Senhor Jesus, que a alegria da Tua Ressurreição se sobreponha aos nossos estados de alma, hoje e sempre.
Dai-nos força, a fé e o amor no coração para combatermos securas, apatias e angústias, podendo assim amar-Vos como mereceis.
Querido Jesus, que eu te beije no meu crucifixo mais ainda para Te e me assegurar da minha profunda entrega.
Louvado sejais para todo o sempre! Aleluia! Aleluia!
JPR
Obrigado, Perdão Ajuda-me
domingo, 8 de abril de 2012
A vitória da vida sobre a morte
“A esperança, neste mundo, não pode deixar de contar com a dureza do mal. Não é apenas o muro da morte a criar-lhe dificuldade, mas também e mais ainda as aguilhoadas da inveja e do orgulho, da mentira e da violência. Jesus passou através desta trama mortal, para nos abrir a passagem para o Reino da vida. Houve um momento em que Jesus aparecia derrotado: as trevas invadiram a terra, o silêncio de Deus era total, a esperança parecia reduzida a uma palavra vã.
Mas eis que, ao alvorecer do dia depois do sábado, encontram vazio o sepulcro… A fé renasce mais viva e mais forte do que nunca, e já invencível porque fundada sobre uma experiência decisiva… Os sinais da ressurreição atestam a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio, da misericórdia sobre a vingança”.
(Bento XVI - Mensagem 'Urbi et Orbi' 08.04.2012)
Imitação de Cristo, 1, 20, 4
Ninguém é digno da consolação celestial, senão quem se excitar, com diligência, na santa compunção. Se queres compungir-te de coração, entra em teu quarto, despede todo o bulício do mundo, conforme está escrito: Compungi-vos em vossos cubículos (Sl 4,5). Na cela acharás o que fora dela muitas vezes perdes. A cela bem guardada causa doçura, e pouco frequentada gera enfado. Se bem a guardares e habitares no princípio de tua conversão, ser-te-á depois querida companheira e suavíssimo consolo.
Senhor, se quiseres podes curar-me
Não tenhas dúvidas: o coração foi criado para amar. Metamos, pois, Nosso Senhor Jesus Cristo em todos os nossos amores. Senão, o coração vazio vinga-se, e enche-se das baixezas mais desprezíveis. (S. Josemaría Escrivá - Sulco, 800)
Como poderemos dirigir-nos a Ele, como falar-Lhe, como comportar-nos?
A vida cristã não está feita de normas rígidas, porque o Espírito Santo não dirige as almas massivamente, mas infundindo em cada uma delas propósitos, inspirações e afectos que ajudarão a captar e a cumprir a vontade do Pai. Penso, no entanto, que em muitas ocasiões o nervo do nosso diálogo com Cristo, na acção de graças depois da Santa Missa, pode ser a consideração de que o Senhor é para nós, Rei, Médico, Mestre e Amigo.. (...)
É Médico e cura o nosso egoísmo, se deixarmos que a sua graça penetre até ao fundo da nossa alma. Jesus disse-nos que a pior doença é a hipocrisia, o orgulho que nos faz dissimular os nossos pecados. Com o Médico, é imprescindível, pela nossa parte, uma sinceridade absoluta, explicar-lhe toda a verdade e dizer: Domine, si vis, potes me mundare, Senhor, se quiseres – e Tu queres sempre – podes curar-me. Tu conheces as minhas fraquezas, tenho estes sintomas e estas debilidades. Mostramos-lhe também com toda a simplicidade as chagas e o pus, no caso de haver pus. Senhor, Tu, que curaste tantas almas, faz com que, ao ter-Te no meu peito ou ao contemplar-Te no Sacrário, Te reconheça como Médico divino. (S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 92–93)
Como poderemos dirigir-nos a Ele, como falar-Lhe, como comportar-nos?
A vida cristã não está feita de normas rígidas, porque o Espírito Santo não dirige as almas massivamente, mas infundindo em cada uma delas propósitos, inspirações e afectos que ajudarão a captar e a cumprir a vontade do Pai. Penso, no entanto, que em muitas ocasiões o nervo do nosso diálogo com Cristo, na acção de graças depois da Santa Missa, pode ser a consideração de que o Senhor é para nós, Rei, Médico, Mestre e Amigo.. (...)
É Médico e cura o nosso egoísmo, se deixarmos que a sua graça penetre até ao fundo da nossa alma. Jesus disse-nos que a pior doença é a hipocrisia, o orgulho que nos faz dissimular os nossos pecados. Com o Médico, é imprescindível, pela nossa parte, uma sinceridade absoluta, explicar-lhe toda a verdade e dizer: Domine, si vis, potes me mundare, Senhor, se quiseres – e Tu queres sempre – podes curar-me. Tu conheces as minhas fraquezas, tenho estes sintomas e estas debilidades. Mostramos-lhe também com toda a simplicidade as chagas e o pus, no caso de haver pus. Senhor, Tu, que curaste tantas almas, faz com que, ao ter-Te no meu peito ou ao contemplar-Te no Sacrário, Te reconheça como Médico divino. (S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 92–93)
Regina Caeli de Marco Frisina
Regina caeli, laetare, alleluia
Quia quem meruisti portare, alleluia.
Resurrexit sicut dixit, alleluia.
Ora pro nobis Deum, alleluia.
V. Gaude et laetare, Virgo Maria, alleluia,
R. Quia surrexit Dominus vere, alleluia.
"Gaude et laetare, Virgo Maria, alleluia, quia surrexit Dominus vere, alleluia”
Nunca deixou Cristo de cumprir qualquer promessa que tenha feito. A sua Ressurreição foi uma delas. Mas de todas talvez a que menos entenderam os apóstolos. Tinham visto Cristo fazer várias ressurreições. A última, do seu amigo Lázaro, que morrera há dias e o seu cadáver se encontrava já em putrefacção. No entanto, uma coisa é ter poder para ressuscitar um morto, outra, muito diferente, é ressuscitar-se a si mesmo, depois de se ter morrido.
Os apóstolos estavam completamente descrentes desta possibilidade, reveladora de um poder insuspeitado por parte de quem a conseguisse realizar. Cristo, cuidadosamente, repetiu-lhes várias vezes que assim iria suceder. Parecia-lhes uma hipótese de tal modo inviável que não Lhe deram ouvidos, ou melhor, não O entenderam, não pensaram nessa hipótese, passando-lhes ao lado a promessa do Mestre.
Acresce ainda que Jesus, para ressuscitar, teve primeiro de morrer ignominiosamente no Calvário, contado entre malfeitores, desacreditado, quanto à sua fama, ao seu poder e à sua honra. Morrer numa cruz não era uma prova evidente de que o Galileu, que tanta gente atraiu para Si, não passava de um embusteiro? Ou seriam os chefes religiosos dos judeus tão maldosos e incompetentes que pedissem a condenação à morte mais vergonhosa daqueles tempos para Cristo?
Decerto que tudo isto poderia ter passado pela cabeça dos apóstolos. Mas mais os feria ainda outro facto, que não eram capazes de perceber: Jesus, que sempre saíra vitorioso dos embates com os chefes judeus, encontrava-se ali numa cruz, cheio de feridas e de ultrajes. Não reagira a nenhuma destas contrariedades. Pelo contrário, sempre Se manteve em silêncio, não protestando e deixando que os seus condenadores agissem da forma que melhor lhes aprouve.
Não seria que toda a sua força e dinâmica realizadora de tantos milagres espantosos se finara? E o que dizer da sua simples e incisiva capacidade oral de desfazer os argumentos contrários com que O atacavam, a não ser que se sumira no abismo da sua dor e da sua incapacidade.
Na Cruz, Cristo aparecia como um derrotado total, sem possibilidade de reacção. Quando a morte O tocou, o que haveriam de concluir aqueles galileus que O seguiram de tão perto, tudo largando e tudo deixando para andar com Ele? Ao fim e ao cabo, o que observavam era a linguagem do falhanço completo, tal como Ele lhes dissera várias vezes: o Filho do Homem "será entregue aos gentios, será escarnecido, ultrajado, cuspido; e depois de O flagelarem, O matarão… (Lc 18, 32-33).
Por isso, dois discípulos de Jesus, que se encaminhavam, desalentados, para a sua terra de Emaús, estavam cabisbaixos, remoendo o desalento brutal que atacava a alma como uma seta dolorosa. E, pior ainda, um dos doze apóstolos, Tomé, não foi capaz de acreditar numa aparição do Senhor já ressuscitado aos companheiros. A sua opinião sobre a impossibilidade da ressurreição é determinada e seca: "Se não vir nas suas mãos a abertura dos cravos, se não meter a minha mão no seu lado, não acreditarei" (Jo 20, 25).
Toda esta falta de fé nas palavras de Cristo seria mais desculpável se Ele nada tivesse dito sobre a sua ressurreição. Mas afirmou-a de forma clara, tão meridiana como a sua previsão da morte. Voltando ao texto de Lucas citado, ele termina assim: "… e ao terceiro dia, ressuscitará".
A verdade que Jesus ensina é tão perfeita como a perfeição de Deus, que Ele é. Não nos engana nem nos quer enganar. Sempre diz a verdade e tudo o que diz cumpre-se, porque a sua vontade tem a omnipotência de Quem é omnipotente. A Ressurreição é, por esta razão, um facto indesmentível. Compete-nos aceitá-La, porque para Deus nada é impossível. E alegremo-nos com o nosso Deus que tem tal poder e o derrama com serena providência sobre toda a humanidade de todos os tempos.
A devoção a Maria pode transformar-se numa verdadeira escola de aprendizagem da nossa confiança em Deus, porque ela nunca pôs em causa a Ressurreição do seu Filho. Peçamos-lhe a Fé, que sempre precisamos, para ver a realidade com olhos sobrenaturais.
(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Abril de 2009, selecção do título da responsabilidade do autor do blogue)
Os apóstolos estavam completamente descrentes desta possibilidade, reveladora de um poder insuspeitado por parte de quem a conseguisse realizar. Cristo, cuidadosamente, repetiu-lhes várias vezes que assim iria suceder. Parecia-lhes uma hipótese de tal modo inviável que não Lhe deram ouvidos, ou melhor, não O entenderam, não pensaram nessa hipótese, passando-lhes ao lado a promessa do Mestre.
Acresce ainda que Jesus, para ressuscitar, teve primeiro de morrer ignominiosamente no Calvário, contado entre malfeitores, desacreditado, quanto à sua fama, ao seu poder e à sua honra. Morrer numa cruz não era uma prova evidente de que o Galileu, que tanta gente atraiu para Si, não passava de um embusteiro? Ou seriam os chefes religiosos dos judeus tão maldosos e incompetentes que pedissem a condenação à morte mais vergonhosa daqueles tempos para Cristo?
Decerto que tudo isto poderia ter passado pela cabeça dos apóstolos. Mas mais os feria ainda outro facto, que não eram capazes de perceber: Jesus, que sempre saíra vitorioso dos embates com os chefes judeus, encontrava-se ali numa cruz, cheio de feridas e de ultrajes. Não reagira a nenhuma destas contrariedades. Pelo contrário, sempre Se manteve em silêncio, não protestando e deixando que os seus condenadores agissem da forma que melhor lhes aprouve.
Não seria que toda a sua força e dinâmica realizadora de tantos milagres espantosos se finara? E o que dizer da sua simples e incisiva capacidade oral de desfazer os argumentos contrários com que O atacavam, a não ser que se sumira no abismo da sua dor e da sua incapacidade.
Na Cruz, Cristo aparecia como um derrotado total, sem possibilidade de reacção. Quando a morte O tocou, o que haveriam de concluir aqueles galileus que O seguiram de tão perto, tudo largando e tudo deixando para andar com Ele? Ao fim e ao cabo, o que observavam era a linguagem do falhanço completo, tal como Ele lhes dissera várias vezes: o Filho do Homem "será entregue aos gentios, será escarnecido, ultrajado, cuspido; e depois de O flagelarem, O matarão… (Lc 18, 32-33).
Por isso, dois discípulos de Jesus, que se encaminhavam, desalentados, para a sua terra de Emaús, estavam cabisbaixos, remoendo o desalento brutal que atacava a alma como uma seta dolorosa. E, pior ainda, um dos doze apóstolos, Tomé, não foi capaz de acreditar numa aparição do Senhor já ressuscitado aos companheiros. A sua opinião sobre a impossibilidade da ressurreição é determinada e seca: "Se não vir nas suas mãos a abertura dos cravos, se não meter a minha mão no seu lado, não acreditarei" (Jo 20, 25).
Toda esta falta de fé nas palavras de Cristo seria mais desculpável se Ele nada tivesse dito sobre a sua ressurreição. Mas afirmou-a de forma clara, tão meridiana como a sua previsão da morte. Voltando ao texto de Lucas citado, ele termina assim: "… e ao terceiro dia, ressuscitará".
A verdade que Jesus ensina é tão perfeita como a perfeição de Deus, que Ele é. Não nos engana nem nos quer enganar. Sempre diz a verdade e tudo o que diz cumpre-se, porque a sua vontade tem a omnipotência de Quem é omnipotente. A Ressurreição é, por esta razão, um facto indesmentível. Compete-nos aceitá-La, porque para Deus nada é impossível. E alegremo-nos com o nosso Deus que tem tal poder e o derrama com serena providência sobre toda a humanidade de todos os tempos.
A devoção a Maria pode transformar-se numa verdadeira escola de aprendizagem da nossa confiança em Deus, porque ela nunca pôs em causa a Ressurreição do seu Filho. Peçamos-lhe a Fé, que sempre precisamos, para ver a realidade com olhos sobrenaturais.
(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Abril de 2009, selecção do título da responsabilidade do autor do blogue)
“O mal não vem do ser que é criado por Deus, mas existe em virtude da sua negação. É o «não»”
Reuters |
“Esta escuridão acerca de Deus e a escuridão acerca dos valores são a verdadeira ameaça para a nossa existência e para o mundo em geral”, disse, na homilia da Vigília Pascal, a mais importante e antiga celebração do calendário litúrgico, que decorreu na Basílica de São Pedro, durante cerca de três horas.
Para o Papa, embora o homem seja “capaz de ver e investigar as coisas palpáveis, materiais”, não vê “para onde vai o mundo e donde o mesmo vem, para onde vai a sua própria vida”.
“Se Deus e os valores, a diferença entre o bem e o mal permanecem na escuridão, então todas as outras iluminações, que nos dão um poder verdadeiramente incrível, deixam de constituir somente progressos, mas passam a ser simultaneamente ameaças que nos põem em perigo a nós e ao mundo”, alertou, numa reflexão sobre a luz e as trevas.
Neste contexto, Bento XVI disse que hoje é possível iluminar as cidades “de modo tão deslumbrante que as estrelas do céu deixam de ser visíveis”, mas falha-se “naquilo que está para além disto, como Deus e o bem”.
“Para isto serve a fé, que nos mostra a luz de Deus, a verdadeira iluminação: aquela é uma irrupção da luz de Deus no nosso mundo, uma abertura dos nossos olhos à verdadeira luz”, prosseguiu.
Na noite em que a Igreja Católica celebra a ressurreição de Jesus, o Papa declarou que “a vida é mais forte que a morte. O bem é mais forte que o mal. O amor é mais forte que o ódio. A verdade é mais forte que a mentira”.
Bento XVI afirmou que “a matéria-prima do mundo é boa; o próprio ser é bom”.
“O mal não vem do ser que é criado por Deus, mas existe em virtude da sua negação. É o «não»”, precisou.
A celebração teve início no adro da Basílica de São Pedro, com a bênção do fogo e a preparação do círio pascal, a que se seguiu uma procissão, com a iluminação progressiva da igreja e o canto do precónio pascal.
O Papa batizou oito adultos vindos da Itália, Albânia, Eslováquia, Camarões, Alemanha, Turquemenistão e Estados Unidos da América.
OC
Agência Ecclesia
Bom Domingo e Santa Páscoa do Senhor
Façamos todos os dias imitando Pedro e João, como nos narra o Evangelho de hoje (Jo 20, 1-9), fazendo de cada dia uma nova etapa, e corramos sempre à procura do Senhor, nunca abrandemos neste propósito, cada um de nós ao seu ritmo, à semelhança dos santos apóstolos.
«Trouxeram-me esta notícia: Jesus, meu Deus, vive! E a esta notícia, o meu coração, que estava entorpecido de dor, que definhava de desânimo e estava prestes a sucumbir ao desespero, o meu coração recobrou vida»
Uma Santa Páscoa!
S. Josemaría sobre a Festa da Anunciação do Senhor
Festa da Anunciação do Senhor. “Como nos encanta o episódio da Anunciação! Maria (quantas vezes o meditámos!) está recolhida em oração...; põe os seus cinco sentidos e todas as suas potências em diálogo com Deus... Na oração conhece a Vontade divina; e com a oração torna-a vida da sua vida. Não te esqueças do exemplo da Virgem!”, escreve num ponto de Sulco.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Estive morto; mas, como vês, estou vivo…
Alegria suprema
Via Lucis - Fátima |
Mais uma vez – como em todas as outras ocasiões – o Senhor Jesus cumpriu aquilo que havia prometido. Mesmo assim, os seus seguidores mais directos e privilegiados, os Apóstolos, têm dificuldade em aceitar tão extraordinária aparição. Sentem medo de errar e é o próprio Cristo que lhes tem de dizer que é Ele mesmo, O que os tinha ensinado, O que os amava de um modo tão forte e que lhes tinha afiançado que havia de ressuscitar ao fim de três dias, depois de ser tão maltratado e condenado à morte.
Às vezes somos teimosos como Tomé. O testemunho unânime dos outros não nos convence. Suspeitamos, apesar de tudo, que pode haver um erro, uma ilusão. Por isso, ou somos testemunhos directos do que nos anunciam, ou não cremos.
E o paciente e grande Amigo Jesus, lá tem de lhe aparecer e o recriminar, à frente de todos os apóstolos, censurando-o com vigor: “Tomé, Tu acreditaste porque me viste; bem-aventurados os que acreditaram sem terem visto” (Jo 20, 29).
Se ao apóstolo temos de agradecer a sua confissão sobre a divindade de Cristo: “Meu Senhor e meu Deus!” (ibidem), a Jesus deveremos manifestar a nossa gratidão por sermos daqueles que O não viram mas acreditaram. A fé é uma virtude essencial e dela devemos viver, sabendo que Cristo é Deus feito homem, pelo que todas as suas palavras e acções, ao terem a marca da perfeição total da divindade, são mais credíveis do que os nossos juízos ou os juízos daqueles que se sentem na necessidade de pôr em causa a palavra de Deus, sem encontrarem jamais soluções alternativas, porque sempre pecam por imperfeição e por caducidade.
A Ressurreição não é apenas mais uma certeza de que o que Cristo diz é verdade. É a confirmação de que Ele é Senhor da vida e da morte. Esta, se O afectou, não O fez desaparecer. Serviu de teste ao seu poder omnipotente, capaz de realizar em Si mesmo – a sua divindade não o podia trair – a Ressurreição do seu Corpo, ao voltar a sua alma humana a animá-lo e a dar unidade a todos os seus membros.
Acreditemos em Cristo. Neste aspecto, devemos não proceder como os Apóstolos, pelo menos antes de O verem com os seus próprios olhos no meio deles, comendo e conversando com a afabilidade que O caracterizava e os enchia de gozo e de confiança.
Imitemos a Fé de Maria Santíssima, talvez a única criatura que nunca pôs em causa a Ressurreição do seu Filho tão amado. Maria é mestra de fé, pois é também mestra de oração. E foi nela e por ela que encontrou a fé de que necessitava para crer em Jesus e nas suas promessas. A oração, diálogo com Deus possível em todas as circunstâncias da nossa vida, é o instrumento da nossa intimidade com Deus. Sem oração, desconhecemos Deus e os seus desígnios. Mais: haverá uma distância constante entre nós e Ele, que nunca nos permitirá conhecê-Lo bem, nem amá-lo sobre todas as coisas.
Diz o povo sabiamente que “é a falar que a gente se entende”. Se não dialogamos com Deus assiduamente, se Ele não é para nós o ponto de referência de todos os aspectos da nossa vida, se não nos acompanha nas nossas tarefas profissionais, se não preside às nossas relações familiares e sociais, Deus e Jesus serão sempre seres distantes. Pior: seres mais ou menos desconhecidos, aos quais não prestaremos atenção nem entenderemos os seus projectos de Amor para connosco.
(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Abril de 2010, selecção do título da responsabilidade do blogue)
«Este é o dia [...] do Senhor: cantemos e alegremo-nos nele!» [Sl 118 (117), 24]
Proclo de Constantinopla (c. 390-446), bispo
Sermão 14; PG 65, 796
Que bela festa de Páscoa! E que bela assembleia! Este dia tem tantos mistérios, antigos e novos! Nesta semana de festa, ou antes, de alegria, por toda a terra os homens rejubilam e até as forças celestes se juntam a nós para celebrar com alegria a Ressurreição do Senhor. Exultam os anjos e os arcanjos que esperam que o Rei dos Céus, Cristo nosso Deus, regresse vencedor à terra; exultam os coros dos anjos que aclamam Aquele que foi elevado «das entranhas da madrugada, como orvalho» [Sl (110) 109, 3], Cristo. A terra exulta: o sangue de Deus a lavou. O mar exulta: os passos do Senhor o honraram. Que exulte todo o homem renascido da água e do Espírito Santo; que exulte o primeiro homem, Adão, liberto da antiga maldição. [...]
A ressurreição de Cristo não somente instaurou este dia de festa como também nos alcançou, em vez do sofrimento, a Salvação, em vez da morte, a imortalidade, em vez das feridas, a cura, em lugar do fracasso, a Ressurreição. Outrora, o mistério da Páscoa cumpriu-se no Egipto segundo os ritos indicados pela lei; o sacrifício do cordeiro era disso apenas um sinal. Mas hoje celebramos, segundo o Evangelho, uma Páscoa espiritual, que é o dia da Ressurreição. Antes, imolava-se um cordeiro do rebanho [...]; agora, é Cristo em pessoa que Se oferece como cordeiro de Deus. Dantes, era um animal do aprisco; agora já não é um cordeiro mas o próprio bom pastor que dá a vida pelas Suas ovelhas (Jo 10, 11) [...] Nessa altura, os Hebreus atravessaram o Mar Vermelho e entoaram um hino de vitória em honra do seu Defensor: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande» (Ex 15, 1). Nos nossos dias, aqueles que foram julgados dignos do baptismo cantam nos seus corações o hino da vitória: «Só vós sois o santo, só vós o Senhor, só vos o altíssimo Jesus Cristo [...] na glória de Deus Pai. Amen». «O Senhor é rei, vestido de majestade», aclama o profeta [Sl 93 (92), 1]. Os Hebreus atravessaram o Mar Vermelho e comeram o maná no deserto. Hoje, saindo das fontes baptismais, nós comemos o pão descido do céu (Jo 6, 51).
Sermão 14; PG 65, 796
Que bela festa de Páscoa! E que bela assembleia! Este dia tem tantos mistérios, antigos e novos! Nesta semana de festa, ou antes, de alegria, por toda a terra os homens rejubilam e até as forças celestes se juntam a nós para celebrar com alegria a Ressurreição do Senhor. Exultam os anjos e os arcanjos que esperam que o Rei dos Céus, Cristo nosso Deus, regresse vencedor à terra; exultam os coros dos anjos que aclamam Aquele que foi elevado «das entranhas da madrugada, como orvalho» [Sl (110) 109, 3], Cristo. A terra exulta: o sangue de Deus a lavou. O mar exulta: os passos do Senhor o honraram. Que exulte todo o homem renascido da água e do Espírito Santo; que exulte o primeiro homem, Adão, liberto da antiga maldição. [...]
A ressurreição de Cristo não somente instaurou este dia de festa como também nos alcançou, em vez do sofrimento, a Salvação, em vez da morte, a imortalidade, em vez das feridas, a cura, em lugar do fracasso, a Ressurreição. Outrora, o mistério da Páscoa cumpriu-se no Egipto segundo os ritos indicados pela lei; o sacrifício do cordeiro era disso apenas um sinal. Mas hoje celebramos, segundo o Evangelho, uma Páscoa espiritual, que é o dia da Ressurreição. Antes, imolava-se um cordeiro do rebanho [...]; agora, é Cristo em pessoa que Se oferece como cordeiro de Deus. Dantes, era um animal do aprisco; agora já não é um cordeiro mas o próprio bom pastor que dá a vida pelas Suas ovelhas (Jo 10, 11) [...] Nessa altura, os Hebreus atravessaram o Mar Vermelho e entoaram um hino de vitória em honra do seu Defensor: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande» (Ex 15, 1). Nos nossos dias, aqueles que foram julgados dignos do baptismo cantam nos seus corações o hino da vitória: «Só vós sois o santo, só vós o Senhor, só vos o altíssimo Jesus Cristo [...] na glória de Deus Pai. Amen». «O Senhor é rei, vestido de majestade», aclama o profeta [Sl 93 (92), 1]. Os Hebreus atravessaram o Mar Vermelho e comeram o maná no deserto. Hoje, saindo das fontes baptismais, nós comemos o pão descido do céu (Jo 6, 51).
«Eis o dia que o Senhor fez» (Sl 117, 24)
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 36; PL 57, 605
Deixemos irromper a nossa alegria, meus irmãos, hoje como ontem. Apesar de as sombras da noite terem interrompido o nosso regozijo, o dia santo não terminou [...]: a claridade que a alegria do Senhor espalha é eterna. Cristo iluminou-nos ontem; ainda hoje a Sua luz resplandece. «Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje» diz o bem-aventurado apóstolo Paulo (Heb 13, 8). Sim, para nós Cristo fez-Se dia. Para nós, Ele nasceu hoje, como o anuncia Deus Seu Pai pela voz de David: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei» (Sl 2, 7). Que significa isto? Que Ele não engendrou o Seu filho um dia, mas que Ele próprio O engendra dia e noite. [...]
Sim, Cristo é nosso hoje: esplendor vivo e sem declínio, Ele não cessa de inflamar o mundo que sustém (Heb 1, 3) e este clarão eterno parece ser apenas um dia. «A Teus olhos, mil anos são como um só dia», exclama o profeta (Sl 89, 4). Sim, Cristo é este dia único, porque única é a eternidade de Deus. Ele é o nosso hoje: o passado, desaparecido, não Lhe escapa; o futuro, desconhecido, não tem segredos para Ele. Luz soberana, Ele tudo abraça, tudo conhece, está presente em todos os tempos e possui-os todos. Perante Ele, o passado não pode ruir nem o futuro esquivar-se. [...] Este hoje não é o tempo em que, segundo a carne, Ele nasceu da Virgem Maria, nem aquele em que, segundo a divindade, Ele sai da boca de Deus Seu Pai, mas sim o tempo em que ressuscitou dos mortos: «Ele ressuscitou Jesus, diz o apóstolo Paulo; conforme está escrito no salmo II: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei»» (Act 13, 33).
Na verdade, Ele é o nosso hoje quando, saído da noite densa dos infernos, incendeia os homens. Na verdade, Ele é o nosso dia, aquele que as negras conspirações dos Seus inimigos não puderam obscurecer. Nenhum dia soube melhor do que este acolher a Sua luz: a todos os mortos, Ele deu o dia e a vida. A velhice tinha atirado os homens para a morte; Ele ergueu-os no vigor do Seu hoje.
Sermão 36; PL 57, 605
Deixemos irromper a nossa alegria, meus irmãos, hoje como ontem. Apesar de as sombras da noite terem interrompido o nosso regozijo, o dia santo não terminou [...]: a claridade que a alegria do Senhor espalha é eterna. Cristo iluminou-nos ontem; ainda hoje a Sua luz resplandece. «Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje» diz o bem-aventurado apóstolo Paulo (Heb 13, 8). Sim, para nós Cristo fez-Se dia. Para nós, Ele nasceu hoje, como o anuncia Deus Seu Pai pela voz de David: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei» (Sl 2, 7). Que significa isto? Que Ele não engendrou o Seu filho um dia, mas que Ele próprio O engendra dia e noite. [...]
Sim, Cristo é nosso hoje: esplendor vivo e sem declínio, Ele não cessa de inflamar o mundo que sustém (Heb 1, 3) e este clarão eterno parece ser apenas um dia. «A Teus olhos, mil anos são como um só dia», exclama o profeta (Sl 89, 4). Sim, Cristo é este dia único, porque única é a eternidade de Deus. Ele é o nosso hoje: o passado, desaparecido, não Lhe escapa; o futuro, desconhecido, não tem segredos para Ele. Luz soberana, Ele tudo abraça, tudo conhece, está presente em todos os tempos e possui-os todos. Perante Ele, o passado não pode ruir nem o futuro esquivar-se. [...] Este hoje não é o tempo em que, segundo a carne, Ele nasceu da Virgem Maria, nem aquele em que, segundo a divindade, Ele sai da boca de Deus Seu Pai, mas sim o tempo em que ressuscitou dos mortos: «Ele ressuscitou Jesus, diz o apóstolo Paulo; conforme está escrito no salmo II: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei»» (Act 13, 33).
Na verdade, Ele é o nosso hoje quando, saído da noite densa dos infernos, incendeia os homens. Na verdade, Ele é o nosso dia, aquele que as negras conspirações dos Seus inimigos não puderam obscurecer. Nenhum dia soube melhor do que este acolher a Sua luz: a todos os mortos, Ele deu o dia e a vida. A velhice tinha atirado os homens para a morte; Ele ergueu-os no vigor do Seu hoje.
Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor
A liturgia deste Domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.
A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que "passou pelo mundo fazendo o bem" e que, por amor, se deu até à morte; por isso, Deus O ressuscitou. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este "caminho" a todos os homens.
O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida não podem, nunca, ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira).
A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude)
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que "passou pelo mundo fazendo o bem" e que, por amor, se deu até à morte; por isso, Deus O ressuscitou. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este "caminho" a todos os homens.
O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida não podem, nunca, ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira).
A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude)
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Feliz e Santa Páscoa do Senhor
Nestes dias pascais ouviremos ressoar com frequência as palavras de Jesus: "Ressuscitei e estarei sempre convosco". Fazendo eco a este anúncio, a Igreja proclama exultante: "Sim, temos a certeza! Verdadeiramente o Senhor ressuscitou, aleluia! A Ele sejam dadas glória e poder nos séculos!".
(Bento XVI - Regina Coeli 13.04.2009)
(Bento XVI - Regina Coeli 13.04.2009)
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