Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 3 de junho de 2017

Ao Espírito Santo

Vinde, Espírito Divino,
Celeste Consolador,
E realizai nas almas
As obras do vosso amor.

Vinde, Espírito Divino,
Com o dom da Sapiência,
Ensinar a distinguir
A verdade da aparência.

Vinde, Espírito Divino,
Com o dom da Fortaleza,
Fazer crescer nossa fé
Com invencível firmeza.

Vinde, Espírito Divino,
Vinde ao nosso coração,
A mostrar-nos o caminho
Que conduz à salvação.

Dai certeza aos nossos passos,
Luz aos nossos pensamentos,
Para que sejam conformes
Com os vossos mandamentos.

Para que todos unidos
No fogo da caridade
Sejamos irmãos, agora
E por toda a eternidade.

(Breviário)

O Evangelho do Domingo de Pentecostes dia 4 de junho de 2017

Chegada a tarde daquele mesmo dia, que era o primeiro da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam juntos, por medo dos judeus, foi Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se muito ao ver o Senhor. Ele disse-lhes novamente: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também vos envio a vós». Tendo dito esta palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».

Jo 20, 19-23

São Josemaría Escrivá nesta data em 1974

Anima os que convivem com ele em Roma, a viverem as coisas pequenas de cada dia: “… o sorriso constante, que tantas vezes custa, e custa muito, servindo o Senhor com alegria e servindo, também com alegria, os demais, por Ele. É o ramo de flores que apanha o pequenino que corre, vai e volta: enquanto os outros andaram só meio quilómetro o menino percorreu vários quilómetros, e os outros nem sequer se deram conta. Empenhai-vos, ainda que chegueis a ocupar um alto cargo na vida, em fazer-vos muito pequenos diante de Deus e servidores de todas as almas”.

Fugir da realidade

Alguém me dizia, recentemente, que os livros mais “consumidos” pela juventude hodierna são aqueles que ajudam a fugir da realidade. Em concreto, os livros cujo público-alvo são as adolescentes possuem uma receita que não falha: transportá-las para mundos imaginários que as ajudem a “emitir” frequentes suspiros cor-de-rosa. E finalizava essa pessoa dizendo: «Basta ajudá-las a refugiarem-se na sua imaginação e elas sentem-se felizes. E, mais importante ainda, recomendam o livro às amigas».

É necessário reconhecer, em abono da verdade, que cada um de nós necessita da sua imaginação para viver de um modo humano. Se não fosse assim, Deus não no-la teria dado. Sem imaginação, não haveria projectos na nossa vida. E, sem projectos, a vida tornar-se-ia maçuda, monótona e insonsa. Sem imaginação, faltar-nos-ia criatividade. E, sem criatividade, seria deveras difícil encarar o nosso trabalho quotidiano com um salutar entusiasmo.

A imaginação ajuda-nos a expandir o nosso mundo interior e a transcendê-lo. Torna-nos maiores do que aquilo que somos. E é por isso que temos a sensação de que ela nos dá vida e nos anima a viver. Dá-nos asas, faz-nos voar ― e liberta-nos da excessiva monotonia do dia-a-dia.

No entanto, a imaginação descontrolada converte-se num mecanismo de evasão. Soltar a imaginação sem nenhum tipo de controlo é uma autêntica droga. É verdade que proporciona uma alegria e um alívio passageiros, mas também é verdade que acaba por submergir as pessoas numa triste dependência, como é próprio dos estupefacientes.

Evadir-se em sonhos proporciona um certo bálsamo de refrigério interior. Mergulhar num mundo imaginário ― em que somos sempre heróis, sem defeitos nem limitações ― é fácil, entusiasmante e acessível a qualquer um. Faz-nos sentir uma completa “liberdade”: ninguém, excepto nós próprios, consegue pôr obstáculos à nossa imaginação.

Mas, não nos enganemos, é uma liberdade fictícia. Só existe numa vida que não é real ― falsa por definição! Fugir da realidade não nos pode proporcionar a verdadeira felicidade. Pode ser ― como o canto de uma sereia ― entusiasmante, deslumbrante e sedutor. Basta pensar no êxito da “second life” no mundo informático. No entanto, bem vistas as coisas, nunca é libertador. Porque procede de uma vida falsificada. E a liberdade e a felicidade só são possíveis na realidade. Nunca na mentira, nem no imaginário que afasta da realidade.

Fugir da realidade também não é libertador porque na vida imaginária não há esforço. E, sem esforço, as pessoas tornam-se passivas e inactivas ― escravas de uma vontade adormecida. Essa fuga da realidade não dá a paz que tanto se procura. A paz autêntica também é fruto do esforço por pôr ordem na nossa imaginação e não nos deixarmos enganar ou anestesiar por ela.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

COMPARAR PAPAS?

Por vezes alguns textos ou intervenções sobre o Papa Francisco, parecem sub-repticiamente e às vezes até declaradamente, querer fazer comparações com outros Papas, sobretudo os seus antecessores mais directos.

Passe a desproporção da comparação, faz-me lembrar um pouco o “endeusamento” da Mãe do Céu, face ao seu Filho Jesus Cristo, ao próprio Deus, que alguns "praticam".

Parece-me sempre ouvir, (no coração, claro), a Virgem Maria, protestando, indignando-se, com tal modo de a venerar, pois Ela em tudo apenas quer apontar sempre para Cristo.

Confusa a comparação com as duas situações?

Talvez, mas onde quero chegar é que se alguém perguntasse ao Papa Francisco se tudo o que ele faz e diz é para ser “melhor” ou até para “criticar” os seus antecessores, tenho a certeza, a absoluta convicção, de que a sua indignação seria total, e ele diria sem margem para dúvidas que é apenas e só um continuador, no tempo, (outro tempo), e no espaço, (outro espaço), de tudo o que os «Pedros» ao longo do tempo foram fazendo na e em Igreja, iluminados pelo Espírito Santo.

Que coisa tão comezinha nos atinge na nossa humanidade, o querer comparar o que não é comparável, o querer colocar em confronto pessoas que afinal apenas têm e vivem o mesmo extraordinário objectivo: Ser de Cristo, para com Cristo, em Cristo e para Cristo, “mandatados” por Cristo, iluminados pelo Espírito Santo, cheios do infinito amor do Pai, serem Igreja de Cristo.

Todo o seu objectivo e toda a sua acção é continuar, é unir, é comungar, é ser realmente Igreja, e toda e qualquer interpretação que se queira dar das suas palavras, das suas acções, agora e anteriormente, que queira fazer comparações com o antes e o agora, que seja vista como crítica ou posição contrária ao “antes”, que divida, enfim, em vez de unir, é realmente uma “ofensa” à sua entrega em Igreja a Deus.

Procuremos antes ouvir, aprender, reflectir, discernir e seguir o que Francisco nos diz, porque mesmo sendo ele a dizê-lo, é sempre Pedro, Paulo, João Paulo, Bento e todos os outros Sucessores de Pedro que o dizem, para glória de Deus e salvação dos homens.

Marinha Grande, 2 de Junho de 2016

Joaquim Mexia Alves

O Evangelho do dia 3 de junho de 2017

Ide, e anunciai que está próximo o Reino dos Céus. «Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, lançai fora os demónios. Dai de graça o que de graça recebestes. Não leveis nos vossos cintos nem ouro, nem prata, nem dinheiro, nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão; porque o operário tem direito ao seu alimento. «Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, informai-vos de quem há nela digno de vos receber, e ficai aí até que vos retireis. Ao entrardes na casa, saudai-a, dizendo: “A paz seja nesta casa”. Se aquela casa for digna, descerá sobre ela a vossa paz; se não for digna, a vossa paz tornará para vós.

Mt 10, 7-13