Bom Jesus, Mestre das nossas vidas, entregamos-Te o nosso coração cheio de amor e devoção a Ti e rogamos-Te que nos ajudes a transformar, mesmo no meio da tormenta e da doença, tudo o que fazemos, do mais simples ao mais complexo ou mesmo quando nos sentíamos incapazes de acção, em actos e meditação de filhos de Deus. Que a ajuda da Nossa Mãe Maria nos leve a atingir este objectivo plenos de alegria cristã!
JPR
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
"Os olhos da fé são capazes de ver o invisível"
Na Sala Paulo VI o Papa recebeu esta manhã milhares de peregrinos em Audiência Geral. Como habitualmente dedica os primeiros minutos da audiência para propor uma catequese. Hoje deu início a um ciclo de catequeses sobre o Credo. Desde logo pelo principio:
O Credo começa assim: "Eu acredito em Deus..." É uma afirmação fundamental, aparentemente simples na sua essencialidade, mas que abre ao infinito mundo da relação com o Senhor e com o seu mistério.
Acreditar em Deus implica adesão a Ele, acolhimento da Sua Palavra e obediência alegre à sua revelação. Como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica "a fé é um ato pessoal: é a livre resposta do homem à iniciativa de Deus que se revela". Mas, onde podemos escutar o deus que nos fala? Fundamental é a Sagrada Escritura, onde a Palavra de Deus faz-se audível para nós e alimenta a nossa vida de amigos de Deus. Toda a Bíblia fala da fé e ensina-nos a fé narrando uma história em que Deus leva em frente o seu projeto de redenção. O Santo Padre concretiza estas afirmações:
Muito belo, neste particular, é o capítulo 11 da Carta aos Hebreus onde se fala da fé e se colocam em evidência as grandes figuras bíblicas que a viveram, tornando-se modelo para todos os crentes: A fé é fundamento daquilo que se espera e prova daquilo que não se vê"
Os olhos da fé são capazes de ver o invisível e o coração do crente pode esperar para além de cada esperança, precisamente como Abraão, de quem Paulo diz na Carta aos Romanos "acreditou profundamente na esperança, contra qualquer esperança". A fé conduz Abraão a percorrer um caminho de paradoxo. Ele será abençoado mas sem os sinais visíveis da bênção Abraão, o crente, ensina-nos a fé e é como estrangeiro que nos indica a verdadeira pátria. A fé, assim, faz de nós peregrinos, inseridos no mundo e na história mas em caminho para a pátria celeste. Afirmar "Eu creio em Deus", leva-nos a sair continuamente de nós mesmos, como Abraão, para levar na realidade em que vivemos a certeza que nos vem da fé. O Santo Padre sintetizou a catequese apresentada e saudou os peregrinos presentes em língua portuguesa.
Queridos irmãos e irmãs,
Hoje quero começar a reflectir convosco sobre o Credo, a nossa Profissão de Fé, que inicia com estas palavras: «Creio em Deus»; um Deus, que Se revela e fala aos homens, convidando-os a entrar em comunhão com Ele. Assim no-lo mostra a Bíblia na vida de muitas pessoas. Uma delas é Abraão, chamado «o pai de todos os crentes». A fé leva-o a percorrer um caminho paradoxal, pois será abençoado, mas sem os sinais visíveis da bênção. Abraão, na fé, sabe discernir a bênção divina para além das aparências, confiando na presença do Senhor mesmo quando os seus caminhos são misteriosos. Os olhos da fé são capazes de ver o invisível. Também nós, quando dizemos «Creio em Deus», afirmamos como Abraão: «Entrego-Me nas vossas mãos! Entrego-me a Vós, Senhor!», para fundar em Vós a minha vida e deixar que a vossa Palavra a oriente nas opções concretas de cada dia.
Amados peregrinos por rotas e caminhos diversos, mas hoje com paragem comum neste Encontro com o Papa que vos dá as boas-vindas e saúda, especialmente à tripulação da fragata «Liberal» do Brasil e à delegação de várias entidades eclesiais e civis comprometidas na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e guiadas pelo Arcebispo local, Dom Orani. Só de mãos dadas, podereis realizar a travessia… Agradecido pela visita, dou-vos a minha Bênção, extensiva às vossas famílias.
Rádio Vaticano
Vídeos em espanhol e inglês
O Credo começa assim: "Eu acredito em Deus..." É uma afirmação fundamental, aparentemente simples na sua essencialidade, mas que abre ao infinito mundo da relação com o Senhor e com o seu mistério.
Acreditar em Deus implica adesão a Ele, acolhimento da Sua Palavra e obediência alegre à sua revelação. Como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica "a fé é um ato pessoal: é a livre resposta do homem à iniciativa de Deus que se revela". Mas, onde podemos escutar o deus que nos fala? Fundamental é a Sagrada Escritura, onde a Palavra de Deus faz-se audível para nós e alimenta a nossa vida de amigos de Deus. Toda a Bíblia fala da fé e ensina-nos a fé narrando uma história em que Deus leva em frente o seu projeto de redenção. O Santo Padre concretiza estas afirmações:
Muito belo, neste particular, é o capítulo 11 da Carta aos Hebreus onde se fala da fé e se colocam em evidência as grandes figuras bíblicas que a viveram, tornando-se modelo para todos os crentes: A fé é fundamento daquilo que se espera e prova daquilo que não se vê"
Os olhos da fé são capazes de ver o invisível e o coração do crente pode esperar para além de cada esperança, precisamente como Abraão, de quem Paulo diz na Carta aos Romanos "acreditou profundamente na esperança, contra qualquer esperança". A fé conduz Abraão a percorrer um caminho de paradoxo. Ele será abençoado mas sem os sinais visíveis da bênção Abraão, o crente, ensina-nos a fé e é como estrangeiro que nos indica a verdadeira pátria. A fé, assim, faz de nós peregrinos, inseridos no mundo e na história mas em caminho para a pátria celeste. Afirmar "Eu creio em Deus", leva-nos a sair continuamente de nós mesmos, como Abraão, para levar na realidade em que vivemos a certeza que nos vem da fé. O Santo Padre sintetizou a catequese apresentada e saudou os peregrinos presentes em língua portuguesa.
Queridos irmãos e irmãs,
Hoje quero começar a reflectir convosco sobre o Credo, a nossa Profissão de Fé, que inicia com estas palavras: «Creio em Deus»; um Deus, que Se revela e fala aos homens, convidando-os a entrar em comunhão com Ele. Assim no-lo mostra a Bíblia na vida de muitas pessoas. Uma delas é Abraão, chamado «o pai de todos os crentes». A fé leva-o a percorrer um caminho paradoxal, pois será abençoado, mas sem os sinais visíveis da bênção. Abraão, na fé, sabe discernir a bênção divina para além das aparências, confiando na presença do Senhor mesmo quando os seus caminhos são misteriosos. Os olhos da fé são capazes de ver o invisível. Também nós, quando dizemos «Creio em Deus», afirmamos como Abraão: «Entrego-Me nas vossas mãos! Entrego-me a Vós, Senhor!», para fundar em Vós a minha vida e deixar que a vossa Palavra a oriente nas opções concretas de cada dia.
Amados peregrinos por rotas e caminhos diversos, mas hoje com paragem comum neste Encontro com o Papa que vos dá as boas-vindas e saúda, especialmente à tripulação da fragata «Liberal» do Brasil e à delegação de várias entidades eclesiais e civis comprometidas na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e guiadas pelo Arcebispo local, Dom Orani. Só de mãos dadas, podereis realizar a travessia… Agradecido pela visita, dou-vos a minha Bênção, extensiva às vossas famílias.
Rádio Vaticano
Vídeos em espanhol e inglês
Imitação de Cristo, 3, 48, 4 - Do dia da eternidade e das angústias desta vida
Consolai-me no meu desterro, mitigai-me a dor, para vós se dirige todo o meu desejo. Tudo quanto o mundo oferece de consolo é para mim tormento. Desejo gozar-vos intimamente, mas não o consigo. Desejo aplicar-me às coisas do céu, mas as coisas temporais e as paixões imortificadas me abatem. Com o espírito desejava elevar-me acima de todas as coisas, mas a carne me obriga a sujeitar-me a elas contra a minha vontade. Assim eu, homem desgraçado, pelejo comigo e "sou a mim mesmo pesado" (Jó 7,20), pois o espírito aspira às alturas, mas a carne às baixezas.
Consummati in unum
Aos que procuram a unidade, temos de colocá-los perante Cristo, que pede que estejamos consummati in unum, consumados na unidade. A fome de justiça deve conduzir-nos à fonte originária da concórdia entre os homens: ser e saber-se filhos do Pai, irmãos. (Cristo que passa, 157)
Pobre ecumenismo o que anda na boca de muitos católicos, que maltratam outros católicos! (Sulco, 643)
Uma vez disse ao Santo Padre João XXIII, movido pelo encanto afável e paterno do seu trato: “Santo Padre, na nossa Obra, todos os homens, católicos ou não, encontraram sempre um ambiente acolhedor: não aprendi o ecumenismo de Vossa Santidade”. Ele riu-se emocionado, porque sabia que, já desde 1950, a Santa Sé tinha autorizado o Opus Dei a receber como associados Cooperadores os não católicos e até os não cristãos.
São muitos, efectivamente – e entre eles contam-se pastores e até bispos das suas respectivas confissões –, os irmãos separados que se sentem atraídos pelo espírito do Opus Dei e colaboram nos nossos apostolados. E são cada vez mais frequentes – à medida que os contactos se intensificam – as manifestações de simpatia e de cordial entendimento, resultantes de os sócios do Opus Dei centrarem a sua espiritualidade no simples propósito de viver com sentido de responsabilidade os compromissos e exigências baptismais do cristão. O desejo de procurar a plenitude da vida cristã e de fazer apostolado, procurando a santificação do trabalho profissional; a vida imersa nas realidades seculares, respeitando a sua própria autonomia, mas tratando-as com espírito e amor de almas contemplativas; a primazia que na organização dos nossos trabalhos concedemos à pessoa, à acção do Espírito nas almas, ao respeito da dignidade e da liberdade que provêm da filiação divina do cristão. (Temas Actuais do Cristianismo, 22)
São Josemaría Escrivá
Ter um coração amolecido e disponível
«Os homens que não deixam amolecer o coração acabam por sofrer de amolecimento do cérebro»
("Ortodoxia" de Gilbert K. Chesterton – Alêtheia Editores (pág. 57)
("Ortodoxia" de Gilbert K. Chesterton – Alêtheia Editores (pág. 57)
Ministro japonês diz que idosos doentes devem “morrer rapidamente” para o bem da economia
Por cá infelizmente já estivemos mais longe, aliás, diria que a banalização do direito à vida com o aborto, a eutanásia e as medidas economicistas na saúde são o primeiro passo para uma política neo-nazi de seleção de seres humanos, primeiro lá fora e depois cá dentro, se entretanto não aparecerem por cá um Zapatero, uma Clinton, um Obama ou um Cameron.
JPR
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Os custos dos tratamentos que prolongam a vida a pessoas com doenças sem recuperação são desnecessários para a economia japonesa, defende Taro Aso.
O ministro japonês das Finanças, em funções há cerca de um mês, defende que os cuidados de saúde para doentes mais idosos significam um custo desnecessário para o país e que a estes pacientes deveria ser permitido morrer rapidamente para aliviar a pesada carga financeira que representa o seu tratamento na economia japonesa.
“Que Deus não permita que sejam forçados a viver quando querem morrer. Eu iria acordar sentindo-me incrivelmente mal por saber que o tratamento era totalmente pago pelo Governo”. A frase de Taro Aso, citada pelo Guardian, foi proferida durante uma reunião do conselho nacional dedicada às reformas da segurança social e ao orçamento para a saúde. As declarações tornam-se ainda mais polémicas quando o ministro defendeu que “o problema só será resolvido” se se deixar os idosos “morrer rapidamente”.
Num país com quase um quarto de uma população de 128 milhões de pessoas com mais de 60 anos, Taro Aso, de 72 anos, acrescenta que vai recusar qualquer assistência médica se ficar gravemente doente. “Não preciso desse tipo de cuidados”, disse, citado pela comunicação social japonesa, segundo a qual o ministro terá dado indicações à família para que não receba qualquer tratamento que lhe prolongue a vida.
Após tornadas públicas as declarações, Taro Aso terá tentado explicar-se aos jornalistas. O ministro das Finanças admitiu que utilizou uma linguagem “desapropriada”, mas sublinhou que apenas se referia às suas opções pessoais. “Disse o que pessoalmente acredito e não o que deveria ser o sistema nacional de saúde”.
Esta não é a primeira vez que o responsável japonês se vê envolvido em polémica. No passado, fez piadas sobre doentes de Alzheimer e disse que gostaria que o Japão fosse um país tão bem-sucedido que “os judeus mais ricos ali quisessem viver”.
(Fonte: ‘Público’ online AQUI)
JPR
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O ministro da morte! |
O ministro japonês das Finanças, em funções há cerca de um mês, defende que os cuidados de saúde para doentes mais idosos significam um custo desnecessário para o país e que a estes pacientes deveria ser permitido morrer rapidamente para aliviar a pesada carga financeira que representa o seu tratamento na economia japonesa.
“Que Deus não permita que sejam forçados a viver quando querem morrer. Eu iria acordar sentindo-me incrivelmente mal por saber que o tratamento era totalmente pago pelo Governo”. A frase de Taro Aso, citada pelo Guardian, foi proferida durante uma reunião do conselho nacional dedicada às reformas da segurança social e ao orçamento para a saúde. As declarações tornam-se ainda mais polémicas quando o ministro defendeu que “o problema só será resolvido” se se deixar os idosos “morrer rapidamente”.
Num país com quase um quarto de uma população de 128 milhões de pessoas com mais de 60 anos, Taro Aso, de 72 anos, acrescenta que vai recusar qualquer assistência médica se ficar gravemente doente. “Não preciso desse tipo de cuidados”, disse, citado pela comunicação social japonesa, segundo a qual o ministro terá dado indicações à família para que não receba qualquer tratamento que lhe prolongue a vida.
Após tornadas públicas as declarações, Taro Aso terá tentado explicar-se aos jornalistas. O ministro das Finanças admitiu que utilizou uma linguagem “desapropriada”, mas sublinhou que apenas se referia às suas opções pessoais. “Disse o que pessoalmente acredito e não o que deveria ser o sistema nacional de saúde”.
Esta não é a primeira vez que o responsável japonês se vê envolvido em polémica. No passado, fez piadas sobre doentes de Alzheimer e disse que gostaria que o Japão fosse um país tão bem-sucedido que “os judeus mais ricos ali quisessem viver”.
(Fonte: ‘Público’ online AQUI)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1929
Junto ao leito de uma moribunda com santidade de vida, Mercedes Reyna, Josemaria dá-lhe este encargo: “Peça ao Senhor, lá do céu, que, se não for um sacerdote, não bom, mas santo!, me leve jovem, quanto antes!”
(Fonte: site de São Josemaría Escrivá AQUI)
(Fonte: site de São Josemaría Escrivá AQUI)
A pobreza no seu sentido mais lato
«Mas o coração das pessoas que nada possuem pode estar endurecido, envenenado, corrompido: cheio interiormente de cobiça pelo que não possui, esquecido de Deus e ávido apenas de bens materiais».
(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)
(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)
Oremos pela Paz
As injustiças, as excessivas desigualdades de ordem económica ou social, a inveja, a desconfiança e o orgulho que grassam entre os homens e as nações, são uma constante ameaça à paz e provocam as guerras. Tudo o que se fizer para superar estas desordens contribui para edificar a paz e evitar a guerra:
«Na medida em que os homens são pecadores, o perigo da guerra ameaça-os e continuará a ameaçá-los até à vinda de Cristo: mas, na medida em que, unidos na caridade, superam o pecado, superadas ficam também as violências, até que se realize aquela palavra: "Com as espadas forjarão arados e foices com as lanças. Não mais levantará a espada povo contra povo, nem jamais se exercitarão para a guerra" (Is 2, 4)» (Gaudium et spes 78 – Concílio Vaticano II)
(Catecismo da Igreja Católica § 2317)
«Na medida em que os homens são pecadores, o perigo da guerra ameaça-os e continuará a ameaçá-los até à vinda de Cristo: mas, na medida em que, unidos na caridade, superam o pecado, superadas ficam também as violências, até que se realize aquela palavra: "Com as espadas forjarão arados e foices com as lanças. Não mais levantará a espada povo contra povo, nem jamais se exercitarão para a guerra" (Is 2, 4)» (Gaudium et spes 78 – Concílio Vaticano II)
(Catecismo da Igreja Católica § 2317)
O novo mar tenebroso
O passado tem sempre boas lições. Por isso, nestes tempos de crise financeira global há muito a aprender com os erros dos marinheiros da época dos Descobrimentos.
A opinião actual sobre mercados financeiros cai facilmente no mito do "mar tenebroso". Como nos primórdios da aventura marítima, as notícias e comentários económicos estão cheios de monstros míticos, ameaças assombrosas, colossos maléficos. Das bolsas às agências de rating, dos bancos às multinacionais, não faltam candidatos a serpentes marinhas do mundo creditício. Serão essas análises erradas? Como os oceanos, as transacções financeiras incluem muitos dramas e imprevistos. Surgem tormentas e calmarias, ventos e naufrágios, piratas, escorbuto e indígenas hostis. Mas esses graves problemas são sempre acidentes, erros e crimes estritamente humanos, não aberrações acéfalas e perversas, como o Adamastor ou o Mostrengo que a lenda constrói.
Passado o susto, quando chegavam a terras longínquas, um segundo erro dos nossos navegantes era interpretar à portuguesa essa realidade exótica. Muita da incompreensão intercultural vinha de quem queria ver uma aldeia minhota nos aluviões indianos. Também hoje grande parte dos erros crassos nasce da simples confusão entre situações financeiras incomparáveis.
Um exemplo disto está nas conversas sobre o valor das acções na bolsa. Há anos que a minúscula cotação de alguns bancos e grandes empresas de referência é por cá tema de chacota ou preocupação, sem que se coloque a pergunta óbvia: se estão tão baratos, porque não são comprados? De facto, por muitos problemas que tenham, os seus activos devem valer muito mais que o apregoado. Mas quem comprasse todo o capital acessível nunca mandaria na empresa, que tem os estatutos blindados. Isto mostra como na Europa continental as bolsas são muito diferentes das anglo-saxónicas.
Grande parte do desenvolvimento mundial das últimas décadas advém das extraordinárias inovações financeiras, que se espalharam pelo mundo na globalização dos últimos 25 anos. O acesso ao capital é sempre decisivo para as empresas e a tradição bolsista americana não só o facilita muito, mas permite uma afectação eficiente dos activos, punindo quem os desperdiça e desviando o dinheiro para actividades produtivas. As finanças são um instrumento excelente mas, sempre baseadas na confiança, são também muito frágeis. Os ganhos conseguidos foram espantosos, sobretudo nos mais pobres, China, Índia e microcrédito. Mas a crise mostra que o crédito é como os automóveis: grandes vantagens com muitos acidentes.
A Europa acordou tarde para as novidades. Só com o projecto do euro a União veio aproveitar progressos que já eram antigos noutros lados. Mas fê-lo à europeia, sem deixar que os mercados ameaçassem a influência das élites económicas. O resultado é evidente: o euro nunca atingiu o dinamismo da zona dólar e ainda suporta uma instabilidade maior.
Um terceiro erro dos antigos exploradores era o oposto do anterior, pois a estranheza das diferenças culturais ocultava muitas semelhanças de comportamento. Um paralelo actual pode ver-se no drama do endividamento das famílias.
As dificuldades financeiras de bancos, empresas e governos têm sido tratadas através de fundos e outros apoios que aliviam a urgência e permitem um ajustamento razoável. Mas no que toca aos créditos pessoais ninguém apresenta respostas. Nesta questão, que gera enormes dramas familiares e afecta crescentemente o nosso panorama bancário, as coisas são resolvidas a quente e à bruta.
Soluções adequadas, paralelas às usadas nos outros sectores, estão bem analisadas tecnicamente por especialistas (ver, por exemplo, www.bridges-advisors.com/pt-pt/blogs.asp). Falta apenas vontade dos bancos e autoridades para encontrar mecanismos que permitam gerir e aliviar, de forma equilibrada, a carga de dívidas que afoga tantas famílias.
No meio da confusão da crise mundial renascem velhos erros. Os tempos mudam, mas a natureza humana permanece. Por isso, o passado tem sempre boas lições.
João César das Neves in DN online em 2012
A opinião actual sobre mercados financeiros cai facilmente no mito do "mar tenebroso". Como nos primórdios da aventura marítima, as notícias e comentários económicos estão cheios de monstros míticos, ameaças assombrosas, colossos maléficos. Das bolsas às agências de rating, dos bancos às multinacionais, não faltam candidatos a serpentes marinhas do mundo creditício. Serão essas análises erradas? Como os oceanos, as transacções financeiras incluem muitos dramas e imprevistos. Surgem tormentas e calmarias, ventos e naufrágios, piratas, escorbuto e indígenas hostis. Mas esses graves problemas são sempre acidentes, erros e crimes estritamente humanos, não aberrações acéfalas e perversas, como o Adamastor ou o Mostrengo que a lenda constrói.
Passado o susto, quando chegavam a terras longínquas, um segundo erro dos nossos navegantes era interpretar à portuguesa essa realidade exótica. Muita da incompreensão intercultural vinha de quem queria ver uma aldeia minhota nos aluviões indianos. Também hoje grande parte dos erros crassos nasce da simples confusão entre situações financeiras incomparáveis.
Um exemplo disto está nas conversas sobre o valor das acções na bolsa. Há anos que a minúscula cotação de alguns bancos e grandes empresas de referência é por cá tema de chacota ou preocupação, sem que se coloque a pergunta óbvia: se estão tão baratos, porque não são comprados? De facto, por muitos problemas que tenham, os seus activos devem valer muito mais que o apregoado. Mas quem comprasse todo o capital acessível nunca mandaria na empresa, que tem os estatutos blindados. Isto mostra como na Europa continental as bolsas são muito diferentes das anglo-saxónicas.
Grande parte do desenvolvimento mundial das últimas décadas advém das extraordinárias inovações financeiras, que se espalharam pelo mundo na globalização dos últimos 25 anos. O acesso ao capital é sempre decisivo para as empresas e a tradição bolsista americana não só o facilita muito, mas permite uma afectação eficiente dos activos, punindo quem os desperdiça e desviando o dinheiro para actividades produtivas. As finanças são um instrumento excelente mas, sempre baseadas na confiança, são também muito frágeis. Os ganhos conseguidos foram espantosos, sobretudo nos mais pobres, China, Índia e microcrédito. Mas a crise mostra que o crédito é como os automóveis: grandes vantagens com muitos acidentes.
A Europa acordou tarde para as novidades. Só com o projecto do euro a União veio aproveitar progressos que já eram antigos noutros lados. Mas fê-lo à europeia, sem deixar que os mercados ameaçassem a influência das élites económicas. O resultado é evidente: o euro nunca atingiu o dinamismo da zona dólar e ainda suporta uma instabilidade maior.
Um terceiro erro dos antigos exploradores era o oposto do anterior, pois a estranheza das diferenças culturais ocultava muitas semelhanças de comportamento. Um paralelo actual pode ver-se no drama do endividamento das famílias.
As dificuldades financeiras de bancos, empresas e governos têm sido tratadas através de fundos e outros apoios que aliviam a urgência e permitem um ajustamento razoável. Mas no que toca aos créditos pessoais ninguém apresenta respostas. Nesta questão, que gera enormes dramas familiares e afecta crescentemente o nosso panorama bancário, as coisas são resolvidas a quente e à bruta.
Soluções adequadas, paralelas às usadas nos outros sectores, estão bem analisadas tecnicamente por especialistas (ver, por exemplo, www.bridges-advisors.com/pt-pt/blogs.asp). Falta apenas vontade dos bancos e autoridades para encontrar mecanismos que permitam gerir e aliviar, de forma equilibrada, a carga de dívidas que afoga tantas famílias.
No meio da confusão da crise mundial renascem velhos erros. Os tempos mudam, mas a natureza humana permanece. Por isso, o passado tem sempre boas lições.
João César das Neves in DN online em 2012
Onde está Deus?
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando vêem a terra tremer,
As águas a chover,
E os ventos a rugirem,
Contra as casas,
Contra as árvores.
Onde está Deus?
Perguntam tantos
Quando desperta a dor,
Acontece a adversidade,
Os olhos se enchem de água,
E a morte traz a saudade.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando nos batem e ofendem,
Nos pisam e humilham,
Mesmo que façamos o bem,
Mesmo sem olhar a quem.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando predomina a guerra,
Os homens se dão à morte
E parece que sobre a terra,
Já não há sul, já não há norte.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando a criança tem fome,
E aos olhos suplicantes,
Parece que nada responde,
Nem mesmo por um instante.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Porque têm os olhos fechados,
O coração encarcerado,
Num peito que o aperta,
Os braços sempre cruzados,
Num pensamento encerrado.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Temendo que Ele os ouvisse!
E Ele sempre presente,
Em todo e cada momento,
Em cada um,
Em toda a gente.
Vai-se dando e entregando,
Assim todo e só amor,
Na tempestade
E na bonança,
No vento forte
E na brisa,
Em cada momento de dor,
Em cada morte,
Dando vida.
Sendo batido e ofendido,
Espezinhado e humilhado,
Mas dando sempre a mão
Fazendo-se sempre alcançado.
Está na guerra,
Pela paz,
E ilumina e conduz,
Cada homem sobre a terra.
Está no coração das crianças,
Em cada olhar suplicante,
A todos abraça e conforta,
Sobretudo ao homem errante.
E para O ver e sentir,
É preciso pouca coisa:
Descruzar os braços e sorrir,
Libertar o pensamento,
Deixar o seu coração voar,
Nas asas do eterno amor,
Acolher cada irmã
Abraçar cada irmão,
E amar, amar, amar….
Monte Real, 21 de Janeiro de 2010
Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com
Perguntam tantos,
Quando vêem a terra tremer,
As águas a chover,
E os ventos a rugirem,
Contra as casas,
Contra as árvores.
Onde está Deus?
Perguntam tantos
Quando desperta a dor,
Acontece a adversidade,
Os olhos se enchem de água,
E a morte traz a saudade.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando nos batem e ofendem,
Nos pisam e humilham,
Mesmo que façamos o bem,
Mesmo sem olhar a quem.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando predomina a guerra,
Os homens se dão à morte
E parece que sobre a terra,
Já não há sul, já não há norte.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Quando a criança tem fome,
E aos olhos suplicantes,
Parece que nada responde,
Nem mesmo por um instante.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Porque têm os olhos fechados,
O coração encarcerado,
Num peito que o aperta,
Os braços sempre cruzados,
Num pensamento encerrado.
Onde está Deus?
Perguntam tantos,
Temendo que Ele os ouvisse!
E Ele sempre presente,
Em todo e cada momento,
Em cada um,
Em toda a gente.
Vai-se dando e entregando,
Assim todo e só amor,
Na tempestade
E na bonança,
No vento forte
E na brisa,
Em cada momento de dor,
Em cada morte,
Dando vida.
Sendo batido e ofendido,
Espezinhado e humilhado,
Mas dando sempre a mão
Fazendo-se sempre alcançado.
Está na guerra,
Pela paz,
E ilumina e conduz,
Cada homem sobre a terra.
Está no coração das crianças,
Em cada olhar suplicante,
A todos abraça e conforta,
Sobretudo ao homem errante.
E para O ver e sentir,
É preciso pouca coisa:
Descruzar os braços e sorrir,
Libertar o pensamento,
Deixar o seu coração voar,
Nas asas do eterno amor,
Acolher cada irmã
Abraçar cada irmão,
E amar, amar, amar….
Monte Real, 21 de Janeiro de 2010
Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com
Unidos em Cristo
“... toda e qualquer divisão na Igreja é uma ofensa a Cristo. É em Cristo, único Chefe e Senhor, que nos podemos reencontrar unidos, pela força da sua graça."
(Bento XVI - Angelus do dia 23.01.2011)
(Bento XVI - Angelus do dia 23.01.2011)
Vida espiritual
Tudo é recriado por Cristo todos os dias, visto que o Pai tudo opera pelo Filho
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Tratado sobre o Salmo 91, 3
Em dia de sábado era imposto a todos, sem excepção, que não fizessem nenhum trabalho e que mesmo o descanso fosse levado a cabo em perfeita inactividade. Como pôde então o Senhor romper a norma do sábado? [...] Em verdade, como são grandes as obras de Deus, que sustenta os céus, fornece luz ao sol e a todos os astros, faz crescer as plantas da terra e conserva a vida aos homens. [...] Sim, tudo o que existe na terra e debaixo do céu fica a dever-se a Deus Pai; tudo vem de Deus e tudo existe pelo Filho. Com efeito, Ele é a cabeça e o princípio de tudo; n'Ele tudo foi criado (Cl 1, 16-18). E foi da Sua plenitude que, por iniciativa do Seu eterno poder, Ele tudo criou em seguida.
Ora, se Cristo opera em tudo, é necessariamente pela acção d'Aquele que opera em Cristo. Por isso, diz Ele: «o Meu Pai trabalha a cada momento e eu também» (Jo 5,17), porque tudo o que faz Cristo, Filho de Deus em Quem o Pai mora, é obra do Pai. Assim, todos os dias tudo é recriado pelo Filho, visto que o Pai tudo opera pelo Filho. Por conseguinte, é diária a acção de Cristo e, segundo penso, as leis da Natureza, as formas dos corpos, o desenvolvimento e o crescimento de tudo o que existe são manifestações dessa mesma acção.
Tratado sobre o Salmo 91, 3
Em dia de sábado era imposto a todos, sem excepção, que não fizessem nenhum trabalho e que mesmo o descanso fosse levado a cabo em perfeita inactividade. Como pôde então o Senhor romper a norma do sábado? [...] Em verdade, como são grandes as obras de Deus, que sustenta os céus, fornece luz ao sol e a todos os astros, faz crescer as plantas da terra e conserva a vida aos homens. [...] Sim, tudo o que existe na terra e debaixo do céu fica a dever-se a Deus Pai; tudo vem de Deus e tudo existe pelo Filho. Com efeito, Ele é a cabeça e o princípio de tudo; n'Ele tudo foi criado (Cl 1, 16-18). E foi da Sua plenitude que, por iniciativa do Seu eterno poder, Ele tudo criou em seguida.
Ora, se Cristo opera em tudo, é necessariamente pela acção d'Aquele que opera em Cristo. Por isso, diz Ele: «o Meu Pai trabalha a cada momento e eu também» (Jo 5,17), porque tudo o que faz Cristo, Filho de Deus em Quem o Pai mora, é obra do Pai. Assim, todos os dias tudo é recriado pelo Filho, visto que o Pai tudo opera pelo Filho. Por conseguinte, é diária a acção de Cristo e, segundo penso, as leis da Natureza, as formas dos corpos, o desenvolvimento e o crescimento de tudo o que existe são manifestações dessa mesma acção.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 23 de janeiro de 2013
Novamente entrou Jesus na sinagoga, e encontrava-se lá um homem que tinha uma das mãos atrofiada. Observavam-n'O a ver se curaria em dia de sábado, para O acusarem. Jesus disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Vem para o meio». Depois disse-lhes: «É lícito em dia de sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida a uma pessoa ou tirá-la?». Eles, porém, calaram-se. Então olhando-os com indignação, contristado da cegueira de seus corações, disse ao homem: «Estende a tua mão». Ele estendeu-a, e a mão ficou curada. Mas os fariseus, retirando-se, reuniram-se logo em conselho com os herodianos contra Ele para ver como O haviam de matar.
Mc 3, 1-6
Mc 3, 1-6
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