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Bento XVI comentando uma passagem da Segunda Carta aos Coríntios,” ainda que em nós se destrua o homem exterior, o interior renova-se diariamente” (4, 16) salientou que o homem interior se deve reforçar. É um imperativo muito apropriado para o nosso tempo em que os homens muitas vezes permanecem interiormente vazios e portanto devem agarrar-se a promessas e narcóticos que depois têm como consequência um ulterior crescimento do sentido de vazio no seu intimo. O vazio interior – a fraqueza do homem interior – é um dos grandes problemas do nosso tempo – acrescentou o Santo Padre. Deve ser reforçada a interioridade - a percepção do coração; a capacidade de ver e compreender o mundo e o homem partindo de dentro, com o coração. Nós precisamos de uma razão iluminada pelo coração, para aprender a agir segundo a verdade na caridade. Isto, contudo - salientou – não se realiza sem uma relação intima com Deus, sem a vida de oração. Precisamos do encontro com Deus, que nos é dado nos Sacramentos. E não podemos falar a Deus na oração, se não deixamos que seja ele mesmo a falar primeiro, se não o escutamos na palavra que nos deu. A este propósito – recordou depois o Papa, Paulo diz-nos: “para que Cristo habite pela fé nos vossos corações, de sorte que, arraigados e fundados na caridade, possais compreender com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo e conhecer a sua caridade que excede toda a ciência”. (Ef 3, 17 ss).
O amor vê mais longe do que a simples razão, é aquilo que Paulo nos diz com estas palavras. E diz-nos uma vez mais que somente na comunhão com todos os santos, isto é na grande comunidade de todos os crentes – e não contra ou sem ela – podemos conhecer a vastidão do mistério de Cristo.
(Fonte: site Radio Vaticana)