Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 1 de outubro de 2011

Evgeny Igorevich Kissin interpreta a Balada nº 1 de Chopin

“Deus não te arranca do teu ambiente”

Deus não te arranca do teu ambiente, não te tira do mundo, nem do teu estado, nem das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí, quer-te santo! (Forja, 362)

Convencei-vos de que a vocação profissional é parte essencial e inseparável da nossa condição de cristãos. O Senhor quer que sejais santos no lugar onde estais e no trabalho que haveis escolhido pelas razões que vos aprouveram: pela minha parte, todos me parecem bons e nobres – desde que não se oponham à lei divina – e capazes de ser elevados ao plano sobrenatural, isto é, enxertados nessa corrente de Amor que define a vida de um filho de Deus. (...).

Temos de evitar o erro de considerar que o apostolado se reduz ao testemunho de algumas práticas piedosas. Tu e eu somos cristãos, mas, ao mesmo tempo e sem solução de continuidade, cidadãos e trabalhadores, com obrigações bem nítidas que temos de cumprir exemplarmente, se deveras queremos santificar-nos. É Jesus Cristo que nos estimula: Vós sois a luz do mundo. (Amigos de Deus,  60–61)

São Josemaría Escrivá

O terceiro filho (Editorial)

Aos jornalistas em voo rumo a Berlim o Papa tinha anunciado a finalidade do seu terceiro regresso à pátria desde quando foi eleito sucessor do apóstolo Pedro: encontrar o povo e falar de Deus. E foi assim, numa das viagens mais intensas e importantes do pontificado, durante a qual Bento XVI, falando precisamente de Deus, soube fazer-se compreender e comoveu o coração de muitíssimas pessoas, não só católicas. Afastando estereótipos que há dezenas de anos lhe foram atribuídos e confirmando-se homem de fé transparente e profunda, intelectual de primeiríssima ordem que possui o dom de gestos e palavras que todos podem compreender. 


Por conseguinte, uma visita bem sucedida, graças também a uma hospitalidade cordial e à impecável organização garantida pelas instituições civis e pela Igreja, em cada um dos seus momentos. Antes de tudo nos encontros com muitas dezenas de milhares de católicos nas diversas etapas do itinerário, concluído liturgicamente diante de mais de cem mil fiéis na missa de Friburgo, uma celebração inundada de sol durante a qual sumptuosas músicas do barroco alemão se alternaram com ditosas composições contemporâneas. E importantes foram os encontros com representantes das Igrejas orientais ortodoxas, com os evangélicos, os muçulmanos, os judeus. De facto, não houve nada dedutível ou previsível nos discursos papais, mesmo se depois, sobretudo na Itália, alguns meios de comunicação, até prestigiosos, não se demonstraram à altura da viagem, preferindo correr atrás de notícias deveras marginais (ou até inexistentes) sem prestar contas dos factos, mesmo que fosse de modo crítico. Não obstante Bento XVI tenha proposto aos evangélicos para voltar juntos à "causa de Cristo". Com um elogio de Lutero, uma análise franca do protestantismo contemporâneo e com o pedido, certamente não diplomático mas exigente, de um testemunho cristão comum num mundo que se afasta cada vez mais de Deus. 


E o Papa de Roma repetiu a orientais e ortodoxos a sua proximidade, alegrando-se pelo diálogo na ortodoxia, voltando à questão crucial da primazia do sucessor de Pedro, reafirmando a esperança numa união não distante. 


E se Bento XVI no discurso ao Bundestag - uma contribuição para o debate público dirigido ao mundo ocidental na sua totalidade - levantou mais uma vez a questão dos fundamentos da política, falando aos católicos o Papa encontrou palavras que pedem um exame de consciência colectivo, não só na Alemanha. Num ocidente rico materialmente mas cada vez mais pobre e desorientado devido à difusão de um relativismo subliminar que arrasa, também na Igreja o excesso das estruturas corre de facto o risco de sufocar a fé, precisamente enquanto a desertificação espiritual progride e não são captados os efeitos purificadores da secularização. 


Então, como mudar? À maneira dos santos, isto é, na conversão de cada dia a Cristo, não obstante as quedas e os escândalos que arriscam encobrir o escândalo da cruz. Por isso os cristãos tíbios prejudicam mais a Igreja do que os seus adversários, por isto os agnósticos e quantos sofrem pelos pecados dos cristãos estão mais próximos do reino de Deus que os fiéis de rotina. Como na parábola dos dois filhos aos quais o pai pede que trabalhem na vinha, contam mais os factos do que as palavras. 


De facto, só os comportamentos podem aproximar o terceiro filho que responde misteriosamente ao Pai: o seu unigénito Jesus, o único Senhor, que veio ao mundo para o salvar. 


GIOVANNI MARIA VIAN – Director 


(© L'Osservatore Romano - 1 de Outubro de 2011)

J.S. Bach: Magnificat in D BWV 243

Dar fruto

O Senhor está permanentemente a comparar a alma humana com uma vinha: «O meu amigo possuía uma vinha numa colina fértil» (Is 5,1); «plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe» (Mt 21,33). É, evidentemente, à alma humana que Jesus chama a Sua vinha, foi a ela que cercou, como se fosse uma sebe, com a segurança que proporcionam os Seus mandamentos e a protecção dos Seus anjos, porque «o anjo do Senhor assenta os seus arraiais em redor dos que O temem» (Sl 33,8). Em seguida, ergueu em nosso redor uma paliçada, estabelecendo na Igreja «primeiro, apóstolos, segundo, profetas, terceiro, doutores» (1Cor 12,28). Por outro lado, através dos exemplos dos homens santos de outrora, eleva-nos os pensamentos, não os deixando cair por terra, aonde mereciam ser pisados. Deseja que os abraços da caridade, quais sarmentos de uma vinha, nos liguem ao nosso próximo e nos levem a repousar Nele. Assim, mantendo permanentemente o impulso em direcção aos céus, elevar-nos-emos como vinhas trepadeiras, até aos mais altos cumes.


O Senhor pede-nos também que consintamos em ser podados. Ora, uma alma é podada quando afasta para longe de si os cuidados do mundo, que são um fardo para o nosso coração. Assim, aquele que afasta de si mesmo o amor carnal e a ligação às riquezas, ou que tem por detestável e desprezível a paixão pela miserável vanglória, foi, por assim dizer, podado, e voltou a respirar, liberto do fardo inútil das preocupações deste mundo.


Mas – e mantendo ainda a linha da parábola – não podemos produzir apenas lenha, ou seja, viver com ostentação, ou procurar os louvores dos de fora. Temos de dar fruto, reservando as nossas obras para as mostrarmos ao verdadeiro agricultor (Jo 15,1).


São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia, na Capadócia, doutor da Igreja
Homilia 5 sobre o Hexâmeron, 6


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 2 de Outubro de 2011

«Ouvi outra parábola: Havia um pai de família que plantou uma vinha, e a cercou com uma sebe, e cavou nela um lagar e edificou uma torre; depois, arrendou-a a uns vinhateiros, e ausentou-se daquela região. Estando próxima a época da colheita, enviou os seus servos aos vinhateiros para receberem os frutos da sua vinha. Mas os vinhateiros, agarrando os servos, feriram um, mataram outro, e a outro apedrejaram-no. Enviou novamente outros servos em maior número do que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo. Por último enviou-lhes seu filho, dizendo: “Hão-de respeitar o meu filho”. Porém, os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: “Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo, e ficaremos com a herança”. E, agarrando-o, puseram-no fora da vinha, e mataram-no. Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles vinhateiros?». Responderam-Lhe: «Matará sem piedade esses malvados, e arrendará a sua vinha a outros vinhateiros que lhe paguem o fruto a seu tempo». Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular; pelo Senhor foi feito isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos”? Por isso vos digo que vos será tirado o reino de Deus e será dado a um povo que produza os seus frutos.


Mt 21, 33-43

Estado laico deve promover e dar espaço às manifestações religiosas também na televisão

Na última quinta-feira, dia 29 de setembro, realizou-se uma audiência pública para debater a exclusão de programas religiosos na TV Brasil, emissora pública pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Também participaram da audiência pública o Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, D. Paulo Cezar Costa quem afirmou que “o Estado deve promover e não coibir as diversidades religiosas”.
  
O documento aprovado pelo Conselho Curador da EBC também afirma que a empresa tem “caráter republicano laico” e reconhece “a importância fundamental e histórica e o caráter plural do fenómeno religioso” no Brasil. O documento esclarece ainda que “o fenómeno religioso deve continuar merecendo atenção” das TV’s e rádios da EBC, porém “respeitando o critério da pluralidade máxima das vivências religiosas existentes no país”.

Com a decisão da EBC, a Secretaria Executiva do Conselho Curador retirou do ar dois programas católicos, "Santa Missa" e "Palavras de Vida" (no ar desde 1975), e o programa evangélico "Reencontro" (exibido desde 1972).

Alguns senadores brasileiros criticaram a decisão do Conselho Curador da EBC. Eles criticaram o argumento apresentado pelos conselheiros de que os programas católicos “Santa Missa” e “Palavras de Vida” e o programa evangélico “Reencontro” privilegiam as duas religiões em detrimento das demais, e que, na grelha das emissoras públicas, deve haver a “pluralidade máxima das vivências religiosas existentes no país”.

“O Estado não deve ter uma posição restritiva, mas que alargue a participação das religiões na TV brasileira”, afirmou D. Paulo Cezar. O bispo também afirmou que “a audiência salientou o que já pensávamos, ou seja, a EBC confundiu a laicidade do Estado. Um Estado laico deve promover e ampliar o espaço dado a todo tipo de manifestação religiosa, ao contrário do que a EBC está fazendo, que é simplesmente retirar do ar”, ressaltou.

Após entrar com uma ação junto da Justiça Federal de Brasília, a Arquidiocese do Rio de Janeiro conseguiu que o juiz da 15ª Vara Federal do Distrito Federal, João Luiz de Souza, concedesse, na última terça-feira, 20 de setembro, liminar garantindo a transmissão dos programas “A Santa Missa” e “Palavras de Vida” pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O conselho curador da EBC — estatal que opera a TV Brasil e oito rádios oficiais — havia aprovado em março a resolução que determinava a suspensão, dentro do prazo de seis meses, de todos os programas religiosos constantes na programação da emissora. 

A medida judicial tomada pelo departamento jurídico da Arquidiocese conseguiu a suspensão desse ato do conselho curador da EBC e com tutela antecipada.

“O programa não vai sair do ar. Ele vai acontecer no próximo fim de semana e até que o mérito dessa ação seja julgado”, explicou a advogada Claudine Milone em declarações reunidas pelo portal da arquidiocese carioca.

“A TV Brasil, como uma TV pública, deve prestar serviço à sociedade. E os programas religiosos fazem exatamente isso: prestam uma assistência religiosa. Não só os católicos, mas também os de outras religiões. Então, a ideia não é suprimir os programas e sim trazer novas religiões, se for o caso. (...) O serviço religioso deve ser prestado à sociedade”, recordou a advogada.

Por sua parte, a Arquidiocese do Rio afirma em nota de imprensa que “defende que uma empresa pública de telecomunicações deve abrir suas portas a todas as religiões, especialmente as de grande representatividade na sociedade”. 

“O conselho curador da EBC havia alegado ainda o caráter republicano laico da Empresa. No entanto, a um estado laico não cabe o repúdio às diversas religiões que são seguidas pelo povo brasileiro”, afirma a nota de imprensa deste 30 de setembro da diocese.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Hoje! 1Out-18.30h Aura Miguel no Clube Darca comenta Bento XVI na JMJ e Alemanha

‘Rota Romana’ tratará casos de nulidade de matrimónios não consumados e os de nulidade sacerdotal

Bento XVI decidiu que os casos de nulidade de matrimónios ratos (não consumados pela união sexual) e os de nulidade de ordenação sacerdotal, sejam tratados de agora em adiante pelo Tribunal da Rota Romana ** e não pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos que até o momento os tinha a seu cargo.

Assim o dispôs o Santo Padre através do motu proprio "Quaerit semper" que modifica alguns artigos da constituição apostólica Pastor Bonus do Beato João Paulo II.

O documento, que entrará em vigor no dia 1 de outubro deste ano, foi divulgado na edição para de 28 de setembro do jornal do Vaticano L’Osservatore Romano (LOR).

Esta decisão, diz o Papa no texto, foi tomada para que assim a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, liderada pelo Cardeal Antonio Cañizares, "se dedique principalmente a dar novo impulso à promoção da Sagrada Liturgia na Igreja, segundo a renovação querida pelo Concílio Vaticano II a partir da Constituição Sacrosanctum Concilium".

Bento XVI recorda além que "a Santa Sé sempre buscou adequar a própria estrutura de governo às necessidades pastorais que em cada período histórico emergiram na vida da Igreja, modificando, assim, a organização e a competência dos dicastérios da Cúria Romana".

O Papa referiu-se ainda  à exigência do Concílio Vaticano II de adequar os dicastérios "às necessidades dos tempos, das regiões e dos ritos, sobre tudo no que diz respeito ao seu número, denominação, competência, o modo de proceder e a recíproca coordenação".

Em relação a isto, o Decano da Rota Romana, o Bispo Antoni Stankiewicz, assinala no LOR que a decisão do Papa Bento XVI é "uma inovação normativa de caráter histórico no âmbito da Cúria Romana".

D. Stankiewicz, que tem como uma de suas faculdades propor ao Papa a concessão da dispensa no caso dos matrimónios ratos (não consumados), indicou que é necessário denotar que "esta alteração funda-se em precedentes de ordem histórico-jurídica que testemunham que as matérias agora devolvidas à Rota não são alheias ao contexto do Tribunal papal".

A Rota Romana, conclui o Bispo, "acolhe as competências atribuídas pelo Papa com filial gratidão pela confiança manifestada por seu Tribunal e com a ajuda de uma plurissecular experiência jurídica, à qual recorrer ao tratar matérias tão relevantes para a vida de cada fiel e da comunidade cristã inteira". 

(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição JPR)

** O Tribunal da Rota Romana (Tribunal Rotae Romanae) ordinariamente funciona como instância superior no grau de apelo junto da Sé Apostólica, para tutelar os direitos na Igreja; provê à unidade da jurisprudência e, mediante as próprias sentenças, serve de ajuda aos Tribunais de grau inferior. O Tribunal da Rota Romana é regido por lei própria.

Os Juízes deste Tribunal, dotados de comprovada doutrina e experiência e pelo Sumo Pontífice escolhidos das várias partes do mundo, constituem um colégio; a este Tribunal preside o Decano nomeado por um determinado período pelo Sumo Pontífice, que o escolhe entre os mesmos Juízes.
Fonte: ‘Wikipédia’

Chef Hélio Loureiro apresenta "São Josemaria Escrivá" de Michele Dolz - 6 de Outubro pelas 18h30 em Lisboa


Representante do Patriarca de Moscovo reuniu-se com Bento XVI (vídeo em espanhol e inglês)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1967

Visita ao Colégio Tajamar em Madrid. Ao chegar, na sala dos professores, explica que as iniciativas de carácter social – escolas, dispensários, centros de formação... – que os fiéis da Prelatura promovem em todo o mundo nascem “onde há pobreza, onde há falta de trabalho, onde há tristeza, onde há dor, para que se leve com alegria a dor, para que a pobreza seja eliminada, para que não falte trabalho – porque formamos as pessoas para que o possam arranjar -, para metermos Cristo na vida de cada um, na medida em que o quiser, porque somos muito amigos da liberdade”

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)





§ 1714. O homem, ferido na sua natureza pelo pecado original, está sujeito ao erro e inclinado para o mal no exercício da sua liberdade.

Psalm 144

Santa Teresinha do Menino Jesus

Santa Teresa do Menino Jesus, Virgem e Doutora da Igreja

Discreta e silenciosa, durante a vida quase não chamou a atenção sobre si.

Parecia uma freira comum, sem nada de excepcional. Faleceu aos 24 anos, tuberculosa, depois de passar por terríveis sofrimentos. Enquanto agonizava, ouviu duas freiras comentarem entre si, do lado de fora de sua cela:

"Coitada da Irmã Teresa! Ela não fez nada na vida... O que nossa Madre poderá escrever sobre ela, na circular em que dará aos outros conventos a notícia da sua morte?" Assim viveu Santa Teresinha, desconhecida até mesmo das freiras que com ela compartilhavam a clausura do Carmelo. Somente depois de morta seus escritos e seus milagres revelariam ao mundo inteiro a verdadeira envergadura da grande Santa e Mestra da espiritualidade. A jovem e humilde carmelita que abriu, na espiritualidade católica, um caminho novo para atingir a santidade (a célebre "Pequena Via"), foi declarada pelo Papa João Paulo II Doutora da Igreja.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo»

«Vós fizestes-vos imitadores nossos e do Senhor», diz Paulo. Como? «Acolhendo a Palavra em plena tribulação, com a alegria do Espírito Santo» (1Ts 1,6). [...] A prova afecta a parte material do nosso ser; a alegria brilha nas alturas espirituais. Passo a explicar: os acidentes da vida são tristes e penosos, mas os resultados são alegres, assim o querendo o Espírito. É portanto possível que não nos alegremos ao sofrer, se estivermos a sofrer pelos nossos pecados, mas até deixaremos que nos flagelem com alegria, se for por Cristo (cf. Act 5,41).


É a isto que o apóstolo chama a «alegria do Espírito»; respiramo-la naquilo que a natureza rejeita com horror. Suscitaram em vós mil penas, diz ele, fostes perseguidos, mas o Espírito não vos abandonou nessas provas. Tal como os três jovens foram envolvidos por uma suave brisa matinal na fornalha (cf. Dn 3,50), vós também estais a ser provados. Certamente que a brisa matinal não dependia da natureza do fogo e só podia ser causada pelo sopro do Espírito. Também não está na natureza da provação alegrar-vos, e essa alegria só pode vir dum sofrimento suportado por Cristo, da brisa matinal do Espírito, que transforma num local de repouso a fornalha da provação. «Com alegria» diz ele, e não com uma alegria qualquer, mas com uma alegria inesgotável; é isso que é preciso entender, desde que o Espírito seja o seu autor.


São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e posteriormente bispo de Constantinopla; doutor da Igreja
Homilia 1 sobre a 1ª carta aos Tessalonicenses


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 1 de Outubro de 2011

Os setenta e dois voltaram alegres, dizendo: «Senhor, até os demónios se nos submetem em virtude do Teu nome». Ele disse-lhes: «Eu via Satanás cair do céu como um raio. Eis que vos dei poder de caminhar sobre serpentes e escorpiões, e de vencer toda a força do inimigo, e nada vos fará dano. Contudo não vos alegreis porque os espíritos maus vos estão sujeitos, mas alegrai-vos porque os vossos nomes estão escritos nos céus».  Naquela mesma hora Jesus exultou de alegria no Espírito Santo, e disse: «Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos simples. Assim é, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar». Depois, tendo-Se voltado para os discípulos, disse: «Felizes os olhos que vêem o que vós vedes. Porque Eu vos afirmo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não o viram, ouvir o que vós ouvis e não o ouviram».


Lc 10, 17-24