Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Oração do Papa Bento XVI de junho 2019

Senhor Jesus Cristo,

São mais de dezanove séculos anos desde quando Vós, o Verbo eterno de Deus, entrastes no tempo e Vos fizestes carne – Vós vos fizestes homem. Não rejeitastes a Vossa natureza humana como um vestido depois de a ter assumido por pouco tempo. Não, até a Vossa morte sobre a cruz Vós a assumistes, Vós a tendes transpassada e sofrestes por ela, e permaneceis, depois de ressuscitado, homem para sempre. Na parábola, Vos comparastes com o grão de trigo que cai na terra e morre, mas não permanece isolado, antes, emerge de novo e produz constantemente fruto. Na Sagrada Eucaristia Vós sempre estais presente entre nós, Vos entregais em nossas mãos e aos nossos corações, a fim de que possa surgir uma nova humanidade. O Vosso fazer-Vos homem não é para nós uma experiência distante, ao contrário, toca a todos, chama-nos a todos. Ajudai-nos a compreender sempre mais. Ajudai-nos a viver e a morrer no segredo do grão de trigo e a contribuir com o surgimento de uma nova humanidade.

Antes de deixardes este mundo e de voltardes ao Pai, para depois voltardes entre nós, Vós entregastes a alguns homens a missão de ir a todo o mundo e de batizar os povos em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. E o ser batizados faz nos ser uma nova comunidade, a Vossa Igreja. Como Vós anunciastes, este Vosso novo Corpo – que se estende por todo o mundo – se distingue pela Vossa proximidade, que anima o próprio corpo. Mas é também distinto pela nossa fragilidade, que se supera apenas lentamente.

Neste momento da nossa história, agradecemo-Vos pela graça de ter-nos chamado a fazer parte da Vossa Igreja. Agradecemo-Vos pelas realidades belas e grandes que se tornam visíveis no mundo por meio dela. Pedimo-vos também que nos ajudeis a enfrentar a obscuridade que, de tempos em tempos, é sempre ameaçadoramente ativa dentro dela. (…)

A missão da Igreja é, portanto, também aquela de aglomerar as várias línguas e as histórias de cada parte em uma nova unidade. Nesta situação, pensamos antes de tudo nos inícios da Fé no interior da nossa pátria, à época em que Vós nos enviastes a grande figura de São Martinho, bispo de Tours. Martinho nasceu na nossa terra – a então província romana da Panónia – e as suas origens fazem que nos pertença para sempre de um modo especial. Seguindo a vontade do seu pai, ele se tornou um soldado romano e chegou à Gália, ao outro extremo do continente. Encontrou-vos a Vós, Senhor Jesus Cristo, na figura de um mendigo e, dividindo com ele o seu manto – a sua casa, poderíamos dizer –, Vos reconheceu no seu coração. Vós lhe concedestes um grande mestre, Hilário de Poitiers, que iluminou a sua inteligência e, de tal modo, protegeu-o das insidias do arianismo. Assim, ele foi preservado daquela falsa norma da Fé cristã, que transmitia aos povos recentemente convertidos uma imagem diminuída de Nosso Senhor e impedia, portanto, o acesso à verdadeira Fé. Seguindo as pegadas de Santo Hilário, São Martinho voltou ainda uma vez à sua terra, para, depois, retornar novamente à Gália, onde iniciou o grande ministério da sua vida.

Também hoje a nossa Fé é ameaçada por mudanças reducionistas, cujas modas mundanas querem submetê-la para subtraí-la à sua grandeza.

Ajudai-nos, Senhor, neste nosso tempo, a ser e a permanecer verdadeiramente católicos – a viver e a morrer na grandeza da Vossa verdade e na Vossa divindade. Dai-nos sempre bispos corajosos, que nos guiem à unidade da Fé, com os santos de todos os tempos, e nos mostrem como agir de modo adequado ao serviço da reconciliação, à qual o nosso episcopado é chamado de modo especial. Senhor Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Benedictus XVI.

Mosteiro Mater Ecclesiæ, 8 de junho de 2019.

Fonte: página no Facebook de Artur Matos Correia

Calma, deixa correr o tempo

Estás intranquilo. – Olha: aconteça o que acontecer na tua vida interior ou no mundo que te rodeia, nunca te esqueças de que a importância dos acontecimentos ou das pessoas é muito relativa. – Calma. Deixa correr o tempo; e, depois, olhando de longe e sem paixão os factos e as pessoas, adquirirás a perspectiva, porás cada coisa no seu lugar e de acordo com o seu verdadeiro tamanho. Se assim fizeres, serás mais justo e evitarás muitas preocupações. (Caminho, 702)

Não vos assusteis nem temais nada, mesmo que as circunstâncias em que trabalheis sejam tremendas, piores que as de Daniel no fosso com aqueles animais vorazes. As mãos de Deus continuam a ser igualmente poderosas e, se fosse necessário, fariam maravilhas. Sede fiéis! Com uma fidelidade amorosa, consciente, alegre, à doutrina de Cristo, persuadidos de que os anos de agora não são piores do que os dos outros séculos e de que o Senhor é o mesmo de sempre.

Conheci um sacerdote já ancião, que afirmava, sorridente, de si mesmo: eu estou sempre tranquilo, tranquilo. E assim temos de nos encontrar sempre nós, metidos no mundo, rodeados de leões famintos, mas sem perder a paz: tranquilos! Com amor, com fé, com esperança, sem esquecer jamais que, se for conveniente, o Senhor multiplicará os milagres. (Amigos de Deus, 105)

São Josemaría Escrivá

10 Frases de S. Josemaria sobre o amor aos pobres

1. Pelo «caminho do justo descontentamento» têm ido e estão a ir-se embora as massas. Dói... Quantos ressentidos temos fabricado entre os que estão espiritual ou materialmente necessitados! É preciso voltar a meter Cristo entre os pobres e entre os humildes: precisamente entre esses é que Ele se sente melhor. Sulco, 228

2. «Os pobres – dizia aquele amigo nosso – são o meu melhor livro espiritual e o motivo principal das minhas orações. Dói-me a sua dor, e dói-me o sofrimento de Cristo neles. E, porque me dói, compreendo que O amo e que os amo». Sulco, 827

3. Servir e dar formação às crianças; tratar com carinho dos doentes. Para se fazer entender pelas almas simples, é preciso humilhar a inteligência; para compreender os pobres doentes, é preciso humilhar o coração. E assim, com o entendimento e com a carne ajoelhados, é fácil chegar a Jesus, pelo caminho seguro da miséria humana, da miséria própria, que leva a aniquilar-se, para deixar que Deus construa sobre o nosso nada. Forja, 600

4. Um homem ou uma sociedade que não reaja diante das tribulações ou das injustiças e se não esforce por as aliviar, não é um homem ou uma sociedade à medida do amor do Coração de Cristo. Os cristãos – conservando sempre a mais ampla liberdade quando se trata de estudar e de pôr em prática as diversas soluções, segundo um pluralismo bem natural – terão de convergir no mesmo anseio de servir a humanidade. Se não, o seu cristianismo não será a Palavra e a Vida de Jesus: será um disfarce, um embuste feito a Deus e aos homens. Cristo que passa, 167

5. Não é lícito encerrar-se numa religiosidade cómoda, esquecendo as necessidades dos outros. Quem deseja ser justo aos olhos de Deus também se esforça para que a justiça se realize de facto entre os homens. E não apenas. pelo bom motivo de que o nome de Deus não seja injuriado, mas porque ser cristão significa captar e corresponder a todos os anseios nobres do homem. Parafraseando um texto conhecido, do Apóstolo S. João, pode-se dizer que mente quem afirma que é justo com Deus mas não é justo com os outros homens; e a verdade não habita nele. Cristo que passa, 52

6. Compreende-se muito bem a impaciência, a angústia, os inquietos anseios daqueles que, com uma alma naturalmente cristã, não se resignam perante a injustiça individual e social que o coração humano é capaz de criar. Tantos séculos de convivência dos homens entre si, e ainda tanto ódio, tanta destruição, tanto fanatismo acumulado em olhos que não querem ver e em corações que não querem amar! Os bens da Terra, repartidos entre muito poucos; os bens da cultura, encerrados em cenáculos...E, lá fora, fome de pão e de sabedoria; vidas humanas – que são santas, porque vêm de Deus – tratadas como simples coisas, como números de uma estatística! Compreendo e compartilho dessa impaciência, levantando os olhos para Cristo, que continua a convidar-nos a pormos em prática o mandamento novo do amor. Cristo que passa, 111

7. Todas as situações que a nossa vida atravessa nos trazem uma mensagem divina, nos pedem uma resposta de amor, de entrega aos demais. (…) É preciso reconhecer Cristo que nos sai ao encontro nos nossos irmãos, os homens. Nenhuma vida humana é uma vida isolada; entrelaça-se com as demais. Nenhuma pessoa é um verso solto; todos fazemos parte de um mesmo poema divino, que Deus escreve com o concurso da nossa liberdade. Cristo que passa, 111

8. Viver pensando nos outros, usar as coisas de tal maneira que haja algo para oferecer aos outros, tudo isso são dimensões da pobreza que garantem o desprendimento efectivo. Temas actuais do Cristianismo, 111

9. Anuncia-se o Evangelho aos pobres (Mat. 11, 5), lemos na Escritura, precisamente como um dos sinais que dão a conhecer a chegada do Reino de Deus. Quem não amar e viver a virtude da pobreza não tem o espírito de Cristo. E isto é válido para todos, tanto para o anacoreta que se retira para o deserto, como para o cristão corrente que vive no meio da sociedade humana, usando dos recursos deste mundo ou carecendo de muitos deles. Temas actuais do Cristianismo, 110

10. Fazendo-me eco de uma expressão do Profeta lsaías – discite benefacere (1, 17) –, agrada-me dizer que é preciso aprender a viver toda a virtude, e talvez a pobreza muito especialmente. É necessário aprender a vivê-la para que não fique reduzida a um ideal sobre o qual se pode escrever muito, mas que ninguém realiza seriamente. É preciso fazer ver que a pobreza é um convite que o Senhor dirige a cada cristão e que é – portanto – chamada concreta que deve moldar toda a vida da humanidade. Temas actuais do Cristianismo, 110

Dai-me Senhor

Dai-me Senhor a humildade de saber que sobre Ti pouco ou nada sei, a não ser que me criaste e do pouco que sei, sei sem quaisquer dúvidas, que Vos amo profundamente.

Dai-me Senhor a capacidade de continuar a aprender das Sagradas Escrituras, dos Santos, dos Padres e da Santa Madre Igreja como fortalecer o meu amor por Ti.

Dai-me Senhor a sabedoria e a fé de bem compreender que a tua imolação na Cruz foi para a salvação de pecadores como eu.

Dai-me Senhor a capacidade de ser humilde e manso de coração, para combater a soberba que tão frequentemente me assola.

Dai-me Senhor o discernimento para quando evoco o Teu Santíssimo nome, o faça com as palavras justas e apropriadas.

JPR

Espírito de humildade

«A uma mentalidade “crítica”, com a qual o homem critica tudo à excepção de si mesmo, contrapomos a abertura ao infinito, a vigilância e a sensibilidade para a totalidade do ser, uma humildade de pensamento pronta a vergar-se à majestade da verdade, perante a qual nós não somos juízes mas mendigos. Só ao coração vigilante e humilde a verdade se mostra.»

(Joseph Ratzinger - Olhar para Cristo)

O Evangelho do dia 19 de novembro de 2019

Tendo entrado em Jericó, atravessava a cidade. Eis que um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos publicanos e rico, procurava conhecer de vista Jesus, mas não podia por causa da multidão, porque era pequeno de estatura. Correndo adiante, subiu a um sicómoro para O ver, porque havia de passar por ali. Quando chegou Jesus àquele lugar, levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, porque convém que Eu fique hoje em tua casa». Ele desceu a toda a pressa, e recebeu-O alegremente. Vendo isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa de um homem pecador». Entretanto, Zaqueu, de pé diante do Senhor, disse-Lhe: «Eis, Senhor, que dou aos pobres metade dos meus bens e, naquilo em que tiver defraudado alguém, restituir-lhe-ei o quádruplo». Jesus disse-lhe: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido».

Lc 19, 1-10