Que humildade, a de minha Mãe Santa Maria! – Não a vereis entre as palmas de Jerusalém, nem – afora as primícias de Caná – na altura dos grandes milagres. – Mas não foge do desprezo do Gólgota; lá está, "iuxta crucem Iesu" – junto da cruz de Jesus, sua Mãe.
(São Josemaría Escrivá - Caminho, 507)
Sempre foi esta a doutrina certa da fé. Contra os que a negaram, o Concílio de Éfeso proclamou que se alguém não confessa que o Emanuel é verdadeiramente Deus e que, por isso, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, visto que gerou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema. (...).
A Trindade Santíssima, ao escolher Maria para Mãe de Cristo, homem como nós, pôs cada um de nós sob o seu manto maternal. É Mãe de Deus e nossa Mãe.
A Maternidade divina de Maria é a raiz de todas as perfeições e privilégios que a adornam. Por esse título, foi concebida imaculada e está cheia de graça, é sempre virgem, subiu ao céu em corpo e alma, foi coroada Rainha de toda a criação, acima dos anjos e dos santos. Mais que Ela, só Deus. A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, do bem infinito que é Deus. Não há perigo de exageros. Nunca aprofundaremos bastante este mistério inefável; nunca poderemos agradecer suficientemente à Nossa Mãe a Familiaridade que nos deu com a Santíssima Trindade.
Éramos pecadores e inimigos de Deus. A Redenção não só nos livra do pecado e reconcilia com o Senhor; mas converte-nos em filhos, entrega-nos uma Mãe, a mesma que gerou o verbo, segundo a Humanidade. Pode haver maior prodigalidade, maior excesso de amor?
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 275–276)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 1 de janeiro de 2011
“A humanidade não se pode mostrar resignada à força negativa do egoísmo e da violência”: Bento XVI na homilia da Missa no Dia Mundial da Paz
A paz é “o dom messiânico por excelência”, mas é também “um valor humano a realizar no plano social e político”. “O mundo tem necessidade de valores éticos e espirituais” e “a liberdade religiosa é elemento imprescindível de um Estado de direito”. – Estes alguns dos aspectos sublinhados por Bento XVI na homilia da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, neste primeiro de Janeiro, Dia Mundial da Paz.
Começando por comentar as leituras da Missa, o Papa observou que é a partir do Filho que o evangelista fala da maternidade de Maria. E contudo – sublinhou - esta atenção prevalecente ao “Filho”, a Jesus, não reduz a função de Maria, pelo contrário, coloca-a na justa perspectiva:
“De facto, Maria é verdadeira Mãe de Deus, precisamente em virtude da sua total relação a Cristo. Portanto, glorificando o Filho, honra-se a Mãe e honrando a Mãe glorifica-se o Filho. O título de Mãe de Deus, que hoje a liturgia põe em relevo, sublinha a missão única da Virgem Santa na história da salvação: missão que está na base do culto e da devoção que o povo cristão lhe reserva”.
S. Josemaría sobre esta data:
Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.
“Recorre constantemente à Virgem Santíssima, Mãe de Deus e Mãe da humanidade: e ela atrairá, com suavidade de Mãe, o amor de Deus às almas com quem tens intimidade, para que se decidam - no seu trabalho normal, na sua profissão – a serem testemunhas de Jesus Cristo”
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bom Dia!
Um olhar sobre a vida humana
Clique em "Bom Dia!" e acederá directamente ao blogue NUNC COEPI e ao texto. Obrigado!
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Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
São Bruno de Segni (c. 1045-1123), bispo
1º sermão sobre a Epifania; PL 165, 863 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 334)
Ouro, incenso e mirra.
1º sermão sobre a Epifania; PL 165, 863 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 334)
Ouro, incenso e mirra.
O Evangelho de Domingo dia 2 de Janeiro de 2011
São Mateus 2,1-12
1 Tendo nascido Jesus em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que uns Magos vieram do Oriente a Jerusalém, 2 dizendo: «Onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? Porque nós vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-l'O».3 Ao ouvir isto, o rei Herodes turbou-se, e toda a Jerusalém com ele. 4 E, convocando todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Messias. 5 Eles disseram-lhe: «Em Belém de Judá, porque assim foi escrito pelo profeta: 7 “E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que apascentará Israel, Meu povo”». 6 Então Herodes, tendo chamado secretamente os Magos, inquiriu deles cuidadosamente acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela; 8 depois, enviando-os a Belém, disse: «Ide, informai-vos bem acerca do Menino, e, quando O encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu O vá adorar».9 Tendo ouvido as palavras do rei, eles partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando sobre o lugar onde estava o Menino, parou. 10 Vendo novamente a estrela, ficaram possuídos de grandíssima alegria. 11 Entraram na casa, viram o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros ofereceram-Lhe presentes de ouro, incenso e mirra. 12 Em seguida, avisados em sonhos por Deus para não tornarem a Herodes, voltaram para a sua terra por outro caminho.
1 Tendo nascido Jesus em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que uns Magos vieram do Oriente a Jerusalém, 2 dizendo: «Onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? Porque nós vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-l'O».3 Ao ouvir isto, o rei Herodes turbou-se, e toda a Jerusalém com ele. 4 E, convocando todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Messias. 5 Eles disseram-lhe: «Em Belém de Judá, porque assim foi escrito pelo profeta: 7 “E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que apascentará Israel, Meu povo”». 6 Então Herodes, tendo chamado secretamente os Magos, inquiriu deles cuidadosamente acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela; 8 depois, enviando-os a Belém, disse: «Ide, informai-vos bem acerca do Menino, e, quando O encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu O vá adorar».9 Tendo ouvido as palavras do rei, eles partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando sobre o lugar onde estava o Menino, parou. 10 Vendo novamente a estrela, ficaram possuídos de grandíssima alegria. 11 Entraram na casa, viram o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros ofereceram-Lhe presentes de ouro, incenso e mirra. 12 Em seguida, avisados em sonhos por Deus para não tornarem a Herodes, voltaram para a sua terra por outro caminho.
Santa Maria, Mãe de Deus
A contemplação do mistério do nascimento do Salvador tem levado o povo cristão não só a dirigir-se à Virgem Santa como a Mãe de Jesus, mas também a reconhecê-la como Mãe de Deus. Essa verdade foi aprofundada e compreendida como pertencendo ao património da fé da Igreja, já desde os primeiros séculos da era cristã, até ser solenemente proclamada pelo Concílio de Éfeso no ano 431. Na primeira comunidade cristã, enquanto cresce entre os discípulos a consciência de que Jesus é o Filho de Deus, resulta sempre mais claro que Maria é a Theotokos, a Mãe de Deus.
Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem "a Mãe de Jesus" e afirmem que Ele é Deus (Jo, 20, 28; cf. 5, 18; 10, 30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus connosco (cf. Mt. 1, 22-23). Já no século III, como se deduz de um antigo testemunho escrito, os cristãos do Egipto dirigiam-se a Maria com esta oração: "Sob a vossa protecção procuramos refúgio, santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós, que estamos na prova, e livrai-nos de todo o perigo, ó Virgem gloriosa e bendita" (Da Liturgia das Horas). Neste antigo testemunho a expressão Theotokos, "Mãe de Deus", aparece pela primeira vez de forma explícita. Na mitologia pagã, acontecia com frequência que alguma deusa fosse apresentada como mãe de um deus. Zeus, por exemplo, deus supremo, tinha por mãe a deusa Reia. Esse contesto facilitou talvez, entre os cristãos, o uso do titulo "Theotokos", "Mãe de Deus", para a mãe de Jesus. Contudo, é preciso notar que este titulo não existia, mas foi criado pelos cristãos, para exprimir uma fé que não tinha nada a ver com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, d'Aquele que desde sempre era o Verbo eterno de Deus.
Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem "a Mãe de Jesus" e afirmem que Ele é Deus (Jo, 20, 28; cf. 5, 18; 10, 30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus connosco (cf. Mt. 1, 22-23). Já no século III, como se deduz de um antigo testemunho escrito, os cristãos do Egipto dirigiam-se a Maria com esta oração: "Sob a vossa protecção procuramos refúgio, santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós, que estamos na prova, e livrai-nos de todo o perigo, ó Virgem gloriosa e bendita" (Da Liturgia das Horas). Neste antigo testemunho a expressão Theotokos, "Mãe de Deus", aparece pela primeira vez de forma explícita. Na mitologia pagã, acontecia com frequência que alguma deusa fosse apresentada como mãe de um deus. Zeus, por exemplo, deus supremo, tinha por mãe a deusa Reia. Esse contesto facilitou talvez, entre os cristãos, o uso do titulo "Theotokos", "Mãe de Deus", para a mãe de Jesus. Contudo, é preciso notar que este titulo não existia, mas foi criado pelos cristãos, para exprimir uma fé que não tinha nada a ver com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, d'Aquele que desde sempre era o Verbo eterno de Deus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Leão Magno (?-c. 461), papa e Doutor da Igreja
6º sermão para o Natal, 2, 3, 5 (a partir da trad. bréviaire; cf SC 22 bis, pp. 139ss.)
Maria, Mãe de Deus, Mãe do Príncipe da Paz (Is 11, 5)
6º sermão para o Natal, 2, 3, 5 (a partir da trad. bréviaire; cf SC 22 bis, pp. 139ss.)
Maria, Mãe de Deus, Mãe do Príncipe da Paz (Is 11, 5)
O Evangelho do dia 1 de Janeiro de 2011
São Lucas 2,16-21
16 Foram a toda a pressa, e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura.17 Vendo isto, conheceram o que lhes tinha sido dito acerca deste Menino.18 E todos os que ouviram, se admiraram das coisas que os pastores lhes diziam.19 Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração.20 Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, conforme lhes tinha sido dito.21 Depois que se completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, deram-Lhe o nome de Jesus, como Lhe tinha chamado o anjo, antes que fosse concebido no ventre materno.
16 Foram a toda a pressa, e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura.17 Vendo isto, conheceram o que lhes tinha sido dito acerca deste Menino.18 E todos os que ouviram, se admiraram das coisas que os pastores lhes diziam.19 Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração.20 Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, conforme lhes tinha sido dito.21 Depois que se completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, deram-Lhe o nome de Jesus, como Lhe tinha chamado o anjo, antes que fosse concebido no ventre materno.
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