Recordaremos a Jesus que somos crianças. E as crianças, as crianças pequenitas e simples, muito sofrem para subir um degrau! Aparentemente, estão ali a perder tempo. Por fim, sobem. Agora, outro degrau. Com as mãos e os pés, e com o impulso do corpo todo, conseguem um novo triunfo: outro degrau. E voltam a começar. Que esforços! Já faltam poucos..., mas, então, uma escorregadela... e ei-lo!... por aí abaixo. Toda dorida, num mar de lágrimas, a pobre criança começa, recomeça a subida. – Assim acontece connosco, Jesus, quando estamos sozinhos. Pega-nos Tu nos teus braços amáveis, como um Amigo grande e bom da criança simples; não nos deixes enquanto não chegarmos lá acima; e então – oh então! –, saberemos corresponder ao teu Amor misericordioso com audácias infantis, dizendo-te, doce Senhor, que, fora de Maria e de José, não houve nem haverá mortal – e houve-os muito loucos – que te queira como te quero eu.
(São Josemaría Escrivá - Forja, 346)
Eu vou continuando a minha oração em voz alta e vós, cada um de vós, por dentro, está confessando ao Senhor: Senhor, que pouco valho! Que cobarde tenho sido tantas vezes! Quantos erros! Nesta ocasião e naquela... nisto e naquilo... E podemos exclamar também: ainda bem, Senhor, que me tens sustentado com a tua mão, porque eu sinto-me capaz de todas as infâmias... Não me largues, não me deixes; trata-me sempre como um menino. Que eu seja forte, valente, íntegro. Mas ajuda-me, como a uma criatura inexperiente. Leva-me pela tua mão, Senhor, e faz com que tua Mãe esteja também a meu lado e me proteja. E assim, possumus!, poderemos, seremos capazes de ter-Te por modelo!
Não é presunção afirmar possumus! Jesus Cristo ensina-nos este caminho divino e pede-nos que o apreendamos porque Ele o tornou humano e acessível à nossa fraqueza. Por isso se rebaixou tanto: Este foi o motivo porque se abateu, tomando a forma de servo aquele Senhor que, como Deus, era igual ao Pai; mas abateu-se na majestade e na potência; não na bondade e na misericórdia.
A bondade de Deus quer tornar-nos fácil o caminho. Não rejeitemos o convite de Jesus; não Lhe digamos que não; não nos façamos surdos ao seu chamamento; pois não existem desculpas, não temos nenhum motivo para continuar a pensar que não podemos. Ele ensinou-nos com o seu exemplo. Portanto, peço-vos encarecidamente, meus irmãos, que não permitais que se vos tenha mostrado em vão exemplo tão precioso, mas que vos conformeis com Ele e vos renoveis no espírito da vossa alma.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 15)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 18 de dezembro de 2010
A política da fraternidade (Editorial)
O antigo dito latino que exorta a preparar as armas em função da paz - si vis pacem para bellum - de certa forma ressoa na mensagem de Bento XVI para o dia mundial que será celebrado a 1 de Janeiro próximo. Mas são armas diversas das que são "destinadas a matar e a exterminar a humanidade", como ressaltava Paulo VI: são necessárias de facto "sobretudo as armas morais, que dão força e prestígio ao direito internacional". E entre estas é urgente hoje a liberdade religiosa, sobre a qual o Papa reflecte a partir dos horríveis actos de violência e intolerância que sucedem sobretudo no Iraque, mas não só.
Na mensagem papal a análise considera a situação internacional no seu conjunto e afirma amargamente que nalgumas regiões do mundo "não é possível professar e expressar livremente a própria religião". Noutras, ao contrário, a intolerância e a violência afirmam-se através de "formas mais silenciosas e sofisticadas de preconceito e de oposição em relação aos crentes e aos símbolos religiosos".
Sem se perder em ênfases retóricas e sem demasiados exemplos, que infelizmente não seria difícil enumerar, Bento XVI inicia com uma afirmação incontestável: "Os cristãos são actualmente o grupo religioso que sofre o maior número de perseguições devido à própria fé". Como no Iraque, onde precisamente em Bagdad o "ataque vil" contra a catedral sírio-católica assassinou dois sacerdotes e exterminou cerca de cinquenta fiéis, mas também noutros países asiáticos e africanos, aos danos das minorias religiosas. Enquanto que na Europa muitas forças trabalham para renegar a história e os símbolos religiosos da maioria dos cidadãos. Espezinhando pluralismo e laicidade, com o resultado de fomentar ódio e preconceito.
Negar a liberdade religiosa e obscurecer a dimensão pública da religião gera uma sociedade injusta e vai contra a paz. A afirmação é acompanhada de uma crítica radical do relativismo moral, que "é na realidade a origem da divisão e da negação da dignidade dos seres humanos". E não aceitando fundamentalismo e laicismo - que a mensagem define "formas especulares e extremas de rejeição" do pluralismo e da laicidade - o Papa repete que as religiões desempenham um papel importante no âmbito político e cultural porque podem constituir "um importante factor de unidade e de paz".
A força das afirmações de Bento XVI baseia-se na convicção de que o mundo "precisa de Deus" e na razão, que pode ser partilhada por todos (não é por acaso que Cícero é citado num texto percorrido pela consciência da especificidade judaica e cristã). E recebendo cinco novos embaixadores junto da Santa Sé, o Papa disse com clareza que a Igreja não age como um lobby e que a sua política é uma só: a da fraternidade.
GIOVANNI MARIA VIAN - Director
(© L'Osservatore Romano - 18 de Dezembro de 2010)
Na mensagem papal a análise considera a situação internacional no seu conjunto e afirma amargamente que nalgumas regiões do mundo "não é possível professar e expressar livremente a própria religião". Noutras, ao contrário, a intolerância e a violência afirmam-se através de "formas mais silenciosas e sofisticadas de preconceito e de oposição em relação aos crentes e aos símbolos religiosos".
Sem se perder em ênfases retóricas e sem demasiados exemplos, que infelizmente não seria difícil enumerar, Bento XVI inicia com uma afirmação incontestável: "Os cristãos são actualmente o grupo religioso que sofre o maior número de perseguições devido à própria fé". Como no Iraque, onde precisamente em Bagdad o "ataque vil" contra a catedral sírio-católica assassinou dois sacerdotes e exterminou cerca de cinquenta fiéis, mas também noutros países asiáticos e africanos, aos danos das minorias religiosas. Enquanto que na Europa muitas forças trabalham para renegar a história e os símbolos religiosos da maioria dos cidadãos. Espezinhando pluralismo e laicidade, com o resultado de fomentar ódio e preconceito.
Negar a liberdade religiosa e obscurecer a dimensão pública da religião gera uma sociedade injusta e vai contra a paz. A afirmação é acompanhada de uma crítica radical do relativismo moral, que "é na realidade a origem da divisão e da negação da dignidade dos seres humanos". E não aceitando fundamentalismo e laicismo - que a mensagem define "formas especulares e extremas de rejeição" do pluralismo e da laicidade - o Papa repete que as religiões desempenham um papel importante no âmbito político e cultural porque podem constituir "um importante factor de unidade e de paz".
A força das afirmações de Bento XVI baseia-se na convicção de que o mundo "precisa de Deus" e na razão, que pode ser partilhada por todos (não é por acaso que Cícero é citado num texto percorrido pela consciência da especificidade judaica e cristã). E recebendo cinco novos embaixadores junto da Santa Sé, o Papa disse com clareza que a Igreja não age como um lobby e que a sua política é uma só: a da fraternidade.
GIOVANNI MARIA VIAN - Director
(© L'Osservatore Romano - 18 de Dezembro de 2010)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja
Homilias para a Vigília do Natal, 5; CCL 122, 32-36 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p.19 rev.)
«Dar-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
O profeta Isaías diz: «Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-Lhe o nome de Emanuel» (7, 14). O nome do Salvador, «Deus connosco», dado pelo profeta, refere-se às duas naturezas da Sua pessoa única. Com efeito, Aquele que é Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, é também o Emanuel do fim dos tempos, quer dizer «Deus connosco». Tornou-Se assim no seio de Sua Mãe, porque Se dignou aceitar a fragilidade da nossa natureza na unidade da Sua pessoa quando «o Verbo se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1, 14). Quer dizer que começou de uma forma admirável a ser o que nós somos, sem deixar de ser Quem era, assumindo a nossa natureza, de forma a não perder o que era em Si mesmo. [...]
«Maria e teve o seu filho primogénito [...] e deram-lhe o nome de Jesus» (Lc 2, 7.21). Portanto, Jesus é o nome do Filho nascido da Virgem, nome que indica, segundo a explicação do anjo, que Ele salvará o povo dos seus pecados. [...] Será Ele que, evidentemente, salvará também da destruição da alma e do corpo os seguidores do pecado.
Quanto ao nome «Cristo», é título de uma dignidade sacerdotal e real. Porque, sob a antiga Lei, os sacerdotes e os reis eram chamados cristos, devido à crismação. Essa unção com óleo santo prefigurava o Cristo que, vindo ao mundo como verdadeiro Rei e Sacerdote, foi consagrado: «Deus ungiu-O com o óleo da alegria, preferindo-O aos Seus companheiros» [cf. Sl 44 (45), 8]. Por causa dessa unção ou crismação, Cristo em pessoa e aqueles que participam da mesma unção – quer dizer, da graça espiritual – são chamados «cristãos». Pelo facto de ser o Salvador, Cristo pode-nos salvar dos nossos pecados; pelo facto de ser Sacerdote, pode reconciliar-nos com Deus Pai; pelo facto de ser Rei, digna-Se dar-nos o Reino eterno de Seu Pai.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Homilias para a Vigília do Natal, 5; CCL 122, 32-36 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p.19 rev.)
«Dar-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
O profeta Isaías diz: «Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-Lhe o nome de Emanuel» (7, 14). O nome do Salvador, «Deus connosco», dado pelo profeta, refere-se às duas naturezas da Sua pessoa única. Com efeito, Aquele que é Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, é também o Emanuel do fim dos tempos, quer dizer «Deus connosco». Tornou-Se assim no seio de Sua Mãe, porque Se dignou aceitar a fragilidade da nossa natureza na unidade da Sua pessoa quando «o Verbo se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1, 14). Quer dizer que começou de uma forma admirável a ser o que nós somos, sem deixar de ser Quem era, assumindo a nossa natureza, de forma a não perder o que era em Si mesmo. [...]
«Maria e teve o seu filho primogénito [...] e deram-lhe o nome de Jesus» (Lc 2, 7.21). Portanto, Jesus é o nome do Filho nascido da Virgem, nome que indica, segundo a explicação do anjo, que Ele salvará o povo dos seus pecados. [...] Será Ele que, evidentemente, salvará também da destruição da alma e do corpo os seguidores do pecado.
Quanto ao nome «Cristo», é título de uma dignidade sacerdotal e real. Porque, sob a antiga Lei, os sacerdotes e os reis eram chamados cristos, devido à crismação. Essa unção com óleo santo prefigurava o Cristo que, vindo ao mundo como verdadeiro Rei e Sacerdote, foi consagrado: «Deus ungiu-O com o óleo da alegria, preferindo-O aos Seus companheiros» [cf. Sl 44 (45), 8]. Por causa dessa unção ou crismação, Cristo em pessoa e aqueles que participam da mesma unção – quer dizer, da graça espiritual – são chamados «cristãos». Pelo facto de ser o Salvador, Cristo pode-nos salvar dos nossos pecados; pelo facto de ser Sacerdote, pode reconciliar-nos com Deus Pai; pelo facto de ser Rei, digna-Se dar-nos o Reino eterno de Seu Pai.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 19 de Dezembro de 2010
São Mateus 1,18-24
18 A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo. 19 José, seu esposo, sendo justo, e não querendo expô-la a difamação, resolveu repudiá-la secretamente. 20 Pensando ele estas coisas, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. 21 Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados».22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz: 23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e Lhe porão o nome de Emanuel, que significa: Deus connosco”. 24 Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor, e recebeu em sua casa Maria, sua esposa.
18 A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo. 19 José, seu esposo, sendo justo, e não querendo expô-la a difamação, resolveu repudiá-la secretamente. 20 Pensando ele estas coisas, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. 21 Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados».22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz: 23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e Lhe porão o nome de Emanuel, que significa: Deus connosco”. 24 Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor, e recebeu em sua casa Maria, sua esposa.
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1937
Começa o seu retiro em Pamplona e anota o plano para esses dias: “Serei muito breve nestas notas do retiro. Move-me apenas o desejo intensíssimo de ser melhor instrumento, nas mãos do meu Senhor, para tornar realidade a Obra e estendê-la por todo o mundo, como Ele quer. O fim imediato e concreto é duplo: 1/ íntimo, de purificação: renovar a minha vida interior; e 2/ externo: avaliar as actuais possibilidades de apostolado da Obra e os meios, e os obstáculos”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bom Dia!
Da Melhoria Pessoal e da Vida Interior
Clique em "Bom Dia!" e acederá directamente ao blogue NUNC COEPI e ao texto. Obrigado!
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O livre arbítrio a graça de Deus
«(…) para evitar os pecados, são necessárias duas coisas: o livre arbítrio e a graça de Deus. Porque se não fosse necessário o livre arbítrio, nunca se daria o homem preceitos, nem proibições, nem exortações. Em vão também se dariam castigos. Também é necessária a graça, porque o homem não poderia manter-se, se Deus não dirigisse todos pela Sua graça (…)»
(Comentário sobre 2 Cor, ad loc. – São Tomás de Aquino)
«As faculdades do homem tornam-no capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas, para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-Se ao homem e dar-lhe a graça de poder receber com fé esta revelação. Todavia, as provas da existência de Deus podem dispor para a fé e ajudar a perceber que a fé não se opõe à razão humana».
(Catecismo da Igreja Católica § 35)
(Comentário sobre 2 Cor, ad loc. – São Tomás de Aquino)
«As faculdades do homem tornam-no capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas, para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-Se ao homem e dar-lhe a graça de poder receber com fé esta revelação. Todavia, as provas da existência de Deus podem dispor para a fé e ajudar a perceber que a fé não se opõe à razão humana».
(Catecismo da Igreja Católica § 35)
NATAL NO IRAQUE
No seu horizonte imediato
apenas uma bomba,
uma ameaça à sua vida,
algo que já viveu de facto,
naquela igreja,
naquele dia,
em que tentaram explodir Jesus.
E até explodiram um pouco,
naqueles que O celebravam,
na paz e na alegria,
e que com Ele partiram,
para o Reino do amor eterno,
levados na mesma Cruz,
em que Ele morreu um dia.
Mas não O mataram,
isso não,
como não mataram sequer,
aqueles que com Ele morreram,
porque aqueles que com Ele morrem,
com Ele ressuscitarão.
Mas é Natal,
a vinda do Deus Menino,
e ele quer dedicar-se ao bem,
enquanto outros apenas,
querem dedicar-se ao seu mal.
Dizem-lhe que fuja,
que desista,
que considere a causa perdida,
mas ele sem vacilar,
numa vontade de dentro,
diz forte vencendo o seu medo:
Como posso eu fugir,
como posso eu desistir,
dAquele que me dá a vida?
É que todo o meu horizonte,
não é bomba,
nem sequer bala que mata,
é a certeza que tenho,
tão dentro de mim mesmo,
que o Deus que me criou,
se faz vivo em mim,
por mim,
e se com Ele eu viver,
com Ele hei-de morrer,
e mesmo que os homens não queiram
com Ele hei-de renascer.
Aqui estou,
e aqui fico,
no lugar que me foi dado,
para viver o meu Senhor.
E mesmo que me odeiem,
alguns dos meus irmãos,
por eles eu hei-de pedir,
interceder, suplicar,
ao Céu levantarei as mãos,
numa oração permanente,
por eles,
por mim,
afinal por toda a gente.
E mesmo que os sinos não toquem,
e as portas não se abram,
mesmo que uns tantos me amem,
e outros me queiram mal,
os anjos hão-de cantar,
a paz e a boa vontade,
aos homens,
neste Natal.
Monte Real, 16 de Dezembro de 2010
Pobres versos inspirados na nota de Aura Miguel na RR, em 10 deste mês, intitulada “Natal no Iraque”. (ler aqui http://spedeus.blogspot.com/2010/12/natal-no-iraque.html)
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/12/natal-no-iraque.html
apenas uma bomba,
uma ameaça à sua vida,
algo que já viveu de facto,
naquela igreja,
naquele dia,
em que tentaram explodir Jesus.
E até explodiram um pouco,
naqueles que O celebravam,
na paz e na alegria,
e que com Ele partiram,
para o Reino do amor eterno,
levados na mesma Cruz,
em que Ele morreu um dia.
Mas não O mataram,
isso não,
como não mataram sequer,
aqueles que com Ele morreram,
porque aqueles que com Ele morrem,
com Ele ressuscitarão.
Mas é Natal,
a vinda do Deus Menino,
e ele quer dedicar-se ao bem,
enquanto outros apenas,
querem dedicar-se ao seu mal.
Dizem-lhe que fuja,
que desista,
que considere a causa perdida,
mas ele sem vacilar,
numa vontade de dentro,
diz forte vencendo o seu medo:
Como posso eu fugir,
como posso eu desistir,
dAquele que me dá a vida?
É que todo o meu horizonte,
não é bomba,
nem sequer bala que mata,
é a certeza que tenho,
tão dentro de mim mesmo,
que o Deus que me criou,
se faz vivo em mim,
por mim,
e se com Ele eu viver,
com Ele hei-de morrer,
e mesmo que os homens não queiram
com Ele hei-de renascer.
Aqui estou,
e aqui fico,
no lugar que me foi dado,
para viver o meu Senhor.
E mesmo que me odeiem,
alguns dos meus irmãos,
por eles eu hei-de pedir,
interceder, suplicar,
ao Céu levantarei as mãos,
numa oração permanente,
por eles,
por mim,
afinal por toda a gente.
E mesmo que os sinos não toquem,
e as portas não se abram,
mesmo que uns tantos me amem,
e outros me queiram mal,
os anjos hão-de cantar,
a paz e a boa vontade,
aos homens,
neste Natal.
Monte Real, 16 de Dezembro de 2010
Pobres versos inspirados na nota de Aura Miguel na RR, em 10 deste mês, intitulada “Natal no Iraque”. (ler aqui http://spedeus.blogspot.com/2010/12/natal-no-iraque.html)
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/12/natal-no-iraque.html
Expectação da Virgem Santa Maria
Esta festa, conhecida entre o povo português como de Nossa Senhora do Ó, celebra o desejo de Maria, o desejo de milhares de gerações que suspiraram, que suspiram pela vinda do Messias.
Não é só a ansiedade natural da mãe jovem que espera o seu primogénito; é o desejo sobrenatural da "bendita entre todas as mulheres", que foi escolhida para Mãe do Salvador de cada homem e de toda a humanidade. O Filho que vai nascer não vem simplesmente para beijar e sorrir para a Sua Mãe, mas para resgatar o povo com o Seu Sangue.
Por estes dias, a Igreja canta as chamadas "antífonas maiores", que começam todas pela interjeição Ó. Maria, Senhora do Ó, é o modelo e a inspiradora deste louvor alegre e suplicante; ela é o centro dos desejos do povo de Israel e de todo o povo de Deus que, no fundo do seu coração, vive o advento do Salvador.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Não é só a ansiedade natural da mãe jovem que espera o seu primogénito; é o desejo sobrenatural da "bendita entre todas as mulheres", que foi escolhida para Mãe do Salvador de cada homem e de toda a humanidade. O Filho que vai nascer não vem simplesmente para beijar e sorrir para a Sua Mãe, mas para resgatar o povo com o Seu Sangue.
Por estes dias, a Igreja canta as chamadas "antífonas maiores", que começam todas pela interjeição Ó. Maria, Senhora do Ó, é o modelo e a inspiradora deste louvor alegre e suplicante; ela é o centro dos desejos do povo de Israel e de todo o povo de Deus que, no fundo do seu coração, vive o advento do Salvador.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 146, sobre Mt 1, 18; PL 52, 591 (a partir da trad. coll. Icthus, vol. 12, p. 295 rev.)
«Maria, Sua mãe, estava desposada com José»
«Maria, Sua mãe, estava noiva.» Teria sido suficiente dizer: Maria estava noiva. Que significa uma mãe noiva? Se é mãe, não está noiva; se está noiva, ainda não foi mãe. «Maria, Sua mãe, estava noiva»: noiva pela virgindade, Mãe pela fecundidade. Era uma Mãe que não conhecera homem e que, no entanto, conheceu a maternidade. Como não seria mãe antes de ter concebido, Ela que, após o nascimento, é virgem e mãe? Quando é que não foi mãe aquela que gerou o fundador dos tempos, Aquele que deu um começo às coisas? [...]
Porque se destina o mistério da inocência celeste a uma noiva e não a uma virgem ainda livre? Porque tem o ciúme de um noivo de pôr a noiva em perigo? Porque será que tanta virtude parece pecado e a salvação eterna um risco? [...] Que mistério se encontra aqui, meus irmãos? Não há um traço, uma letra, uma sílaba, uma personagem do Evangelho que esteja vazio de sentido divino. É escolhida uma noiva para ser já designada a Igreja, noiva de Cristo, segundo as palavras do profeta Oseias: «Então te desposarei conforme a justiça e o direito, com misericórdia e amor. Desposar-te-ei com fidelidade» (2, 21-22). É por isso que João diz: «Aquele que tem a esposa é o Esposo» (Jo 3,29). E São Paulo: «Por vos ter desposado com um único esposo, como virgem pura oferecida a Cristo» (2Cor 11, 2). Oh verdadeira esposa, a Igreja, que pelo nascimento virginal [do baptismo], gera uma nova infância de Cristo!
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sermão 146, sobre Mt 1, 18; PL 52, 591 (a partir da trad. coll. Icthus, vol. 12, p. 295 rev.)
«Maria, Sua mãe, estava desposada com José»
«Maria, Sua mãe, estava noiva.» Teria sido suficiente dizer: Maria estava noiva. Que significa uma mãe noiva? Se é mãe, não está noiva; se está noiva, ainda não foi mãe. «Maria, Sua mãe, estava noiva»: noiva pela virgindade, Mãe pela fecundidade. Era uma Mãe que não conhecera homem e que, no entanto, conheceu a maternidade. Como não seria mãe antes de ter concebido, Ela que, após o nascimento, é virgem e mãe? Quando é que não foi mãe aquela que gerou o fundador dos tempos, Aquele que deu um começo às coisas? [...]
Porque se destina o mistério da inocência celeste a uma noiva e não a uma virgem ainda livre? Porque tem o ciúme de um noivo de pôr a noiva em perigo? Porque será que tanta virtude parece pecado e a salvação eterna um risco? [...] Que mistério se encontra aqui, meus irmãos? Não há um traço, uma letra, uma sílaba, uma personagem do Evangelho que esteja vazio de sentido divino. É escolhida uma noiva para ser já designada a Igreja, noiva de Cristo, segundo as palavras do profeta Oseias: «Então te desposarei conforme a justiça e o direito, com misericórdia e amor. Desposar-te-ei com fidelidade» (2, 21-22). É por isso que João diz: «Aquele que tem a esposa é o Esposo» (Jo 3,29). E São Paulo: «Por vos ter desposado com um único esposo, como virgem pura oferecida a Cristo» (2Cor 11, 2). Oh verdadeira esposa, a Igreja, que pelo nascimento virginal [do baptismo], gera uma nova infância de Cristo!
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 18 de Dezembro de 2010
São Mateus, 1, 18-25
18 A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo. 19 José, seu esposo, sendo justo, e não querendo expô-la a difamação, resolveu repudiá-la secretamente. 20 Pensando ele estas coisas, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. 21 Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados».22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz: 23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e Lhe porão o nome de Emanuel, que significa: Deus connosco”. 24 Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor, e recebeu em sua casa Maria, sua esposa. 25 E, sem que ele a tivesse conhecido, deu à luz um filho, e pôs-Lhe o nome de Jesus.
18 A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo. 19 José, seu esposo, sendo justo, e não querendo expô-la a difamação, resolveu repudiá-la secretamente. 20 Pensando ele estas coisas, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. 21 Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados».22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz: 23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e Lhe porão o nome de Emanuel, que significa: Deus connosco”. 24 Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor, e recebeu em sua casa Maria, sua esposa. 25 E, sem que ele a tivesse conhecido, deu à luz um filho, e pôs-Lhe o nome de Jesus.
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