Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 8 de maio de 2016

Ao Espírito Santo

Vem, criador Espírito de Deus,
Visita o coração dos teus fiéis,
E com a graça do alto os purifica.

Paráclito do Pai, Consolador,
Sê para nós a fonte de água viva,
O fogo do amor e a unção celeste.

Nos sete dons que descem sobre o mundo,
Nas línguas que proclamam o Evangelho,
Realiza a promessa de Deus Pai.

Ilumina, Senhor, a nossa mente,
Acende em nós a tua caridade,
Infunde em nosso peito a fortaleza.

Livra-nos das ciladas do inimigo,
Dá-nos a tua paz, e evitaremos
Perigos e incertezas no caminho.

Dá-nos a conhecer o amor do Pai
E o coração de Cristo nos revela,
Espírito de ambos procedente.

Louvemos a Deus Pai e a seu Filho,
Dêmos glória ao Espírito Paráclito,
Agora e pelos séculos sem fim.
Amen.

Bom Domingo do Senhor!

Dêmos graças por havermos reconhecido a Jesus Cristo como Filho de Deus Pai como o Senhor falou quando pediu por nós ao Pai conforme nos narra o Evangelho deste Domingo (Jo 16, 12-15).

Deus Pai misericordioso que nós saibamos louvar e enaltecer sempre o Vosso Divino Filho Cristo Nosso Senhor que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

Ascensão do Senhor

«Depois da Ascensão os primeiros discípulos permanecem reunidos no Cenáculo em volta da Mãe de Jesus, em fervorosa expectativa do dom do Espírito Santo, prometido por Jesus (cf. At 1, 14).[…]

«E a Praça de São Pedro apresenta-se hoje quase como um "cenáculo" ao ar livre, repleta de fiéis»
[…]
Nos seus discursos de despedida dos discípulos, Jesus insistiu muito sobre a importância da sua "ida para o Pai", coroamento de toda a sua missão: de facto, Ele veio ao mundo para reconduzir o homem para Deus, não a nível ideal como um filósofo ou um mestre de sabedoria mas realmente como pastor que deseja reconduzir as ovelhas ao redil. Este "êxodo" para a pátria celeste, que Jesus viveu em primeira pessoa, Ele enfrentou-o totalmente por nós. Foi por nós que desceu do Céu e por nós a ele ascendeu, depois de se ter feito em tudo semelhante aos homens, humilhado até à morte de cruz, e depois de ter tocado o abismo da máxima distância de Deus. Precisamente por isso o Pai se gloriou n'Ele e O "exaltou" (Fl 2, 9), restituindo-Lhe a plenitude da sua glória, mas agora com a nossa humanidade. Deus no homem o homem em Deus: esta é já uma verdade não teórica mas real. Por isso a esperança cristã, fundada em Cristo, não é uma ilusão mas, como diz a Carta aos Hebreus, "nela nós temos uma âncora da nossa vida" (Hb 6, 19), uma âncora que se introduz no Céu onde Cristo nos precedeu.

E do que tem mais necessidade o homem de todos os tempos, a não ser disto: de uma ancoragem firme para a própria existência? Eis então de novo o sentido maravilhoso da presença de Maria entre nós. Dirigindo o olhar para ela, como os primeiros discípulos, somos imediatamente inseridos na realidade de Jesus: a Mãe remete para o Filho, que deixou de estar fisicamente entre nós, mas aguarda-nos na casa do Pai. Jesus convida-nos a não permanecer a olhar para o alto, mas a estar juntos, unidos na oração, para invocar o dom do Espírito Santo. De facto, só quem "renasce do alto", isto é, do Espírito de Deus, está aberto à entrada no Reino dos céus (cf. Jo 3, 3-5), e a primeira "renascida do alto" é a Virgem Maria. Portanto, a ela nos dirigimos na plenitude da alegria pascal.

(Bento XVI – Regina Coeli de Domingo dia 4 de Maio de 2008)

A Ascenção

Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. Ao verem-No, adoraram-No, mas houve alguns que duvidaram. Aproximou-Se Jesus e falou-lhes nestes termos: Foi-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, doutrinai todas as gentes, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-as a observar tudo o que vos mandei. Sabei que Eu estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mt 28, 16-20).

Mas, quando o Espírito Santo vier sobre vós, recebereis uma força e sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da Terra.

Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem subtraiu-O a seus olhos (Act 1, 8-9).

Corredimir com Cristo
«Cristo subiu aos céus, mas transmitiu a tudo o que é honestamente humano a possibilidade concreta de ser redimido. (…) Não me cansarei de repetir, portanto, que o mundo é santificável e que a nós, cristãos, nos toca especialmente essa tarefa, purificando-o das ocasiões de pecado com que os homens o tornam feio, e oferecendo-o ao Senhor como Hóstia espiritual, apresentada e dignificada com a graça de Deus e o nosso esforço. Em rigor, não se pode dizer que haja nobres realidades exclusivamente profanas, uma vez que o Verbo se dignou assumir uma natureza humana íntegra e consagrar a Terra com a sua presença e com o trabalho das suas mãos. A grande missão que recebemos, no Baptismo, é a co-redenção. Urge-nos a caridade de Cristo (Cfr. 2 Cor 5, 14) para tomar sobre os nossos ombros uma parte dessa tarefa divina de resgatar as almas. (…)

Uma grande tarefa
Temos uma grande tarefa à nossa frente. Não é possível a atitude de ficarmos passivos porque o Senhor declarou expressamente: negociai até eu vir (Lc 19, 13). Enquanto esperamos o regresso do Senhor que voltará a tomar posse plena do seu Reino não podemos estar de braços cruzados. A extensão do Reino de Deus não é só tarefa oficial dos membros da Igreja que representam Cristo, por d’Ele terem recebido os poderes sagrados. Vos autem estis corpus Christi (1 Cor. 12, 27), vós também sois Corpo de Cristo, ensina-nos o Apóstolo, com o mandato concreto de negociar até ao fim.

Ainda está tanta coisa por fazer. Será que em vinte séculos não se fez nada? Em vinte séculos trabalhou-se muito. Não me parece, nem objectivo nem honrado o afã de alguns em menosprezar a tarefa daqueles que nos precederam. Em vinte séculos realizou-se um grande trabalho, e, com frequência, foi muito bem realizado. Outras vezes houve desacertos, regressões, como também há agora retrocessos, medo, timidez, ao mesmo tempo que não falta valentia, generosidade. Mas a família humana renova-se constantemente; em cada geração é preciso continuar com o empenho de ajudar o homem a descobrir a grandeza da sua vocação de filho de Deus e é necessário inculcar o mandamento do amor ao Criador e ao nosso próximo».

(S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 120-121)

No coração de cada pessoa
«Nunca falo de política. Não penso na tarefa dos cristãos na terra como o nascer duma corrente político-religiosa – seria uma loucura -, nem mesmo com o bom propósito de difundir o espírito de Cristo em todas as actividades dos homens. O que é preciso é pôr em Deus o coração de cada um, seja ele quem for. Procuremos falar a todos os cristãos, para que no lugar onde estiverem – em circunstâncias que não dependem apenas da sua posição na Igreja ou na vida civil, mas do resultado das mutáveis situações históricas -, saiba dar testemunho, com o exemplo e com a palavra, da fé que professam.

O cristão vive no mundo com pleno direito, por ser homem. Se aceita que no seu coração habite Cristo, que reine Cristo, em todo o seu trabalho humano encontrar-se-á – bem forte – a eficácia salvadora do Senhor. Não tem qualquer importância que essa ocupação seja, como costuma dizer-se, alta ou baixa, porque um máximo humano pode ser, aos olhos de Deus, uma baixeza, e o que chamamos baixo ou modesto pode ser um máximo cristão de santidade e serviço».

(S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 183)

«Que todos sejam um»

São João Paulo II
Encíclica «Ut unum sint», § 22

Quando os cristãos rezam juntos, a meta da unidade fica mais próxima. A longa história dos cristãos, marcada por múltiplas fragmentações, parece recompor-se tendendo para a fonte da sua unidade, que é Jesus Cristo. Ele «é sempre o mesmo ontem, hoje e por toda a eternidade» (Heb 13, 8). Na comunhão de oração, Cristo está realmente presente; reza «em nós», «connosco» e «por nós». É Ele que guia a nossa oração no Espírito Consolador, que prometeu e deu à sua Igreja no Cenáculo de Jerusalém, quando a constituiu na sua unidade original.

No caminho ecuménico para a unidade, a primazia pertence, sem dúvida, à oração comum, à união orante daqueles que se congregam à volta do próprio Cristo. Se os cristãos, apesar das suas divisões, souberem unir-se cada vez mais em oração comum ao redor de Cristo, crescerá a sua consciência de como é reduzido o que os divide em comparação com aquilo que os une. Se se encontrarem sempre mais assiduamente diante de Cristo na oração, os cristãos poderão ganhar coragem para enfrentar toda a dolorosa realidade humana das divisões, e reencontrar-se-ão juntos naquela comunidade da Igreja que Cristo forma incessantemente no Espírito Santo, apesar de todas as debilidades e limitações humanas.