Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 20 de outubro de 2019

Sentir-me filho de Deus enche-me de esperança

Talvez não exista nada mais trágico na vida dos homens do que os enganos padecidos pela corrupção ou pela falsificação da esperança, apresentada com uma perspectiva que não tem como objecto o amor que sacia sem saciar. (Amigos de Deus, 208)

Se transformarmos os projectos temporais em metas absolutas, suprimindo do horizonte a morada eterna e o fim para que fomos criados – amar e louvar o Senhor e possuí-lo depois no Céu – os intentos mais brilhantes transformam-se em traições e inclusive em instrumento para envilecer as criaturas. Recordai a sincera e famosa exclamação de Santo Agostinho, que tinha experimentado tantas amarguras enquanto não conhecia Deus e procurava fora d'Ele a felicidade: fizeste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Ti!. (…)

A mim, e desejo que a vós suceda o mesmo, a segurança de me sentir – de me saber – filho de Deus enche-me de verdadeira esperança que, por ser virtude sobrenatural, ao ser infundida nas criaturas, se acomoda à nossa natureza e é também virtude muito humana. Sou feliz com a certeza do Céu que alcançaremos, se permanecermos fiéis até ao fim; com a felicidade que nos chegará, quoniam bonus, porque o meu Deus é bom e é infinita a sua misericórdia. Esta convicção incita-me a compreender que só o que está marcado com o selo de Deus revela o sinal indelével da eternidade e tem um valor imperecível. Por isso, a esperança não me separa das coisas desta terra, antes me aproxima dessas realidades de um modo novo, cristão, que procura descobrir em tudo a relação da natureza, caída, com Deus Criador e com Deus Redentor. (Amigos de Deus, 208)

São Josemaría Escrivá

Bom Domingo do Senhor!

Façamos conforme o Senhor nos recomenda no Evangelho de hoje (Lc 18, 1-8) e oremos com frequência dialogando com Ele, se sentirmos dificuldade peçamos-Lhe ajuda e recorramos à intercessão de Maria, pois a oração é uma das melhores formas de lhe manifestar o nosso amor e gratidão.

Senhor Jesus aumenta a nossa Fé ajudando-nos a através da oração escutar-Te!

Horóscopos são «mistificação» que é «profundamente antirreligiosa», diz psiquiatra

Os horóscopos «são a maior mistificação e não têm significado algum», além de serem «profundamente antirreligiosos e anticristãos», considera o psiquiatra e psicoterapeuta italiano Tonino Cantelmi.

Em entrevista publicada esta quarta-feira (janeiro de 2014) no site do Serviço de Informação Religiosa, ligado à Igreja católica na Itália, o especialista lembra que «o desejo de crer em alguma coisa e ter a possibilidade de controlar o futuro são inatos no homem».

«Cada um é um pequeno buscador de previsões, e os horóscopos vêm ao encontro deste desejo de prever o que acontece», tendência que tem «as suas raízes na grande insegurança da humanidade».

Especialmente presentes antes do início de cada ano, lançando as previsões para os doze meses seguintes, os horóscopos têm o «poder de sugestionar as pessoas, como também uma grande ambiguidade que permite lê-los de maneira diferente caso a caso».

Os horóscopos são «um grande jogo, mas também um grande negócio», sendo a secção «mais lida e mais seguida nos jornais e transmissões», atraindo, pelo caráter «lúdico», mesmo as pessoas «mais evoluídas e cultas».

Depois de mencionar os «verdadeiros charlatães», que «aproveitam a credulidade das pessoas propondo horóscopos personalizados», Cantelmi referiu-se à relação entre as adivinhações e a crença religiosa.

«Fundamentalmente o crente confia-se a si próprio a uma providência, a um Deus bom, sem ter a pretensão de controlar o futuro», pelo que «a fé madura é um grande salto na maturidade humana» ao ajudar a «estar no aqui e agora».

As «superstições, magias e horóscopos são tentativas de manipular a realidade, de fazer-se deus no lugar de Deus, de querer gerir o próprio futuro, e por isso são profundamente antirreligiosos e anticristãos».

Na maior parte dos casos, as consequências da leitura do horóscopo são «insignificantes»: «As pessoas leem-no, imaginam qualquer coisa, mas depois, na maior parte dos casos, esquecem-no no resto do dia».

«Quem é realmente sugestionável recorre a ele de maneira compulsiva, e aqui abre-se o grande capítulo das profecias que se autorealizam ou da leitura da realidade interpretada segundo o horóscopo. Na realidade é tudo um mecanismo de sugestão», explicou.

Grande parte dos horóscopos é «inócua», mas há «pessoas muito supersticiosas, com um nível de sugestão muito elevado, que entram num mecanismo de dependência com cartomantes e outras figuras».

Rui Jorge Martins
© SNPC | 08.01.14 AQUI

Um segredo para tempos de crise

Um segredo. - Um segredo em voz alta: estas crises mundiais são crises de santos. - Deus quer um punhado de homens "seus" em cada actividade humana. - Depois... "Pax Christi in regno Christi" - a paz de Cristo no reino de Cristo.
Caminho, 301

Fazem falta…
Cristãos verdadeiros, homens e mulheres íntegros, capazes de enfrentar com espírito aberto as situações que a vida lhes depare, de servir os seus concidadãos e de contribuir para a solução dos grandes problemas da humanidade, levando o testemunho de Cristo aonde mais tarde venham a encontrar-se na sociedade.
Cristo que passa, 28

Fazedores do bem
Que fazer? Dizia-vos que não procurei descrever crises sociais ou políticas, derrocadas ou doenças culturais. Centrado sobre a fé cristã, tenho-me referindo ao mal no sentido preciso da ofensa a Deus. O apostolado cristão não é um programa político, nem uma alternativa cultural: significa a difusão do bem, o contágio do desejo de amar, uma sementeira concreta de paz e de alegria. Desse apostolado, sem dúvida, derivarão benefícios espirituais para todos: mais justiça, mais compreensão, mais respeito do homem pelo homem.

Há muitas almas à nossa volta, e não temos o direito de sermos obstáculo para o seu bem eterno. Estamos obrigados a ser plenamente cristãos, a ser santos, a não defraudar Deus nem todas as pessoas que esperam do cristão o exemplo, a doutrina.
Cristo que passa, 124

Pessoas que vivem a sua fé
Salvarão este nosso mundo – permiti que vo-lo recorde -, não os que pretendem narcotizar a vida do espírito, reduzindo tudo a questões económicas ou de bem estar material, mas os que têm fé em Deus e no destino eterno do homem, e sabem receber a verdade de Cristo como luz orientadora para a acção e a conduta. Porque o Deus da nossa fé não é um ser longínquo que contempla indiferente o destino dos homens. É um Pai que ama ardentemente os seus filhos, um Deus criador que transborda carinho pelas suas criaturas. E concede ao homem o grande privilégio de poder amar, transcendendo assim o que é efémero e transitório.
Discursos sobre a Universidade. O compromisso da verdade (9.V.1974)

Nem tudo está perdido
Não é verdade que toda a gente de hoje - assim, em geral ou em bloco - esteja fechada ou permaneça indiferente ao que a fé cristã ensina sobre o destino e o ser do Homem. Não é certo que os homens do nosso tempo se ocupem só das coisas da Terra e se desinteressem de olhar para o Céu. Embora não faltem ideologias - e pessoas para as sustentarem - que estão fechadas, na nossa época não há apenas atitudes rasteiras, mas também altos ideais; não há apenas cobardia, mas heroísmo, e ao lado das desilusões permanecem grandes aspirações. Há pessoas que sonham com um mundo novo, mais justo e mais humano, enquanto outras, talvez decepcionadas diante do fracasso dos seus primeiros ideais, se refugiam no egoísmo de buscarem a sua própria tranquilidade ou de se deixarem ficar mergulhadas no erro.
Cristo que passa, 132

Cada geração de cristãos deve redimir e santificar o seu tempo: para tanto, precisa de compreender e de compartilhar os anseios dos homens, seus iguais, a fim de lhes dar a conhecer, com dom de línguas, como corresponder à acção do Espírito Santo, à efusão permanente das riquezas do Coração divino. A nós, cristãos, compete anunciar nestes dias, ao mundo a que pertencemos e em que vivemos, a antiga e sempre nova mensagem do Evangelho.
Cristo que passa, 132

O ideal é muito alto... demasiado?
Ser santos é viver tal como o nosso Pai do Céu dispôs que vivêssemos. Dir-me-eis que é difícil. Sim, o ideal é muito elevado. Mas ao mesmo tempo é fácil: está ao alcance da mão. Quando uma pessoa adoece, nem sempre se consegue encontrar o remédio adequado para a tratar. Mas no plano sobrenatural não acontece assim. O remédio está sempre perto de nós: é Jesus Cristo, presente na Sagrada Eucaristia, que também nos dá a sua graça nos outros Sacramentos que instituiu.

Repitamos com a palavra e com as obras: Senhor, confio em Ti, basta-me a tua providência ordinária, a tua ajuda de cada dia. Não temos por que pedir a Deus grandes milagres. Temos de lhe suplicar, pelo contrário, que aumente a nossa fé, que ilumine a nossa inteligência, que fortaleça a nossa vontade. Jesus está sempre junto de nós e permanece fiel.

Desde o começo da minha pregação, preveni-vos contra um falso endeusamento. Não te assustes ao veres-te tal como és: assim, feito de barro. Não te preocupes. Porque, tu e eu somos filhos de Deus, - este é o endeusamento bom - escolhidos desde a eternidade, com uma vocação divina: escolheu-nos o Pai, por Jesus Cristo, antes da criação do mando, para que sejamos santos diante dele. Nós, que somos especialmente de Deus, seus instrumentos apesar da nossa pobre miséria pessoal, seremos eficazes se não perdermos o conhecimento da nossa fraqueza. As tentações dão-nos a dimensão da nosso própria fraqueza.

Se sentimos desalento ao experimentar - talvez de um modo particularmente vivo - a nossa mesquinhez, é o momento de nos abandonarmos por completo, com docilidade, nas mãos de Deus. Conta-se que, certo dia, um mendigo saiu ao encontro de Alexandre Magno, pedindo uma esmola. Alexandre parou e ordenou que o fizessem senhor de cinco cidades. O pobre, confundido e atordoado, exclamou: eu não pedia tanto! E Alexandre respondeu: tu pediste como quem és; eu dou-te como quem sou.

Mesmo nos momentos em que percebemos mais profundamente a nossa limitação, podemos e devemos olhar para Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, sabendo-nos participantes da vida divina. Nunca existe razão suficiente para voltarmos atrás: o Senhor está ao nosso lado. Temos que ser fiéis, leais, encarar as nossas obrigações, encontrando em Jesus o amor e o estímulo para compreender os erros dos outros e superar os nossos próprios erros. Assim, todos esses desalentos - os teus, os meus, os de todos os homens - servem também de suporte ao reino de Cristo.
Cristo que passa, 160

Decidir-se a querer a vontade de Deus
É preciso decidir-se. Não é lícito viver tentando manter acesas, como diz o povo, uma vela a S. Miguel e outra ao Diabo. É preciso apagar a vela do Diabo. Temos de consumir a vida fazendo-a arder inteiramente ao serviço do Senhor. Se o nosso empenho pela santidade é sincero, se temos a docilidade de nos abandonar nas mãos de Deus, tudo correrá bem. Porque Ele está sempre disposto a dar-nos a sua graça e, especialmente neste tempo, a graça de uma nova conversão, de uma melhoria da nossa vida de cristãos.
Cristo que passa, 59

Uma ajuda infalível
Dirige-te a Nossa Senhora - Mãe, Filha, Esposa de Deus, nossa Mãe - e pede-lhe que te obtenha da Trindade Santíssima mais graças: a graça da fé, da esperança, do amor, da contrição, para que, quando na vida parecer que sopra um vento forte, seco, capaz de murchar essas flores da alma, não murche as tuas... nem as dos teus irmãos.
Forja, 227

(Fonte: site de São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/um-segredo-para-tempos-de-crise)

«É preciso orar sempre sem desfalecer»

São João Cassiano (c. 360-435), fundador de mosteiro em Marselha 
Conferências, n°9; SC 34


O objectivo último do monge e a perfeição do coração consistem numa perseverança ininterrupta na oração. Tanto quanto é dado à fragilidade humana, trata-se de um esforço em direcção a uma absoluta tranquilidade da alma e a uma perfeita pureza de coração. É por esta razão que devemos afrontar os trabalhos corporais e procurar por todos os meios a verdadeira contrição do coração, com uma constância que não desfaleça.

Para ter o fervor e a pureza que deve ter, a oração exige uma fidelidade total no que respeita aos seguintes aspectos. Em primeiro lugar, uma libertação completa de todas as inquietações relacionadas com este mundo; não pode haver assunto algum ou qualquer interesse que não deva ser totalmente excluído. Do mesmo modo, renunciar à maledicência, à coscuvilhice, à palavra vã e à zombaria. Acima de tudo, suprimir definitivamente as perturbações da cólera e da tristeza. Fazer morrer em si todo o desejo carnal e o apego ao dinheiro. […] Após esta purificação, que assegura a pureza e a simplicidade, há que lançar o fundamento inquebrantável de uma humildade profunda, capaz de sustentar a torre espiritual que se pretende que chegue ao céu. Por fim, para que sobre ela repouse o edifício espiritual das virtudes, é preciso proibir à alma toda a dispersão em divagações e pensamentos fúteis. Então, um coração purificado e livre começa pouco a pouco a elevar-se até à contemplação de Deus e à intuição das realidades espirituais.