Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Desabafo

Quando soube da morte de Eluana Englaro em Itália após 17 anos em estado de coma, pedi ao Senhor que a recebesse no seu Reino e que perdoasse o Pai desta jovem italiana pela falta de visão sobrenatural do sofrimento, pois dificilmente concebo que tenha agido pensando exclusivamente que estaria a servir o interesse da filha. Ter-se-á sentido aliviado provavelmente e isso tê-lo-á consolado momentaneamente, embora esquecendo-se que não lhe cabia decidir sobre a vida filha, pois ela era de Deus e só Dele, que nos criou.

Também sou Pai com dois filhos em idades precisamente de menos uma ano um e de mais um, a minha filha, em relação a Eluana , é certo que o Senhor não me pediu para suportar o sofrimento a que esteve e certamente ainda estará submetido o Pai desta, mas espero estar preparado para tudo o que for a sua vontade, doutra forma não faria sentido rezar-Lhe todos os dias na Santa Missa ou no Terço «seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu» e é a Ele que pertence a nossa vida, e em circunstância alguma temos o direito, seja em que contexto for, de dispor dela, por muito grande que seja o nosso sofrimento, antes devemos ser fortes e oferecer-Lhe esse mesmo sofrimento certos de que nos dará «cem por um» (Mc 4, 8).

Amanhã já ninguém falará de Eluana, deixará de ser notícia e de arma de arremesso contra a Igreja, mas infelizmente continuar-se-ão a cometer violações brutais contra a vida e haverá quem capitalize politicamente com o tema.

A este propósito, ocorreu-me um discurso recente do Presidente Obama num templo, em que de uma forma surpreendentemente leviana, populista e demagógica citava as Sagradas Escrituras, para justificar o injustificável, ou seja, que o agradar à sociedade requeria equilíbrio em que os valores não contam desde que se esteja a contribuir para o agrado de uma maioria. Pois é, Hitler quando subiu ao poder também obteve uma maioria relativa nas eleições e é unanimemente reconhecido que no auge do seu regime, era apoiado pela maioria do povo alemão, e depois viu-se.

Palavras como consciência e valores de nada valem, se pronunciadas em alguns ambientes, demasiados para o meu conceito de vida, são sinónimo de chacota e segregação, mas o Senhor não nos prometeu vida terrena fácil, mas em contrapartida prometeu-nos o Reino dos Céus e Ele merece todos os sacrifícios e provações a que possamos ser submetidos.

(JPR)

Bento XVI hoje ao receber as Cartas Credenciais do Embaixador do Brasil

Recebendo nesta segunda-feira as Cartas Credenciais do novo Embaixador do Brasil, Luiz Felipe Seixas Corrêa, Bento XVI congratulou-se com o recente Acordo entre a Santa Sé e aquela República Federativa e fez votos de que os católicos brasileiros contribuam eficazmente para o progresso da nação, no respeito dos valores humanos fundamentais.

“Os objectivos, o da Igreja, na sua missão de natureza religiosa e espiritual, e o do Estado, apesar de distintos, confluem num ponto de convergência: o bem da pessoa humana e o bem comum da Nação” – sublinhou o Papa. Como observou um dia João Paulo II, “o entendimento respeitoso, a preocupação de independência mútua e o princípio de servir melhor o homem, dentro de uma concepção cristã, hão-de ser factores de concórdia cujo beneficiário será o próprio povo".

Bento XVI congratulou-se com “a convergência de princípios” entre a Sé Apostólica e o governo brasileiro “no que diz respeito às ameaças à Paz mundial, quando esta se vê afectada pela ausência da visão de respeito ao próximo em sua dignidade humana”. “O recente conflito no Médio Oriente prova a necessidade de apoiar todas as iniciativas destinadas a resolver pacificamente as divergências havidas” – acrescentou ainda o Papa, que prosseguiu reiterando “a esperança de que, em conformidade com os princípios que zelam pela dignidade humana, dos quais o Brasil sempre se fez paladino, se continuem a fomentar e divulgar os valores humanos fundamentais, sobretudo quando se trata de reconhecer de maneira explícita a santidade da vida familiar e a salvaguarda do nascituro, desde o momento da sua concepção até o seu termo natural”. No que diz respeito às experiências biológicas, “a Santa Sé vem promovendo incansavelmente a defesa de uma ética que não deturpe e proteja a existência do embrião e o seu direito de nascer”.

Referindo, “com satisfação”, o facto de o governo brasileiro, “em clima de solidariedade e de mútuo entendimento”, “apoiar iniciativas destinadas a favorecer a luta contra a pobreza e o despreparo tecnológico, tanto a nível nacional como internacional”. O Papa fez votos de que ser prossiga no Brasil “a política de redistribuição da renda interna”, em ordem a “uma maior justiça social, a bem da população”. Mas fez questão de sublinhar que, “para além da pobreza material, incide de maneira relevante a pobreza moral que grassa pelo mundo afora, inclusive ali onde não se carece de bens materiais”. De facto (advertiu), “o perigo do consumismo e do hedonismo, aliado à falta de sólidos princípios morais que norteiem a vida do simples cidadão, torna vulnerável a estrutura da sociedade e da família”. Assim, “nunca é demais insistir na urgência de uma sólida formação moral a todos os níveis, inclusive no âmbito político, face às constantes ameaças geradas pelas ideologias materialistas ainda reinantes e, particularmente, à tentação da corrupção na gestão do dinheiro público e privado. A esta finalidade, o cristianismo pode proporcionar uma válida contribuição”, sendo como é “uma religião de liberdade e de paz e está ao serviço do verdadeiro bem da humanidade”. “É na esteira destes valores que a Igreja continua a oferecer este serviço de profundo valor evangélico que favoreça a consecução da paz e da justiça entre todos os povos”.

Aludindo ao recente Acordo assinado entre a Santa Sé e o Brasil, definindo “o estatuto jurídico civil da Igreja Católica” no país e regulamentando “as matérias de mútuo interesse entre ambas as Partes”, Bento XVI considerou viu neste passo um sinal significativo da “sincera colaboração que a Igreja deseja manter, dentro da sua missão própria”, com o Governo do Brasil. Neste sentido, exprimiu a esperança de que este Acordo “facilite o livre exercício da missão evangelizadora da Igreja e fortaleça ainda mais a sua colaboração com as instituições civis para o desenvolvimento integral da pessoa”. “A fé e a adesão a Jesus Cristo (observou Bento XVI, quase a concluir) impõem que os fiéis católicos, também no Brasil, se tornem instrumentos de reconciliação e de fraternidade, na verdade, na justiça e no amor”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

“Com o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus”

A prática fiel do jejum contribui ainda para conferir unidade à pessoa, corpo e alma, ajudando-a a evitar o pecado e a crescer na intimidade com o Senhor. Santo Agostinho, que conhecia bem as próprias inclinações negativas e as definia «nó complicado e emaranhado» (Confissões, II, 10.18), no seu tratado A utilidade do jejum, escrevia: «Certamente é um suplício que me inflijo, mas para que Ele me perdoe; castigo-me por mim mesmo para que Ele me ajude, para aprazer aos seus olhos, para alcançar o agrado da sua doçura» (Sermo 400, 3, 3: PL 40, 708). Privar-se do sustento material que alimenta o corpo facilita uma ulterior disposição para ouvir Cristo e para se alimentar da sua palavra de salvação.


(Mensagem para a Quaresma de 2009 de Bento XVI)

Memória de um bispo sábio

Lembro-me como se fosse hoje. Estava eu a dar os primeiros passos de jornalista e – no intervalo de um encontro na Universidade Católica - cruzei-me com D. António dos Reis Rodrigues. Cumprimentei-o como uma jovem no início de carreira cumprimenta uma pessoa importante, consciente de estar a falar com um homem de grande cultura, um bispo sábio, com idade de ser meu avô.

Alheio a esta desproporção, D. António Rodrigues mostrou-se logo disponível.Com aquele olhar penetrante que o definia, interessou-se pelo que eu fazia e, durante todo o intervalo, caminhámos lado a lado no parque de estacionamento, a conversar sobre a Igreja e os desafios da modernidade.

Várias vezes voltámos a falar. A sua paternidade reflectia-se numa palavra certeira, num bilhete pessoal que tantas vezes escrevia, na sua presença discreta como um simples fiel para assistir a conferências, na lucidez com que formulava um juízo.Foi graças a ele que aprendi a amar a Igreja e a importância de ser jornalista.

Aura Miguel

(Fonte: site RR)

O Evangelho do dia 9 de Fevereiro de 2009

São Marcos 6, 53-56

Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos fizeram a travessia do lago e vieram para terra em Genesaré, onde aportaram. Quando saíram do barco, as pessoas reconheceram logo Jesus; então percorreram toda aquela região e começaram a trazer os doentes nos catres, para onde ouviam dizer que Ele estava.

Nas aldeias, cidades ou casais onde Jesus entrasse, colocavam os enfermos nas praças públicas e pediam que os deixasse tocar-Lhe ao menos na orla do manto.

E todos os que O tocavam ficavam curados.