Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 17 de janeiro de 2009
Holocausto... mais de 60 anos depois
1.
RELIGIÃO sacrifício em que a vítima era totalmente consumida pelo fogo
2.
RELIGIÃO vítima oferecida neste sacrifício
3.
HISTÓRIA [com maiúscula] massacre, sobretudo de judeus, levado a cabo nos campos de concentração nazis durante a Segunda Guerra Mundial
4.
matança de um grande número de seres humanos, massacre, chacina
5.
figurado imolação; expiação
6.
figurado abdicação da vontade própria
(Do gr. holókauston, «holocausto», pelo lat. holocaustu-, «id.»)
Dicionário online da Porto Editora
do Lat. holocaustu -Gr. holókauston - kolós, vítima inteira + káío, queimos. m.,
sacrifício expiatório e de acção de graças, praticado pelos antigos Hebreus, por cremação total de um animal;
a vítima do sacrifício;
sacrifício em geral;
abdicação da vontade própria para satisfazer a de outrem;
grande chacina ou destruição da vida;
a causa de tal desastre;
o assassínio em massa dos Judeus pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial (nesta acepção, grafa-se com inicial maiúscula).
Dicionário Universal da Língua Portuguesa
Sem comentários... reservo-os para as minhas preces ao Senhor
"a tragédia pesoal de um médico palestiniano"
Um médico palestiniano que estudou e trabalhou em Israel passou as últimas semanas a vestir o papel de jornalista, comentando os acontecimentos em Gaza para o canal 10 israelita. Hoje, em directo, contou desesperado que a sua casa acabara de ser bombardeada, matando 3 das suas filhas, ferindo gravemente outra e vários membros da família e vizinhos. O jornalista israelita fez o que pode para ajudar e, com os seus contactos junto do exército hebraico, conseguiu que deixassem uma ambulância palestiniana levar os feridos mais graves até à fronteira e, daí, transportá-los para hospitais em Israel. O médico palestiniano também viajou com a sua filha ferida e deu uma conferência de imprensa muito emotiva, perguntando ao povo hebraico se pensam mesmo que é à custa de vida de inocentes que se constrói a paz.
As suas filhas morreram no dia em que o governo israelita se prepara para anunciar um cessar-fogo unilateral - apesar de não ter conseguido terminar com a «guerra dos rockets». Só este sábado cairam 25 foguetes do Hamas no Sul de Israel.
Fonte: blogue da jornalista Patrícia Fonseca em http://blogkiosk.blogspot.com/2009/01/tragdia-pessoal-de-um-mdico.html
Clara tomada de posição do Representante Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, sobre o conflito israelo-palestiniano e a situação em Gaza
O arcebispo D. Celestino Migliore aproveitou a ocasião para fazer votos de “que o Secretário-geral consiga levar a bom termo a sua missão” de paz naqueles territórios, coroando os “esforços diplomáticos em curso e garantindo que a urgente ajuda humanitária possa efectivamente chegar às pessoas” que dela carecem.
“A Santa Sé – declarou – pede que seja integralmente aplicada a Resolução 1860 do Conselho de Segurança, de 8 de Janeiro, que reclama um imediato e permanente cessar-fogo, assim como uma assistência humanitária sem entraves”. “Nos últimos dias – recorda Mons. Migliore – fomos testemunhas de que ambas as partes ignoraram, na prática, a distinção entre civis e militares”. “No contexto daquela Resolução, chamamos ambas as partes a conformar-se plenamente às exigências da lei humanitária internacional, que visa assegurar a protecção dos civis”.
“A conturbada história de sessenta anos de coexistência entre israelitas e palestinianos – recordou o representante da Santa Sé têm sido teatro de um longo suceder-se de conflitos, mas também de diálogo, nomeadamente os encontros de Madrid, os Acordos de Oslo, o Memorando de Wye, o processo de paz do Quarteto, a “road map” e a Conferência de Annapolis, com a solução dos dois Estados. Infelizmente, porém, até agora não chegaram a ser bem sucedidos os muitos esforços para estabelecer a paz entre os povos israelita e palestiniano”.
A Delegação da Santa Sé na ONU observa que “a falência de tantos esforços se deve a uma vontade política não suficientemente corajosa e coerente em ordem ao estabelecimento da paz, de ambas as partes, e nos últimos tempos à recusa de se encontrarem e de forjarem uma paz justa e duradoura”.
“As Nações Unidas têm a grave tarefa de levar as partes ao respeito do cessar-fogo, abrir o caminho a negociações e a um entendimento entre elas e assegurar a assistência humanitária”. “Esta Assembleia Geral – concluiu o arcebispo Celestino Migliore – pode ajudar as partes em conflito a descobrirem novos esquemas para o estabelecimento da paz, esquemas baseados na aceitação e compreensão recíprocas, no respeito da diversidade”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Bispo pede “coragem” para defender valores objectivos
D.Angelo Bagnasco alerta para o perigo das opiniões expressas por aquilo a que chama as “falsas maiorias”, numa altura em que os cristãos vivem no meio do secularismo: “Devemos ter a coragem de ir contra a corrente. Num clima de relativismo dominante, onde dizem que não há valores universais, mas apenas opiniões individuais, nós, pelo contrário, acreditamos firmemente que existem valores objectivos em nome dos quais o cristão deve saber ir contra a corrente, com serenidade, mas também com firmeza”.
O cardeal Angelo Bagnasco está em Fátima a acompanhar a peregrinação de jovens sacerdotes de Génova.
(Fonte: site RR)
O Evangelho de Domingo dia 18 de Janeiro de 2009
Naquele tempo, estava João Baptista com dois dos seus discípulos e, vendo Jesus que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus».
Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus. Entretanto, Jesus voltou-Se; e, ao ver que O seguiam, disse-lhes: «Que procurais?». Eles responderam: «Rabi – que quer dizer ‘Mestre’ – onde moras?».
Disse-lhes Jesus: «Vinde ver».
Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da tarde.
André, irmão de Simão Pedro, foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus. Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o Messias» – que quer dizer ‘Cristo’ –; e levou-o a Jesus. Fitando os olhos nele, Jesus disse-lhe:
«Tu és Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas» – que quer dizer ‘Pedro’.
São Paulo migrante, ‘Apóstolo das gentes’
Guiado pelo Espírito Santo, prodigalizou-se sem reservas para que fosse anunciado a todos, sem distinção de nacionalidade e de cultura, o Evangelho que é "poder de Deus para a salvação de todos os fiéis, em primeiro lugar do judeu e depois do grego" (Rm 1, 16). Nas suas viagens apostólicas, não obstante as reiteradas oposições, proclamava primeiro o Evangelho nas sinagogas, chamando a atenção sobretudo dos seus compatriotas na diáspora (cf. Act 18, 4-6). Se eles o rejeitavam, dirigia-se aos pagãos, fezendo-se autêntico "missionário dos migrantes", ele mesmo migrante e embaixador itinerante de Jesus Cristo, para convidar todas as pessoas a tornarem-se, no Filho de Deus, "novas criaturas" (2 Cor 5, 17).
A proclamação do querigma fez-lhe singrar os mares do Próximo Oriente e percorrer as estradas da Europa, até chegar a Roma. Partiu de Antioquia, onde o Evangelho foi anunciado a populações não pertencentes ao judaísmo, e os discípulos de Jesus pela primeira vez foram chamados "cristãos" (cf. Act 11, 20.26). A sua vida e a sua pregação foram inteiramente orientadas para fazer com que todos conhecessem e amassem Jesus, porque nele todos os povos são chamados a tornar-se um só povo.
Também no presente, na era da globalização, esta é a missão da Igreja e de todo o baptizado; missão que, com atenta solicitude pastoral, se dirige também ao diversificado universo dos migrantes - estudantes fora da própria sede, imigrados, refugiados, prófugos e deslocados - incluindo aqueles que são vítimas das escravidões modernas, como por exemplo no tráfico dos seres humanos. Mesmo hoje, deve propor-se a mensagem da salvação com a mesma atitude do Apóstolo das nações, tendo em consideração as diversas situações sociais e culturais, e das particulares dificuldades de cada um em consequência da condição de migrante e de itinerante. Formulo os bons votos a fim de que cada comunidade cristã possa nutrir o mesmo fervor apostólico de São Paulo que, para anunciar a todos o amor salvífico do Pai (cf. Rm 8, 15-16; Gl 4, 6), em vista de "ganhar o maior número para Cristo" (1 Cor 9, 19), fez-se "fraco com os fracos... tudo para todos, a fim de salvar alguns a todo o custo" (1 Cor 9, 22). O seu exemplo seja também para nós estímulo para nos fazermos solidários com estes nossos irmãos e irmãs e para promovermos, em toda a parte do mundo e com todos os meios, a convivência pacífica entre diferentes etnias, culturas e religiões.
Mas qual era o segredo do Apóstolo das nações? O zelo missionário e a pujança do lutador, que o distinguiram, derivava do facto de que ele, "alcançado por Jesus Cristo" (Fl 3, 12), permaneceu tão intimamente unido a ele que se sentia participe da sua própria vida, através da "comunhão com os seus sofrimentos" (cf. Fl 3, 10; cf. também Rm 8, 17; 2 Cor 4, 8-12; Cl 1, 24). Eis a nascente do ardor apostólico de São Paulo, que narra: "Aprouve a Deus - que me reservou desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça - revelar o seu Filho em mim, para que O anunciasse entre os gentios" (Gl 1, 15-16; cf. também Rm 15, 15-16). Com Cristo, sentiu-se "co-crucificado", a ponto de poder afimar: "Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim!" (Gl 2, 20). E nenhuma dificuldade lhe impediu de continuar a sua intrépida acção evangelizadora em cidades cosmopolitas como Roma e Corinto que, naquela época, eram povoadas por uma vasta gama de etnias e de culturas.
Lendo os Actos dos Apóstolos e as Cartas que Paulo dirigiu a vários destinatários, vislumbra-se um modelo de Igreja não exclusiva, mas sim aberta a todos, formada por crentes sem distinções de cultura e de raça: com efeito, cada um dos baptizados é membro vivo do único Corpo de Cristo. Nesta perspectiva a solidariedade fraterna, que se traduz em gestos quotidianos de partilha, de co-participação e de solicitude jubilosa em relação aos outros, adquire um relevo singular. Todavia, não é possível realizar esta dimensão de recíproco acolhimento fraterno, ensina sempre São Paulo, sem a disponibilidade da escuta e da recepção da Palavra pregada e praticada (cf. Tt 1, 6), Palavra que impele todos à imitação de Cristo (cf. Ef 5, 1-2), na imitação do Apóstolo (cf. 1 Cor 11, 1). E por conseguinte, quanto mais a comunidade unida estiver a Cristo, tanto mais se tornará solícita em relação ao próximo, evitando o juízo, o desprezo e o escândalo, e abrindo-se ao acolhimento recíproco (cf. Rm 14, 1-3; 15, 7). Conformados com Cristo, os fiéis sentem-se "irmãos" nele, filhos do mesmo Pai (cf. Rm 8, 14-16; Gl 3, 26; 4, 6). Este tesouro de fraternidade torna-os "solícitos na hospitalidade" (Rm 12, 13), que é filha primogénita do ágape (cf. 1 Tm 3, 2; 5, 10; Tt 1, 8; Fm 17).
Cumpre-se deste modo a promessa do Senhor: "Receber-vos-ei. Serei para vós um Pai e vós sereis para mim filhos e filhas" (2 Cor 6, 17-18). Se estivermos conscientes disto, como não sermos responsáveis por quantos, em particular entre refugiados e prófugos, se encontram em condições difíceis e incómodas? Como deixar de ir ao encontro das necessidades de quem é de facto mais fraco e indefeso, assinalado por precariedade e insegurança, marginalizado, muitas vezes excluído da sociedade? Deve-se prestar-lhes atenção prioritária porque, parafraseando um conhecido texto paulino, "Deus escolheu o que é louco segundo o mundo, para confundir os sábios; Deus escolheu o que é fraco segundo o mundo, para confundir o que é forte. Deus escolheu o que é vil e desprezível no mundo, como também aquelas coisas que nada são, para destruir as que são. Assim, ninguém se vangloriará diante de Deus" (1 Cor 27-29).
Queridos irmãos e irmãs, o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que será celebrado a 18 de Janeiro de 2009, seja para todos um estímulo a viver em plenitude o amor fraterno sem quaisquer distinções e sem discriminações, na convicção de que o nosso próximo é quem quer que tenha necessidade de nós e a quem nós possamos ajudar (cf. Deus caritas est, 15). O ensinamento e o exemplo de São Paulo, humilde-grande Apóstolo e migrante, evangelizador de povos e culturas, nos leve a compreender que o exercício da caridade constitui o ápice e a síntese de toda a vida cristã. O mandamento do amor - sabemo-lo bem - alimenta-se quando os discípulos de Cristo participam unidos na mesa da Eucaristia que é, por excelência, o Sacramento da fraternidade e do amor. E como Jesus no Cenáculo, ao dom da Eucaristia uniu o novo mandamento do amor fraterno, assim os seus "amigos", seguindo os passos de Cristo que se fez "servo" da humanidade, e sustentados pela sua Graça, não podem deixar de se dedicar ao serviço recíproco, responsabilizando-se uns pelos outros segundo quanto o mesmo o próprio São Paulo recomenda: "Carregai os fardos uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo" (Gl 6, 2). Somente deste modo cresce o amor entre os fiéis e por todos (cf. 1 Ts 3, 12).
Estimados irmãos e irmãs, não nos cansemos de proclamar e testemunhar esta "Boa Nova" com entusiasmo, sem medo e sem poupar energias! No amor está condensado toda a mensagem evangélica e os autênticos discípulos de Cristo reconhecem-se pelo seu amor mútuo e pelo seu acolhimento de todos. Que nos obtenha esta dádiva o Apóstolo Paulo e especialmente Maria, Mãe do acolhimento e do amor. Enquanto invoco a protecção divina sobre quantos estão comprometidos em ajudar os migrantes e, de modo mais geral, no vasto mundo da emigração, a cada um garanto uma recordação constante na oração e concedo afectuosamente a todos a Bênção apostólica.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Nota:
amanhã publicaremos na íntegra a mensagem do Santo Padre alusiva ao Dia Mundial do Migrante e do Refugiado
Santo Antão
Chegar a Maria
(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar, título da responsabilidade do autor do blogue)
O Evangelho do dia 17 de Janeiro de 2009
Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira-mar.
A multidão veio ao seu encontro, e Ele começou a ensinar a todos.
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me».
Ele levantou-se e seguiu Jesus.
Encontrando-Se Jesus à mesa em casa de Levi, muitos publicanos e pecadores estavam também a mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que O seguiam. Os escribas do partido dos fariseus, ao verem-n’O comer com os pecadores e os publicanos, diziam aos discípulos: «Por que motivo é que Ele come com publicanos e pecadores?». Jesus ouviu e respondeu-lhes:
«Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».