Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 17 de abril de 2011

Boa noite!

O único meio de conhecer Jesus: privar com Ele! N'Ele encontrarás sempre um Pai, um Amigo, um Conselheiro e um Colaborador para todas as actividades honestas da tua vida quotidiana... E, com esse convívio, gerar-se-á o Amor.

(São Josemaría Escrivá - Sulco, 662)

Se procuras meditar, o Senhor não te negará a sua assistência. Fé e obras de fé! Obras, porque o Senhor – tu já reparaste nisso desde o princípio e eu já to fiz notar a seu tempo – cada dia é mais exigente. Isto já é contemplação e união; e assim há-de ser a vida de muitos cristãos, avançando cada um pela sua própria via espiritual – são infinitas – no meio dos afazeres deste mundo, mesmo sem se darem conta disso.

Uma oração e uma conduta que não nos afastam das nossas actividades correntes, que nos conduzem a Nosso Senhor no meio dos nossos nobres empenhos terrenos. Ao elevar a Deus todas essas ocupações, a criatura diviniza o mundo. Tenho falado tantas vezes do mito do rei Midas que convertia em ouro tudo aquilo em que tocava! Podemos converter em ouro de méritos sobrenaturais tudo o que tocamos, apesar dos nossos erros pessoais.

Assim actua o Nosso Deus. Quando aquele filho regressa, depois de ter gasto o seu dinheiro, vivendo mal, depois – sobretudo – de se ter esquecido do pai, o pai diz: depressa, trazei aqui o vestido mais rico e vesti-lho e colocai-lhe um anel no dedo; calçai-lhe as sandálias. Tomai um vitelo gordo, matai-o e comamos e celebremos um banquete. O Nosso Pai, Deus, quando recorremos a Ele com arrependimento, tira riqueza da nossa miséria e força da nossa debilidade. Que preparará para nós, se não O abandonarmos, se O procurarmos todos os dias, se Lhe dirigirmos palavras carinhosas confirmadas pelas nossas acções, se Lhe pedirmos tudo, confiados na Sua omnipotência e na Sua misericórdia?

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, nn. 308–309)

O Angelus do dia 17 de Abril de 2011 (versão integral)

Hoje!

Querido Jesus nascestes numa manjedoura, portanto pobre aos olhos dos homens, entraste em Jerusalém montado num jumentinho, portanto pobre aos olhos dos homens, mas frequentemente nos esquecemos da Tua verdadeira riqueza, que é seres Deus humanizado para nos redimir e salvar.

Que importa se era uma manjedoura ou um berço de ouro, um jumentinho ou um cavalo puro sangue, eras Tu, o Rei do Universo, e isso basta-me e faz-me amar-Te ainda mais.

(JPR)

É Deus, em Jesus, na Cruz, que nos eleva. É Ele que nos torna livres e nos dá um coração puro: Bento XVI na homilia da Missa de Ramos, na praça de São Pedro

O homem encontra-se no ponto de intersecção de duas forças de gravidade: uma positiva, que o eleva; outra negativa, que o degrada. É Jesus - que sobe a Jerusalém para dar a sua vida por nós – que nos atrai a si e nos eleva. Este o sentido, a importância, a actualidade da procissão litúrgica deste domingo de Ramos: explicou Bento XVI, na homilia da Missa, celebrada numa Praça de São Pedro repleta de fiéis, muitos deles jovens, sob um esplêndido sol primaveril.

O Papa começou por fazer notar que, depois da profissão de fé de Pedro, em Cesareia de Filipe, o próprio Jesus se tinha encaminhado como peregrino para Jerusalém, para as festividades da Páscoa.

“(Jesus) Caminha para o templo na Cidade Santa, para aquele lugar que, de modo particular, garantia a Israel que Deus estava próximo do seu povo. Caminha para a festa comunitária da Páscoa, memorial da libertação do Egipto e sinal da esperança na libertação definitiva. Jesus sabe que O espera uma Páscoa nova, e que Ele mesmo tomará o lugar dos cordeiros imolados, oferecendo-Se a Si mesmo na Cruz”.

Jesus “vai a caminho das alturas da Cruz, para o momento do amor que se doa. O termo último da sua peregrinação é a altura do próprio Deus, à qual Ele quer elevar o ser humano”.

“Assim, a nossa procissão de hoje quer ser imagem de algo mais profundo, imagem do facto que nos encaminhamos em peregrinação, juntamente com Jesus, pelo caminho alto que leva ao Deus vivo. É desta subida que se trata: tal é o caminho, a que Jesus nos convida.”

Mas como podemos nós manter-nos neste caminho, nesta subida que ultrapassa de longe as nossas forças e possibilidades? – interrogou-se o Papa, que sublinhou os limites e contradições ligados aos avanços alcançados pela humanidade. Persiste, “potente, a força da gravidade que nos puxa para baixo”. Os Padres (da Igreja) – fez notar Bento XVI – diziam que “o homem se encontra no ponto de intersecção entre dois campos de gravitação”.

“Temos, por um lado, a força de gravitação que puxa para baixo: para o egoísmo, para a mentira e para o mal; a gravidade que nos rebaixa e afasta da altura de Deus. Por outro lado, há a força de gravitaçãodo amor de Deus: sabermo-nos amados por Deus e a resposta do nosso amor puxam-nos para o alto. 
O homem encontra-se no meio desta dupla força de gravidade, e tudo depende de conseguir livrar-se do campo de gravidade do mal e ficar livre para se deixar atrair totalmente pela força de gravidade de Deus, que nos torna verdadeiros, nos eleva, nos dá a verdadeira liberdade.”

Comentando o convite que o celebrante dirige à assembleia antes da oração eucarística - “Sursum corda” (“Corações ao alto”), Bento XVI sublinhou que na concepção bíblica e na visão dos Padres (da Igreja) “o coração é aquele centro do homem em que se unem o intelecto, a vontade e o sentimento, o corpo e a alma”. É este “coração” que precisa de ser “elevado”. E é o próprio Deus que nos tem de atrair a si, de nos puxar para o alto. Foi o que Ele iniciou na Cruz.

“Desceu até à humilhação extrema da existência humana, a fim de nos puxar para o alto, rumo a Ele, rumo ao Deus vivo. Jesus humilhou-Se: diz-nos a segunda leitura. Só assim podia ser superada a nossa soberba: a humildade de Deus é a forma extrema do seu amor, e este amor humilde atrai para o alto”.

Aquele que, não obstante toda a nossa miséria, nos eleva à altura de Deus (acrescentou o Papa, a concluir) , é Jesus Cristo que, de Deus, desceu até nós e, no seu amor crucificado, nos toma pela mão e nos conduz para o alto.

“Com o Senhor, caminhamos, peregrinos, para o alto. Andamos à procura do coração puro e das mãos inocentes, andamos à procura da verdade, procuramos o rosto de Deus. Manifestamos ao Senhor o desejo de nos tornar justos e pedimos-Lhe: Atraí-nos, Vós, para o alto! Tornai-nos puros! Fazei que se cumpra em nós a palavra do salmo processional que cantamos, ou seja, que possamos pertencer à geração dos que procuram Deus, «que procuram a face do Deus de Jacob». Ámen!”


No final da celebração, antes da recitação do Angelus, Bento XVI dirigiu saudações em diversas línguas, aos peregrinos presentes, muitos deles jovens. Esta a saudação em português:

“Uma saudação amiga para os jovens e demais peregrinos de língua portuguesa, com votos de uma Semana Santa rica de frutos espirituais, vivendo-a unidos à Virgem Maria para aprender d’Ela a escutar Deus no silêncio interior, a olhar os outros com o coração puro e a seguir Jesus, com fé amorosa, pelo caminho do calvário que conduz à alegria da ressurreição. Até Madrid, se Deus quiser!”

Em espanhol, o Papa referiu-se mais expressamente à próxima JMJ:

“Dirijo-me em especial a vós, queridos jovens, para que me acompanheis na Jornada Mundial da Juventude, que terá lugar em Madrid no próximo mês de Agosto, sob o lema ‘Enraizados em Cristo, firmes na fé’.

Ainda em espanhol, Bento XVI referiu-se à Colômbia, onde na Sexta-feira Santa se celebra uma Jornada de Oração pelas vítimas da violência:

“Uno-me espiritualmente a esta importante iniciativa e exorto encarecidamente os colombianos a nela participarem, ao mesmo tempo que peço a Deus por todos os que nesta amada Nação foram vilmente despojados da vida e dos seus bens. Renovo o meu urgente apelo à conversão, ao arrependimento e à reconciliação. Nunca mais violência na Colômbia, que reine a paz!” 

(Fonte: site Rádio Vaticano)

João Paulo II – A caminho da sua Beatificação no próximo dia 1 de Maio

«Por este motivo, a confiança total na incondicionada fidelidade de Deus à Sua promessa está ligada na Igreja à grave responsabilidade de colaborar com a acção de Deus que chama, de contribuir para criar e manter as condições nas quais a boa semente , semeada pelo Senhor, possa criar raízes e dar frutos abundantes. A Igreja nunca pode deixar de pedir ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe (cf. Mt 9, 38), de dirigir uma clara e corajosa proposta vocacional às novas gerações, de as ajudar a discernir a verdade do chamamento de Deus e a corresponder-lhe com generosidade, e de reservar um cuidado particular à formação dos candidatos ao presbiterado.» (25-III-1992 in Exortação Apostólica pós sinodal PASTORES DABO VOBIS)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1927

É Domingo de Páscoa e está em Saragoça (Espanha). Dois dias mais tarde, dia 19, vai de combóio para Madrid, onde viverá os dez anos seguintes. “Pensava eu, andando na rua, [...] - escreve nos Apontamentos íntimos -, que Madrid foi o meu Damasco, porque aqui caíram-me as escamas dos olhos da minha alma [...] e aqui recebi a minha missão”. Referia-se ao facto de que nessa cidade Deus lhe ter feito “ver” o Opus Dei.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O que é a Semana Santa (vídeos em espanhol e inglês)

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor

A liturgia deste último domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-se servo dos homens, deixou-se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz (que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projectos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.

O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)