Bento XVI, que regressou segunda-feira passada de Bressanone, no norte de Itália, onde passou duas semanas de repouso,começou por agradecer uma vez mais a todos os que ali o acolheram e contribuíram para que aquelas de montanha fossem “dias de serena distensão” em que – disse – nunca deixou de recomendar ao Senhor quantos se confiam às suas orações. “E tantíssimos são” – referiu o Papa – os que lhe escrevem expondo tantas diversas situações de vida, alegrias e projectos, mas também e sobretudo preocupações e problemas, familiares e de trabalho, com as próprias expectativas e esperanças, juntamente com as “angústias ligadas às incertezas que a humanidade está vivendo neste momento”.
Na sua catequese em italiano o Papa, ilustrando precisamente a força da oração, como reserva de esperança e de serenidade, apontou o exemplo de dois santos que a liturgia recorda nestes dias: a alemã Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) e o polaco Maximiliano Kolbe, ambos vítimas da violência nazi no campo de concentração de Auschwitz, que caminharam conscientemente para a morte, rezando e oferecendo a própria vida, num exemplo heróico de fé e de esperança.
Aparentemente – observou o Papa – as suas existências poderiam ser consideradas uma derrota, mas é precisamente no seu martírio que resplandece o amor que vence as trevas do egoísmo e do ódio”.
Nas saudações em diferentes línguas aos grupos presentes, não faltou uma saudação em português, com uma referência expressa a peregrinos de Lisboa, da Universidade Católica...Desejo saudar, cordialmente o grupo da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, e a tripulação do Navio-Escola «Brasil» da Marinha brasileira, aos quais faço votos de que levem deste encontro a lembrança que a vossa vida tem como objetivo servir, com caridade cristã, os cidadãos da vossa Pátria, pelas rotas da paz, da solidariedade e da fraternidade!Com estes votos, de todo coração abençoo a vós e às vossas famílias, bem como a todos os peregrinos de língua portuguesa aqui presentes.
(Fonte: Radio Vaticana)