Tu és sal, alma de apóstolo. – "Bonum est sal" – o sal é bom, lê-se no Santo Evangelho; "si autem sal evanuerit" – mas se o sal se desvirtua... de nada serve, nem para a terra, nem para o esterco; deita-se fora como inútil. Tu és sal, alma de apóstolo. – Mas se te desvirtuas...
(São Josemaría Escrivá - Caminho, 921)
Os católicos têm de andar pela vida como apóstolos: com luz de Deus, com sal de Deus. Sem medo, com naturalidade, mas com tal vida interior, com tal união com Nosso Senhor, que iluminem, que evitem a corrupção e as sombras, que repartam o fruto da serenidade e a eficácia da doutrina cristã.
(São Josemaría Escrivá - Forja, 969)
Em momentos de desorientação geral, quando clamas ao Senhor pelas suas almas!, parece que não te ouve, que está surdo aos teus apelos. Inclusivamente chegas a pensar que o teu trabalho apostólico é vão.
– Não te preocupes! Continua a trabalhar com a mesma alegria, com a mesma vibração, com o mesmo afinco. Permite-me que insista: quando se trabalha por Deus, nada é infecundo!
(São Josemaría Escrivá - Forja, 978)
– Filho: todos os mares deste mundo são nossos, e lá onde a pesca é mais difícil é também mais necessária.
(São Josemaría Escrivá - Forja, 979)
Com a tua doutrina de cristão, com a tua vida íntegra e com o teu trabalho bem feito, tens que dar bom exemplo, no exercício da tua profissão e no cumprimento dos deveres do teu cargo, aos que te rodeiam: os teus parentes, os teus amigos, os teus companheiros, os teus vizinhos, os teus alunos... – Não podes ser um embusteiro.
(São Josemaría Escrivá - Forja, 980)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sexta-feira, 4 de março de 2011
Amor aos pais - Pe. Rodrigo Lynce de Faria
É conhecida a história de Eneias, famoso herói da Eneida, obra-prima do poeta romano Virgílio. Neste antiquíssimo poema relata-se que, quando Tróia foi incendiada pelas forças gregas, os jovens troianos começaram a abandonar as muralhas da cidade dispostos a recomeçar a sua vida noutro lugar.
No momento da destruição da cidade, Anquises, pai de Eneias, tinha já uma idade avançada e mal podia andar. Por esse motivo, suplicou ao filho que o deixasse morrer ali, pois não desejava ser para ele um estorvo que o impedisse de se salvar da destruição. Eneias recusou-se terminantemente a ceder a essa petição. Respondeu-lhe — sem vacilar — que nunca conseguiria viver o resto dos seus dias com dignidade se, naquele momento, abandonasse o seu pai em tão tristes circunstâncias.
Depois de pronunciar estas palavras, Eneias carregou Anquises sobre os seus ombros e deu a mão ao seu filho Iúlo. Os três — três gerações unidas — abandonaram as muralhas da cidade em chamas. Por este motivo, Virgílio chama ao seu herói o “piedoso Eneias”, já que a palavra piedade na sua raiz latina — pietas — significa exactamente isso: amor aos pais.
Desde sempre, o amor aos pais manifesta-se na gratidão por aqueles que foram instrumentos de Deus para nos transmitir o primeiro de todos os dons: o dom da vida. Somos um fruto directíssimo da generosidade dos nossos pais. Temos uma dívida para com eles que nunca poderemos pagar. Claro que alguém poderia contar casos de filhos ingratos que abandonam os seus pais em dificuldades. São casos reais, sem dúvida nenhuma, mas não me parece que sejam os casos mais comuns — sobretudo nas famílias sãs.
O mais comum é a gratidão dos filhos para com os seus pais. Gratidão que, com o passar dos anos, se torna mais consciente e madura. Gratidão pela educação que soube conjugar aspectos aparentemente contraditórios: exigência e carinho, autoridade e respeito pela liberdade, coerência e flexibilidade.
Gratidão também porque os nossos pais não temeram dizer a palavra “não” quando isso era necessário. Talvez nesses momentos não os tenhamos entendido bem — hoje, pelo contrário, estamos-lhes agradecidos por essa manifestação de bondade e fortaleza. Porque educar não é o mesmo que mimar. Quanto mais se mima uma criança, mais se a deixa indefesa para enfrentar as dificuldades da vida. Poupar em todas as ocasiões os pequenos sacrifícios aos filhos não os educa bem, nem lhes robustece a vontade. Para educar bem — que é diferente de educar de qualquer forma — é necessária uma exigência amável. Exigência que não confunde o amor com o sentimentalismo.
Eneias tinha aprendido dos seus pais a dizer que “não” a si próprio quando isso era necessário. Apoiado nessa aprendizagem, soube dizer que “não” à sua tendência para o mais cómodo — tendência com que todos nascemos. Eneias não se deixou arrastar pelo mais fácil — deixar o pai em Tróia —, por muito que isso lhe “facilitasse” a vida. Eneias, por ter ouvido algumas vezes um “não” na sua educação, era agora capaz de amar o seu pai de verdade.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
No momento da destruição da cidade, Anquises, pai de Eneias, tinha já uma idade avançada e mal podia andar. Por esse motivo, suplicou ao filho que o deixasse morrer ali, pois não desejava ser para ele um estorvo que o impedisse de se salvar da destruição. Eneias recusou-se terminantemente a ceder a essa petição. Respondeu-lhe — sem vacilar — que nunca conseguiria viver o resto dos seus dias com dignidade se, naquele momento, abandonasse o seu pai em tão tristes circunstâncias.
Depois de pronunciar estas palavras, Eneias carregou Anquises sobre os seus ombros e deu a mão ao seu filho Iúlo. Os três — três gerações unidas — abandonaram as muralhas da cidade em chamas. Por este motivo, Virgílio chama ao seu herói o “piedoso Eneias”, já que a palavra piedade na sua raiz latina — pietas — significa exactamente isso: amor aos pais.
Desde sempre, o amor aos pais manifesta-se na gratidão por aqueles que foram instrumentos de Deus para nos transmitir o primeiro de todos os dons: o dom da vida. Somos um fruto directíssimo da generosidade dos nossos pais. Temos uma dívida para com eles que nunca poderemos pagar. Claro que alguém poderia contar casos de filhos ingratos que abandonam os seus pais em dificuldades. São casos reais, sem dúvida nenhuma, mas não me parece que sejam os casos mais comuns — sobretudo nas famílias sãs.
O mais comum é a gratidão dos filhos para com os seus pais. Gratidão que, com o passar dos anos, se torna mais consciente e madura. Gratidão pela educação que soube conjugar aspectos aparentemente contraditórios: exigência e carinho, autoridade e respeito pela liberdade, coerência e flexibilidade.
Gratidão também porque os nossos pais não temeram dizer a palavra “não” quando isso era necessário. Talvez nesses momentos não os tenhamos entendido bem — hoje, pelo contrário, estamos-lhes agradecidos por essa manifestação de bondade e fortaleza. Porque educar não é o mesmo que mimar. Quanto mais se mima uma criança, mais se a deixa indefesa para enfrentar as dificuldades da vida. Poupar em todas as ocasiões os pequenos sacrifícios aos filhos não os educa bem, nem lhes robustece a vontade. Para educar bem — que é diferente de educar de qualquer forma — é necessária uma exigência amável. Exigência que não confunde o amor com o sentimentalismo.
Eneias tinha aprendido dos seus pais a dizer que “não” a si próprio quando isso era necessário. Apoiado nessa aprendizagem, soube dizer que “não” à sua tendência para o mais cómodo — tendência com que todos nascemos. Eneias não se deixou arrastar pelo mais fácil — deixar o pai em Tróia —, por muito que isso lhe “facilitasse” a vida. Eneias, por ter ouvido algumas vezes um “não” na sua educação, era agora capaz de amar o seu pai de verdade.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Dois anos depois
Um estudo realizado pela Universidade de Harvard deu razão à posição de Bento XVI sobre a SIDA, afirmando que um comportamento sexual responsável e a fidelidade conjugal determinaram uma drástica diminuição da epidemia no Zimbabwe.
A análise partiu do Departamento de Saúde Global da População da prestigiada universidade norte-americana. No espaço de dez anos, entre 1997 e 2007, a taxa de infecção entre adultos diminuiu de 29% a 16%.
Os técnicos de Harvard referem que a clara diminuição se deve "à redução de comportamentos de risco, como sexo fora do casamento e com prostitutas".
O estudo conclui ser necessário "ensinar a evitar a promiscuidade e promover a fidelidade".
É, pois, de elementar justiça recordar que isso mesmo já tinha dito Bento XVI, há quase dois anos, quando ia caminho da República dos Camarões, ao defender a "humanização da sexualidade".
Nessa altura, caiu "o Carmo e a Trindade". Media e analistas rasgaram as suas vestes carregadas de ideologia e clichés, acusando Ratzinger de retrógrado. Chamaram-lhe até "criminoso da humanidade".
Dois anos depois, Harvard vem dar razão ao Papa.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
Nota JPR: Obrigado Aura por aproveitar este seu espaço semanal para recordar e dar relevo a este estudo, ignorado por muitos a todos os níveis. Bem-haja!
A análise partiu do Departamento de Saúde Global da População da prestigiada universidade norte-americana. No espaço de dez anos, entre 1997 e 2007, a taxa de infecção entre adultos diminuiu de 29% a 16%.
Os técnicos de Harvard referem que a clara diminuição se deve "à redução de comportamentos de risco, como sexo fora do casamento e com prostitutas".
O estudo conclui ser necessário "ensinar a evitar a promiscuidade e promover a fidelidade".
É, pois, de elementar justiça recordar que isso mesmo já tinha dito Bento XVI, há quase dois anos, quando ia caminho da República dos Camarões, ao defender a "humanização da sexualidade".
Nessa altura, caiu "o Carmo e a Trindade". Media e analistas rasgaram as suas vestes carregadas de ideologia e clichés, acusando Ratzinger de retrógrado. Chamaram-lhe até "criminoso da humanidade".
Dois anos depois, Harvard vem dar razão ao Papa.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
Nota JPR: Obrigado Aura por aproveitar este seu espaço semanal para recordar e dar relevo a este estudo, ignorado por muitos a todos os níveis. Bem-haja!
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1948
Escreve uma carta de Roma aos seus filhos de Espanha em que lhes conta, com uma ponta de humor, que sofre de alguns achaques por causa da fome, do frio, e da humidade que padecem nesses primeiros tempos romanos: “Ficais a saber que há dois dias acordei com todo o lado esquerdo da cara paralisado, com a boca torcida, sem poder fechar o olho esquerdo: uma carantonha! Pensei: será hemiplegia? Mas o resto do corpo está normal e ágil. O professor Faelli afirma que é uma brincadeira do clima de Roma: reumatismo. Agora mesmo estou a escrever-vos com alguma dificuldade, porque, como a sobrancelha descai sobre a vista, não vejo muito bem”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Deus dono da história…
«A história humana, com todos os seus terrores, não se afundará na noite da autodestruição; Deus não deixa que Lhe seja arrancada das mãos».
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
Meditação de Francisco Fernández Carvajal
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Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de S. Marcos, n°9 (a partir da trad. Marc commenté, DDB 1986, pp. 87ss.)
«Não façais da casa de Meu Pai um antro de comércio» (Jo 2, 16)
Homilias sobre o Evangelho de S. Marcos, n°9 (a partir da trad. Marc commenté, DDB 1986, pp. 87ss.)
«Não façais da casa de Meu Pai um antro de comércio» (Jo 2, 16)
O Evangelho do dia 4 de Março de 2011
Evangelho segundo S. Marcos 11,11-26
11 Entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo observado tudo, como fosse já tarde, foi para Betânia com os doze.12 Ao outro dia, depois de saírem de Betânia, teve fome.13 Vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi lá ver se encontrava nela algum fruto. Aproximando-Se, nada encontrou senão folhas, porque não era tempo de figos.14 Então disse à figueira: «Nunca mais alguém coma fruto de ti». Os discípulos ouviram-n'O.15 Chegaram a Jerusalém. Tendo entrado no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam as pombas.16 E não consentia que ninguém transportasse nenhum objecto pelo templo;17 e os ensinava dizendo: «Porventura não está escrito: “A minha casa será chamada casa de oração por todas as gentes”? Mas vós fizestes dela “um covil de ladrões”».18 Ouvindo isto os príncipes dos sacerdotes e os escribas procuravam o modo de O matar; porque O temiam, visto todo o povo admirar a Sua doutrina.19 Quando se fez tarde, saíram da cidade.20 No outro dia pela manhã, ao passarem, viram a figueira seca até às raízes.21 Então Pedro, recordando-se, disse-Lhe: «Olha, Mestre, como se secou a figueira que amaldiçoaste».22 Jesus, respondendo-lhe, disse-lhes: «Tende fé em Deus.23 Em verdade vos digo que todo aquele que disser a este monte: “Tira-te daí e lança-te no mar”, e não hesitar no seu coração, mas tiver fé de que tudo o que disse será feito, assim acontecerá.24 Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes na oração, crede que o haveis de conseguir e o obtereis.25 Quando estiverdes a orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados.26 Porque, se vós não perdoardes, também o vosso Pai que está nos céus, não perdoará os vossos pecados».
11 Entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo observado tudo, como fosse já tarde, foi para Betânia com os doze.12 Ao outro dia, depois de saírem de Betânia, teve fome.13 Vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi lá ver se encontrava nela algum fruto. Aproximando-Se, nada encontrou senão folhas, porque não era tempo de figos.14 Então disse à figueira: «Nunca mais alguém coma fruto de ti». Os discípulos ouviram-n'O.15 Chegaram a Jerusalém. Tendo entrado no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam as pombas.16 E não consentia que ninguém transportasse nenhum objecto pelo templo;17 e os ensinava dizendo: «Porventura não está escrito: “A minha casa será chamada casa de oração por todas as gentes”? Mas vós fizestes dela “um covil de ladrões”».18 Ouvindo isto os príncipes dos sacerdotes e os escribas procuravam o modo de O matar; porque O temiam, visto todo o povo admirar a Sua doutrina.19 Quando se fez tarde, saíram da cidade.20 No outro dia pela manhã, ao passarem, viram a figueira seca até às raízes.21 Então Pedro, recordando-se, disse-Lhe: «Olha, Mestre, como se secou a figueira que amaldiçoaste».22 Jesus, respondendo-lhe, disse-lhes: «Tende fé em Deus.23 Em verdade vos digo que todo aquele que disser a este monte: “Tira-te daí e lança-te no mar”, e não hesitar no seu coração, mas tiver fé de que tudo o que disse será feito, assim acontecerá.24 Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes na oração, crede que o haveis de conseguir e o obtereis.25 Quando estiverdes a orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados.26 Porque, se vós não perdoardes, também o vosso Pai que está nos céus, não perdoará os vossos pecados».
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