental sabê-lo mas, embora revestida das mais excelentes qualidades e perfeições sobre as quais avulta a sua Imaculada Conceição, era uma criatura humana e não custa admitir que – sim – terá morrido.

Muitos Padres da Igreja chamam a esse momento: “A Dormição de Nossa Senhora” o que, a meu ver, está absolutamente certo pois que é a morte senão um adormecer para esta vida terrena para logo acordar para a verdadeira Vida: a Vida Eterna?

Mas, morte, não implica necessariamente corrupção do corpo e há muitos casos em que tal acontece.

Mas, no que respeita à Nossa Mãe do Céu, foi ainda mais diferenciado do comum, como um relâmpago que cruza os céus e logo se desvanece.

A Assunção de Nossa Senhora ao Céu é um Dogma de Fé e, como tal, nós, cristãos, acreditamos professamos como verdade absoluta que imediatamente a sua alma voltou a unir-se ao corpo e foi elevada ao Céu.

Tal implica uma ressurreição?

Que importa esse detalhe perante a definição dogmática?

Sinceramente penso que Jesus não poderia deixar na terra a Sua Santíssima Mãe e haveria de querer que estivesse no Céu com Ele, com o Pai e com o Espírito Santo, em corpo e alma.

Afinal… a Santíssima Mãe de Deus não haveria de estar junto do Seu Filho?

http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.pt/2016/05/maio-santo-rosario-quarto-misterio_18.html

As petrolíferas no Vaticano

Quando o Papa João Paulo II publicou a Encíclica «Laborem exercens» (14 de Setembro de 1981) e depois a «Centesimus annus» (1 de Maio de 1991), várias multinacionais reconheceram que aqueles problemas mereciam ser vistos com atenção. A maioria dos dirigentes de topo daquelas empresas não eram católicos, mas reconheceram na Igreja uma autoridade única para falar em nome da dignidade humana. Por um lado, os argumentos pareciam razoáveis e intelectualmente estimulantes; por outro, quem cumprisse aquele ideal corria o risco de ir à falência. Assim, parecia-lhes arriscado que a Igreja pusesse o indivíduo e a sua família no centro, em vez de dar a primazia aos accionistas da empresa.

O Papa João Paulo II falava do capital como um instrumento útil — «que nasceu do trabalho e é portador das marcas do trabalho humano» —, de modo que «não tem sentido contrapor o trabalho ao capital e o capital ao trabalho, e, menos ainda se podem contrapor uns aos outros os homens concretos, que estão por detrás destes conceitos». Em contrapartida, «é preciso acentuar e pôr em relevo o primado do homem no processo de produção, o primado do homem em relação às coisas».

«A Igreja acha-se vivamente empenhada nesta causa, porque a considera como sua missão, seu serviço e como uma prova da sua fidelidade a Cristo, para assim ser verdadeiramente a “Igreja dos pobres”». A Igreja atribui valor ao trabalho, porque, por trás dele, vê pessoas, famílias e a sua relação com a sociedade e com Deus.

Assim, por iniciativa das referidas multinacionais, criou-se um grupo de trabalho, formado por representantes do Vaticano e os responsáveis daquelas empresas, para estudar a proposta da Igreja e o modo de a aplicar.

Na sequência do discurso de Bento XVI na Universidade de Ratisbona (12 de Setembro de 2006) e dos ataques inflamados de alguns muçulmanos, que resultaram na morte de vários católicos, meia centena dos mais destacados responsáveis universitários do mundo árabe pediram ao Vaticano que lhes explicasse em pormenor a doutrina da Igreja. Este contacto com o cristianismo, que se prolongou por bastantes sessões, teve um impacto muito grande na vida de vários dos que assistiram.

Em 24 de Maio de 2015, o Papa Francisco publicou a Encíclica «Laudato si’», sobre o cuidado do mundo criado. Deus colocou o mundo à nossa guarda para que o homem expressasse nele a sua criatividade e o cuidasse como um jardim, como um lugar de encontro entre Deus e todos os homens. Em consequência, é enorme a responsabilidade de respeitar esta dávida e de a usar solidariamente.

As grandes multinacionais petrolíferas do mundo ocidental leram cuidadosamente o documento e manifestaram o desejo de um encontro, para compreender melhor a posição da Igreja. Foi assim que, nos passados dias 8 e 9 de Junho, os responsáveis da Santa Sé estiveram reunidos à porta fechada com as Administrações da ExxonMobil (com sede nos EUA), da BP (com sede no Reino Unido), da Shell (com sede na Holanda), da Equinor (norueguesa), da Eni (italiana) e da Pemex (mexicana). A questão em foco consistia em conjugar a sustentabilidade ambiental, económica e social; o título geral era «A transição energética e o cuidado da nossa casa comum».

O Papa recebeu o grupo e dirigiu-lhes um discurso. Não se pronunciou sobre questões técnicas mas recordou que «a responsabilidade social das empresas e os critérios de investimento devem ter presente o bem comum a longo prazo, para que haja verdadeira solidariedade entre as gerações, evitando (...) pequenos resultados de curto prazo que deixem para as gerações futuras custos e prejuízos altíssimos».

Estes problemas têm sobretudo uma dimensão ética e humana. «Uma fé absoluta nos mercados e na tecnologia levou muitos a julgar que seria suficiente alterar os sistemas económicos ou tecnológicos para remediar os desequilíbrios ecológicos e sociais». É preciso muito mais do que isso, é preciso mudar os corações. E não só de alguns indivíduos. Os problemas ambientais «têm um impacto global e portanto exigem uma resposta global, procurada com paciência e diálogo, com racionalidade e constância».

Neste mundo complexo, em que se ataca violentamente a Igreja, também há pessoas que, mesmo não sendo católicas, a olham com imenso respeito e a querem ouvir.
José Maria C.S. André
16-VI-2018
Spe Deus