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domingo, 13 de junho de 2010
Papa dá graças a Deus pelo Ano Sacerdotal e recorda Padre Popieluszko e tantos outras figuras exemplares de sacerdotes dedicados
Vídeo em espanhol
A dois dias do encerramento do Ano Sacerdotal, neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, Bento XVI deu graças a Deus pelos benefícios que esta iniciativa promoveu na Igreja universal. Nunca ninguém os poderá medir – reconheceu – mas estes frutos são visíveis, e outros se hão-de ver no futuro. Aludindo aos quinze mil padres que em Roma participaram nas celebrações conclusivas, que culminaram na solenidade, sexta-feira, do Sagrado Coração de Jesus, afirmou o Papa.
“O sacerdote é um dom do Coração de Cristo: um dom para a Igreja e para o mundo. É do Coração do Filho de Deus, transbordante de caridade, que brotam todos os bens da Igreja. Ali tem origem, de modo particular, a vocação daqueles homens que, conquistados pelo Senhor Jesus, deixam tudo para se dedicarem inteiramente ao serviço do povo cristão, a exemplo do Bom Pastor”.
O sacerdote – prosseguiu o Papa – está plasmado da própria caridade de Cristo, aquele amor que O levou a dar a vida pelos amigos e também a perdoar aos inimigos. Por isso, os padres são os primeiros operários da civilização do amor.
Neste contexto, o Santo Padre evocou a figura de tantos padres, conhecidos e menos conhecidos, alguns deles elevados à honra dos altares, e outros cujo recordação permanece indelével nos fiéis, eventualmente, no âmbito restrito de uma pequena comunidade paroquial. Aludindo ao Cura d’Ars, tão recordado ao longo do Ano Sacerdotal, Bento XVI fez votos de que a sua intercessão continua a acompanhar-nos também de agora em diante.
Outra figura sacerdotal recordada hoje pelo Papa foi o padre Jerzy Popieluszko, mártir, beatificado em Varsóvia no domingo passado.
“Exerceu o seu generoso e corajoso ministério junto de todos os que se empenhavam a favor da liberdade, a defesa da vida e a sua dignidade. Essa sua acção ao serviço do bem e da verdade era um sinal de contradição para o regime que então governava a Polónia. Foi o amor do Coração de Cristo que o levou a dar a vida e o seu testemunho foi semente de uma nova primavera na Igreja e na sociedade.
Se olharmos para a história, podemos observar quantas páginas de autêntica renovação espiritual e social foram escritas com o contributo decisivo de padres católicos, unicamente animados pela paixão pelo Evangelho e pelo homem, pela sua verdadeira liberdade, religiosa e civil. Quantas iniciativas de promoção humana integral partiram da intuição de um coração sacerdotal”.
Após a recitação das Ave Marias, nas saudações aos diferentes grupos de peregrinos, Bento XVI evocou duas beatificações que tiveram lugar neste fim de semana, respectivamente em Espanha, ontem, sábado, e neste domingo de manhã, na Eslovénia. No primeiro caso, na cidade de Linares, da diocese andaluza de Jaen:
“(Ali) teve lugar a beatificação de Manuel Lozano Garrido, leigo que com o seu exemplo e os seus escritos soube irradiar o amor de Deus, mesmo no meio dos sofrimentos que o mantiveram constrangido a uma cadeira de rodas durante quase vinte e oito anos. No final da vida perdeu a vista, mas continuou a ganhar para Cristo os corações, com serena alegria e fé inquebrantável.
Os jornalistas poderão encontrar nele um testemunho eloquente do bem que se pode fazer quando a pena reflecte a grandeza da alma e se coloca ao serviço da verdade e das causas nobres”.
A outra referência do Papa foi à beatificação que teve lugar neste domingo de manhã, na Eslovénia, na missa conclusiva do Congresso Eucarístico Nacional, do jovem mártir Lojze Grozde:
“Era particularmente devoto da Eucaristia, que alimentava a sua fé inabalável, a sua capacidade de sacrifício pela salvação das almas, assim como o seu apostolado na Acção Católica para conduzir a Cristo os outros jovens”
(Fonte: site Radio Vaticana)
Ministra da Cultura: a alface, a sopa e o Chanel
Passando os olhos pelos jornais, paro na leitura de uma importante notícia. Como disse ao país o senhor presidente da República em comunicação recente, vivemos um momento muito difícil, estamos em crise, o desemprego bate na casa de muitos portugueses pelo que é necessário concentrarmo-nos no essencial. Leio então os jornais e revistas, diários e semanários, passo à frente o futebol, para encontrar as acções governamentais que me devolvam a esperança e a certeza de que virão melhores dias.
Subitamente paro e concentro-me a ler a notícia do que anda fazendo a ministra da Cultura de Portugal. Não queria acreditar. Percebo que posou para uma sessão de fotografias para uma prestigiada revista de moda. Estranha coisa. Mas leio mais. Leio que vestiu Yves Saint Laurent, usou colar da Chanel, e não só: vestiu também um top preto da Prada e calças de Filipe Faísca...
Assaltam-me dúvidas! A primeira: por que não vestiram à ministra Armani? Francamente, ou a revista discriminou a Armani, ou a Armani não fez um vestido para a ministra porque só publicita o seu vestuário em modelos profissionais. Acho grave porque a Armani é indispensável numa sessão dessas. Será certamente em consequência da crise que só vestiram a senhora de Chanel, YSL e Prada? Por aqui se pode avaliar como a crise está mesmo dura pelo que não admira que o desemprego afecte as famílias e os reformados não tenham dinheiro, pois se até a Armani é assim posta de lado. E a Zara? Já não falo da Maconde que tem vivido momentos difíceis como se sabe pelos seus trabalhadores e muito menos dos tops made in Feira do Relógio - estes impensáveis porque seria certamente contrafacção. A notícia não deixa dúvidas. A ministra não foi vestida pelos vendedores da feira de Espinho.
Esclarecido este ponto, continuo a ler a informação importante que encontrei sem especial esforço. Informam-me que, qual modelo profissional, ou talvez, penso eu, em mero resultado da crise, na preparação da sessão fotográfica no seu gabinete, a ministra só comeu uma sopa e um prato de salada. Nem Armani nem bife. Alface, sopa e Chanel…
A ministra da Cultura do meu país, com um enorme sentido de poupança e exemplo de moderação, posou para a Vogue Portugal, no seu gabinete oficial, mas só comeu sopa e alface. Lamentavelmente, neste caso, não dizem a marca da sopa, nem da alface. Seria Modelo ou Pingo Doce? Só dizem a marca dos vestidos, das calças e do colar. Chegada aqui a minha leitura concentrada na importante notícia da política cultural, porque não me passa pela cabeça que a senhora ministra não estivesse a trabalhar no seu gabinete ao posar para a revista, e as marcas de roupa são um patrocínio certamente à acção cultural do Ministério, começo a imaginar para quem reverterão os vestidos e a receita da campanha publicitária "vestida por": para um filme, um novo autor, um grupo de teatro. Não, não se trata certamente de uma feira de vaidades, mas, sim, de uma forma imaginativa de mecenato cultural.
Repentinamente, dou por mim a meditar na frase portuguesa que mais se ouve por aí. Mas afinal que mal tem isso? É ilegal? Não deve ser de certeza e pouso os olhos na fotografia e até reconheço que o vestido e o colar são bonitos e as chaises do Ministério também.
Começo, porém, a imaginar o que diriam os agentes culturais da Esquerda bem pensante se a ministra não fosse de um governo socialista e de uma Esquerda que acha que está acima de qualquer julgamento ético e que tudo lhe é permitido sem o mínimo sentido crítico.
Mas a ministra da Cultura do meu país servir de modelo ao comércio de marcas de roupa é ético? É para isso que estão nos cargos de maior responsabilidade política do país? Um gabinete ministerial pode ou deve ser usado para esses fins? É isso que se espera de quem está à frente da Cultura em Portugal? Como vão longe as ideias, certamente antiquadas de que ser ministro é um cargo de responsabilidade, que se trata de um serviço aos outros, de uma missão, de trabalho para o bem comum, de serviço aos portugueses e, muito particularmente, aos mais necessitados para que tenham acesso aos benefícios da Cultura. E confesso que senti pena e vergonha deste pobre país.
Zita Seabra
(Fonte: JN online)
Subitamente paro e concentro-me a ler a notícia do que anda fazendo a ministra da Cultura de Portugal. Não queria acreditar. Percebo que posou para uma sessão de fotografias para uma prestigiada revista de moda. Estranha coisa. Mas leio mais. Leio que vestiu Yves Saint Laurent, usou colar da Chanel, e não só: vestiu também um top preto da Prada e calças de Filipe Faísca...
Assaltam-me dúvidas! A primeira: por que não vestiram à ministra Armani? Francamente, ou a revista discriminou a Armani, ou a Armani não fez um vestido para a ministra porque só publicita o seu vestuário em modelos profissionais. Acho grave porque a Armani é indispensável numa sessão dessas. Será certamente em consequência da crise que só vestiram a senhora de Chanel, YSL e Prada? Por aqui se pode avaliar como a crise está mesmo dura pelo que não admira que o desemprego afecte as famílias e os reformados não tenham dinheiro, pois se até a Armani é assim posta de lado. E a Zara? Já não falo da Maconde que tem vivido momentos difíceis como se sabe pelos seus trabalhadores e muito menos dos tops made in Feira do Relógio - estes impensáveis porque seria certamente contrafacção. A notícia não deixa dúvidas. A ministra não foi vestida pelos vendedores da feira de Espinho.
Esclarecido este ponto, continuo a ler a informação importante que encontrei sem especial esforço. Informam-me que, qual modelo profissional, ou talvez, penso eu, em mero resultado da crise, na preparação da sessão fotográfica no seu gabinete, a ministra só comeu uma sopa e um prato de salada. Nem Armani nem bife. Alface, sopa e Chanel…
A ministra da Cultura do meu país, com um enorme sentido de poupança e exemplo de moderação, posou para a Vogue Portugal, no seu gabinete oficial, mas só comeu sopa e alface. Lamentavelmente, neste caso, não dizem a marca da sopa, nem da alface. Seria Modelo ou Pingo Doce? Só dizem a marca dos vestidos, das calças e do colar. Chegada aqui a minha leitura concentrada na importante notícia da política cultural, porque não me passa pela cabeça que a senhora ministra não estivesse a trabalhar no seu gabinete ao posar para a revista, e as marcas de roupa são um patrocínio certamente à acção cultural do Ministério, começo a imaginar para quem reverterão os vestidos e a receita da campanha publicitária "vestida por": para um filme, um novo autor, um grupo de teatro. Não, não se trata certamente de uma feira de vaidades, mas, sim, de uma forma imaginativa de mecenato cultural.
Repentinamente, dou por mim a meditar na frase portuguesa que mais se ouve por aí. Mas afinal que mal tem isso? É ilegal? Não deve ser de certeza e pouso os olhos na fotografia e até reconheço que o vestido e o colar são bonitos e as chaises do Ministério também.
Começo, porém, a imaginar o que diriam os agentes culturais da Esquerda bem pensante se a ministra não fosse de um governo socialista e de uma Esquerda que acha que está acima de qualquer julgamento ético e que tudo lhe é permitido sem o mínimo sentido crítico.
Mas a ministra da Cultura do meu país servir de modelo ao comércio de marcas de roupa é ético? É para isso que estão nos cargos de maior responsabilidade política do país? Um gabinete ministerial pode ou deve ser usado para esses fins? É isso que se espera de quem está à frente da Cultura em Portugal? Como vão longe as ideias, certamente antiquadas de que ser ministro é um cargo de responsabilidade, que se trata de um serviço aos outros, de uma missão, de trabalho para o bem comum, de serviço aos portugueses e, muito particularmente, aos mais necessitados para que tenham acesso aos benefícios da Cultura. E confesso que senti pena e vergonha deste pobre país.
Zita Seabra
(Fonte: JN online)
Para mal dos nossos pecados...
Releio de vez em quando as inspiradas palavras de Antero de Quental num discurso que proferiu em 1871 no Casino Lisbonense e que se intitulava "Causas da Decadência dos Povos Peninsulares" para tentar perceber o que mudou desde então em Portugal e Espanha. Deixando de lado uma análise sobre o país vizinho, procuro entender, através de Antero, se nós, portugueses, 139 anos depois, fizemos uma caminhada em direcção à modernidade ou se ficámos pela cepa torta, expressão que tão amiúde usamos para caracterizar o dia-a-dia.
É certo que do ponto de vista material se vive hoje melhor em Portugal do que há 100, 50 ou 20 anos. Mas aquilo que é importante saber é se em matéria de comportamentos, de mentalidade e de identificação como povo conseguimos chegar mais longe. Quase diria que não. Que hoje, tal como dantes, continuamos a queixar-nos muito e a achar que os problemas que temos se resolvem por si próprios ou que alguém, por nós, é o responsável por encontrar uma solução. Que a tendência para o facilitismo está de tal modo enraizada que os que tentam fazer de maneira diferente são esmagados pelos gurus do "deixa andar". Que não vale a pena apostar na excelência, na criatividade e nos melhores, porque os de sempre, os amigos, os compadres, os menos preparados, já têm lugar cativo. Que não é preciso arriscar a mudança porque isso significa muito trabalho e a medrosa sensação de que irá ficar tudo na mesma. Que é melhor destruir, pensar mal, invejar, cobiçar do que construir, ajudar ou elogiar. Que para fazer bem e diferente há que deixar Portugal para trás e partir rumo a outras paragens onde o reconhecimento acaba por chegar.
Há duas décadas e meia, entrámos com a Espanha para a CEE. Voltámos a reencontrar a Europa e somos hoje parte de um clube constituído por países grandes, pequenos e médios. Temos euros no bolso, mais estradas, mais automóveis, mais centros comerciais, consumimos tanto ou mais que qualquer outro europeu, mas globalmente não avançamos naquilo em que podíamos ter feito a diferença. Falta-nos espírito de equipa, vontade, energia, sentido prático e objectivos.
Neste momento, vivemos uma grave crise económica e estamos sob a vigilância dos que há 25 anos manifestaram receios sobre a nossa capacidade de crescer como país, mas que nos deram o benefício da dúvida, porque a Europa não faria sentido sem um alargamento ao sul. Quando nos faltarem os euros e nos apontarem o dedo por mau comportamento, ficaremos atónitos a olhar para o vazio. Depois, protestaremos muito contra a decadência de que nunca nos livramos. Procuraremos um culpado, um pecador.
E disto não sairemos, se não tivermos fé em nós próprios.
Maria de Lurdes Vale
(Fonte: DN online)
Nota de JPR: a articulista termina com afirmando que temos necessidade de fé em nós próprios, tenho como indiscutível que a necessidade de Fé em Deus Nosso Senhor terá de a preceder. Bom Domingo!
É certo que do ponto de vista material se vive hoje melhor em Portugal do que há 100, 50 ou 20 anos. Mas aquilo que é importante saber é se em matéria de comportamentos, de mentalidade e de identificação como povo conseguimos chegar mais longe. Quase diria que não. Que hoje, tal como dantes, continuamos a queixar-nos muito e a achar que os problemas que temos se resolvem por si próprios ou que alguém, por nós, é o responsável por encontrar uma solução. Que a tendência para o facilitismo está de tal modo enraizada que os que tentam fazer de maneira diferente são esmagados pelos gurus do "deixa andar". Que não vale a pena apostar na excelência, na criatividade e nos melhores, porque os de sempre, os amigos, os compadres, os menos preparados, já têm lugar cativo. Que não é preciso arriscar a mudança porque isso significa muito trabalho e a medrosa sensação de que irá ficar tudo na mesma. Que é melhor destruir, pensar mal, invejar, cobiçar do que construir, ajudar ou elogiar. Que para fazer bem e diferente há que deixar Portugal para trás e partir rumo a outras paragens onde o reconhecimento acaba por chegar.
Há duas décadas e meia, entrámos com a Espanha para a CEE. Voltámos a reencontrar a Europa e somos hoje parte de um clube constituído por países grandes, pequenos e médios. Temos euros no bolso, mais estradas, mais automóveis, mais centros comerciais, consumimos tanto ou mais que qualquer outro europeu, mas globalmente não avançamos naquilo em que podíamos ter feito a diferença. Falta-nos espírito de equipa, vontade, energia, sentido prático e objectivos.
Neste momento, vivemos uma grave crise económica e estamos sob a vigilância dos que há 25 anos manifestaram receios sobre a nossa capacidade de crescer como país, mas que nos deram o benefício da dúvida, porque a Europa não faria sentido sem um alargamento ao sul. Quando nos faltarem os euros e nos apontarem o dedo por mau comportamento, ficaremos atónitos a olhar para o vazio. Depois, protestaremos muito contra a decadência de que nunca nos livramos. Procuraremos um culpado, um pecador.
E disto não sairemos, se não tivermos fé em nós próprios.
Maria de Lurdes Vale
(Fonte: DN online)
Nota de JPR: a articulista termina com afirmando que temos necessidade de fé em nós próprios, tenho como indiscutível que a necessidade de Fé em Deus Nosso Senhor terá de a preceder. Bom Domingo!
S. António oficial do Exército
Uma das características singulares da figura de Santo António em Portugal, que se estendeu a alguns países de língua e influência portuguesa, é a sua carreira militar. Durante as guerras da restauração da independência, Santo António foi várias vezes invocado para se obter a vitória face aos exércitos espanhóis. Em 1688, assentou praça no 2º Regimento de Infantaria, em Lagos, por alvará de D. Pedro II. Em 1683, foi promovido a Capitão, em atenção aos seus bons serviços militares, sendo-lhe atribuído um salário de dez mil reis. Em 1814, no contexto das invasões francesas, D. João VI promoveu-o a Tenente-Coronel de Infantaria. Nesta época, a carreira militar de Santo António estendeu-se de Portugal ao Brasil, a Angola, a Moçambique, à Índia, a Macau e a Timor Leste. Ainda hoje, nestes países, Santo António é conhecido como militar de carreira.
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1946
Durante os meses precedentes trabalhava-se em Roma sobre os documentos a apresentar para a aprovação Pontifícia do Opus Dei. Álvaro del Portillo que estava na Cidade Eterna escreve a São Josemaría no sentido da conveniência de que este se deslocasse a Roma. Numa cata datada de hoje o Fundador responde-lhe: “Não me dá jeito nenhum fazer a viagem que me apontas como conveniente: nunca estive em pior disposição física e moral. No entanto, decidido a não colocar inconvenientes à vontade de Deus, pedi hoje mesmo que me preparassem os documentos, para o caso de ser preciso: se for, irei como um fardo. Fiat!”
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
“Agora é Cristo quem vive em ti! ...
... Os teus parentes, os teus colegas, os teus amigos, vão notando a diferença, e reparam que a tua mudança não é uma mudança passageira; que já não és o mesmo. Não te preocupes. Para a frente! Cumpre o "vivit vero in me Christus" – agora é Cristo quem vive em ti! (Sulco, 424)
Qui habitat in adiutorio Altissimi in protectione Dei coelí commorabitur – Habitar sob a protecção de Deus, viver com Deus: eis a arriscada segurança do cristão. É necessário convencermo-nos de que Deus nos ouve, de que está sempre solícito por nós, e assim se encherá de paz o nosso coração. Mas viver com Deus é indubitavelmente correr um risco, porque o Senhor não Se contenta compartilhando; quer tudo. E aproximar-se d'Ele um pouco mais significa estar disposto a uma nova rectificação, a escutar mais atentamente as suas inspirações, os santos desejos que faz brotar na nossa alma, e a pô-los em prática.
Desde a nossa primeira decisão consciente de viver integralmente a doutrina de Cristo, é certo que avançámos muito pelo caminho da fidelidade à sua Palavra. Mas não é verdade que restam ainda tantas coisas por fazer? Não é verdade que resta, sobretudo, tanta soberba?
(S. Josemería Escrivá - Cristo que passa, 58)
Qui habitat in adiutorio Altissimi in protectione Dei coelí commorabitur – Habitar sob a protecção de Deus, viver com Deus: eis a arriscada segurança do cristão. É necessário convencermo-nos de que Deus nos ouve, de que está sempre solícito por nós, e assim se encherá de paz o nosso coração. Mas viver com Deus é indubitavelmente correr um risco, porque o Senhor não Se contenta compartilhando; quer tudo. E aproximar-se d'Ele um pouco mais significa estar disposto a uma nova rectificação, a escutar mais atentamente as suas inspirações, os santos desejos que faz brotar na nossa alma, e a pô-los em prática.
Desde a nossa primeira decisão consciente de viver integralmente a doutrina de Cristo, é certo que avançámos muito pelo caminho da fidelidade à sua Palavra. Mas não é verdade que restam ainda tantas coisas por fazer? Não é verdade que resta, sobretudo, tanta soberba?
(S. Josemería Escrivá - Cristo que passa, 58)
Lidar com os fracassos
É muito interessante a história de Bucéfalo, aquele cavalo que só Alexandre Magno era capaz de montar.
Todos os que o tentavam eram incapazes de se manterem na sua garupa para além de poucos segundos. O animal caracoleava, encabritava-se, e depois atirava ao chão todos os seus ginetes.
Alexandre soube observá-lo com atenção e em seguida descobriu o segredo daquele indómito corcel.
Então aproximou-se, agarrou as rédeas e pô-lo frente ao sol. Acariciou-o, soltou o seu manto, e de um salto montou sobre ele e esporeou-o com energia. Controlou as corcovas, sem deixar que se afastasse da direcção do Sol, até que o animal se calmou e seguiu a sua marcha com passo lento e tranquilo. Soaram os aplausos, e dizem os historiadores que ao vê-lo Filipe, seu pai, vaticinou que o reino da Macedónia que ele possuía seria pequeno para a glória a que o seu filho estava chamado.
Qual era a aquele segredo que só Alexandre soube descobrir?
Deu-se conta que aquele animal se assustava com a sua própria sombra. Bastava não deixar que a visse, aquele apontar os seus olhos para o sol, para que aquele atormentado cavalo se esquecesse dos seus medos.
O mundo está cheio de pessoas com as quais se passa algo parecido. Pessoas aparentemente normais e desenvoltas, mas que escondem no seu interior toda uma séria de medos e complexos que lhes encadeiam os fracassos e as mais experiências que sofreram. Muitas das suas energias estão paralisadas por essa valoração negativa que tem de si próprias. São reféns do seu próprio passado, homens e mulheres cujos temores os impedem olhar decididamente o futuro, os detêm para chegarem a ser o que estão chamados a ser.
Nunca me agradou a ingenuidade e a veemência com que alguns falam da auto-estima. Mas, sim, estou de acordo em que se trata de um problema crescente nos nossos dias. Educar-se a si mesmo é algo parecido com educar a outro. Para educar a outro há que exigir-lhe (se não, sairá um mimado insofrido), mas também há que tratá-lo com afecto, há que vê-lo com bons olhos. Da mesma forma que, para educar-se a si mesmo também há que exigir-se, mas ao mesmo tempo há que tratar-se a si mesmo com afecto, e ver-se com bons olhos.
Todavia, há demasiada gente que se maltrata a si mesma, que recrimina áspera e reiteradamente os seus próprios erros, que se julga a si mesma com demasiada dureza e se considera incapaz da superar os seus erros e defeitos.
É verdade que, os que não recordam os seus fracassos do passado, estão predispostos a repeti-los. Mas há que saber fazê-lo com equilíbrio e sensatez. Porque o fracasso pode ter um valor frutífero, tal como pode haver êxitos estéreis. Um fracasso frutífero é o que conduz a novas percepções e ideias que aumentam a experiência e o saber.
É muito famosa aquela história de Thomas Watson, o legendário fundador da IBM, que chamou ao seu gabinete um executivo da empresa que acabava de perder dez milhões de dólares numa arriscada operação. O jovem estava muito assustado e pensava que ia ser despedido de modo fulminante. Todavia, Watson disse-lhe: "Acabamos de gastar dez milhões de dólares na sua formação, esperamos que saiba aproveitá-los".
Não se pode viver obcecado pelas sombras e assustando-se com elas. Fracassos todos temos, todos os dias. O mal é quando se considera que o potro da sua vida é impossível de dominar, quando arroja toalha em vez de se fixar em quais são as verdadeiras causas dos seus cansaços e inibições. Se examinamos as coisas com cuidado, talvez concluamos que, como Alexandre, temos de tomar as rédeas daquela decisão e manter o olhar de voltado para o ideal que ilumina a nossa vida.
(Alfonso Alguilló in FLUVIUM, 23.10.2008)
Agradecimento: António Mexia Alves
Todos os que o tentavam eram incapazes de se manterem na sua garupa para além de poucos segundos. O animal caracoleava, encabritava-se, e depois atirava ao chão todos os seus ginetes.
Alexandre soube observá-lo com atenção e em seguida descobriu o segredo daquele indómito corcel.
Então aproximou-se, agarrou as rédeas e pô-lo frente ao sol. Acariciou-o, soltou o seu manto, e de um salto montou sobre ele e esporeou-o com energia. Controlou as corcovas, sem deixar que se afastasse da direcção do Sol, até que o animal se calmou e seguiu a sua marcha com passo lento e tranquilo. Soaram os aplausos, e dizem os historiadores que ao vê-lo Filipe, seu pai, vaticinou que o reino da Macedónia que ele possuía seria pequeno para a glória a que o seu filho estava chamado.
Qual era a aquele segredo que só Alexandre soube descobrir?
Deu-se conta que aquele animal se assustava com a sua própria sombra. Bastava não deixar que a visse, aquele apontar os seus olhos para o sol, para que aquele atormentado cavalo se esquecesse dos seus medos.
O mundo está cheio de pessoas com as quais se passa algo parecido. Pessoas aparentemente normais e desenvoltas, mas que escondem no seu interior toda uma séria de medos e complexos que lhes encadeiam os fracassos e as mais experiências que sofreram. Muitas das suas energias estão paralisadas por essa valoração negativa que tem de si próprias. São reféns do seu próprio passado, homens e mulheres cujos temores os impedem olhar decididamente o futuro, os detêm para chegarem a ser o que estão chamados a ser.
Nunca me agradou a ingenuidade e a veemência com que alguns falam da auto-estima. Mas, sim, estou de acordo em que se trata de um problema crescente nos nossos dias. Educar-se a si mesmo é algo parecido com educar a outro. Para educar a outro há que exigir-lhe (se não, sairá um mimado insofrido), mas também há que tratá-lo com afecto, há que vê-lo com bons olhos. Da mesma forma que, para educar-se a si mesmo também há que exigir-se, mas ao mesmo tempo há que tratar-se a si mesmo com afecto, e ver-se com bons olhos.
Todavia, há demasiada gente que se maltrata a si mesma, que recrimina áspera e reiteradamente os seus próprios erros, que se julga a si mesma com demasiada dureza e se considera incapaz da superar os seus erros e defeitos.
É verdade que, os que não recordam os seus fracassos do passado, estão predispostos a repeti-los. Mas há que saber fazê-lo com equilíbrio e sensatez. Porque o fracasso pode ter um valor frutífero, tal como pode haver êxitos estéreis. Um fracasso frutífero é o que conduz a novas percepções e ideias que aumentam a experiência e o saber.
É muito famosa aquela história de Thomas Watson, o legendário fundador da IBM, que chamou ao seu gabinete um executivo da empresa que acabava de perder dez milhões de dólares numa arriscada operação. O jovem estava muito assustado e pensava que ia ser despedido de modo fulminante. Todavia, Watson disse-lhe: "Acabamos de gastar dez milhões de dólares na sua formação, esperamos que saiba aproveitá-los".
Não se pode viver obcecado pelas sombras e assustando-se com elas. Fracassos todos temos, todos os dias. O mal é quando se considera que o potro da sua vida é impossível de dominar, quando arroja toalha em vez de se fixar em quais são as verdadeiras causas dos seus cansaços e inibições. Se examinamos as coisas com cuidado, talvez concluamos que, como Alexandre, temos de tomar as rédeas daquela decisão e manter o olhar de voltado para o ideal que ilumina a nossa vida.
(Alfonso Alguilló in FLUVIUM, 23.10.2008)
Agradecimento: António Mexia Alves
Santo António
Santo António nasceu em Lisboa, provavelmente a 15 de Agosto de 1195, numa casa junto das portas da antiga cidade (Porta do Mar), que se pensa ter sido o local onde, mais tarde, se ergueu a Igreja em sua honra.
Tendo então o nome de Fernando, fez na vizinha Sé os seus primeiros estudos, tomando mais tarde, em 1210 ou 1211, o hábito de Cónego Regrante de Santo Agostinho, em São Vicente de Fora, pela mão do Prior D. Estêvão.
Ali permaneceu até 1213 ou 1214, data em que se deslocou para o austero Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde realizou os seus estudos superiores em Direito Canónico, Ciências, Filosofia e Teologia.
Segundo a tradição, talvez um pouco lendária, o Santo tinha uma memória fora do comum, sabendo de cor não só as Escrituras Sagradas, como também a vida dos Santos Padres.
As relíquias dos Santos Mártires de Marrocos que chegaram a Coimbra em 1220, fizeram-no trocar de Ordem Religiosa, envergando o burel de Frade Franciscano e recolher-se como Eremita nos Olivais (em Coimbra). Foi nessa altura que mudou o seu nome para António e decidiu deslocar-se a Marrocos, onde uma grave doença o reteve todo o inverno na cama. Decidiram os superiores repatriá-lo como medida de convalescença.
Quando de barco regressava a Portugal, desencadeou-se uma enorme tempestade que o arrastou para as costas da Sicília, sendo precisamente na Itália que iria revelar-se como teólogo e grande pregador.
Em 19 de Março de 1222, em Forli, falou perante religiosos Franciscanos e Dominicanos recém ordenados sacerdotes e tão fluentemente o fez que o Provincial pensou dedicá-lo imediatamente ao apostolado.
Fixou-se em Bolonha onde se dedicou ao ensino de Teologia, bem como à sua leitura. Exercendo as funções de pregador, mostrou-se contra as heresias dos Cátaros, Patarinos e Valdenses. Seguiu depois para França com o objectivo de lutar contra os Albijenses e em 1225 prega em Tolosa. Na mesma época, foi-lhe confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e seria custódio da Província de Limoges, um cargo para que foi eleito pelos Frades da região. Dois anos mais tarde instalou-se em Marselha, mas brevemente seria escolhido para Provincial da Romanha.
Assistiu à canonização de São Francisco em 1228 e deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença. Durante 1229 as suas pregações dividiram-se entre Vareza, Bréscia, Milão, Verona e Mântua. Esta actividade absorvia-o de tal maneira que a ela passou a dedicar-se exclusivamente. Em 1231, e após contactos com Gregório IX, regressou a Pádua, sendo a Quaresma do ano seguinte marcada por uma série de sermões da sua autoria.
Instalou-se depois em casa do Conde de Tiso, seu amigo pessoal, onde morreu em 1231 no Oratório de Arcela.
O facto de ter sido canonizado um ano após a sua morte, mostra-nos bem qual a importância que teve como Homem, para lhe ter sido atribuída tal honra. Este acto foi realizado pelo Papa Gregório IX, que lhe chamou "Arca do Testamento".
Considerado Doutor da Igreja e alvo de algumas biografias, todos os autores destas obras são unânimes em considerá-lo como um homem superior. Daí os diversos atributos que lhe foram conferidos: "Martelo dos hereges, defensor da fé, arca dos dois Testamentos, oficina de milagres, maravilha da Itália, honra das Espanhas, glória de Portugal, querubim eminentíssimo da religião seráfica, etc.".
Com a sua vida, quase mítica, quase lendária, mas que foi passando de geração em geração, e com os milagres que lhe foram atribuídos em bom número, transformou-se num taumaturgo de importância especial.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Tendo então o nome de Fernando, fez na vizinha Sé os seus primeiros estudos, tomando mais tarde, em 1210 ou 1211, o hábito de Cónego Regrante de Santo Agostinho, em São Vicente de Fora, pela mão do Prior D. Estêvão.
Ali permaneceu até 1213 ou 1214, data em que se deslocou para o austero Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde realizou os seus estudos superiores em Direito Canónico, Ciências, Filosofia e Teologia.
Segundo a tradição, talvez um pouco lendária, o Santo tinha uma memória fora do comum, sabendo de cor não só as Escrituras Sagradas, como também a vida dos Santos Padres.
As relíquias dos Santos Mártires de Marrocos que chegaram a Coimbra em 1220, fizeram-no trocar de Ordem Religiosa, envergando o burel de Frade Franciscano e recolher-se como Eremita nos Olivais (em Coimbra). Foi nessa altura que mudou o seu nome para António e decidiu deslocar-se a Marrocos, onde uma grave doença o reteve todo o inverno na cama. Decidiram os superiores repatriá-lo como medida de convalescença.
Quando de barco regressava a Portugal, desencadeou-se uma enorme tempestade que o arrastou para as costas da Sicília, sendo precisamente na Itália que iria revelar-se como teólogo e grande pregador.
Em 19 de Março de 1222, em Forli, falou perante religiosos Franciscanos e Dominicanos recém ordenados sacerdotes e tão fluentemente o fez que o Provincial pensou dedicá-lo imediatamente ao apostolado.
Fixou-se em Bolonha onde se dedicou ao ensino de Teologia, bem como à sua leitura. Exercendo as funções de pregador, mostrou-se contra as heresias dos Cátaros, Patarinos e Valdenses. Seguiu depois para França com o objectivo de lutar contra os Albijenses e em 1225 prega em Tolosa. Na mesma época, foi-lhe confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e seria custódio da Província de Limoges, um cargo para que foi eleito pelos Frades da região. Dois anos mais tarde instalou-se em Marselha, mas brevemente seria escolhido para Provincial da Romanha.
Assistiu à canonização de São Francisco em 1228 e deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença. Durante 1229 as suas pregações dividiram-se entre Vareza, Bréscia, Milão, Verona e Mântua. Esta actividade absorvia-o de tal maneira que a ela passou a dedicar-se exclusivamente. Em 1231, e após contactos com Gregório IX, regressou a Pádua, sendo a Quaresma do ano seguinte marcada por uma série de sermões da sua autoria.
Instalou-se depois em casa do Conde de Tiso, seu amigo pessoal, onde morreu em 1231 no Oratório de Arcela.
O facto de ter sido canonizado um ano após a sua morte, mostra-nos bem qual a importância que teve como Homem, para lhe ter sido atribuída tal honra. Este acto foi realizado pelo Papa Gregório IX, que lhe chamou "Arca do Testamento".
Considerado Doutor da Igreja e alvo de algumas biografias, todos os autores destas obras são unânimes em considerá-lo como um homem superior. Daí os diversos atributos que lhe foram conferidos: "Martelo dos hereges, defensor da fé, arca dos dois Testamentos, oficina de milagres, maravilha da Itália, honra das Espanhas, glória de Portugal, querubim eminentíssimo da religião seráfica, etc.".
Com a sua vida, quase mítica, quase lendária, mas que foi passando de geração em geração, e com os milagres que lhe foram atribuídos em bom número, transformou-se num taumaturgo de importância especial.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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