Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O Senhor sabe esperar

O Santo Padre presidiu, na manhã desta quarta-feira, a uma celebração Eucarística, na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, da qual participaram sacerdotes e funcionários do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, guiados pelo Presidente do organismo, Cardeal Jean-Louis Tauran.

Na sua homilia, o Papa partiu da Liturgia de Festa de São Tomé, na qual destacou que “para encontrar o Deus vivo é necessário beijar, com ternura, as chagas de Jesus em nossos irmãos famintos, pobres, enfermos, prisioneiros.

Depois da Ressurreição, disse o Papa, Jesus apareceu aos apóstolos, reunidos no Cenáculo, mas Tomé não estava presente. Mas, o Senhor sabe esperar, aliás, ele dá a cada um de nós o tempo necessário para acreditar. Tomé, de facto, recebeu uma semana. Não obstante, quis colocar o dedo das suas chagas:

“Ele era um cabeça dura. Mas, o Senhor escolheu precisamente um cabeça dura para fazer entender uma coisa tão nobre. Tomé viu o Senhor e foi convidado a colocar o dedo nas chagas do Senhor ressuscitado. Mas, foi mais além e disse ‘meu Senhor e meu Deus’. Assim, ele foi o primeiro dos discípulos a confessar a divindade de Jesus, depois da sua ressurreição. E o adorou!”.

Na história da Igreja, afirmou o Pontífice, houve erros no nosso caminho rumo a Deus. Quantos se perderam no caminho e não chegaram à meta, que é Deus! Outros pensaram que, para chegar a Deus, seria preciso a mortificação, a austeridade e escolheram o caminho da penitência e do Jejum. Mas, nem mesmo esses conseguiram chegar ao Deus vivo. Pensavam de chegar à meta somente através do esforço pessoal.

Porém, recordou o Papa, Jesus nos diz que o caminho para encontrá-lo é através das suas chagas, ou seja, das obras de misericórdia para com quem tem fome, sede, nu, humilde, humilde, escravo, prisioneiro, hospitalizado.

Rádio Vaticano

A EFEMERIDADE DA VIDA TERRENA

É sempre trágico, triste, difícil, ver morrer alguém, e ainda mais, se esse alguém é ainda jovem, no começo de uma vida adulta que ainda tem muito para dar e viver.

Mas estas situações, como a que infelizmente aconteceu na vida deste “jovem adulto”, Angélico, leva-nos, ou deve levar-nos a reflectir na efemeridade da vida terrena.

Quando somos jovens, a vida parece-nos uma longa estrada, da qual não se descortina o fim, parecendo-nos tão longe, tão longe a sua meta, que é algo que não entra nos nossos pensamentos, nas nossas preocupações, nos nossos planos.

Parece-nos que o tempo é infinito, e que nunca vai acabar!

Às vezes até quase pensamos, que durante a nossa vida, o nosso tempo, algo se vai alterar e as pessoas vão deixar de morrer, e, oh sonho humano, até deixar de envelhecer!

A verdade é que, quer queiramos quer não, todos os dias somos confrontados com realidades como a que dá origem a este texto, embora na nossa juventude logo nos convençamos que isso a nós nunca pode acontecer.

Não interessam para esta reflexão as razões porque tal aconteceu, mas apenas a realidade dura do facto em si: quando a vida era uma estrada aberta que parecia não ter fim, foi brutal e inesperadamente interrompida.

Foi um acidente, poderia ter sido uma doença súbita, ou qualquer outro motivo que num instante sem contarmos, interrompe definitivamente “aquilo” que tínhamos por seguro: a vida!

Jesus Cristo diz-nos muito claramente:

«Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.» Mt 25, 13
«Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar o galo, se de manhãzinha; não seja que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós, digo a todos: vigiai!» Mc 13, 35-37
«Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.» Lc 12, 40

Mas não nos diz estas palavras para nos “meter medo”, ou para que obcecadamente vivamos no receio de perecermos de repente.

Não, Ele diz-nos estas palavras para que, exactamente ao contrário, estejamos confiantes, vivamos em esperança, ao sabermo-nos preparados para um qualquer instante, que de surpresa, pode mudar a nossa vida.

E este estar preparado, vigilante, não é de modo nenhum viver de “mãos postas”, em orações repetitivas, resultado mais de medo e superstição do que vontade do coração, ou viver obcecado com a nossa condição de pecadores.

Ele conhece-nos, e sabe-nos fracos perante o pecado.
O estar vigilante, é o levantarmo-nos em cada queda, e com a graça de Deus, irmos despertando todo o nosso ser para recusar aquilo em que mais facilmente caímos.

O estar preparados, é estar com o nome de Jesus no coração, com uma vontade inequívoca de fazer a Sua vontade.

O estar preparados, é pôr em prática diariamente e em cada momento, o que diz Santo Agostinho:
«Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.»

Se assim vivermos, se assim tentarmos viver, podemos estar em paz, vivendo a alegria da vida que o Senhor nos dá, a «vida em abundância» Jo10,10, e serenamente aceitar tudo aquilo que Deus permitir na nossa vida, na certeza de que, na Sua graça, com Ele viveremos para sempre.

E aqueles que vivem ao nosso lado, testemunhas do nosso testemunho de vida, perceberão, para além da tristeza e da saudade que deixa a partida, que afinal não foi uma vida que se perdeu, mas uma vida que se ganhou, pela graça de Deus.

Joaquim Mexia Alves

O Dom que nos é concedido

«Na Igreja, como comunidade do Povo de Deus guiada pelo Espírito Santo, cada um tem o seu próprio dom, como ensina São Paulo. Este dom, apesar de ser uma vocação pessoal e uma forma de participação na tarefa salvífica da Igreja, serve ao mesmo tempo os outros, constrói a Igreja e as comunidades fraternas, nas várias esferas da existência humana sobre a terra»

(Redemptor hominis, nº 21 – João Paulo II)

O testemunho de Tomé

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 84; PL 52, 438


Porque procura Tomé provas da sua fé ? […] O vosso amor, irmãos, teria gostado de que, após a ressurreição do Senhor, a falta de fé não deixasse ninguém na dúvida. Mas Tomé trazia no coração, não só a sua própria incerteza, mas a de todos os homens. Já que teria de pregar a ressurreição às nações, queria saber, como bom trabalhador, sobre que fundamentos poderia edificar um mistério que exige tanta fé. E o Senhor mostrou a todos os apóstolos aquilo que Tomé pedira: «veio Jesus e mostrou-lhes as mãos e o lado» (Jo 20,19-20). Com efeito, Aquele que entrou estando as portas fechadas poderia ser tomado pelos discípulos por um espírito se não pudesse mostrar-lhes que era realmente Ele; e as chagas eram o sinal da sua Paixão.

Depois aproximou-se de Tomé e disse-lhe: «Mete a tua mão no meu lado e não sejas incrédulo, mas crente.» Que estas feridas que abres de novo façam correr a fé por todo o universo, elas que já tinham vertido a água do baptismo e o sangue do resgate (Jo 19,34). Tomé respondeu: «Meu Senhor e meu Deus!» Venham os incrédulos e compreendam e, como diz o Senhor, não sejam mais incrédulos, mas crentes. Tomé manifesta e proclama que não está ali apenas um corpo humano, mas que, pela Paixão do seu corpo de carne, Cristo é Deus e Senhor. Aquele que sai vivo da morte e que ressuscita das suas chagas é verdadeiro Deus.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Felizes os que crêem sem terem visto»

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja

A fraqueza dos discípulos era tão grande que, não satisfeitos em verem o Senhor ressuscitado, quiseram ainda tocar-Lhe para acreditarem n'Ele. Não lhes bastava ver com os seus próprios olhos, ainda quiseram aproximar as suas mãos dos Seus membros e tocar nas cicatrizes das Suas feridas recentes. Foi após ter tocado e reconhecido as cicatrizes, que o discípulo incrédulo exclamou: «Meu Senhor e meu Deus!» Essas cicatrizes revelavam Aquele que curava todas as feridas dos outros. Não teria o Senhor podido ressuscitar sem cicatrizes? Mas no coração dos seus discípulos, Ele via feridas que as cicatrizes que conservara no Seu corpo deviam sarar.

E que responde o Senhor a esta confissão de fé do seu discípulo que diz: «Meu Senhor e meu Deus»? «Porque Me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto.» De quem fala Ele, meus irmãos, se não de nós? E não apenas de nós mas também daqueles que virão depois de nós. Porque, pouco tempo depois, quando Ele escapou aos olhares mortais para fortalecer a fé nos seus corações, todos aqueles que se tornaram crentes creram sem terem visto, e a sua fé tinha um grande mérito: para a obterem, eles aproximaram d'Ele, não uma mão que queria tocar, mas apenas um coração afectuoso.

O Evangelho do dia 3 de julho de 2013

Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Os outros discípulos disseram-lhe: «Vimos o Senhor!». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas Suas mãos a abertura dos cravos, se não meter a minha mão no Seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, colocou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Em seguida disse a Tomé: «Mete aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos, aproxima também a tua mão e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas fiel!». Respondeu-Lhe Tomé: «Meu Senhor e Meu Deus!». Jesus disse-lhe: «Tu acreditaste, Tomé, porque Me viste; bem-aventurados os que acreditaram sem terem visto».

Jo 20, 24-29