Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 21 de maio de 2020

O trono de Maria é a Cruz

Pede humildemente ao Senhor que te aumente a Fé. – E depois, com novas luzes apreciarás bem as diferenças entre as sendas do mundo e o teu caminho de apóstolo. (Caminho, 508)

O trono de Maria, como o de seu Filho, é a Cruz. E durante o resto da sua existência, até que subiu ao Céu em corpo e alma, a sua silenciosa presença é o que nos impressiona mais. S. Lucas, que a conhecia bem, anota que Ela está junto dos primeiros discípulos, em oração. Assim termina os seus dias terrenos Aquela que havia de ser louvada pelas criaturas até à eternidade.

Como contrasta a esperança de Nossa Senhora com a nossa impaciência! Com frequência exigimos que Deus nos pague imediatamente o pouco bem que fizemos. Mal aflora a primeira dificuldade, queixamo-nos. Muitas vezes somos incapazes de aguentar o esforço, de manter a esperança, porque nos falta fé: bem-aventurada és tu, porque acreditaste que se cumpririam as coisas que te foram ditas da parte do Senhor. (Amigos de Deus, 286)

São Josemaría Escrivá

MISTÉRIOS DO EVANGELHO Sexto Mistério

Mansidão de Jesus

Jesus Cristo disse de Si mesmo que era: «manso» (Cfr. Mt 11, 29)
Eu, pergunto: Mas o que é ser “manso”?
Pode dizer-se que, “ser manso” é ter brandura de génio, não ser nem intempestivo nem precipitado nas reacções às diferentes contrariedades que vamos encontrando pela vida.
Sinto-me muito longe de tal porque o meu orgulho - contra o qual luto permanentemente sem grande sucesso – me impele para um espírito crítico, muitas vezes exacerbado pelos defeitos que julgo ver nos outros. E, o pior, é muitíssimas vezes, o que vejo é um reflexo dos meus próprios defeitos e limitações. Refiro “o meu orgulho” porque o Senhor acrescentou: «e humilde» (Cfr. Mt 11, 29)
Chego, portanto, a uma primeira conclusão: - Para ter mansidão é necessária a humildade pessoal.
No episódio narrado por São Mateus, [1] parece-me – pobre de mim – que o Senhor “contraria” essa mansidão que Se outorga. Então… a mansidão pode aceitar uma reacção “violenta”? Penso melhor e concluo que ser manso não é ser abúlico, indiferente, não reagir quando se deve reagir, mesmo que tal implique uma atitude, talvez, intransigente.
Visto assim, chego a uma segunda conclusão: Não reajo como devo a situações que exigem uma atitude clara e firme. Não quero incomodar-me.
Talvez pense - certamente que sim -, que o assunto não é comigo, não me diz respeito não possuo nem “autoridade” nem “estatuto” para tal.
De facto, talvez não tenha, melhor dizendo: não tenho! - nem “autoridade” nem “estatuto”, porque, para os ter, preciso de ter dado exemplo disso mesmo que se impõe que faça.
Não posso nem devo recomendar o que não pratiquei! Não seria honesto comigo - intelectualmente – nem, principalmente, para com os outros que, nesse caso, teriam toda a razão para afirmar: Este, diz para fazermos o que, ele próprio não faz!
Que crédito nos merece?
E, eu tenho de concluir: - Absolutamente nenhum!
(AMA, 2019)


[1] Cfr. Mt 21, 12-13 «12 Jesus entrou no templo e expulsou dali os que nele vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos cambistas e as bancas dos vendedores de pombas…»

Santo Rosário - Mistérios da Luz - Quarto Mistério

MISTÉRIOS DA LUZ [i]

Transfiguração

Contemplamos neste mistério um dos acontecimentos mais talvez mais enigmáticos da vida de Jesus na terra.

Percebemos que houve uma intenção clara de mostrar aos três após­tolos uma como que antevisão da aparência de Cristo como Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

Mas porquê?

Jesus saberia por certo que eles não iriam entender ou sequer aperce­ber-se da realidade que lhes revelava.

Mais ainda quando sabemos que os proíbe de falar no assunto até de­pois da Sua Ascensão.

O facto é que não obstante ficou gravado para sempre nas suas me­mórias e, por isso mesmo, consta do Evangelho.

Seria a Transfiguração necessária para os confirmar na fé em Jesus Cristo como O Filho de Deus?

Mas como se adormecem?

Aliás é sintomática esta reacção dos três discípulos perante o "peso" ou solenidade de situações que vivem com o Mestre.

Na agonia em Getsémani perante o indizível sofrimento do Senhor tam­bém são vencidos pelo sono.

Como se a realidade fosse de tal forma "chocante ou extraordinária" que a sua amizade e carinho pelo Senhor se recusa a admitir o que constatam.

O sono é muitas vezes desculpa para muitas faltas de coragem em que é necessário mostrar solidariedade, apoio, solicitude.

Não poucas vezes somos vencidos pelo sono, o torpor que nos leva a não considerar as realidades que não compreendemos.

É como que uma "defesa" do nosso espírito recusando-se a encarar algo difícil que se nos apresenta como que fora do comum e, a verdade, é que a nossa Fé cristã necessita debruçar-se continuamente sobre os seus fundamentos num constante exame e estudo para melhor com­preender.

Temos de vencer uma atávica tendência para a rotina que, na prática da Fé, talvez seja o pior defeito que possamos ter.

Que a Doutrina não muda sabemo-lo bem, o que deve ser mais uma razão para que não deixemos nunca de aprofundar, esmiuçar, detalhar para alcançar a segurança que é necessária para o seu fiel cumpri­mento.

Lembremos que São João deixou escrito que não haveria livros no mundo que pudessem conter quanto Jesus Cristo disse, fez e ensinou.

(ama, Malta, Abril de 2016


[i] São João Paulo II acrescentou estes “Mistérios” a que chamou da Luz – ou Luminosos– ao Rosário de Nossa Senhora.

Não sei, evidentemente, a razão que terá levado o Santo Pontífice a fazê-lo e alguém poderá questionar o que têm a ver com o Rosário Mariano.

Têm tudo a ver porque a vida de Nossa Senhora está tão intimamente unida à do Seu Filho, nosso Salvador, que me parece muito lógico e adequado.

Os Cinco Mistérios levam-nos a considerar, principalmente, a instituição dos sacramentos que Jesus nos quis deixar como preciosos e imprescindíveis meios para obter a Salvação Eterna que nos ganhou na Cruz.

Ao colo da melhor Mãe do mundo

Foi há alguns dias que, na espaçosa capela de um colégio, presenciei uma cena que me deu que pensar. Celebrava, como habitualmente, a eucaristia das 8h e 10m da manhã, a que assistem alguns alunos, professores e pais, estes últimos aproveitando a sua ida à escola para deixar os filhos.

Entre a assistência, variada mas não muito numerosa, chamou-me a atenção uma senhora ainda nova, que se fazia acompanhar por vários filhos, com idades entre os dois e seis anos. Uma das mais pequeninas dessas crianças, ainda de palmo e meio, insistia em sentar-se ao colo da mãe, apesar da abundância de lugares disponíveis. Naquele momento, pareceu-me abusiva aquela sua atitude, mas não era caso para fazer uma chamada de atenção pública, não só porque seria despropositada, mas também porque teria sido desagradável para a pequenita e também para a sua progenitora.

O que não me atrevi a dizer em voz alta, sussurrei, contudo, na minha oração a Jesus:

- Já viste, Senhor, a pieguice daquela pequenita?! Que mimada! Há tantos lugares vagos e foi logo sentar-se ao colo da mãe!

Mal tinha terminado a minha queixa quando me dei conta de que, na imagem de Nossa Senhora desse oratório, o Menino Jesus está muito bem instalado … nos braços de sua Mãe! Escusado será dizer que enfiei a carapuça, ao mesmo tempo que me senti uma espécie de Dom Camilo resmungão, a quem Nosso Senhor teve que responder à letra. Afinal, era ela, a pequenita, que tinha razão, segundo o ensinamento dos Evangelhos: “Em verdade vos digo: Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu” (Mt 18, 3).

Nas suas deliciosas Memórias, a Irmã Lúcia recorda que, quando era ainda muito pequena, pensava ingenuamente que a sua mãe era a melhor do mundo. Por isso, quando perguntava às suas companheiras de brincadeiras como eram as suas mães, atalhava sempre, sem qualquer tipo de presunção ou orgulho, que a sua era a melhor do mundo. Não errava na sua apreciação porque, com efeito, como cada um de nós só tem uma mãe, essa é, para o filho, necessariamente, a melhor do mundo. Pode não ser a melhor pessoa da humanidade, nem a mais perfeita mulher à superfície da terra, mas como mãe é, sem dúvida, a melhor do mundo para os seus filhos.

Tinha sido o pai da Lúcia que lhe ensinara a amar assim a sua mãe. Agora que tanto se fala, infelizmente, de violência doméstica – só no que vai de ano, há já a deplorar 11 vítimas mortais! – mais necessário é que os maridos sejam, para os filhos, uma lição de que as suas mães são as melhores do mundo, pelo exemplo do seu amor filial e esponsal. Que cada filho o saiba, não apenas porque alguém o diz, mas porque vê o carinho, respeito, gratidão e admiração como a sua mãe é tratada pelo pai e, também, como os seus pais tratam os avós! Quantos casos de violência doméstica, contra os pais e avós idosos, não têm criminosos antecedentes em episódios de abandono dos mais velhos, de violência doméstica ou de falta de carinho e respeito nas relações conjugais!

Concluída a celebração da Missa, voltei a lançar um olhar para aquela pequenita, já não com a reprovação do início, mas com compreensão e – porque não dizê-lo?! – uma pontinha de inveja … Teria desejado também eu permitir-me aquele luxo há já muitos anos perdido mas, como dissera o velho Nicodemos a Jesus de Nazaré: “porventura poderá [alguém] entrar no ventre de sua mãe outra vez, e nascer?” (Jo 3, 4).

Beijado o altar e feita a genuflexão ao Santíssimo Sacramento, antes de me retirar para a sacristia, lancei um olhar, que era uma oração, para a imagem de Nossa Senhora:

- Neste mês de Maria, peço a Jesus que me deixe sentar no outro braço da sua e nossa Mãe do Céu. E, a Nossa Senhora, supliquei que me concedesse a graça do seu colo, para que, junto ao seu Coração Imaculado, aprenda a amar Jesus e, em Cristo, todos os meus irmãos.


Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada in Voz da Verdade

Mais real que a pedra

Correu nestes dias (2017), nos meios de comunicação social, uma polémica muito «século XIX», acerca da natureza das aparições de Fátima. Uns 100 anos antes de Nossa Senhora aparecer em Fátima, estava no auge o esforço de classificação teológica, como se houvesse o intuito de fazer concorrência à matemática. Os manuais de doutrina cristã muito «século XIX» pareciam listas meticulosas de virtudes, de vícios, de graças ...enumerações de tudo! Felizmente, essa época chegou ao fim e não há entusiasmo para repetir a experiência. Fátima, que pertence já ao século XX, fica a anos-luz das alíneas de um catálogo.

Em primeiro lugar, apresenta-se com uma exigência invulgar. Não propõe uma religião anti-stress, em ritmo «Zen», mas fala de realidades extremas, como a vida e a morte, o Inferno e o Paraíso, num desafio sublime: «quereis oferecer-vos a vós mesmos?...», «quereis consolar o vosso Deus?...». Até onde vai o radicalismo do vosso amor?

Em face disto, discutir a classificação, ou as circunstâncias é ficar completamente aquém.

As aparições põem diante de nós um outro mundo, tão real como aquele que respiramos, mas diferente. Os Anjos não têm corpo. No entanto, os Pastorinhos viram e ouviram um Anjo. Em Fátima, em 1917, também outras pessoas, sem terem visto o Anjo ou Nossa Senhora, viram brilhos invulgares, viram os ramos das árvores vergar-se ao peso de um corpo invisível. Como é ver um Anjo? Explicar demasiado só acrescenta palavras à constatação.

Os corpos gloriosos têm igualmente o seu próprio mistério. A Bíblia apresenta-nos as aparições de Jesus ressuscitado aos discípulos e o mistério desses encontros. Algumas vezes, Jesus atravessou as paredes de uma casa fechada. Outras, tinha o aspecto habitual... mas era diferente. Pensaram numa fantasia e Jesus teve de comer com eles para lhes mostrar que era real. Para não parecer talvez um sósia estranho, foi preciso Jesus mostrar-lhes as feridas da crucifixão. Depois de uma pescaria impressionante, os apóstolos reconheceram que era Ele, mas não exactamente como antes, como quando se revê uma pessoa depois de muitos anos. Os dois discípulos de Emaús acompanham-no uma tarde inteira e só ao jantar O reconheceram e – de repente –, quando o reconhecem, desaparece da sua presença. Maria Madalena, dirige a palavra a Jesus junto do sepulcro, mas só percebe com quem está a falar quando Lhe ouve a voz e Jesus a chama pelo nome. O corpo ressuscitado de Jesus ou o corpo de Maria mudaram, mas não deixaram de ser reais.

S. Paulo encontrou uma maneira acertada de falar da ressurreição: semeia-se nesta terra uma semente terrena e encontraremos no Céu uma árvore frondosa. A árvore e a semente são a mesma planta, apesar de não parecerem. Quando ressuscitarmos continuaremos a ser nós próprios, ainda que agora não se consiga imaginar como seremos. Cada um é distinto em bebé, em adolescente, ou na idade adulta, mas é sempre a mesma pessoa. Assim também no Céu.

O real não se esgota no comum e Deus pode alargar a realidade que a vista alcança. Habitualmente, não vemos Anjos, nem vemos Jesus ou os Santos, tal como os Pastorinhos de Fátima também não viam habitualmente senão realidades comuns. No entanto, por momentos, apareceu-lhes o que não costuma ver-se nem ouvir-se.

Nas aparições de Fátima, Nossa Senhora brilha, como uma luz transparente, de uma beleza deslumbrante. Se é tão difícil descrever uma paisagem ou uma fisionomia comum, quanto mais difícil é falar do Céu e de pessoas que ressuscitaram.

Às vezes, proponho-me o desafio descrever aquele grupo escultórico que está no meio das rochas, na Loca do Cabeço, representando o Anjo e os três Pastorinhos. É pedra, bem sei, mas as figuras transparecem uma tensão calma, uma concentração interior que não cabem nas minhas palavras. Onde é que a Maria Amélia Carvalheira foi buscar a inspiração? Só uma escultora genial consegue captar uma realidade tão complexa e «extrair vida» de um bloco de pedra. Depois, tento imaginar a realidade. Porque, a realidade do Anjo e de Nossa Senhora é de ainda outra ordem, nada se lhe compara em brilho, em beleza, ou em importância. Se fosse imaginação, a mensagem de Fátima seria parecida ao relaxamento da música «Zen», mas é mais real que a pedra.
José Maria C.S. André
21-V-2017
Spe Deus

Virtude heróica e santidade

Vêm-me à cabeça as palavras do Senhor recolhidas no Evangelho de São João (5, 17): Meu Pai opera sempre. São palavras pronunciadas por Jesus no decorrer de uma discussão com alguns especialistas em religião que não queriam reconhecer que Deus pode trabalhar no dia de sábado. Um debate ainda aberto e actual, de certo modo, entre os homens - também entre os cristãos - do nosso tempo.

Alguns pensam que Deus, depois da criação, "se retirou" e já não tem nenhum interesse pelos nossos assuntos de cada dia. De acordo com esse modo de pensar, Deus não poderia intervir na trama da nossa vida quotidiana; no entanto, as palavras de Jesus Cristo indicam-nos precisamente o contrário. Um homem aberto à presença de Deus percebe que Deus trabalha sempre e que também actua hoje; por isso, devemos deixar que Ele entre e actue em nós [...].

Conhecendo um pouco da história dos santos, sabendo que nos processos de canonização se procura a virtude "heróica", podemos, quase inevitavelmente, formar um conceito equivocado da santidade porque tendemos a pensar: "Isso não é para mim", "eu não me sinto capaz de praticar virtudes heróicas", "é um ideal alto demais para mim"...

Nesse caso, a santidade estaria reservada para alguns "grandes" cujas imagens vemos nos altares e que são muito diferentes de nós, pecadores comuns. No entanto, seria uma ideia totalmente errada da santidade [...].

Virtude heróica não quer dizer que o santo seja uma espécie de "atleta" da santidade, que consegue fazer uns exercícios inexequíveis para as pessoas normais. Quer dizer, pelo contrário, que na vida de um homem se revela a presença de Deus, e se torna mais patente tudo aquilo que o homem não é capaz de fazer por si mesmo. No fundo, talvez se trate de uma questão terminológica, porque o adjetivo "heróico" foi com frequência mal interpretado. Virtude heróica não significa propriamente que alguém faz coisas grandes por suas forças pessoais, mas que na sua vida aparecem realidades que não foi ele quem fez, porque ele só esteve disponível para deixar que Deus atuasse. Noutras palavras, ser santo não é senão falar com Deus como um amigo fala com o amigo. Isto é a santidade.

Ser santo não significa ser superior aos outros; pelo contrário, o santo pode ser muito fraco e cometer muitos erros na sua vida. A santidade é o contacto profundo com Deus: é fazer-se amigo de Deus, deixar que o Outro trabalhe, o Único que pode realmente fazer com que este mundo seja bom e feliz. [...] Verdadeiramente, todos somos capazes, todos somos chamados a abrir-nos a essa amizade com Deus, a não nos soltarmos da sua mão, a não nos cansarmos de voltar uma vez e outra para o Senhor, falando com Ele como se fala com um amigo e sabendo, com toda a certeza, que o Senhor é o verdadeiro amigo de todos, também dos que não são capazes de fazer por si mesmos coisas grandes.

(Cardeal Joseph Ratzinger em Deixar Deus trabalhar’ no  l’Osservatore Romano, 06.10.2002)

Santo Rosário - Terceiro Mistério Luminoso - A apresentação do reino de Deus

O que agora quisesse consultar Deus, ou quisesse alguma visão ou revelação, não só cometeria uma estupidez, mas faria agravo a Deus, não pondo os olhos totalmente em Cristo, sem querer alguma outra coisa ou novidade. Porque lhe iria, dizendo: 'Se te falei poderia responder Deus desta maneira, dizendo: 'Se te falei já de todas as coisas na Minha Palavra, que é o Meu Filho, e não tenho outra, que te posso Eu agora responder ou revelar que seja mais que isso') Põe os olhos apenas nele, porque nele to disse e revelei, e acharás nele mais ainda do pedes e desejas (...) ouvi-o a Ele, porque já não tenho mais fé que revelar, nem mais coisas que manifestar.

(S. JOÃO DA CRUZ, Subida ao Monte Carmelo, liv. 2, cap. 22, nº 5)