Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Amar a Cristo...

Querido Jesus Cristo, frequentemente a impaciência invade-nos, seja para conTigo, imagine-se o desplante, porque não nos chamas, seja com o próximo porque diverge em opinião de nós ou porque têm tempos de actuação diferentes de nós. Esta nossa impaciência, sobretudo conTigo, é um enorme e condenável acto de soberba em que somos recorrentes.

Querido Bom Pastor, de coração contrito rogamos-Te que nos faças mansos e humildes para assim podermos andar no Teu rebanho cheios de amor e fé.

Jesus Cristo ouvi-nos, Jesus Cristo atendei-nos!

JPR

4 Maio 15h00 - Colares - Desafios actuais à Família


ATENÇÃO À DATA! - Braga - "Educar: Haverá uma receita milagrosa?" 11 Maio às 15h00


Confiar a Igreja ao Senhor é uma oração que a faz crescer

“Quando a Igreja se torna mundana, torna-se fraca.” Em síntese, foi o que disse o Papa Francisco na homilia pronunciada esta manhã durante a Missa celebrada na Capela da Casa Marta, na presença de alguns funcionários da Administração do Património da Sé Apostólica.

O Papa destacou o ato de entrega da Igreja ao Senhor, exortando todos à oração.

“Nós rezamos pela Igreja, mas por toda a Igreja? Pelos nossos irmãos que não conhecemos em todo o mundo? É a Igreja do Senhor e nós, na nossa oração, dizemos ao Senhor: Senhor, protege a tua Igreja... Ela é Tua. A Tua Igreja são os nossos irmãos. Esta é uma oração que nós devemos fazer do coração, cada vez mais".

É fácil rezar para pedir uma graça ao Senhor, para agradecer-Lhe ou quando precisamos de algo, disse o Papa. Todavia, é fundamental rezar por todos:

"Confiar a Igreja ao Senhor é uma oração que a faz crescer. É também um ato de fé. Nós não temos poder, somos pobres servidores – todos – da Igreja. Ele pode levá-la por diante, protegê-la e fazê-la crescer, defendê-la de quem quer que a Igreja se torne mundana. Este é o maior perigo! Quando a Igreja se torna mundana, quando tem dentro de si o espírito do mundo, quando tem aquela paz que não é a do Senhor, ela é fraca, é uma Igreja que será derrotada e será incapaz de levar o Evangelho, a mensagem da Cruz, o escândalo da Cruz... Não pode levá-lo adiante se é mundana."

Por isso, é importante entregar-se ao Senhor, confiar a Ele a Sua Igreja, os idosos, os doentes, as crianças, os jovens… Confiar a Igreja que passa por tribulações, como as perseguições, por exemplo. Mas há também pequenas tribulações: como as doenças ou os problemas familiares. Devemos entregar tudo isso ao Senhor, para não perder a fé e a esperança.

"Fazer esta oração de entrega pela Igreja – concluiu – nos fará bem e fará bem à Igreja. Dará grande paz a nós e grande paz a Ela, não nos tirará das tribulações, mas nos fará forte nas tribulações."

Rádio Vaticano com adaptação de JPR

Vídeo da ocasião em italiano

Imitação de Cristo, 4 , 17, 1 - Do ardente amor e veemente desejo de receber a Cristo - Voz do discípulo

Com suma devoção e abrasado amor, com todo o afeto e fervor do coração, desejo receber-vos, Senhor, como muitos santos e pessoas devotas o desejaram, os quais vos agradaram principalmente pela santidade de sua vida e pela ardentíssima devoção que os animava. Ó Deus meu, amor eterno, meu único bem, bem-aventurança interminável! Desejo receber-vos com o mais ardente afeto e a mais digna reverência que jamais sentiu ou pôde sentir santo algum!

Ideologia de género

Ultimamente, esta ideologia tornou-se institucional. Aquilo de que tratam os jornais não é sexualidade, mas decretos. O problema não é erótico, é jurídico. Esta terceira confusão vem de deduzir do repúdio da homofobia a exigência de leis que concedam a esses casais uma paridade com as famílias. O erro abandona o campo especulativo e torna-se político.

O Estado não regula amor e paixão. Se assim fosse, teria de criar muitos contratos para além do casamento. O motivo por que instituiu apenas este tem razões político-sociais, não sentimentais. De facto, a família é a célula base da sociedade, e convém que a lei a estatua, regulamentando os direitos básicos. Fora disso há múltiplas formas de amizade e relação que seguem as partes genéricas do Código Civil.

João César das Neves in DN online (excerto do artigo intitulado ‘A insólita inversão’ AQUI)

Comunicar as próprias convicções - II


Ensaio de Ángel Rodríguez Luño – publicação subdividida em V partes

Verdade e liberdade

Em mais de uma ocasião, João Paulo II destacou que o conflito entre verdade e liberdade está presente em boa parte dos problemas que afectam a cultura do nosso tempo (2). A esse mesmo assunto se referiu Bento XVI com o conceito de relativismo (3). Diante das posições relativistas, tem-se a tentação de responder mostrando a sua contradição interna: quem considera que toda a verdade é relativa faz, na realidade, uma afirmação absoluta e, por isso, contradiz-se a si mesmo. Trata-se de uma crítica verdadeira, mas culturalmente pouco eficaz, porque não procura entender os pontos de apoio que sustentam os fundamentos relativistas, nem parece compreender a questão que tentam solucionar.

A partir de uma perspectiva ético-social, as posições relativistas têm o seu ponto de partida baseado no facto de que na sociedade actual existe uma pluralidade de projectos de vida e de concepções do bem, que parece propor uma disjuntiva: ou se renuncia à ideia de julgar os diferentes projectos de vida, ou há que abandonar o ideal ou o modus vivendi caracterizado pela tolerância. Por outras palavras, um modo de vida tolerante requereria admitir que qualquer concepção de vida tem o mesmo valor ou, pelo menos, tem o mesmo direito de existir como qualquer das outras; se isto não se admite, cai-se num fundamentalismo ético e social.

O raciocínio é bastante enganador, mas apresenta-se com aparência de verdade por causa de um facto inegável, que constitui o seu ponto de apoio: ao longo da história e, inclusive, na actualidade, não faltou quem oprimisse violentamente a liberdade das pessoas e dos povos em nome da verdade. Por isso, para que a mensagem evangélica seja rectamente entendida, torna-se necessário evitar qualquer palavra, raciocínio ou atitude que possa fazer pensar que um cristão coerente sacrifica a liberdade em nome da verdade. Se fosse dada esta impressão, ainda que involuntariamente, contribuir-se-ia para consolidar o pressuposto fundamental do relativismo: a ideia de que o amor à verdade e o amor à liberdade são incompatíveis, pelo menos na prática.

A comunicação de convicções cristãs e de conteúdos éticos necessita que seja demonstrada com obras, e não somente com palavras, que entre verdade e liberdade existe uma verdadeira harmonia; isto requer, por um lado, estar profundamente convencido do valor e do significado da liberdade pessoal. Mas, por outro, obriga a distinguir cuidadosamente o terreno ético do terreno político e jurídico. Em primeiro lugar, toda a chamada da autoridade se dirige à liberdade; em segundo lugar, o recurso à coação pode ser legítimo.

2 - Cf. por exemplo: Litt. enc. Redemptor hominis, 4-03-1979, n. 12; Litt. enc. Centesimus annus, 1-05-1991, nn. 4, 17 y 46; Litt. enc. Veritatis splendor, 6-08-1993, nn. 34, 84, 87 y 88; Litt. enc. Fides et ratio, 14-09-1998, n. 90.

3 - Cf. por exemplo: Discurso ao Convênio diocesano promovido pela diocese de Roma sobre o tema “Família e comunidade cristã: formação da pessoa e transmissão da fé”, 7-6-2005; Discurso ao Corpo Diplomático acreditado diante da Santa Sé, 8-01-2007; Discurso a uma Delegação da “Académie des Sciences Morales et Politiques” de Paris, 10-02-2007; Discurso inaugural da V Conferência do Episcopado Latinoamericano, 13-5-2007.

(Fonte: site Opus Dei - Portugal)

Liberdade e providência

O senhor usa muitas vezes a palavra Providência. Que significado tem para o senhor?

Creio firmemente que Deus de facto nos vê e nos deixa a liberdade e que, contudo, também nos conduz. Muitas vezes podemos ver que certas coisas, que a princípio nos pareciam aborrecidas, perigosas, desagradáveis, vêm depois a fazer sentido. De repente, verifica-se que foi bom assim, que foi um caminho certo. Para mim, na prática, isto significa que a minha vida não é composta de acasos, mas que Alguém prevê e anda por assim dizer, na minha frente, antecipa-se aos meus pensamentos e prepara a minha vida.
Posso recusar, mas também posso aceitar, e então percebo que realmente sou conduzido por uma luz "providencial".

No entanto, isto não significa que o homem seja completamente determinado, mas sim que o seu destino é precisamente um desafio à sua liberdade. Como se diz na parábola dos talentos, quem os recebe tem uma tarefa determinada, mas pode executá-la de um modo ou de outro. Em todo o caso, cada um tem a sua missão, o seu dom especial, ninguém é supérfluo, ninguém existe em vão. Cada um tem de procurar perceber qual é a sua vocação, e como responder melhor ao apelo que lhe é feito.

(Cardeal Joseph Ratzinger em ‘O sal da terra’, págs. 35-36)

«Quer vivamos quer morramos, somos do Senhor» (Rom 14,8)

«Ao movimento linear da nossa vida para a morte responde o círculo do amor divino, que se torna para nós uma nova linha, um renovamento perene e progressivo da vida em nós quanto mais a vida se torna, simplesmente, relação entre mim e a verdade feita pessoa – Jesus -. A inevitável linearidade do nosso caminho para a morte é transferida pela linha directa do nosso caminho para Jesus».

(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)

PORQUÊ PEDIR O ESPÍRITO SANTO? de Joaquim Mexia Alves

Porquê pedir o Espírito Santo, hoje e sempre?

Todos nós que somos baptizados recebemos o Espírito Santo pelo Baptismo, (tornámo-nos templos do Espírito Santo), pelo Crisma, e obviamente em cada celebração de um sacramento em que participamos, celebrando, recebemos também e sempre o mesmo Espírito de Deus que constantemente se derrama na/em Igreja.

Porquê então pedi-Lo novamente, todos os dias das nossas vidas?

Em determinado momento da minha vida trabalhei em duas fábricas, uma de tubo de aço e outra de chapa de zinco.
Em ambas as fábricas existia aquilo a que chamávamos tinas de galvanização.
Que me perdoem a explicação os experts na matéria, (e a falta de memória, já lá vão mais de trinta anos), as tinas de galvanização continham zinco em estado líquido, porque eram aquecidas por uma fonte de calor, que mantinha esse zinco nesse estado líquido.
Quando eram utilizadas, aumentava-se a temperatura, para que o zinco ficasse no estado ideal de poder ser utilizado.
Então, os tubos e chapas eram mergulhados nessas tinas, e, revestidos desse zinco líquido eram retirados e colocados a “secar”, digamos assim.
Obviamente, o aspecto desses tubos e chapas melhorava imenso, pois tornavam-se mais brilhantes, reflectindo a luz que neles incidisse, e, mais ainda, protegia-os da corrosão, da ferrugem, dos elementos exteriores que podiam alterar a sua “essência” e a missão para que tinham sido realizados.

Ora nós cristãos, alguns de nós ou muitos de nós, somos um pouco assim como essas tinas de galvanização.

Pelo Baptismo recebemos o Espírito Santo e Ele está em nós, mas está muitas vezes como esse zinco liquido nas tinas de galvanização, “inerte”, não sendo utilizado.
Somos cristãos, temos o Espírito Santo, mas Ele não actua em nós, nada transforma, nada converte, sobretudo porque d’Ele muitas vezes não temos consciência e não a tendo, não O deixamos actuar nas nossas vidas.
Assim somos cristãos cinzentos, sem brilho, e nem reflectimos a luz que nos vem de Deus para sermos testemunhas da Luz.
Mais do que isso, não tomando consciência do Espírito Santo em nós, não O deixando actuar em nós, estamos desprotegidos perante as ameaças do mundo, (as tentações, os vícios, os rancores e ressentimentos, etc.), e por isso mesmo nos deixamos corromper, vivendo em pecado, e ao vivermos em pecado não cumprimos a missão que Ele nos deixou, perdendo-nos no mundo e muitas vezes fazendo perder aqueles que nos rodeiam.
Temos o Espírito Santo em nós, mas ninguém O vê, porque d’Ele não damos testemunho, porque não deixamos que Ele nos converta, nos transforme e nos guie.

Então este pedir o Espírito Santo todos os dias, (dado que já está em nós desde o Baptismo), é afinal pedir que Ele actue em nós, que Ele nos encha por completo, que Ele nos mostre o caminho, que Ele nos ilumine na Palavra, que Ele nos faça ver com os olhos da fé, (meu Senhor e meu Deus!), que Ele nos converta e conduza, que Ele nos santifique, não apenas para nossa salvação, mas também para que sejamos testemunhas da Boa Nova e assim possamos ser “ocasião” para salvação de outros.

Então, para O recebermos, ou melhor, para que Ele seja presença viva nas nossas vidas, precisamos de nos abrir a Ele, porque abrindo-nos a Ele, abrimo-nos ao próprio Deus, e abrir-nos a Deus é abrir-nos ao amor, à conversão, à mudança de vida, é queremos fazer em tudo e sempre a vontade de Deus.

Então, tudo se transforma, porque é Ele que ora em nós, é Ele que lê e medita connosco a Palavra de Deus, é Ele que nos abre o entendimento para que possamos reconhecer Jesus ao “partir do Pão”, é Ele que dando-nos esse reconhecimento nos leva a amar como Ele nos amou, fazendo assim de nós filhos de Deus reunidos e chamados a construir a Igreja.

E, afinal, pedir o Espírito Santo é fazer já a vontade de Deus, porque só Ele sabe o que nós precisamos e o que é melhor para nós.


«Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á.

Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!» Lc 11, 9-13


Vem Espírito Santo,
faz-me dócil às tuas moções, renova-me em cada momento, ora em mim, abre o meu entendimento à Palavra de Deus, faz-me reconhecer Deus nos Sacramentos, na Igreja, em cada irmã e em cada irmão, faz em mim e de mim a tua vontade, para que eu seja nada e Tu, Espírito Santo de Deus, sejas tudo em mim, em cada momento da vida que me dás.
Amen.


Monte Real 29 de Abril de 2013

Joaquim Mexia Alves 

SEM MEDO À ESPERANÇA - P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Daquela vez era mesmo a sério: Colton estava a morrer. Os sorrisos dos médicos tinham-se transformado numa sentença de morte e já nem a amabilidade das enfermeiras, sempre tão solícitas e atenciosas, conseguia disfarçar o drama que Sónia e Todd estavam a viver, enquanto o seu pequeno filho de quatro anos agonizava. Depois de um apertado abraço, que apenas serviu para que ambos se sentissem ao mesmo tempo reconfortados e oprimidos pela mesma dor, pediram orações a todos os seus amigos. Como depois Todd reconheceu, «estava desesperado por orações, desesperado para que outros crentes batessem às portas do Céu e implorassem pela vida do nosso filho».

Depois, como já nada mais havia a fazer, Todd e Sónia sentaram-se e rezaram juntos, «com medo de ter esperança e com medo de a não ter». Como é difícil esperar, quando a voz das nossas súplicas parece impotente ante a realidade! Como é penoso, depois de esgotados, sem êxito, todos os meios humanos, cruzar os braços, olhar o Céu com temor e tremor e esperar, «esperando contra toda a esperança» (Rm 4, 18)!

Na aflição daquela agonia do pequeno Colton, os seus pais tiveram medo de não ter esperança, porque sabiam que o milagre não se poderia produzir senão pela sua fé no poder de Deus e no seu infinito amor. Como cristãos, tinham presente que a intervenção celestial requer uma atitude de confiança por parte do fiel que, de outro modo, não poderia receber a impetrada graça divina. Por isso, rezaram e pediram orações. Baterem às portas do céu com as suas lágrimas e as suas vozes e, ainda, com as lágrimas e as vozes de muitos outros seus amigos, também crentes e, portanto, solidários com a sua dor.

Mas Todd e Sónia tiveram também um outro medo: o medo de ter esperança. Parece estranho este temor, sobretudo se referido como concomitante com o seu contrário, ou seja, o medo de a não ter. Mas é verdade que, muitas vezes, este receio nos acomete, sobretudo em momentos de grande aflição. É como que uma voz que se insinua na nossa mente e no nosso coração e nos convida a sermos razoáveis, a não pedirmos o impossível, a não desejarmos o que está para além do poder humano. É a força de um argumento cheio de razão, mas também a voz de uma vontade que não se quer ver ferida pela desilusão de uma expectativa defraudada. Para quê desejar o infinito, se outra é a nossa condição? Não será cruel acreditar num sonho que, inexoravelmente, se desfará quando se tiver que acordar para a realidade? De que serve essa piedosa alienação, se a realidade dos factos se impõe por si mesma, com toda a sua crueza? Não será, afinal, mais sensato, não levantar esses castelos no ar e resignar-se ante a dor e a morte, em vez de esperar?!

Os apóstolos sentiram este medo de ter esperança quando lhes chegou a boa nova da ressurreição de Cristo. Não quiseram acreditar, porque temeram que, se não fosse verdadeira a tão auspiciosa notícia, mais terrível seria o seu já imenso sofrimento. Não se quiseram agarrar a uma ilusão que, talvez por uns momentos, os pudesse reconfortar, mas que depois os deixaria irremediavelmente ainda mais prostrados e abatidos.

Há, decerto, esperanças a não alimentar, porque carecem de fundamento sobrenatural. Cristo a ninguém prometeu a riqueza, o poder, a saúde, o bem-estar ou uma vida longa e prazenteira. Por isso, quem o desejar, para si ou para os outros, não o pode fazer em nome da sua fé cristã. Mas há uma esperança de que não há que ter medo, uma esperança que não engana: a certeza que nasce da ressurreição de Jesus, que não foi apenas percepcionada ou intuída pelos seus discípulos, mas por eles comprovada, vista pelos seus incrédulos olhos e tocada pelas suas mãos tementes e trementes.

Colton não só não morreu, como parece ter sido protagonista de uma revelação surpreendente, embora o seu conteúdo nada tenha de extraordinário para quem crê. Quando acordou do coma, aquele menino norte-americano de quatro anos sorriu e disse que tinha visto o Céu, onde Cristo vive (Todd Burpo e Lynn Vincent, O Céu existe mesmo, A história real do menino que esteve no Céu e trouxe de lá uma mensagem, 7ª edição, Ed. Lua de Papel, 2011).

Outros ajuizarão acerca do valor dessa singular experiência, mas a sua conclusão não poderia ser mais certeira, porque, de facto, Cristo vive e nós vivemos no seu amor. «Porque eu estou certo que nem a morte, nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem as coisas presentes, nem as futuras, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem nenhuma outra criatura nos poderá separar do amor que Deus nos manifestou em Cristo Jesus, Senhor nosso» (Rm 8, 38-39).

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

«Deixo-vos a paz; dou-vos a Minha paz»

São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho 

Carta, AdFP, 549

O Espírito de Deus é espírito de paz; mesmo quando cometemos os mais graves pecados, Ele faz-nos sentir uma dor tranquila, humilde e confiante, devido, precisamente, à Sua misericórdia. Ao invés, o espírito do mal excita, exaspera e faz-nos sentir, quando pecamos, uma espécie de cólera contra nós; e no entanto o nosso primeiro gesto de caridade deveria justamente ser para com nós próprios. Portanto, quando és atormentado por certos pensamentos, tal agitação não te vem nunca de Deus, mas do demónio; porque Deus, sendo espírito de paz, só pode dar-te serenidade.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

A Tua Paz!

A Tua Paz! Se os homens procurassem, de veras, a Tua Paz e não uma outra qualquer engendrada em plenários, consignada em tratados, apregoada como uma ''vitória'' porque, de facto, nas coisas humanas, só o vencedor tem condições para ''impor'' a paz, se assim fora, a Tua Paz viria sobre o mundo e nunca mais seriam necessários vencedores de coisa nenhuma.

(AMA, Meditação sobre Jo 14, 27-31, 2010.05.04)

O Evangelho do dia 30 de abril de 2013

«Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe o vosso coração, nem se assuste. Ouvistes que Eu vos disse: Vou e voltarei a vós. Se vós Me amásseis, certamente vos alegraríeis de Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Eu vo-lo disse agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis. Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe deste mundo. Ele não pode nada contra Mim, mas é preciso que o mundo conheça que amo o Pai e que faço como Ele Me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.

Jo 14, 27-31