Padre Federico Lombardi, recordou nesta quarta-feira que nenhuma aplicação informática pode substituir o “diálogo pessoal” na confissão, afastando, por exemplo, a possibilidade de se criar um confessionário «virtual» no iPhone. “É essencial perceber bem que o sacramento da penitência requer necessariamente o diálogo pessoal entre penitente e confessor e a absolvição por parte do confessor presente”, disse, em declarações aos jornalistas, no Vaticano.
O director da sala de imprensa da Santa Sé comentava notícias divulgadas em vários órgãos de comunicação social a respeito da aplicação Confession para iPhone ou iPad, apresentada como uma “confissão” no telemóvel ou no computador, respectivamente. Para o padre Lombardi, “não se pode falar, de forma alguma, em «confissão por iPhone»”, como vinham referindo os meios de comunicação.
Em todo o caso, “num mundo em que muitas pessoas usam suportes informáticos para ler e reflectir”, acrescentou, “não se pode excluir que alguém reflicta, em preparação para a confissão, apoiando-se em instrumentos digitais, como fazia, no passado, em textos e perguntas escritas num papel”. A aplicação «Confession» é apresentada como uma ajuda para a preparação deste momento e não como alternativa à forma tradicional do sacramento da Igreja Católica, criando exames de consciência personalizados para tornar a confissão mais simples.
O porta-voz do Vaticano sublinha, a este respeito, que se trata de um “subsídio pastoral digital que algumas pessoas podem achar útil, sabendo que não, de maneira nenhuma um substituto do sacramento”. “Naturalmente, é também importante que haja uma verdadeira utilidade pastoral e que não se trate de um business (sic) alimentado por uma realidade religiosa e espiritual importante”, prosseguiu.
O sacramento da penitência, também conhecido por reconciliação ou, mais popularmente, por confissão, evoluiu, na sua forma concreta, ao longo dos séculos e implica a declaração, por parte do fiel católico, dos actos considerados como pecado, a absolvição do sacerdote ou do bispo que escuta a confissão e o cumprimento da penitência imposta pelo confessor.
(…)
(Fonte: site Rádio Vaticano)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Boa noite!
No Santo Sacrifício do altar, o sacerdote pega no Corpo do nosso Deus e no Cálice com o seu Sangue, e levanta-os sobre todas as coisas da terra, dizendo: "Per Ipsum, et cum Ipso, et in Ipso", pelo meu Amor!, com o meu Amor!, no meu Amor! Une-te a esse gesto. Mais ainda: incorpora essa realidade na tua vida.
(São Josemaría Escrivá - Forja, 541)
Assim se entra no Canon, com a confiança filial que nos leva a chamar clementíssimo ao nosso Pai Deus. Pedimos-Lhe pela Igreja e por todos os que estão na Igreja, pelo Papa, pela nossa família, pelos nossos amigos e companheiros. E o católico, como tem coração universal, pede por todo o mundo, porque o seu zelo entusiasta nada pode excluir. E para que a petição seja acolhida, recordamos a nossa comunhão com a Santíssima Virgem e com um punhado de homens que foram os primeiros a seguir Cristo e por Ele morreram.
Quam oblationem... Aproxima-se o momento da consagração. Agora, na Santa Missa, é outra vez Cristo que actua, através do sacerdote: Isto é o meu Corpo. Este é o cálice do meu Sangue. Jesus está connosco! Com a transubstanciação, renova-se a infinita loucura divina, ditada pelo Amor. Quando hoje se repete esse momento, que saiba cada um de nós dizer ao Senhor, mesmo sem pronunciar quaisquer palavras, que nada nos poderá afastar d'Ele e que a sua disponibilidade de se deixar ficar – totalmente indefeso – nas aparências, tão frágeis, do pão e do vinho, nos converteu voluntariamente em escravos: praesta meae menti de te vivere et te illi semper dulce sapere, faz com que eu viva de Ti e saboreie sempre a doçura do teu amor.
Mais petições. Nós, homens, estamos quase sempre inclinados a pedir. Desta vez, é pelos nossos irmãos defuntos e por nós mesmos. Por isso, aqui aparecem todas as nossas infidelidades e misérias. O peso da sua carga é muito grande, mas Ele quer levá-lo por nós e connosco. O Canon vai terminar com outra invocação à Santíssima Trindade: per Ipsum, et cum Ipso, et in Ipso.... por Cristo, com Cristo e em Cristo, nosso Amor, a Ti, Deus Pai Todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, Te seja dada toda a honra e glória pelos séculos dos séculos.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 90)
(São Josemaría Escrivá - Forja, 541)
Assim se entra no Canon, com a confiança filial que nos leva a chamar clementíssimo ao nosso Pai Deus. Pedimos-Lhe pela Igreja e por todos os que estão na Igreja, pelo Papa, pela nossa família, pelos nossos amigos e companheiros. E o católico, como tem coração universal, pede por todo o mundo, porque o seu zelo entusiasta nada pode excluir. E para que a petição seja acolhida, recordamos a nossa comunhão com a Santíssima Virgem e com um punhado de homens que foram os primeiros a seguir Cristo e por Ele morreram.
Quam oblationem... Aproxima-se o momento da consagração. Agora, na Santa Missa, é outra vez Cristo que actua, através do sacerdote: Isto é o meu Corpo. Este é o cálice do meu Sangue. Jesus está connosco! Com a transubstanciação, renova-se a infinita loucura divina, ditada pelo Amor. Quando hoje se repete esse momento, que saiba cada um de nós dizer ao Senhor, mesmo sem pronunciar quaisquer palavras, que nada nos poderá afastar d'Ele e que a sua disponibilidade de se deixar ficar – totalmente indefeso – nas aparências, tão frágeis, do pão e do vinho, nos converteu voluntariamente em escravos: praesta meae menti de te vivere et te illi semper dulce sapere, faz com que eu viva de Ti e saboreie sempre a doçura do teu amor.
Mais petições. Nós, homens, estamos quase sempre inclinados a pedir. Desta vez, é pelos nossos irmãos defuntos e por nós mesmos. Por isso, aqui aparecem todas as nossas infidelidades e misérias. O peso da sua carga é muito grande, mas Ele quer levá-lo por nós e connosco. O Canon vai terminar com outra invocação à Santíssima Trindade: per Ipsum, et cum Ipso, et in Ipso.... por Cristo, com Cristo e em Cristo, nosso Amor, a Ti, Deus Pai Todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, Te seja dada toda a honra e glória pelos séculos dos séculos.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 90)
Sem a Palavra de Deus a criação pode cair no caos, adverte Cardeal Turkson
O Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Peter Turkson, assinalou que a Palavra de Deus transformou "a criação para convertê-la em um cosmos ordenado e adornado"; e advertiu que sem ela o criado corre o risco de converter-se em caos.
Em sua conferência titulada "Palavra de Deus e compromisso no mundo" pronunciada no dia 9 de Fevereiro no congresso "A Sagrada Escritura na vida da Igreja" organizado pela Conferência Episcopal Espanhola e que se realiza em Madrid, o Cardeal disse que "a Palavra de Deus é fonte e conteúdo do compromisso da Igreja no mundo".
O Cardeal assinalou que logo após a criação, "obra de suas mãos”, Deus sempre esteve comprometido com ela; e é este o sentido da criação como cosmos, que melhor ilustra o poder sustentador de sua palavra na criação. 'Cosmos' descreve o mundo criado como um ordenado e adornado sistema".
"Isso conota beleza e bondade, porque há ordem; e isto é no que a Palavra de Deus transformou o caos da criação. Assim, o caos ante a presença da e com a Palavra de Deus se converte em um cosmos", acrescentou.
Pelo contrário, advertiu, "o cosmos privado da, e sem a Palavra de Deus reverter-se-á em caos. A continuada existência e evolução do cosmos, portanto, deve-se ao poder criador e transformador da Palavra de Deus sempre presente no mundo".
Logo depois de precisar que a Bíblia também revela o intuito divino para a humanidade, o Cardeal disse que "neste sentido, para o mundo seria uma situação crítica e arriscada o facto de estar sem a Palavra de Deus, seja por causa de seus próprios pecados seja pela falta de profetas e sacerdotes".
O Cardeal membro da Cúria, referiu-se ainda ao compromisso de Deus com a salvação de todo o género humano: "Deus revela o amor, a misericórdia, a compaixão e a fidelidade com a qual se compromete com o mundo e a humanidade, enquanto mantém ante o mundo as virtudes da paz, da justiça, da segurança, da fraterna preocupação, a honestidade e a fidelidade, ensinando a cultivá-las", disse.
Como plenitude desta revelação, Deus faz-se homem em Cristo para ser "presença de Deus entre os homens. Assim, em Jesus, a palavra encarnada, a revelação do compromisso de Deus no mundo e para o homem foi expressa como uma presença: a presença de Deus que cura, consola, ensina, apalpa e é apalpada; a presença que expulsa os demónios, perdoa os pecados, e redime ou salva; é a presença que revela o infinito amor paternal de Deus".
"A Palavra de Deus em sua forma preeminente e inspirada, que é a Escritura, e em suas formas derivadas nos ensinamentos da Igreja, constitui a fonte de todas as formas de compromisso da Igreja no mundo", continuou.
Seguidamente o Cardeal recorda as palavras do Papa Bento XVI na encíclica Caritas in veritate sobre o desenvolvimento humano integral, que "reúne muitos recursos da Escritura e de nossa tradição social católica e os coloca à base das cruciais questões sociais dos nossos dias: os inícios do século vinte e um".
"O Santo Padre não prescreve plano ou receita alguma, nem tampouco políticas ou soluções. Em troca, ele recomenda a Palavra de Deus como nossa ferramenta de discernimento", explicou.
Finalmente ressaltou que "o próprio compromisso de Deus com o mundo pela Palavra, tem que ser desenvolvido do melhor modo possível pelo nosso competente e generoso compromisso, com os pobres das tantas pobrezas que devemos combater, nosso compromisso em favor da reconciliação, da justiça e da paz".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Em sua conferência titulada "Palavra de Deus e compromisso no mundo" pronunciada no dia 9 de Fevereiro no congresso "A Sagrada Escritura na vida da Igreja" organizado pela Conferência Episcopal Espanhola e que se realiza em Madrid, o Cardeal disse que "a Palavra de Deus é fonte e conteúdo do compromisso da Igreja no mundo".
O Cardeal assinalou que logo após a criação, "obra de suas mãos”, Deus sempre esteve comprometido com ela; e é este o sentido da criação como cosmos, que melhor ilustra o poder sustentador de sua palavra na criação. 'Cosmos' descreve o mundo criado como um ordenado e adornado sistema".
"Isso conota beleza e bondade, porque há ordem; e isto é no que a Palavra de Deus transformou o caos da criação. Assim, o caos ante a presença da e com a Palavra de Deus se converte em um cosmos", acrescentou.
Pelo contrário, advertiu, "o cosmos privado da, e sem a Palavra de Deus reverter-se-á em caos. A continuada existência e evolução do cosmos, portanto, deve-se ao poder criador e transformador da Palavra de Deus sempre presente no mundo".
Logo depois de precisar que a Bíblia também revela o intuito divino para a humanidade, o Cardeal disse que "neste sentido, para o mundo seria uma situação crítica e arriscada o facto de estar sem a Palavra de Deus, seja por causa de seus próprios pecados seja pela falta de profetas e sacerdotes".
O Cardeal membro da Cúria, referiu-se ainda ao compromisso de Deus com a salvação de todo o género humano: "Deus revela o amor, a misericórdia, a compaixão e a fidelidade com a qual se compromete com o mundo e a humanidade, enquanto mantém ante o mundo as virtudes da paz, da justiça, da segurança, da fraterna preocupação, a honestidade e a fidelidade, ensinando a cultivá-las", disse.
Como plenitude desta revelação, Deus faz-se homem em Cristo para ser "presença de Deus entre os homens. Assim, em Jesus, a palavra encarnada, a revelação do compromisso de Deus no mundo e para o homem foi expressa como uma presença: a presença de Deus que cura, consola, ensina, apalpa e é apalpada; a presença que expulsa os demónios, perdoa os pecados, e redime ou salva; é a presença que revela o infinito amor paternal de Deus".
"A Palavra de Deus em sua forma preeminente e inspirada, que é a Escritura, e em suas formas derivadas nos ensinamentos da Igreja, constitui a fonte de todas as formas de compromisso da Igreja no mundo", continuou.
Seguidamente o Cardeal recorda as palavras do Papa Bento XVI na encíclica Caritas in veritate sobre o desenvolvimento humano integral, que "reúne muitos recursos da Escritura e de nossa tradição social católica e os coloca à base das cruciais questões sociais dos nossos dias: os inícios do século vinte e um".
"O Santo Padre não prescreve plano ou receita alguma, nem tampouco políticas ou soluções. Em troca, ele recomenda a Palavra de Deus como nossa ferramenta de discernimento", explicou.
Finalmente ressaltou que "o próprio compromisso de Deus com o mundo pela Palavra, tem que ser desenvolvido do melhor modo possível pelo nosso competente e generoso compromisso, com os pobres das tantas pobrezas que devemos combater, nosso compromisso em favor da reconciliação, da justiça e da paz".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
As leis fracturadas da agenda fracturante
O nosso afã em legislar é, como sabemos, inversamente proporcional à valorização dos efeitos práticos das leis aprovadas. A chamada agenda fracturante é disto um claro e triste exemplo: uma sucessão de processos legislativos com reserva mental, de duvidosos benefícios e evidentes prejuízos. A descoberto ficam, agora, os verdadeiros objectivos dos seus promotores: o triunfo do mais primitivo relativismo moral, através da morte formal de valores essenciais sem os quais qualquer sociedade se desumaniza perigosamente. Produziu-se um conjunto de leis fracturadas, todas problemáticas na sua aplicação, duvidosas na sua interpretação e com resultados muito diversos daqueles que se propunham alcançar.
Senão vejamos: ainda há dias, foi notícia que os juízes ignoravam a nova lei do divórcio, dois anos após a sua entrada em vigor, e continuavam a aplicar o conceito de "culpa". As mudanças essenciais da lei parecem não ter tido consequências, e os riscos para os quais magistrados e advogados alertaram revelaram-se pertinentes, assim como os argumentos do Presidente da República aquando do veto.
Já a lei que veio permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo só foi aprovada porque incorporou expressamente uma humilhante capitis diminutio: os gays podem casar-se mas não lhes é reconhecida qualquer capacidade parental. Um problema a resolver a posteriori? Uma suposta capitulação táctica? Não, apenas uma humilhação infligida pelos defensores da lei, pelos paladinos dessa igualdade inventada à pressa e pelo preço mais barato. Quantos gays e lésbicas se casaram entretanto? Pouquíssimos. Mas, como se sabe, o objectivo não era esse.
A Lei da Procriação Medicamente Assistida também sofreu do mesmo processo que escamoteia o essencial e remete para momento posterior omissões e contradições. Todos sabem que no actual estado da arte os embriões excedentários são uma consequência inultrapassável, mas o legislador preferiu nada dizer sobre a sua destruição. Este era e é o busílis da lei, e à falta de melhor solução varreu-se para debaixo do tapete. Vem agora o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, mais de quatro anos depois, propor uma espécie de eliminação administrativa dos embriões excedentários - vida humana para todos os efeitos - sem sequer cuidar de um mínimo de formalidade que a natureza da questão requer, limites precisos como recomenda a dignidade da matéria, mecanismos de certeza e segurança jurídica que previnam más práticas e abusos. Entretanto, os jornais dão conta da venda de óvulos (a lei só permite a doação), e, mesmo perante a evidência da entrevista dada pela vendedora, a inspecção vem dizer que não detectou qualquer irregularidade.
Eram já conhecidos indicadores preocupantes no que se refere ao aborto após a aprovação da lei, mas ficámos agora a saber que os resultados vão no sentido oposto do que foi propagado pelos que promoveram a liberalização e viabilizaram a lei: 50% das mulheres que fazem aborto faltam à consulta de planeamento familiar obrigatória 15 dias depois; há mulheres que fazem, no Serviço Nacional de Saúde, dois a três abortos por ano; o número de abortos aumentou de 12 mil para 18 mil, em 2008, e para 19 mil em 2009, mantendo-se a tendência em 2010.
Como se vê, a lei consagrou uma cultura de exaltação do egoísmo e da irresponsabilidade: da mulher em relação a si própria, a um terceiro cujo direito a nascer é preterido ao menor capricho e à sociedade em geral que não se revê num desmazelo militante cuja factura não quer pagar.
Fala-se agora na necessidade de corrigir as falhas destas leis, e há mesmo quem diga que é preciso coragem para o fazer. Resta saber para quê: para pôr de lado hipocrisias e oportunismos políticos e corrigir leis moldadas em equívocos, ou bastará a pequena coragem do remendo legislativo que dissolva a incomodidade das evidências e devolva a todos uma benévola sonolência?
Maria José Nogueira Pinto
(Fonte: DN online)
Senão vejamos: ainda há dias, foi notícia que os juízes ignoravam a nova lei do divórcio, dois anos após a sua entrada em vigor, e continuavam a aplicar o conceito de "culpa". As mudanças essenciais da lei parecem não ter tido consequências, e os riscos para os quais magistrados e advogados alertaram revelaram-se pertinentes, assim como os argumentos do Presidente da República aquando do veto.
Já a lei que veio permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo só foi aprovada porque incorporou expressamente uma humilhante capitis diminutio: os gays podem casar-se mas não lhes é reconhecida qualquer capacidade parental. Um problema a resolver a posteriori? Uma suposta capitulação táctica? Não, apenas uma humilhação infligida pelos defensores da lei, pelos paladinos dessa igualdade inventada à pressa e pelo preço mais barato. Quantos gays e lésbicas se casaram entretanto? Pouquíssimos. Mas, como se sabe, o objectivo não era esse.
A Lei da Procriação Medicamente Assistida também sofreu do mesmo processo que escamoteia o essencial e remete para momento posterior omissões e contradições. Todos sabem que no actual estado da arte os embriões excedentários são uma consequência inultrapassável, mas o legislador preferiu nada dizer sobre a sua destruição. Este era e é o busílis da lei, e à falta de melhor solução varreu-se para debaixo do tapete. Vem agora o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, mais de quatro anos depois, propor uma espécie de eliminação administrativa dos embriões excedentários - vida humana para todos os efeitos - sem sequer cuidar de um mínimo de formalidade que a natureza da questão requer, limites precisos como recomenda a dignidade da matéria, mecanismos de certeza e segurança jurídica que previnam más práticas e abusos. Entretanto, os jornais dão conta da venda de óvulos (a lei só permite a doação), e, mesmo perante a evidência da entrevista dada pela vendedora, a inspecção vem dizer que não detectou qualquer irregularidade.
Eram já conhecidos indicadores preocupantes no que se refere ao aborto após a aprovação da lei, mas ficámos agora a saber que os resultados vão no sentido oposto do que foi propagado pelos que promoveram a liberalização e viabilizaram a lei: 50% das mulheres que fazem aborto faltam à consulta de planeamento familiar obrigatória 15 dias depois; há mulheres que fazem, no Serviço Nacional de Saúde, dois a três abortos por ano; o número de abortos aumentou de 12 mil para 18 mil, em 2008, e para 19 mil em 2009, mantendo-se a tendência em 2010.
Como se vê, a lei consagrou uma cultura de exaltação do egoísmo e da irresponsabilidade: da mulher em relação a si própria, a um terceiro cujo direito a nascer é preterido ao menor capricho e à sociedade em geral que não se revê num desmazelo militante cuja factura não quer pagar.
Fala-se agora na necessidade de corrigir as falhas destas leis, e há mesmo quem diga que é preciso coragem para o fazer. Resta saber para quê: para pôr de lado hipocrisias e oportunismos políticos e corrigir leis moldadas em equívocos, ou bastará a pequena coragem do remendo legislativo que dissolva a incomodidade das evidências e devolva a todos uma benévola sonolência?
Maria José Nogueira Pinto
(Fonte: DN online)
S. Josemaría Escrivá - Aconteceu nesta data em 1907
Nasce Lolita, irmã de São Josemaría. Morre cinco anos depois. Em 1975, recebe a medalha de ouro da cidade que o viu nascer. No discurso que pronuncia nessa ocasião, diz: “Nestes longos tempos de residência na Roma eterna, junto da sede de Pedro, ou quando o trabalho apostólico me levava por caminhos remotos, a memória de Barbastro e das suas gentes esteve, e está, muito dentro de mim. Cruzam-se no meu pensamento tantos nomes, relacionados com a família que Deus, na sua amável providência, me quis conceder. A minha oração mais fervorosa abarca todos quantos abandonaram já esta vida: para eles peço ao Senhor que lhes tenha concedido o dom da felicidade eterna”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bom Dia!
Um olhar sobre a vida humana
Clique em "Bom Dia!" e acederá directamente ao blogue NUNC COEPI e ao texto. Obrigado!
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Deus e a dignidade humana
«O reconhecimento de Deus não se opõe de modo algum à dignidade humana, já que esta dignidade tem no próprio Deus o seu fundamento e perfeição. É Deus criador que constitui o homem inteligente e livre na sociedade. E, sobretudo, o homem é chamado como filho à união com Deus e à participação na sua felicidade»
(Gaudium et spes, nº 21)
(Gaudium et spes, nº 21)
O MEDO DO DEMÓNIO? (5)
Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica
418. Como consequência do pecado original, a natureza humana ficou enfraquecida nas suas forças e sujeita à ignorância, ao sofrimento e ao domínio da morte, e inclinada para o pecado – inclinação que se chama «concupiscência» .
Assim o Demónio serve-se dessa nossa inclinação para o pecado, para tentando-nos, nos levar a pecar, e pelo pecado nos afastar de Deus, razão pela qual e mais uma vez a nossa vigilância tem de ser constante, com uma vivência real e verdadeira da fé que afirmamos professar.
E não nos enganemos, pois é muitas vezes nas mais “pequeninas” coisas que nos deixamos enredar e, em vez de caminharmos em Cristo como é nosso desejo, caminhamos “distraídos”, deixando-nos envolver em coisas que parecem um bem, mas que afinal nos vão afastando do bem que nos é dado quando vivemos segundo a vontade Deus.
Reflictamos agora como por vezes nos podemos deixar levar na tentação subtil, quando nos dispomos a servir, (mesmo fazendo-o em Igreja), que nos leva a afastarmo-nos do bom propósito de algo a que fomos chamados para o bem comum.
Uma história verdadeira, resumidamente, a propósito do que acima é referido.
418. Como consequência do pecado original, a natureza humana ficou enfraquecida nas suas forças e sujeita à ignorância, ao sofrimento e ao domínio da morte, e inclinada para o pecado – inclinação que se chama «concupiscência» .
Assim o Demónio serve-se dessa nossa inclinação para o pecado, para tentando-nos, nos levar a pecar, e pelo pecado nos afastar de Deus, razão pela qual e mais uma vez a nossa vigilância tem de ser constante, com uma vivência real e verdadeira da fé que afirmamos professar.
E não nos enganemos, pois é muitas vezes nas mais “pequeninas” coisas que nos deixamos enredar e, em vez de caminharmos em Cristo como é nosso desejo, caminhamos “distraídos”, deixando-nos envolver em coisas que parecem um bem, mas que afinal nos vão afastando do bem que nos é dado quando vivemos segundo a vontade Deus.
Reflictamos agora como por vezes nos podemos deixar levar na tentação subtil, quando nos dispomos a servir, (mesmo fazendo-o em Igreja), que nos leva a afastarmo-nos do bom propósito de algo a que fomos chamados para o bem comum.
Uma história verdadeira, resumidamente, a propósito do que acima é referido.
Meditação de Francisco Fernández Carvajal
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Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Isaac de l'Étoile (? - c. 1171), monge cistercense
Sermão 33, 1º para o 2º Domingo de Quaresma (a partir da trad. cf. SC 207, pp. 221-227)
«Jesus foi para a região de Tiro»
Sermão 33, 1º para o 2º Domingo de Quaresma (a partir da trad. cf. SC 207, pp. 221-227)
«Jesus foi para a região de Tiro»
O Evangelho do dia 10 de Fevereiro de 2011
Evangelho segundo S. Marcos 7,24-30
24 Partindo dali, foi Jesus para os confins de Tiro e de Sidónia. Tendo entrado numa casa, não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde ocultar-Se,25 pois logo uma mulher, cuja filha estava possessa do espírito imundo, logo que ouviu falar d'Ele, foi lançar-se a Seus pés.26 Era uma mulher gentia, de origem sirofenícia. Suplicava-lhe que expulsasse da sua filha o demónio.27 Jesus disse-lhe: «Deixa que primeiro sejam fartos os filhos, porque não está certo tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães».28 Mas ela respondeu-Lhe: «Assim é, Senhor, mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, das migalhas que caem dos filhos».29 Ele disse-lhe: «Por esta palavra que disseste, vai, que o demónio saiu da tua filha».30 Voltando para casa, encontrou a menina deitada na cama, e o demónio tinha saído dela.
24 Partindo dali, foi Jesus para os confins de Tiro e de Sidónia. Tendo entrado numa casa, não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde ocultar-Se,25 pois logo uma mulher, cuja filha estava possessa do espírito imundo, logo que ouviu falar d'Ele, foi lançar-se a Seus pés.26 Era uma mulher gentia, de origem sirofenícia. Suplicava-lhe que expulsasse da sua filha o demónio.27 Jesus disse-lhe: «Deixa que primeiro sejam fartos os filhos, porque não está certo tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães».28 Mas ela respondeu-Lhe: «Assim é, Senhor, mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, das migalhas que caem dos filhos».29 Ele disse-lhe: «Por esta palavra que disseste, vai, que o demónio saiu da tua filha».30 Voltando para casa, encontrou a menina deitada na cama, e o demónio tinha saído dela.
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