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domingo, 23 de março de 2014
Imagens inéditas de Bento XVI com uma boina branca
O Vaticano assegura
que “não há nada de alarmante. As condições de saúde são próprias da sua idade,
tem artroses nas pernas.” D. Georg Gänswein afirmou “Não obstante as dores nas articulações, quando entra
na capela, quer sempre ajoelhar-se. Não renuncia nunca a esta reverência à
Eucaristia, sejam quais forem as dores que deva suportar”.
A misericórdia é maior que os preconceitos
Ao meio dia deste domingo o Papa Francisco assomou à janela do apartamento Pontifício para rezar, com os cerca de 40 mil de fiéis reunidos na Praça São Pedro, a tradicional oração mariana do Angelus. A “água viva da misericórdia que jorra até a vida eterna”, representada pelo encontro de Jesus com a Samaritana junto ao poço em Sicar, esteve no centro da reflexão do Pontífice neste terceiro domingo da Quaresma.
Partindo do Evangelho do dia, Francisco observou que o pedido de Jesus à Samaritana – “Dá-me de beber“, “supera todas as barreiras de hostilidade entre judeus e samaritanos e rompe os esquemas de preconceito em relação às mulheres”:
“O simples pedido de Jesus é o início de um diálogo sincero, mediante o qual Ele, com grande delicadeza, entra no mundo interior de uma pessoa à qual, segundo os esquemas sociais, não deveria nem mesmo dirigir uma palavra. Jesus coloca-se no lugar dela, não a julgando, mas fazendo-a sentir-se considerada, reconhecida, e suscitando assim nela o desejo de ir além da rotina quotidiana”.
Ao pedir água à Samaritana, Jesus queria “abrir-lhe o coração”, “colocar em evidência a sede que havia nela”. “A sede de Jesus – disse o Papa, não era tanto de água, mas de encontrar uma alma sequiosa”.
“A Quaresma – recordou Francisco - é o tempo oportuno para olharmos para dentro de nós, para fazer emergir as nossas necessidades espirituais mais verdadeiras e pedir a ajuda do Senhor na oração”. E observou, que a exemplo da Samaritana, também nós temos muitas perguntas a serem feitas a Jesus, “mas não encontramos a coragem” para fazê-las.
O Evangelho diz que os discípulos ficaram maravilhados que o seu Mestre tenha falado com aquela mulher. Mas, “o Senhor é maior do que os preconceitos. E isto devemos aprender bem” – exortou Francisco -, pois a misericórdia é maior do que os preconceitos”. E o resultado do encontro junto ao poço foi o de uma mulher transformada”:
“Deixou o seu jarro com o qual ia buscar água e correu à cidade para contar a sua experiência extraordinária. ‘Encontrei um homem que me disse todas as coisas que eu fiz. Era o Messias? Estava entusiasmada. Foi buscar água no poço, e encontrou uma outra água, a água viva da misericórdia que jorra para a vida eterna. Encontrou a água que sempre procurou! Corre ao vilarejo, aquele vilarejo que a julgava, a condenava e a rejeitava, e anuncia que encontrou o Messias: alguém que mudou a sua vida. Pois cada encontro com Jesus nos muda a vida, sempre. É um passo em frente, um passo mais próximo a Deus”.
Ao concluir sua reflexão, Francisco recordou que no Evangelho de hoje “encontramos também nós o estímulo para ‘deixar o nosso jarro’, símbolo de tudo aquilo que aparentemente é importante, mas que perde valor diante do ‘amor de Deus’, e todos temos um, ou mais de um jarro:
“Eu pergunto a vocês e também a mim: ‘Qual é o teu jarro interior, aquele que te pesa, aquele que te afasta de Deus? Deixemo-lo um pouco de lado e com o coração escutemos a voz de Jesus que nos oferece uma outra água, uma outra água que nos aproxima do Senhor”.
“Somos chamados a redescobrir a importância e o sentido de nossa vida cristã, iniciada no Batismo – disse o Papa - e, como a Samaritana, testemunhar aos nossos irmãos a alegria do encontro com Jesus e as maravilhas que o seu amor realiza na nossa existência”. Mas testemunhar o que?:
“Testemunhar a alegria do encontro com Jesus, pois cada encontro com Jesus muda a nossa vida, e também cada encontro com Jesus nos enche de alegria, aquela alegria que vem de dentro. Contar quantas coisas maravilhosas sabe fazer o Senhor no nosso coração, quando nós temos a coragem de deixar de lado o nosso jarro”.
Após a reflexão e a oração do Angelus, o Papa Francisco dirigiu sua saudação aos fiéis de diversas proveniências reunidos na Praça São Pedro e adjacências. Em particular, ao recordar o Dia Mundial da Tuberculose celebrado amanhã segunda-feira, pediu orações por todas as pessoas atingidas pela doença e por todos que de alguma maneira se ocupam delas”. (JE)
(Fonte: 'news.va' com edição)
Vídeo da ocasião em italiano
Vítima de abuso sexual integra comissão de proteção de crianças criada pelo Papa
Uma antiga vítima de abuso
sexual por um padre vai integrar a nova comissão criada para a proteção de
crianças em instituições da Igreja Católica, anunciou hoje o Vaticano.
Numa comunicação, o papa Francisco revelou os
primeiros oito nomes das pessoas que se vão sentar na comissão, que foi
anunciada a 5 de dezembro.
Entre eles consta o de Marie Collins, uma irlandesa
vítima de abusos que tem sido uma porta-voz na defesa dos direitos das vítimas.
Constam também da lista o arcebispo de Boston, Sean Patrick
O'Malley, que tem defendido as vítimas norte-americanas, e os psiquiatras
Catherine Bonnet, de França, e Sheila Hollins, de Inglaterra.
A antiga primeira-ministra polaca Hanna Suchocka, o
advogado italiano Claudio Papale, o teólogo jesuíta argentino Miguel Yanez e o
jesuíta alemão Hans Zollner são os restantes membros revelados.
O principal objetivo destas oito pessoas é preparar os
estatutos da comissão e definir as suas competências e funções, indicou o
comunicado do papa Francisco.
Mais membros de outros países serão nomeados mais
tarde para a comissão.
Milhares de crianças foram abusadas sexualmente por
padres em vários países, particularmente na Irlanda e nos Estados Unidos,
principalmente, entre 1960 e 1990.
Este escândalo degradou fortemente a imagem da Igreja
no mundo.
Um relatório das Nações Unidas (N. 'Spe Deus': fortemente contestado pela Santa Sé por não reconhecer todos os esforços efetivos já realizados pela Igreja), divulgado no início de
fevereiro, acusou o Vaticano de não ter denunciado os casos à justiça e de ter
mantido em segredo as investigações eclesiásticas.
Bom Domingo do Senhor!
Sejamos sempre verazes com o
Senhor e com aqueles que atuam in persona
Christi imitando a cananeia, que nos fala o Evangelho de hoje (Jo
3, 14-21), que quando confrontada sobre a sua situação conjugal foi autêntica e
disse ao Senhor que não tinha marido.
Que o
Senhor nos conceda o dom da autenticidade hoje e sempre!
CASA CHEIA
Um dia depois de o Prof. Eduardo Vera-Cruz Pinto ter publicado um notável artigo em prol da liberdade universitária, o anfiteatro principal da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa foi escasso para acolher os participantes numa sessão sobre a co-adopção, em que tive a honra de participar. Previamente decorrera, na mesma sede, um outro encontro dedicado a esta questão, promovido pelos defensores da proposta recentemente inviabilizada pela Assembleia da Repú...blica. Fazendo jus à tradição de liberdade e pluralismo que é apanágio do verdadeiro ensino universitário, convinha, por isso, que se favorecesse o contraditório, num acto público em que todos pudessem livremente exprimir a sua opinião. Foi o que aconteceu.
Coube ao director da faculdade, Prof. Jorge Duarte Pinheiro, dar início aos trabalhos. Foi com especial atenção que os assistentes, que excediam a capacidade do auditório, ouviram o Prof. Menezes Cordeiro afirmar que, se nalgum caso se justificaria ser ‘fundamentalista’, seria precisamente na defesa intransigente do direito à vida. Não foi menos brilhante a exposição do Prof. Paulo Otero, que provou, por A mais B, que a proposta chumbada violava o princípio constitucional da igualdade, introduzindo um privilégio para as pessoas unidas a outras do mesmo sexo. Por último, o Dr. Abel Matos Santos, com vasta experiência no âmbito da psicologia clínica, elucidou os assistentes sobre os estudos científicos relativos a crianças em casais tradicionais ou em uniões de pessoas do mesmo sexo.
Uma palavra de apreço para a participação activa, crítica mas sempre respeitosa, de todos os que, a favor ou contra a co-adopção, intervieram no debate. Estão de parabéns os organizadores, mas também a Faculdade de Direito de Lisboa, que mais uma vez provou ser, como escreveu o Prof. Vera-Cruz, um “lugar de ciência e de cultura, onde o saber é partilhado e utilizado em prol das decisões mais adequadas”.
Gonçalo Portocarrero de Almada
jornal i - 22 março 2014
«Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacob?»
São Tiago de Sarug (c. 449-521), monge e bispo sírio
Homilia sobre Nosso Senhor e Jacob, sobre a Igreja e Raquel
A vista da beleza de Raquel tornou Jacob, de certo modo, mais forte: ele conseguiu levantar a enorme pedra de cima do poço e, assim, dar de beber ao rebanho (Gn 29, 10). [...] Em Raquel, com quem casou, viu o símbolo da Igreja. Foi por isso que, ao beijá-la, teve de chorar e de sofrer (v. 11), a fim de prefigurar, pelo seu casamento, os sofrimentos do Filho. [...] Quão mais belas são as núpcias do Esposo real do que as dos Seus embaixadores! Jacob chorou por Raquel, ao desposá-la; Nosso Senhor cobriu a Igreja com o Seu sangue, ao salvá-la. As lágrimas são o símbolo do sangue, porque não é sem dor que elas jorram dos olhos. O choro do justo Jacob é o símbolo do grande sofrimento do Filho, pelo qual a Igreja das nações foi salva.
Vem, contempla o nosso Mestre: Ele veio do Seu Pai para o mundo, aniquilou-Se para fazer o Seu caminho na humildade (Fil 2, 7). [...] Ele viu as nações como rebanhos sedentos e a fonte da vida fechada pelo pecado, como que por uma pedra. Ele viu a Igreja semelhante a Raquel, então avançou e derrubou o pecado, que era pesado como uma rocha. Ele abriu o baptistério para a sua Esposa, para que ela se banhasse nele; e foi aí buscar água para dar de beber às nações da terra, como aos Seus rebanhos. Com toda a Sua omnipotência, levantou o pesado fardo dos pecados; pôs a descoberto a fonte de água doce para o mundo inteiro. [...]
Sim, pela Igreja, Nosso Senhor deu-Se a grandes trabalhos. Por amor, o Filho de Deus vendeu os Seus sofrimentos para poder desposar, à custa das Suas chagas, a Igreja abandonada. Por ela, que adorava os ídolos, sofreu sobre a cruz. Por ela, quis entregar-Se, para que ela fosse para Ele completamente imaculada (Ef 5, 25-27). Ele consentiu em levar às pastagens o rebanho inteiro dos homens, com o grande cajado da cruz; Ele não rejeitou o sofrimento. Ele aceitou conduzir raças, nações, tribos, multidões e povos, para poder reaver a Igreja, sua única Esposa (Ct 6, 9).
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