Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

O Deus da nossa fé não é um ser longínquo

Considera o que há de mais formoso e grande na terra..., o que apraz ao entendimento e às outras potências..., o que é recreio da carne e dos sentidos... E o mundo, e os outros mundos que brilham na noite; o Universo inteiro. – E isso, junto com todas as loucuras do coração satisfeitas..., nada vale, é nada e menos que nada, ao lado deste Deus meu! – teu! – tesouro infinito, pérola preciosíssima, humilhado, feito escravo, aniquilado sob a forma de servo no curral onde quis nascer, na oficina de José, na Paixão e na morte ignominiosa e na loucura de Amor da Sagrada Eucaristia. (Caminho, 432)

É preciso adorar devotamente este Deus escondido. Ele é o mesmo Jesus Cristo que nasceu da Virgem Maria; o mesmo, que padeceu e foi imolado na Cruz; o mesmo, enfim, de cujo peito trespassado jorrou água e sangue.

Este é o sagrado banquete em que se recebe o próprio Cristo e se renova a memória da Paixão e, com Ele, a alma pode privar na intimidade com o seu Deus e possui um penhor da glória futura. Assim, a liturgia da Igreja resumiu, em breve estrofe, os capítulos culminantes da história da ardente caridade que o Senhor tem para connosco.

O Deus da nossa fé não é um ser longínquo, que contempla com indiferença a sorte dos homens, os seus afãs, as suas lutas, as suas angústias. É um pai que ama os seus filhos até ao ponto de enviar o Verbo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a fim, com a sua encarnação, morrer por nós e nos redimir. É ele ainda o mesmo Pai amoroso que agora nos atrai suavemente para Si, mediante a acção do Espírito Santo que habita nos nossos corações. (Cristo que passa, 84)

São Josemaría Escrivá

Jantar juntos

Um estudo recente, feito no Canadá e citado por Leonard Sax num dos seus livros, chegou à conclusão de que a preocupação dos pais de jantarem habitualmente com os seus filhos possui uma enorme importância na educação.
No entanto, o estudo especifica o que significa “jantar com os filhos”. Não significa, simplesmente, comer juntos à mesma mesa e no mesmo horário. Isto é necessário, mas não é suficiente.
Jantar com os filhos, para este estudo, significa também ter a televisão desligada e não permitir o uso de telemóveis enquanto se está na refeição.
Algumas conclusões desse estudo: os filhos que jantam habitualmente com os seus pais são menos propícios a padecer problemas como sentirem-se tristes, ansiosos ou sozinhos. E são mais propícios a ajudar os outros e a mostrarem-se satisfeitos com as suas vidas.
É claro que jantar juntos não resolve todos os problemas da educação. Mas é evidente que ajuda os pais a dedicarem um tempo concreto a falar com os seus filhos, a ajudá-los a saberem comportar-se, a saberem ouvir os outros, a saberem falar do que lhes aconteceu nesse dia, a não terem caprichos na comida etc.
Se o tempo em família é o principal momento do dia para os pais – e é difícil que o seja se não têm a preocupação de jantarem juntos – é muito mais provável que os pais saibam o que acontece com os seus filhos.
Assim, se a escola enviar uma informação a dizer que o teu filho se portou mal, por favor, não vás a correr ao psiquiatra. Pergunta o que aconteceu. Fala com o professor. Faz tudo o que estiver na tua mão para ensinar o teu filho a respeitar boas normas de conduta. Recorda que tu és o primeiro responsável – não é o professor, nem é o psiquiatra – por inculcar essas boas normas ao teu filho, começando lá em casa às refeições.
Se não tens tempo para jantar com os teus filhos, é muito difícil que o faças. É o que diz o estudo. Mas, mesmo que não o dissesse, parece óbvio, não é?
Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Jesus Cristo feito Homem

Sugiro-vos que agora, ao meditarmos neste grande mistério de Deus feito homem, nos detenhamos em diversos momentos da vida terrena do Senhor. Porque Jesus não só teve um verdadeiro nascimento humano em Belém, como andou entre nós durante mais de trinta anos, levando uma vida plenamente humana. S. Josemaria levava-nos a agradecer-Lhe que tenha tomado a nossa carne, que a tenha assumido com todas as suas consequências. E insistia: Deus não se vestiu de homem, encarnou [3]. O Concílio Vaticano II recorda-nos que o Filho de Deus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado» [4].

[3]. S. Josemaria, Notas de uma meditação, 25-XII-1972.
[4]. Concílio Vaticano II, Const. Past. Gaudium et Spes, n. 22.

(D. Javier Echevarría na carta do mês de fevereiro de 2013)

O homem não é Deus

«Os homens procuram incessantemente, com o seu poder técnico, construir uma ponte para o céu, ou seja, tornar-se Deus pelas suas próprias forças. (…) Mas estas tentativas, que guiam o agir histórico do homem em todos os períodos, baseiam-se na não-verdade, na “repressão de verdade”. O homem não é Deus, é um ser finito e limitado e não pode, de modo nenhum nem por nenhum poder, fazer de si o que não é. Por isso todas estas tentativas, por muito gigantescas que sejam no início, têm de terminar com a queda na destruição. O seu terreno não se sustenta».

(Joseph Ratzinger - Olhar para Cristo)

Santa Doroteia, mártir, séc. II

Santa Doroteia nasceu em Cesaréia da Capadócia. Seus pais foram martirizados. De educação esmerada, aliava à riqueza invejáveis dotes e era sumamente bela. A jovem vivia em jejum e oração.

O governador Fabrício havia recebido ordens do imperador para exterminar todos os cristãos. Denunciada, ela foi uma das primeiras vítimas: apesar de não aparecer muito em público, era considerada uma verdadeira apóstola de Cristo, pelas actividades que desenvolvia junto aos cristãos. Foi intimada, perante o governador, a oferecer sacrifício aos deuses. Movida pela ousadia, ela confessou a sua fé destemidamente. Fabrício irritado ordenou que fosse estendida no cavalete, esbofeteando-a. Vendo que ela continuava a manifestar a sua alegria, formulou a sentença: "Ordenamos que Doroteia, jovem repleta de orgulho, que recusou sacrificar aos deuses imortais e conservar assim a sua vida, desejosa de morrer por um homem chamado Jesus Cristo, morra à espada."

Ao sair do pretório, um advogado, chamado Teófilo, à sua passagem lhe disse: "Doroteia, esposa de Cristo, envia-me do jardim de teu Esposo frutos ou rosas." Ela respondeu: "Crê de todo o coração no Deus por cujo nome sofro tudo isto, e te enviarei o que pedes." Chegando ao lugar do martírio, pediu ao carrasco instantes para rezar, e percebendo na multidão um menino, chamou-o e entregou-lhe em suas o lenço com que enxugava o rosto, dizendo: "Toma este lenço, e entrega-o ao Teófilo, o advogado, dizendo: Dorotéia, a serva do Senhor, te envia frutos do jardim do Cristo, seu Esposo e Filho de Deus, conforme teu pedido." O menino entregou o lenço na hora em que Doroteia foi decapitada. Teófilo, pegando entre as mãos o lenço, começou a dar graças a Deus. Tendo confessado Jesus Cristo, foi também condenado à decapitação, indo alegre para o suplício.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Evangelho do dia 2 de setembro de 2019

Foi a Nazaré, onde Se tinha criado, entrou na sinagoga, segundo o Seu costume, em dia de sábado, e levantou-Se para fazer a leitura. Foi-Lhe dado o livro do profeta Isaías. Quando desenrolou o livro, encontrou o lugar onde estava escrito: “O Espírito do Senhor repousou sobre Mim; pelo que Me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres; Me enviou para anunciar a redenção aos cativos, e a recuperação da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a pregar um ano de graça da parte do Senhor”. Tendo enrolado o livro, deu-o ao encarregado, e sentou-Se. Os olhos de todos os que se encontravam na sinagoga estavam fixos n'Ele. Começou a dizer-lhes: «Hoje cumpriu-se este passo da Escritura que acabais de ouvir». E todos davam testemunho em Seu favor, e admiravam-se das palavras de graça que saíam da Sua boca, e diziam: «Não é este o filho de José?». Então disse-lhes: «Sem dúvida que vós Me aplicareis este provérbio: “Médico, cura-te a ti mesmo”. Todas aquelas grandes coisas que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum, fá-las também aqui na Tua terra». Depois acrescentou: «Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando foi fechado o céu durante três anos e seis meses e houve uma grande fome por toda a terra; e a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma mulher viúva de Sarepta, do território de Sidónia. Muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu; e nenhum deles foi curado, senão o sírio Naaman». Todos os que estavam na sinagoga, ouvindo isto, encheram-se de ira. Levantaram-se, lançaram-n'O fora da cidade, e conduziram-n'O até ao cume do monte sobre o qual estava edificada a cidade, para O precipitarem. Mas, passando no meio deles, retirou-Se.

Lc 4, 16-30