Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Auxílio dos cristãos

"Auxilium christianorum!", Auxílio dos cristãos!, reza com plena segurança a ladainha loretana. Já experimentaste repetir essa jaculatória nos teus transes difíceis? Se o fizeres com fé, com ternura de filha ou de filho, verificarás a eficácia da intercessão da tua Mãe Santa Maria, que te levará à vitória. (Sulco, 180)

É a hora de recorreres à tua Mãe bendita do Céu, para que te acolha nos seus braços e te consiga do seu Filho um olhar de misericórdia. E procura depois fazer propósitos concretos: corta de uma vez, ainda que custe, esse pormenor que estorva e que é bem conhecido de Deus e de ti. A soberba, a sensualidade, a falta de sentido sobrenatural aliar-se-ão para te sussurrarem: isso? Mas se se trata de uma circunstância tonta, insignificante! Tu responde, sem dialogar mais com a tentação: entregar-me-ei também nessa exigência divina! E não te faltará razão: o amor demonstra-se especialmente em coisas pequenas. Normalmente, os sacrifícios que o Senhor nos pede, os mais árduos, são minúsculos, mas tão contínuos e valiosos como o bater do coração.

Quantas mães conheceste como protagonistas de um acto heróico, extraordinário? Poucas, muito poucas. E contudo, mães heróicas, verdadeiramente heróicas, que não aparecem como figuras de nada espectacular, que nunca serão notícia – como se diz – tu e eu conhecemos muitas: vivem sacrificando-se a toda a hora, renunciando com alegria aos seus gostos e passatempos pessoais, ao seu tempo, às suas possibilidades de afirmação ou de êxito, para encher de felicidade os dias dos seus filhos. (Amigos de Deus, 134)

São Josemaría Escrivá

Ensinar os Papas

A história de Fátima está particularmente relacionada com o Romano Pontífice e os últimos Papas tiveram muitas perguntas para fazer à Irmã Lúcia.

Pio XII leu atentamente os escritos da Irmã Lúcia e compreendeu a importância de Fátima em relação ao pontificado. Mais convencido ficou quando, em 1950, em vários dias próximos da proclamação do Dogma da Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma ao Céu, assistiu, no Vaticano, ao mesmo «milagre do Sol» que os peregrinos tinham visto em Fátima, a 13 de Outubro de 1917.

Em 1967, numa altura em que ainda era raro um Papa sair de Roma, Paulo VI veio a este santuário e quis falar com a Irmã Lúcia.

Em 1977, o Patriarca de Veneza, Albino Luciani, que seria depois o Papa João Paulo I, fez uma peregrinação a Fátima e, graças aos bons ofícios de Olga Cadaval (a célebre figura da música clássica), encontrou-se com a Irmã Lúcia no convento em que ela vivia, em Coimbra. A conversa foi longuíssima e impressionou vivamente o futuro Papa. Mais tarde, correram boatos de que a vidente lhe teria anunciado a eleição pontifícia e a sua morte pouco depois, mas nada disto parece verdade. Na entrevista do Pe. Mario Senigaglia, secretário do Patriarca Luciani, à revista «30 Giorni», não se confirmam esses rumores. O que ficou bastante claro, e coincide com as recordações do irmão do Patriarca, é que o encontro deixou nele uma marca profunda. «Nem consigo imaginar o que a Irmã Lúcia me disse», comentou ele ao irmão. No regresso a Veneza, o secretário do Cardeal recorda que ele lhe disse o habitual «senta-te», quando havia coisas para tratar. Falou da viagem, do clima de oração e penitência que tinha visto na Cova da Iria, dos voluntários que ajudavam os peregrinos. A certa altura, o secretário perguntou pela visita à Irmã Lúcia e o Patriarca respondeu: «Sim, sim, estive com ela... Ah! esta freirinha bendita pegou-me nas mãos e começou a falar... estas benditas freiras, quando começam a falar, não acabam!». Abordaram longamente os problemas da Igreja, mas não as aparições, excepto nalgum pormenor. Na sequência, num artigo que publicou num jornal de Veneza, ao fazer a síntese, escreveu que os santuários servem para lembrar o Evangelho, que isso é que é preciso anunciar.

O Papa João Paulo II captou, mais do que ninguém a importância da mensagem de Fátima e é evidente que as suas várias viagens a Portugal tiveram um foco muito especial neste local. Várias vezes, consagrou o mundo a Nossa Senhora. A mais importante destas cerimónias, em que consagrou especialmente a Rússia, foi em 25 de Março de 1984 na Praça de S. Pedro, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima propositadamente transportada para Roma. O Papa pediu a todos os bispos do mundo que se unissem em simultâneo àquela consagração e quis cumprir tudo o que Nossa Senhora tinha pedido em Fátima. No final, enviou um emissário a Coimbra perguntar à Irmã Lúcia se a consagração correspondia exactamente ao pedido da Virgem. Como se sabe, passado 5 anos, contra todas as previsões, a União Soviética colapsou e abriu-se um inesperado momento de liberdade e de paz.

Numa entrevista ao jornalista João Francisco Gomes, do «Observador», O Bispo de Fátima, D. António Marto, recorda que quando recebeu Bento XVI em 2010, ouviu perplexo ele comentar-lhe que «não há nada como Fátima em toda a Igreja Católica no mundo».

O Papa Francisco disse várias vezes que estava convencido da importância da mensagem de Fátima. Em momentos particularmente importantes, quis ter a imagem de Nossa Senhora de Fátima junto de si, na Praça de S. Pedro.

Antes de partir para este santuário de Fátima, Francisco, como habitualmente antes de cada viagem, foi à basílica romana de Santa Maria Maior, confiar a viagem a Maria, rezando em silêncio diante da imagem chamada «Salus Populi Romani». À chegada das suas 18 viagens nunca falhou o regresso a Santa Maria Maior, para agradecer. Que acontecerá desta vez, no regresso a Roma, depois de ter estado connosco em Fátima?

José Maria C.S. André
12-V-2017

S.Matias - Apóstolo

Apóstolo de Cristo, o seu nome grego Matthias , ou Maththias , deriva do hebraico Mattathias ou Mattithiah , que significa "dom de Javé", foi um dos setenta discípulos de Jesus, acompanhando-o desde o seu batismo por João até à Ascensão. Não foi um dos Doze Apóstolos, mas sim o substituto de Judas Iscariotes no grupo . De facto, nos dias subsequentes à Ascensão de Cristo aos céus, São Pedro propôs a substituição de Judas, caindo a escolha sobre São Matias (Cf. Atos 1, 15-17.20-26), que ficou a partir de então associado com os restantes onze Apóstolos. As informações sobre a vida e a morte de São Matias são vagas e imprecisas. Segundo Nicéforo, terá primeiro pregado o Evangelho na Judeia e na Etiópia, tendo sido depois crucificado. A Sinopse de Doroteu inclui a tradição de que São Matias terá pregado o Evangelho aos pagãos no interior da Etiópia, junto ao porto de mar de Hyssus e na foz do rio Phasis, e que terá morrido e sido enterrado em Sebastopolis, perto do Templo do Sol. Uma outra tradição defende que São Matias terá sido apedrejado pelos judeus em Jerusalém, em frente ao Templo, e depois decapitado por um golpe de machado. Clemente de Alexandria diz que Santa Helena trouxe as relíquias do santo para Roma e de que uma parte delas está em Trier, na Alemanha.

(Fonte: Infopédia)

Santo Rosário - Mistérios da Luz - O Baptismo de Jesus

MISTÉRIOS DA LUZ [i]

O Baptismo é o sinal indelével que torna a pessoa humana em membro da Igreja de Cristo.

É a única verdadeira porta de entrada pela qual nos convertemos em membros efectivos da Igreja Católica, como se fosse um bilhete de identidade vitalício, para empregar termos e palavras humanas que são as nossas.

Mas... os Mistérios Luminosos que têm de facto a ver com o Santo Rosário que é uma oração eminentemente Mariana?

Porque não se pode dissociar a Santíssima Virgem do seu Filho, Jesus Cristo e estes Mistérios que se referem de forma muito particular à vida pública de Cristo, à implementação do Reino de Deus e à instituição dos Sacramentos são como que o "complemento" dos outros Mistérios.

Exactamente neste primeiro Mistério começa essa  "tarefa" do Salva­dor.

A água é o elemento natural mais precioso da humanidade. A sua falta em numerosos locais da terra provoca sofrimentos indizíveis e não pou­cas vezes lutas e guerras pela sua posse ou controlo.

Ao servir-se da água como elemento fundamental do Baptismo e, tam­bém, ao aceder recebê-la como sinal visível Jesus avaliza a fórmula baptismal instituindo com a Sua acção o Sacramento, o primeiro dos sete que há-de instituir.

Podemos dizer que a Santíssima Trindade quis "reforçar" a dignidade e importância do Baptismo estando presente Deus Espírito Santo que sob a forma de pomba desceu sobre o Baptizando, Deus Filho o Bapti­zando e Deus Pai que fez ouvir a Sua voz.

Dos sete Sacramentos existem dois que imprimem carácter, ou seja, são irreversíveis porque transformam o homem em algo inteiramente diferente do que era antes de o receber.

O Batismo ao introduzir a pessoa no seio da Igreja instituída por Jesus Cristo, dá-lhe uma nobreza e uma dimensão inteiramente novas que jamais perderá mesmo que o deseje.

A patética - para usar uma expressão "suave" - teoria de deixar ao livre arbítrio de cada um o desejo do Baptismo, não o baptizando en­quanto criança, configura um risco tremendo de responsabilidade pelo seu futuro eterno.

(ama, Malta, Abril de 2016)


[i] São João Paulo II acrescentou estes “Mistérios” a que chamou da Luz – ou Luminosos– ao Rosário de Nossa Senhora.

Não sei, evidentemente, a razão que terá levado o Santo Pontífice a fazê-lo e alguém poderá questionar o que têm a ver com o Rosário Mariano.

Têm tudo a ver porque a vida de Nossa Senhora está tão intimamente unida à do Seu Filho, nosso Salvador, que me parece muito lógico e adequado.

Os Cinco Mistérios levam-nos a considerar, principalmente, a instituição dos sacramentos que Jesus nos quis deixar como preciosos e imprescindíveis meios para obter a Salvação Eterna que nos ganhou na Cruz.