Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Papa mantém a nacionalidade argentina e renovou o BI e o passaporte como tal (vídeo em espanhol)

Quanto pode custar ao país uma geração de filhos únicos?

(Fonte: 'Público' AQUI

Portugal bateu um novo recorde negativo em termos de natalidade. Em 2013 nasceram 82.538 crianças, menos 7303 do que no ano anterior, segundo os números do Instituto Nacional Doutor Ricardo Jorge. Em 2012 o país já tinha registado um saldo natural negativo sem precedentes, com menos 17.757 nascimentos do que mortes. Quanto aos óbitos de 2013, o Instituto Nacional de Estatística (INE) ainda não disponibilizou números totais, mas, entre Janeiro e Outubro do ano passado, os números evidenciavam já um saldo natural negativo de 18.232 pessoas. São dados que traduzem uma realidade que já não faz manchetes: os portugueses têm menos filhos, o país deixou de garantir a substituição das gerações, a população envelhece a olhos vistos. Por detrás deles, emerge, porém, uma outra realidade que começa a preocupar pediatras e psicólogos: a superprotecção das crianças, sobretudo dos filhos únicos, e a sua consequente impreparação para o mundo real quando chegam a adultos.

“Quando estes miúdos chegam ao mercado de trabalho (…) exigem tarefas bem definidas e um constante feedback (…). E é muito difícil dar-lhes um feedback negativo sem esmagar os seus egos”, lamenta-se o empresário e escritor norte-americano Bruce Tulgan, autor do livro Not Everyone Gets a Trophy, citado num artigo da revista norte-americana The Atlantic.
Na publicação, não faltam patrões a denunciar as dificuldades em empregar jovens com pouco mais de 20 anos de idade: “Eles precisam que tudo seja soletrado e exigem ser carregados ao colo”, aponta um. Será, conclui-se no artigo, o resultado de terem crescido sempre com alguém — os pais, mas também professores — a monitorizar todos os aspectos da sua vida e de terem crescido como pequenos príncipes.
Se em Portugal o fenómeno ainda não é tão visível é porque o país chegou mais tarde ao problema demográfico. Afinal, como recorda o historiador Manuel Loff, “os anos de 1975 a 1976 foram os de maior nupcialidade, se não de toda a história do século XX pelo menos desde o final da II Guerra Mundial, e essa nupcialidade gerou a mais alta natalidade também”.
Em 1976, por exemplo, nasceram 186.712 crianças. Aqui, “além do impulso optimista típico dos períodos de libertação”, concorreram factores como o regresso dos 250 mil soldados que estavam nas trincheiras africanas e dos cerca de 200 mil emigrantes que tinham partido para a Europa, além dos quase meio milhão de retornados.
Mas os efeitos da quebra de natalidade que se seguiu (“não só por causa da crise económica, que tem no segundo resgate do FMI os piores anos, mas também porque as mulheres começaram entretanto a aceder a meios de contracepção e a poder programar autonomamente a sua vida”, como recorda ainda Loff) começam já a ecoar nos consultórios portugueses.
“Posso, quero e mando”
“Nas famílias, o facto de se ter só um filho pode levar a uma concentração das expectativas nessa criança, passando a ser, não apenas o alvo de todas as atenções, como aquela que terá de ser tudo aquilo que os pais foram, desejavam ser ou querem que ela seja. Por outro lado, também há uma concentração dos bens materiais, o que pode levar a estimular, na criança, a parte narcísica e omnipotente do ‘posso, quero e mando’ ou do ‘quero tudo, já, porque eu sou eu e tenho direito a tudo’, que mais tarde causará graves problemas, não só à pessoa em causa mas aos que a rodearem”, alerta o pediatra Mário Cordeiro.

O especialista ressalva, porém, que “é possível ser-se filho único e não se ser ‘estragado’, pretensioso, arrogante, narcísico e omnipotente”. Tudo depende “do modelo educativo e dos exemplos parentais e das figuras de referência”.
O problema incide assim na pressão que se criou em torno da parentalidade e do lugar da criança na família. “Assistimos a uma idealização da criança que não existia no passado, em que os filhos vinham como vinham e eram quem eram. Hoje, estamos muito menos expostos à infância, ou seja, vive-se com muito menos crianças à volta. E as que existem vivem em quotidianos de quase Big Brother, sempre debaixo do olhar de adultos quase escolhidos a dedo e quase sem espaço para uma brincadeira que não seja formatada pelos adultos e controlada pelos adultos”, observa Vanessa Cunha, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Ora, se se recusa às crianças a possibilidade de “aprender caindo, é natural que se caminhe para uma geração de adultos com dificuldade em gerir adversidades”.
Pressão sobre os pais
Nada que surpreenda numa sociedade em que as famílias são cada vez mais verticais. “Há muitos adultos, pais, tios e avós, para poucas crianças”, descreve Vanessa Cunha. Dos 89.841 bebés nascidos em 2012, 48.766 eram primeiros filhos. E se, de entre os bebés nascidos nesse mesmo ano, os segundos filhos ainda eram significativos (30.499), os terceiros filhos caíam drasticamente para os 7730.

Pior: “Não apenas ao nível das famílias há poucas crianças, como estas têm poucos primos – os pais também já pertencem a uma geração de poucos irmãos —, há poucas crianças nos prédios e a vida faz-se menos em ‘espírito de aldeia’, comunitário, mas muito fechado entre quatro paredes, seja de casa, do automóvel ou dos próprios infantários e escolas”, acrescenta Mário Cordeiro.
Quanto às razões para os casais recearem o salto para o segundo filho, todos de acordo. “Questões financeiras e de conciliação do trabalho com a vida familiar adiam ou levam mesmo à recusa da transição para o segundo filho”, aponta Vanessa Cunha. Àquelas somam-se motivos latentes. “A parentalidade de per si passou a ser um problema e a estar debaixo de uma forte normatividade. Antigamente, ser pai ou ser mãe era algo que se aprendia com a geração anterior e as pessoas não viviam angustiadas porque tinham dado uma palmada ao filho. Hoje, há informação, pediatras, revistas da especialidade, psicólogos e toda uma camada de profissionais ligados à infância que estão sempre a colocar condições e exigências que levam as pessoas a sentirem que ser bom pai ou boa mãe é uma missão quase impossível”, defende a socióloga. E se ao segundo filho “as pessoas começam a relativizar tudo isso, porque percebem que face aos mesmos inputs saem filhos diferentes, quando não se passa do primeiro estas coisas continuam muito empoladas”.
Tome-se como exemplo o crónico problema da falta de tempo dos pais. “É algo que na verdade sempre existiu. Dantes, as mães não se sentavam a fazer desenhos ou pinturas com os filhos e hoje fazem-no. A diferença é que agora nas entrevistas surgem pessoas que não querem ser pais, ou não querem partir para o segundo filho, porque não se sentem capazes de o fazer nem se sentem preparadas para a grande dose de sacrifício pessoal que sentem que têm que fazer em prol da criança.”
Superprotecção
Raciocínios deste tipo seriam impensáveis sem as transformações ocorridas na sociedade portuguesa nas últimas décadas. Manuel Loff recua até aos seus tempos de estudante: “Acabei a 4.ª classe em 1974, numa escola masculina de bairro camarário, onde era normal, quando vinha a Primavera, um terço dos meus colegas faltarem porque iam trabalhar para as obras.”

E mesmo nos anos 80 a concepção da identidade das crianças e do seu papel social ainda incluía o seu dever de contribuir para o orçamento familiar — por exemplo, em regiões como o Minho, onde o trabalho infantil era proporcionalmente inverso à taxa de escolarização. “O aumento global da escolaridade, a melhoria das condições de planeamento familiar e uma perspectiva muito diferente do papel da mulher só depois se conjugaram para permitir que triunfasse o conceito romântico de família, típico do século XIX, e que implica um grande investimento na educação dos filhos como representação dos sonhos e aspirações dos pais, com estes a serem capazes de proteger o bem-estar dos filhos mesmo que isso implique sacrificarem o seu próprio bem-estar, até chegarmos a este extremo de superprotecção das crianças e dos adolescentes, num mundo em que a competição é cada vez mais dura.”

Sem querer assumir-se como “profeta da desgraça”, Mário Cordeiro lembra que o preço a pagar pode ser mais elevado do que se pensa. “Temos a obrigação de exigir políticas concertadas, maior atenção à infância e uma perspectiva desta, não apenas na actualidade e no presente, mas projectando-a no futuro. Foi o que fizeram os países mais evoluídos, como os nórdicos, na sequência da II Grande Guerra e da fragmentação do tecido social que esta causou.”

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Toda a vez que nós vivemos o sacramento da reconciliação, cantamos um hino à paciência de Deus!

A paciência do povo de Deus foi o tema da homilia do Papa Francisco, na missa presidida esta manhã na Casa Santa Marta.

“A paciência não é resignação, é outra coisa”: disse o Pontífice, comentando a Carta de S. Tiago onde diz: “Tende por motivo de grande alegria o serdes submetidos a múltiplas provações”.

“Parece um convite a ser um faquir, mas não é assim”, observou Francisco. A paciência, saber suportar as provações, “as coisas que não queremos”, faz “amadurecer a nossa vida”. Quem não tem paciência quer tudo imediatamente, rápido. Quem não conhece a sabedoria da paciência é um pessoa manhosa, como as crianças que fazem manhas” e nada vai bem. “A pessoa que não tem paciência é uma pessoa que não cresce, que permanece nos caprichos de criança, que não sabe lidar com a vida: ou isso ou nada. Esta é uma das tentações: se tornar manhoso”. “Outra tentação dos que não têm paciência – afirmou o Papa – é a omnipotência de querer uma coisa já, como acontece aos fariseus que pedem a Jesus um sinal do céu: “Eles queriam um espetáculo, um milagre”:
Confundem o modo de agir de Deus com o modo de agir de um bruxo. E Deus não age como um bruxo, mas com o seu modo de ir avante. A paciência de Deus. Ele também tem paciência. Toda a vez que nós vivemos o sacramento da reconciliação, cantamos um hino à paciência de Deus! Mas com quanta paciência o Senhor nos carrega sobre seus ombros! A vida cristã deve desenrolar-se nesta música da paciência, porque foi justamente a música dos nossos pais, do povo de Deus, dos que acreditaram na Palavra Dele, que seguiram o mandamento que o Senhor deu ao nosso pai Abraão: ‘caminha na minha presença e sê irrepreensível’.

O povo de Deus – afirmou ainda o Francisco citando a Carta aos Hebreus – “sofreu muito, foram perseguidos, mortos”, mas teve “a alegria de saudar de longe as promessas” de Deus. “Esta é a paciência” que “nós devemos ter nas provações: a paciência de uma pessoa adulta, a paciência de Deus” que nos carrega sobre seus ombros. E esta – prosseguiu – é “a paciência do nosso povo”:
Como o nosso povo é paciente! Ainda hoje! Quando vamos às paróquias e encontramos as pessoas que sofrem, que têm problemas, que têm um filho com deficiência ou têm uma doença, mas levam avante a vida com paciência. Não pedem sinais, como esses do Evangelho, que queriam um sinal. Não, não pedem, mas sabem ler os sinais dos tempos: sabem que quando o figo germina, chega a primavera; sabem distinguir isso. Ao invés, esses impacientes do Evangelho de hoje, que queriam um sinal, não sabiam ler os sinais dos tempos, e por isso não reconheceram Jesus.

O Papa concluiu sua homilia louvando as “pessoas do nosso povo, gente que sofre, que sofre tantas coisas, mas não perde o sorriso da fé, que tem a alegria da fé”:
E essa gente, o nosso povo, nas nossas paróquias, nas nossas instituições, é quem leva avante a Igreja, com a sua santidade, de todos os dias, de cada dia. ‘Irmãos, tende por motivo de grande alegria o serdes submetidos a múltiplas provações, pois sabeis que a vossa fé, bem provada, leva à perseverança; mas é preciso que a perseverança produza uma obra perfeita, a fim de serdes perfeitos e íntegros sem nenhuma deficiência’ (Tg 1, 2-4). Que o Senhor nos dê a todos nós a paciência, a paciência alegre, a paciência do trabalho, da paz, nos dê a paciência de Deus, aquela que Ele tem, e nos dê a paciência do nosso povo fiel, que é tão exemplar”.

(Fonte: ´news.va')

D. Gerhard Müller: Onde é que a Igreja irá buscar a resposta ao problema dos católicos divorciados e recasados? (agradecimento 'É o Carteiro!')

Pergunta a vermelho: responsabilidade de "É o Carteiro!"


'A influência dos outros no nosso modo de pensar' pelo Pe. Rodrigo Lynce de Faria

«Aprender uns valores morais? Para quê? Não quero que me imponham o que acham que está bem ou mal. Não desejo ser dominado nem manipulado por ninguém. Na minha opinião, cada um de nós deve escolher livremente os seus próprios valores. Não aceito as pessoas que se armam em sabichões e que tentam impor aos outros o seu modo de ver a vida. Prezo muito a minha independência para me deixar influenciar por quem quer que seja».

São palavras de um jovem dos nossos dias. Manifestam uma mentalidade muito difundida na cultura actual: pensar que qualquer influência dos outros no nosso modo de pensar debilita a nossa personalidade. Por isso, entre outros motivos, a formação moral é vista com receio. Parece um modo de nos roubarem a liberdade e a independência. Ora, esta mentalidade é profundamente simplista e superficial ― e é muito pouco séria.

Toda a nossa existência está influenciada directamente por aqueles com quem convivemos. Basta considerar o nosso crescimento desde que nascemos. Viemos ao mundo como o mais dependente dos seres vivos. Éramos incapazes de quase tudo durante vários anos ― e não sabíamos nada. Tivemos que aprender todas as coisas, começando pelas mais simples. Fomos influenciados directamente por aqueles que estavam ao nosso lado.

O nosso desenvolvimento corporal não se teria efectuado sem a alimentação que outros nos proporcionaram. Algo similar aconteceu com a nossa inteligência. Não teríamos conseguido progredir na vida intelectual e moral se não tivéssemos sido ajudados pelos nossos pais, professores e amigos. Muita da experiência acumulada pelas gerações passadas foi-nos transmitida com toda a naturalidade. E nessa altura, nem nos dávamos conta de como toda essa “informação” influenciaria o nosso modo de pensar e, consequentemente, de viver.

Infelizmente, existem alguns exemplos na História da Humanidade de crianças “educadas” directamente pelos animais. Penso que nenhum de nós inveja tal “educação” por estar isenta de influências e de imposições de “valores acumulados”. O mito do bom selvagem é isso mesmo: um mito. O Tarzan só existe no cinema ― não na vida real.

A pretensão de pensarmos de um modo totalmente independente procede do esquecimento ingénuo das nossas limitações como seres humanos. E convém recordar que não é por esquecermos as nossas limitações que elas desaparecem. É um triste erro considerar que o modo como pensamos deve ser alheio a toda a influência ou colaboração dos outros. É verdade que podem existir influências negativas. Mas é um reducionismo pensar que todas as influências o são. E é, muitas vezes, uma injustiça atribuí-las às pessoas em quem dizemos confiar.

Resumindo: receber dos outros ― pessoas que merecem a nossa confiança ― uma boa formação não pode ser identificado de modo algum com ser dominado ou manipulado por eles. Muito pelo contrário. A verdadeira formação, na qual se incluem os valores morais, torna-nos mais livres e menos manipuláveis. Aprendemos, com a ajuda de outros, a pensar com a nossa própria cabeça, e não a partir de “slogans” superficiais que estão muito difundidos.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

«Porque pede esta geração um sinal?»

São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho 
CE, 57; Carta 3, 400ss


O mais belo acto de fé é aquele que brota nos teus lábios em plena obscuridade, entre os sacrifícios, os sofrimentos, o supremo esforço de uma vontade firme de fazer o bem. Tal como o relâmpago, este acto de fé rasga as trevas da tua alma; no meio dos raios da trovoada, eleva-te e conduz-te a Deus.

A fé viva, a certeza inabalável e a adesão incondicional à vontade do Senhor são a luz que ilumina os passos do povo de Deus no deserto. É esta mesma luz que brilha a cada momento em qualquer espírito agradável ao Pai. Foi também esta luz que conduziu os Magos e os levou a adorar o Messias recém-nascido. Ela é a estrela profetizada por Balaão (Nm 24,17), a tocha que guia os passos de cada homem que procura a Deus.

Ora, esta luz, esta estrela, esta tocha são também o que ilumina a tua alma, o que dirige os teus passos para evitar que cambaleies, o que fortifica o teu espírito no amor de Deus. Tu não O vês, não O compreendes, mas também não é necessário. Tu apenas verás trevas, que não são evidentemente as dos filhos da perdição, mas as que rodeiam o Sol eterno. Toma por seguro que este Sol brilha na tua alma; o profeta do Senhor cantou a Seu respeito: «Com a Tua luz eu verei a luz» (Sl 35,10).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 17 de fevereiro de 2014

Apareceram os fariseus, e começaram a discutir com Ele, pedindo-Lhe, para O tentarem, um sinal do céu. Porém, Jesus, suspirando profundamente, disse: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não será dado sinal algum». Depois, deixando-os, entrou novamente na barca e passou à outra margem. 

Mc 8, 11-13