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domingo, 8 de junho de 2008
Proclamar Jesus Cristo
(S. Lucas, 8, 39)
Nesta recta final que nos aproxima do Ano Paulino declarado pelo Santo Padre e com início no dia de S. Pedro e S. Paulo, procuremos imitar S. Paulo que foi um incansável proclamador da palavra de Jesus Cristo.
Não seremos capazes de o fazer com o seu brilhantismo, mas com fé e humildade tentemos à nossa dimensão, ser também “apóstolos” das gentes e procuremos desde já e para além da própria celebração que se estende por um ano, divulgar a Sua palavra, mesmo àqueles que já a conheçam, mas que a não têm cultivado e acarinhado.
(JPR)
Bento XVI: hoje Domingo ao meio-dia, comentando o Evangelho do dia, antes da recitação do Angelus
O Papa começou por recordar que no centro da liturgia da Palavra deste domingo se encontra uma expressão do profeta Oseias, que Jesus retoma no Evangelho “Quero o amor e não o sacrifício, o conhecimento de Deus mais do que os holocaustos”.
“Trata-se de uma palavra-chave, uma daquelas palavras que nos introduzem no coração da Sagrada Escritura” – sublinhou Bento XVI. O contexto em que Jesus faz sua esta passagem do profeta, é a vocação de Mateus, que uma celebérrima pintura de Caravaggio tão bem ilustra. Jesus vai a casa de Mateus, onde se encontra e está à mesa com tantos outros publicanos, todos considerados publicamente pecadores. Aos fariseus escandalizados ele responde: “Não são os sãos que têm necessidade do médico, mas os doentes… Não vim chamar os justos, mas os pecadores”.
“O evangelista Mateus, sempre atento ao elo que liga Antigo e Novo Testamento, neste ponto põe nos lábios de Jesus a profecia de Oseias: Ide e aprendei o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício.”
“É tal a importância desta expressão do Profeta que o Senhor a cita novamente noutro contexto, a propósito da observância do Sábado – prosseguiu Bento XVI. Também neste caso Ele assume a responsabilidade da interpretação do preceito, revelando-se como Senhor das próprias instituições legais.
“Portanto, Jesus, Verbo feito homem, reencontrou-se plenamente, por assim dizer, neste oráculo de Oseias. Fê-lo com todo o seu coração e realizou-se no seu comportamento, à custa até mesmo de ferir a sensibilidade dos chefes do seu povo. Esta palavra de Deus chegou até nós através dos Evangelhos, como uma das sínteses de toda a mensagem cristã:
a verdadeira religião consiste no amor de Deus e do próximo. É isso o que dá valor ao culto e à prática dos preceitos.
”Bento XVI concluiu dirigindo o olhar a Maria, para que, por intercessão da Mãe de misericórdia, possamos “viver sempre na alegria da experiência cristã”, em “filial abandono em relação a Deus, que é misericórdia infinita”. Poderemos assim fazer nossa uma conhecida oração de Santo Agostinho:
“Tem piedade de mim, Senhor. Eis-me aqui, não escondo as minhas feridas. Tu és o médico, eu sou o doente; Tu és misericordioso, eu mísero… Toda a minha esperança está na tua grande misericórdia”.
(Fonte: Radio Vaticana)
Nota: Sobre a pintura de Caravaggio vide primeira inserção do dia de hoje. Obrigado!