Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 6 de outubro de 2019

Queres deveras ser santo?

Queres deveras ser santo? – Cumpre o pequeno dever de cada momento faz o que deves e está no que fazes. (Caminho, 815)

Tens obrigação de te santificar. – Tu, também. – Quem pensa que é tarefa exclusiva de sacerdotes e religiosos? A todos, sem excepção, disse o Senhor: "Sede perfeitos, como meu Pai Celestial é perfeito".. (Caminho, 291)

Rectificar. – Todos os dias um pouco. – Eis o teu trabalho constante, se deveras queres tornar-te santo. (Caminho, 290)

Ser fiel a Deus exige luta. E luta corpo a corpo, homem a homem – homem velho e homem de Deus – palmo a palmo, sem claudicar. (Sulco, 126)

Hoje não bastam mulheres ou homens bons. Além disso, não é suficientemente bom quem se contenta em ser quase... bom; é preciso ser "revolucionário". Ante o hedonismo, ante a carga pagã e materialista que nos oferecem, Cristo quer inconformistas! Rebeldes de Amor! (Sulco, 128)

Se não for para construir uma obra muito grande, muito de Deus – a santidade –, não vale a pena entregar-se.

Por isso, a Igreja, ao canonizar os Santos, proclama a heroicidade da sua vida(Sulco, 611)

São Josemaría Escrivá

São Josemaría Escrivá - Aconteceu nesta data em 2002

João Paulo II canoniza Josemaría Escrivá diante de uma multidão de pessoas dos cinco continentes, na Praça de São Pedro, Roma. Na homilia diz: “São Josemaría foi um mestre no exercício da oração, que ele considerava como uma “arma” extraordinária para redimir o mundo. Assim recomendava sempre: “primeiro, oração; depois, expiação; em terceiro lugar, muito «em terceiro lugar», acção” (Caminho, 82). Não se trata de um paradoxo, mas de uma verdade perene: a fecundidade do apostolado depende sobretudo da oração e de uma vida sacramental intensa e constante. Em última análise, este é o segredo da santidade e do verdadeiro êxito dos Santos”

Bom Domingo do Senhor!

Imitemos em oração permanente os Apóstolos como nos fala o Evangelho de hoje (Lc 17, 5-10) e peçamos ao Senhor que nos aumente a nossa fé hoje e sempre.

Que o Senhor nos conceda a graça de um dia podermos dizer como Paulo «não sou eu quem vive; é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20).

O Evangelho chama-nos a ser “próximos” dos mais pequenos e abandonados

No momento presente, estamos a acompanhar a dor de inúmeras famílias que se veem obrigadas a emigrar por razões muito diferentes: o desemprego, a pobreza, a guerra, a perseguição por causa da fé... E não falta a realidade de, em muitos casos, estas pessoas enfrentarem enormes dificuldades para se integrarem onde gostariam de ir. A Igreja, chamada a ser Mãe de todos, não é indiferente a estas situações. São contínuas as chamadas do Papa Francisco à solidariedade humana e cristã para com essas pessoas. Lembrou recentemente que, perante a tragédia de dezenas de milhares de refugiados, fugindo da morte pela guerra e pela fome, e que estão a caminho de terem uma esperança na vida, o Evangelho chama-nos a ser “próximos” dos mais pequenos e abandonados. Para lhes dar uma esperança concreta. Não só para dizer “coragem, paciência!”... A esperança é combativa, com a tenacidade de quem se dirige a uma meta segura [10].

O Pontífice pediu também para realizarmos um gesto concreto na preparação do Ano Santo [11], que terá início em dezembro. Este movimento de milhares de cidadãos, particularmente grave agora na Europa, também acontece noutras partes do mundo. A todos o Papa se dirige, insistindo em que se apoie este chamamento, recordando que a Misericórdia é o segundo nome do Amor [12].

Que podemos fazer, também cada um de nós, com iniciativa e responsabilidade pessoais? A primeira coisa é não deixar que resvalem pela nossa alma, com passividade, estes acontecimentos. E para isso, vamos rezar e considerar que meios práticos podem ser postos em ação para aliviar de alguma forma as necessidades dessas pessoas. Em muitos casos será oportuno, segundo as possibilidades de cada um, colaborar com as dioceses e com as paróquias, a quem o Papa dirige de modo imediato o seu chamamento, ou com organizações que trabalham para dar essa ajuda. Ninguém se deve desentender destas graves carências de tantos homens e mulheres, nossos próximos, em quem descobrimos o próprio Jesus Cristo. Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine e impulsione à ação, sabendo assessorar-nos oportunamente.

Assim, os vínculos familiares e sociais, dentro da experiência da fé e do amor de Deus, podem neutralizar a desertificação comunitária da cidade moderna (...). O sorriso de uma família é capaz de vencer esta desertificação das nossas cidades. E esta é a vitória do amor da família (...). O projeto de Babel constrói arranha-céus sem vida. Mas o Espírito de Deus faz florescer os desertos (cf Is 32, 15) [13].
Termino renovando o meu desejo de intensificar neste mês a oração pelo Papa e pelo Sínodo, que começa no dia 3. Recorramos à intercessão da Virgem Maria, Mãe da Igreja e Rainha da Família. Assim, as nossas orações, com as de muitos milhares de pessoas que rezam connosco pela mesma intenção, vão chegar de forma mais eficaz diante do trono de Deus.
Insisto: cuidemos da nossa piedade pessoal na recitação do Santo Rosário e na contemplação de cada mistério. Ao entrarmos mais na vida de Jesus, de Maria, aumentará o anseio de sermos mais irmãos de toda a humanidade, com o desejo de chegar a cada mulher, a cada homem.
[10]. Papa Francisco, Angelus, 6-IX-2015.
[11]. Papa Francisco, Angelus, 6-IX-2015.
[12]. Papa Francisco, Angelus, 6-IX-2015.
[13]. Papa Francisco, Discurso na Audiência Geral, 2-IX-2015.

(D. Javier Echevarría na carta do mês de outubro de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Gratidão a Deus

O dia 6 de outubro, aniversário da canonização do nosso Padre, é uma ocasião propícia para redobrar a nossa gratidão a Deus e a nossa oração pela Igreja, pela Obra, por todas as almas. Abramos generosamente o coração às pessoas próximas e afastadas, porque a todas há de chegar o impulso do nosso empenho apostólico. Uma responsabilidade particular compete às famílias cristãs, que procuramos fazer reviver de modo especial naquelas aonde o espírito do Opus Dei chegou. Como escreveu S. João Paulo II, «na medida em que a família cristã acolhe o Evangelho e amadurece na fé, torna-se uma comunidade evangelizadora (...). Esta missão apostólica da família está enraizada no Batismo e recebe com a graça sacramental do matrimónio uma nova força para transmitir a fé, para santificar e transformar a sociedade de hoje, segundo o plano de Deus» [8].

Na nova evangelização, que deve ser um compromisso diário, rezemos à Santíssima Trindade que nos conceda o desejo de levar a luz e o sal dos discípulos de Cristo aos mais diversos ambientes. «Portanto, todos, a partir das famílias cristãs, devemos sentir a responsabilidade de incentivar o surgir e o amadurecer das vocações especificamente missionárias, quer seja de sacerdotes, de religiosos ou de leigos, usando todos os meios adequados, sem abandonar nunca o meio privilegiado da oração» [9].
[8]. S. João Paulo II, Ex. apost. Familiaris consortio, 22-XI-1981, n. 52.
[9]. S. João Paulo II, Ex. apost. Christifideles Laici, 30-XII-1988, n. 35.


(D. Javier Echevarría na carta do mês de outubro de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Que a chuva de graças destes dias nos anime a todos «a rezar…»

Bem presente temos a alegria do meu queridíssimo predecessor, em 1992, pela beatificação de S. Josemaria. Escrevia-nos então: «Tão íntima e profunda era essa alegria, fruto do Espírito Santo (cfr. Gl 5, 22), que parecia estarmos imersos num mar de contentamento, sinal claro da presença de Deus nas nossas almas» [3]. O mesmo nos acontece agora a todas e a todos. E peço ao Senhor, como D. Álvaro naquela ocasião, que contagie esse júbilo às centenas de milhares de pessoas que viram, em todo o mundo, a cerimónia da beatificação, assim como aos que participarem nas Missas de ação de graças em tantos sítios. Como reconhecimento da santidade do nosso Padre, também agora imploramos ao Senhor que estes dias deixem gravada em todos uma marca indelével. Que a chuva de graças destes dias nos anime a todos «a rezar, a frequentar os sacramentos, a melhorar no seu ambiente familiar ou de trabalho, em última análise, a aproximar-se um pouco mais de Deus» [4].

S. Josemaria afirmava com segurança que a alegria é um bem cristão, que possuímos enquanto lutarmos, porque é consequência da paz [5]. Por isso, um propósito bem concreto de tudo o que vivemos traduz-se em lutar com espírito desportivo para estar em cada instante mais perto de Deus: no trabalho e no descanso, com a família e na vida social, nos acontecimentos pequenos ou grandes de cada dia…, elevemos o olhar ao nosso Pai Deus suplicando-Lhe que nos decidamos a aproveitar o exemplo do Bem-Aventurado Álvaro, amando os ensinamentos de S. Josemaria. Assim estaremos sempre serenos, contentes, e semearemos à nossa volta ogáudium cum pace, a alegria e a paz dos que caminham com Jesus Cristo.

[3]. Bem-Aventurado Álvaro, Carta, 1-XII-1992 (“Cartas de família”, III, n. 226).
[4]. Ibid.
[5]. S. Josemaria, Forja, n. 105.

D. Javier Echevarría na carta do mês de outubro de 2014
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

São Josemaría Escrivá, o Santo da vida corrente

A fé dos servos humildes, da serva humilde

Jean-Pierre de Caussade (1675-1751), jesuíta 
Abandono à providência divina, cap. 9, 122


Encontrar Deus tanto nas coisas mais simples e insignificantes como nas maiores é ter uma fé fora do comum, grande e extraordinária. Contentar-se com o momento presente é saborear e adorar a vontade divina em tudo o que se tiver de sofrer ou de fazer, naquilo que compõe o momento presente nas suas sucessões. Graças à vivacidade da sua fé, estas almas simples adoram a Deus igualmente nos estados mais humildes; nada derruba a sua fé, […] nada as espanta, nada as desgosta.

Maria verá fugir os apóstolos, mas manter-se-á firme aos pés da cruz e reconhecerá o seu Filho, mesmo desfigurado pelos escarros e pelas chagas. […] A vida da fé mais não é que seguir a Deus através daquilo que O disfarça, O desfigura, O destrói e, por assim dizer, O aniquila. Eis a vida de Maria, do estábulo ao Calvário: ser fiel a um Deus que todos desconhecem, abandonam e perseguem. De igual modo, as almas de fé atravessam uma sucessão contínua de mortes, de véus, de sombras e de aparências que tornam irreconhecível a vontade de Deus; e seguem-na e amam-na até à morte de cruz, e sabem que há que deixar passar as sombras e correr atrás deste Sol divino. Da aurora ao poente, por mais escuras e espessas que sejam as nuvens que O escondem, este Sol ilumina, aquece e inflama os corações fiéis que O bendizem, O louvam, O contemplam.