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sábado, 31 de dezembro de 2011
Bento XVI na celebração de Vésperas - Reavivar uma fé que instaure um novo humanismo capaz de gerar cultura e empenho social
Bento XVI presidiu esta tarde na Basílica de S. Pedro a celebração das primeiras vésperas da solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, seguindo-se a exposição do Santíssimo Sacramento , o canto tradicional do Te Deum de fim de ano e a bênção eucarística.
É muito sugestivo, neste fim de ano, - disse o Papa na homilia - escutar novamente o anúncio jubiloso que o apóstolo Paulo dirigia aos cristãos da Galácia: «Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à lei, para resgatar os que eram sujeitos à Lei, para que recebêssemos a adoção filial» (Gal 4,4-5). Essas palavras tocam o cerne da história de todos e a iluminam, antes, a salvam, porque desde o dia do em que nasceu o Senhor, chegou para nós a plenitude do tempo. Portanto, já não há mais lugar para a angústia diante do tempo que passa e não volta para trás; agora é o momento de confiar infinitamente em Deus, por quem sabemos ser amados, para quem vivemos e a quem a nossa vida se orienta, na espera do seu retorno definitivo. Desde que o Salvador desceu do Céu, o homem já não é mais escravo de um tempo que passa sem um porquê, ou que esteja marcado pela fadiga, pela tristeza, pela dor. O homem é filho de um Deus que entrou no tempo para resgatar o tempo da falta de sentido ou da negatividade, e que resgatou toda a humanidade, dando-lhe, como nova perspectiva de vida, o amor que é eterno.
Bento XVI salientou depois que a Igreja vive e professa esta verdade e quer proclamá-la novamente hoje, com renovado vigor espiritual. Nesta celebração, temos motivos especiais para louvar o Senhor pelo seu mistério de salvação, presente no mundo por meio do ministério eclesial. Temos muitos motivos de agradecimento ao Senhor por tudo o que a nossa comunidade eclesial, no coração da Igreja universal, realiza a serviço do Evangelho nesta Cidade.
O Papa deu graças ao Senhor, nomeadamente, pelo promissor caminho comunitário dirigido a adequar a pastoral ordinária às exigências do nosso tempo, por meio do projeto «Pertença eclesial e co-responsabilidade pastoral». Este tem o objetivo de colocar a evangelização em primeiro lugar; para fazer mais responsável e frutífera a participação dos fiéis nos Sacramentos, de tal forma que cada um possa falar de Deus ao homem contemporâneo e anunciar o Evangelho com eficácia aos que nunca o conheceram ou o esqueceram.
A questio fidei é também o desafio pastoral prioritário para a Diocese de Roma. Os discípulos de Cristo estão chamados a fazer renascer em si mesmos e nos demais a saudade de Deus e a alegria de viver n'Ele e de testemunhá-Lo, a partir da pergunta, sempre muito pessoal: Por que creio? É necessário conceder o primado à verdade, confirmar a aliança entre a fé e a razão, como as duas asas com as quais o espírito humano se eleva à contemplação da Verdade (cf. João Paulo II, Enc. Fides et ratio, Prólogo); tornar fecundo o diálogo entre o cristianismo e a cultura moderna; levar à redescoberta da beleza e da atualidade da fé, não como um ato em si mesmo, isolado, que diz respeito a algum momento da vida, mas como uma orientação constante, mesmo nas escolhas mais simples, que leva à unidade profunda da pessoa, tornando-a justa, ativa, benéfica, boa. Trata-se de reavivar uma fé que instaure um novo humanismo capaz de gerar cultura e empenho social.
Na sua homilia Bento XVI recordou que na Assembleia diocesana do passado mês de junho, a Diocese de Roma iniciou um caminho de aprofundamento sobre a iniciação cristã e sobre a alegria de gerar novos cristãos para a fé. De facto, anunciar a fé no Verbo feito carne é o cerne da missão da Igreja, e toda a comunidade eclesial deve redescobrir esta tarefa, com um renovado ardor missionário. As novas gerações que mais sentem a desorientação, acentuada também pela crise atual, não só econômica, mas também de valores, -salientou o Papa - têm necessidade, sobretudo, de reconhecer em Cristo Jesus «a chave, o centro e o fim de toda a história humana» (Conc. Vat. II. Gaudium et spes, 10).
Os pais são os primeiros educadores na fé dos seus filhos desde a mais terna idade; por isso, é necessário apoiar as famílias na sua missão educativa, por meio de iniciativas adequadas. Ao mesmo tempo, é desejável que o caminho batismal, primeira etapa do itinerário formativo da iniciação cristã, além de favorecer uma consciente e digna preparação para a celebração do Sacramento, dê a devida atenção aos anos imediatamente sucessivos ao batismo, com os itinerários apropriados que levem em conta as condições de vida das famílias. Neste contexto Bento XVI animou as comunidades paroquiais e as outras realidades eclesiais a continuarem a refletir para promover uma melhor compreensão e recepção dos sacramentos através dos quais o homem se torna participante da vida mesma de Deus. Que a Igreja de Roma - foram os votos do Papa - possa sempre contar com fiéis leigos, prontos a oferecer a sua contribuição pessoal para edificar comunidades vivas, que permitam que a Palavra de Deus entre no coração dos que ainda não conheceram o Senhor ou se afastaram d'Ele. Ao mesmo tempo, é oportuno criar ocasiões de encontro com a Cidade, que permitam um diálogo proveitoso com todos os que estão à procura da Verdade.
A Igreja nos sugere concluir o ano dirigindo ao Senhor o nosso agradecimento por todos os seus benefícios. É em Deus que deve terminar a nossa última hora, a última hora do tempo e da história. Esquecer este final da nossa vida significaria cair no vazio, viver sem sentido. Por isso, a Igreja coloca nos nossos lábios o antigo hino Te Deum. É um hino repleto da sabedoria de tantas gerações cristãs, que sentem a necessidade de elevar o seu coração, na certeza que estamos todos nas mãos cheias de misericórdia do Senhor.
«Te Deum laudamus!». Assim canta também a Igreja que está em Roma, pelas maravilhas que Deus realizou e realiza nela. Com a alma cheia de gratidão nos dispomos a atravessar o limiar do ano 2012, lembrando que o Senhor vela sobre nós e nos protege. Nesta tarde, queremos confiar-Lhe o mundo inteiro. Coloquemos em suas mãos as tragédias do nosso mundo e ofereçamos a Ele também as esperanças de um futuro melhor. Depositemos estes votos nas mãos de Maria, Mãe de Deus, Salus Populi Romani.
Rádio Vaticano
É muito sugestivo, neste fim de ano, - disse o Papa na homilia - escutar novamente o anúncio jubiloso que o apóstolo Paulo dirigia aos cristãos da Galácia: «Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à lei, para resgatar os que eram sujeitos à Lei, para que recebêssemos a adoção filial» (Gal 4,4-5). Essas palavras tocam o cerne da história de todos e a iluminam, antes, a salvam, porque desde o dia do em que nasceu o Senhor, chegou para nós a plenitude do tempo. Portanto, já não há mais lugar para a angústia diante do tempo que passa e não volta para trás; agora é o momento de confiar infinitamente em Deus, por quem sabemos ser amados, para quem vivemos e a quem a nossa vida se orienta, na espera do seu retorno definitivo. Desde que o Salvador desceu do Céu, o homem já não é mais escravo de um tempo que passa sem um porquê, ou que esteja marcado pela fadiga, pela tristeza, pela dor. O homem é filho de um Deus que entrou no tempo para resgatar o tempo da falta de sentido ou da negatividade, e que resgatou toda a humanidade, dando-lhe, como nova perspectiva de vida, o amor que é eterno.
Bento XVI salientou depois que a Igreja vive e professa esta verdade e quer proclamá-la novamente hoje, com renovado vigor espiritual. Nesta celebração, temos motivos especiais para louvar o Senhor pelo seu mistério de salvação, presente no mundo por meio do ministério eclesial. Temos muitos motivos de agradecimento ao Senhor por tudo o que a nossa comunidade eclesial, no coração da Igreja universal, realiza a serviço do Evangelho nesta Cidade.
O Papa deu graças ao Senhor, nomeadamente, pelo promissor caminho comunitário dirigido a adequar a pastoral ordinária às exigências do nosso tempo, por meio do projeto «Pertença eclesial e co-responsabilidade pastoral». Este tem o objetivo de colocar a evangelização em primeiro lugar; para fazer mais responsável e frutífera a participação dos fiéis nos Sacramentos, de tal forma que cada um possa falar de Deus ao homem contemporâneo e anunciar o Evangelho com eficácia aos que nunca o conheceram ou o esqueceram.
A questio fidei é também o desafio pastoral prioritário para a Diocese de Roma. Os discípulos de Cristo estão chamados a fazer renascer em si mesmos e nos demais a saudade de Deus e a alegria de viver n'Ele e de testemunhá-Lo, a partir da pergunta, sempre muito pessoal: Por que creio? É necessário conceder o primado à verdade, confirmar a aliança entre a fé e a razão, como as duas asas com as quais o espírito humano se eleva à contemplação da Verdade (cf. João Paulo II, Enc. Fides et ratio, Prólogo); tornar fecundo o diálogo entre o cristianismo e a cultura moderna; levar à redescoberta da beleza e da atualidade da fé, não como um ato em si mesmo, isolado, que diz respeito a algum momento da vida, mas como uma orientação constante, mesmo nas escolhas mais simples, que leva à unidade profunda da pessoa, tornando-a justa, ativa, benéfica, boa. Trata-se de reavivar uma fé que instaure um novo humanismo capaz de gerar cultura e empenho social.
Na sua homilia Bento XVI recordou que na Assembleia diocesana do passado mês de junho, a Diocese de Roma iniciou um caminho de aprofundamento sobre a iniciação cristã e sobre a alegria de gerar novos cristãos para a fé. De facto, anunciar a fé no Verbo feito carne é o cerne da missão da Igreja, e toda a comunidade eclesial deve redescobrir esta tarefa, com um renovado ardor missionário. As novas gerações que mais sentem a desorientação, acentuada também pela crise atual, não só econômica, mas também de valores, -salientou o Papa - têm necessidade, sobretudo, de reconhecer em Cristo Jesus «a chave, o centro e o fim de toda a história humana» (Conc. Vat. II. Gaudium et spes, 10).
Os pais são os primeiros educadores na fé dos seus filhos desde a mais terna idade; por isso, é necessário apoiar as famílias na sua missão educativa, por meio de iniciativas adequadas. Ao mesmo tempo, é desejável que o caminho batismal, primeira etapa do itinerário formativo da iniciação cristã, além de favorecer uma consciente e digna preparação para a celebração do Sacramento, dê a devida atenção aos anos imediatamente sucessivos ao batismo, com os itinerários apropriados que levem em conta as condições de vida das famílias. Neste contexto Bento XVI animou as comunidades paroquiais e as outras realidades eclesiais a continuarem a refletir para promover uma melhor compreensão e recepção dos sacramentos através dos quais o homem se torna participante da vida mesma de Deus. Que a Igreja de Roma - foram os votos do Papa - possa sempre contar com fiéis leigos, prontos a oferecer a sua contribuição pessoal para edificar comunidades vivas, que permitam que a Palavra de Deus entre no coração dos que ainda não conheceram o Senhor ou se afastaram d'Ele. Ao mesmo tempo, é oportuno criar ocasiões de encontro com a Cidade, que permitam um diálogo proveitoso com todos os que estão à procura da Verdade.
A Igreja nos sugere concluir o ano dirigindo ao Senhor o nosso agradecimento por todos os seus benefícios. É em Deus que deve terminar a nossa última hora, a última hora do tempo e da história. Esquecer este final da nossa vida significaria cair no vazio, viver sem sentido. Por isso, a Igreja coloca nos nossos lábios o antigo hino Te Deum. É um hino repleto da sabedoria de tantas gerações cristãs, que sentem a necessidade de elevar o seu coração, na certeza que estamos todos nas mãos cheias de misericórdia do Senhor.
«Te Deum laudamus!». Assim canta também a Igreja que está em Roma, pelas maravilhas que Deus realizou e realiza nela. Com a alma cheia de gratidão nos dispomos a atravessar o limiar do ano 2012, lembrando que o Senhor vela sobre nós e nos protege. Nesta tarde, queremos confiar-Lhe o mundo inteiro. Coloquemos em suas mãos as tragédias do nosso mundo e ofereçamos a Ele também as esperanças de um futuro melhor. Depositemos estes votos nas mãos de Maria, Mãe de Deus, Salus Populi Romani.
Rádio Vaticano
“Um ano que termina”
Quando recordares a tua vida passada, passada sem pena nem glória, considera quanto tempo perdeste, e como podes recuperá-lo: com penitência e com maior entrega. (Sulco, 996)
Um ano que termina – já foi dito de mil modos, mais ou menos poéticos – com a graça e a misericórdia de Deus, é mais um passo que nos aproxima do Céu, nossa Pátria definitiva.
Ao pensar nesta realidade, compreendo perfeitamente aquela exclamação que S. Paulo escreve aos de Corinto: tempus breve est!, que breve é a nossa passagem pela terra! Para um cristão coerente, estas palavras soam, no mais íntimo do seu coração, como uma censura à falta de generosidade e como um convite constante a ser leal. Realmente é curto o nosso tempo para amar, para dar, para desagravar. Não é justo, portanto, que o malbaratemos, nem que atiremos irresponsavelmente este tesouro pela janela fora. Não podemos desperdiçar esta etapa do mundo que Deus confia a cada um de nós.
Pensemos na nossa vida com valentia. Por que é que às vezes não conseguimos os minutos de que precisamos para terminar amorosamente o trabalho que nos diz respeito e que é o meio da nossa santificação? Por que descuidamos as obrigações familiares? Por que é que se nos mete a precipitação no momento de rezar ou de assistir ao Santo Sacrifício da Missa? Por que nos faltará a serenidade e a calma para cumprir os deveres do nosso estado e nos entretemos sem qualquer pressa nos caprichos pessoais? Podeis responder-me: são coisas pequenas. Sim, com efeito, mas essas coisas pequenas são o azeite, o nosso azeite, que mantém viva a chama e acesa a luz. (Amigos de Deus, 39–41)
S. Silvestre, Papa
Era um homem piedoso e santo com uma personalidade pouco marcada. Foi um homem apagado ao lado de um Imperador culto e ousado, o qual mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo como verdadeiro bispo da Igreja. E, na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político. Apesar de tudo, S. Silvestre terá sido o Papa ideal para as circunstâncias, pois ainda estava muito viva a lembrança dos horrores que passara a Igreja e, como testemunha de tudo isso, terá preferido agradecer este dom inesperado da protecção imperial e agir com moderação e prudência.
Entretanto, novas pregações tinham voltado a negar a divindade da 2ª Pessoa e por conseguinte o Mistério da Santíssima Trindade. Constantino, dando conta desta agitação doutrinária, manda convocar os bispos do império para discutirem de novo esta questão. Sabemos que o Papa dá o seu acordo, e envia como representantes seus, Oslo, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros. Ele próprio, como dignidade suprema, não se imiscuía nas disputas, reservando-se a aprovação do veredicto final, pois não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.
Depois de 21 anos de pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória.
Sepultado no cemitério de Priscíla, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a Igreja erguida em sua memória.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Entretanto, novas pregações tinham voltado a negar a divindade da 2ª Pessoa e por conseguinte o Mistério da Santíssima Trindade. Constantino, dando conta desta agitação doutrinária, manda convocar os bispos do império para discutirem de novo esta questão. Sabemos que o Papa dá o seu acordo, e envia como representantes seus, Oslo, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros. Ele próprio, como dignidade suprema, não se imiscuía nas disputas, reservando-se a aprovação do veredicto final, pois não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.
Depois de 21 anos de pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória.
Sepultado no cemitério de Priscíla, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a Igreja erguida em sua memória.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Bento XVI critica «forças mundanas» que ameaçam as famílias
Bento XVI criticou esta sexta feira as “muitas forças mundanas” que, do seu ponto de vista, “ameaçam o grande tesouro da família”, dirigindo uma mensagem a centenas de milhares de pessoas reunidas em Madrid.
A diocese madrilena organizou pelo quinto ano consecutivo um encontro de famílias cristãs, que chegaram também de várias nações europeias, reunidas numa celebração presidida pelo arcebispo local, cardeal Antonio Rouco Varela, acompanhado por mais de 40 cardeais e bispos.
O Papa desafiou os presentes a invocar de Deus “a ajuda necessária” para superar as dificuldades, “uma ajuda certa, fundada na graça do sacramento do matrimónio”.
A celebração, que decorreu no dia da solenidade litúrgica da Sagrada Família, foi antecedida por momentos de animação musical, oração e testemunhos pessoais junto da Praça Colón, no centro da cidade.
“Convido todos a considerarem esta celebração como continuação do Natal: Jesus fez-se homem para trazer ao mundo a bondade e o amor de Deus”, escreveu Bento XVI, na mensagem lida aos participantes pelo cardeal Rouco Varela, também presidente da Conferência Episcopal Espanhola.
O Papa frisou que Jesus nasceu no seio de uma família “de coração simples”, que serviu como “porta de entrada na terra do Salvador da humanidade”.
A mensagem papal assinalou, por outro lado, a “imprescindível dimensão educativa da família”, na qual se “aprende a conviver, se transmite a fé”.
Neste sentido, Bento XVI desejou que essa dimensão possa “receber um alento especial no Ano da Fé”, que se inicia em outubro de 2012.
O encontro das famílias cristãs em Madrid recorda, este ano, a realização da Jornada Mundial da Juventude que, em agosto, levou mais de dois milhões de pessoas à capital espanhola.
O Papa também evocou este acontecimento, com “emoção inesquecível”, convidando os jovens a agradecerem “o dom da família”, defendendo a “autêntica dignidade desta instituição primária para a sociedade e tão vital para a Igreja”.
Sob o lema ‘Nascemos graças à família cristã’, os promotores deste encontro quiseram sublinhar o papel da instituição “como resposta perante a crise social e económica”.
D. Antonio Rouco Varela disse, na homilia da missa a que presidiu, que se vivem tempos “difíceis para as famílias, nascidas com o objetivo de se constituírem e configurarem como uma comunidade íntima de amor conjugal, fiel, indissolúvel e aberta sem desnaturalizações voluntárias”.
“Quanto custa hoje a uma sociedade tão fortemente influenciada e condicionada por uma visão materialista e egocêntrica do homem e da sua história compreender e aceitar o Evangelho da vida, do matrimónio e da família”, acrescentou o cardeal.
Rádio Vaticano
A diocese madrilena organizou pelo quinto ano consecutivo um encontro de famílias cristãs, que chegaram também de várias nações europeias, reunidas numa celebração presidida pelo arcebispo local, cardeal Antonio Rouco Varela, acompanhado por mais de 40 cardeais e bispos.
O Papa desafiou os presentes a invocar de Deus “a ajuda necessária” para superar as dificuldades, “uma ajuda certa, fundada na graça do sacramento do matrimónio”.
A celebração, que decorreu no dia da solenidade litúrgica da Sagrada Família, foi antecedida por momentos de animação musical, oração e testemunhos pessoais junto da Praça Colón, no centro da cidade.
“Convido todos a considerarem esta celebração como continuação do Natal: Jesus fez-se homem para trazer ao mundo a bondade e o amor de Deus”, escreveu Bento XVI, na mensagem lida aos participantes pelo cardeal Rouco Varela, também presidente da Conferência Episcopal Espanhola.
O Papa frisou que Jesus nasceu no seio de uma família “de coração simples”, que serviu como “porta de entrada na terra do Salvador da humanidade”.
A mensagem papal assinalou, por outro lado, a “imprescindível dimensão educativa da família”, na qual se “aprende a conviver, se transmite a fé”.
Neste sentido, Bento XVI desejou que essa dimensão possa “receber um alento especial no Ano da Fé”, que se inicia em outubro de 2012.
O encontro das famílias cristãs em Madrid recorda, este ano, a realização da Jornada Mundial da Juventude que, em agosto, levou mais de dois milhões de pessoas à capital espanhola.
O Papa também evocou este acontecimento, com “emoção inesquecível”, convidando os jovens a agradecerem “o dom da família”, defendendo a “autêntica dignidade desta instituição primária para a sociedade e tão vital para a Igreja”.
Sob o lema ‘Nascemos graças à família cristã’, os promotores deste encontro quiseram sublinhar o papel da instituição “como resposta perante a crise social e económica”.
D. Antonio Rouco Varela disse, na homilia da missa a que presidiu, que se vivem tempos “difíceis para as famílias, nascidas com o objetivo de se constituírem e configurarem como uma comunidade íntima de amor conjugal, fiel, indissolúvel e aberta sem desnaturalizações voluntárias”.
“Quanto custa hoje a uma sociedade tão fortemente influenciada e condicionada por uma visão materialista e egocêntrica do homem e da sua história compreender e aceitar o Evangelho da vida, do matrimónio e da família”, acrescentou o cardeal.
Rádio Vaticano
«Glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido»
Vinde, sábios, admiremos a Virgem Mãe, a filha de David, esta flor de beleza que deu à luz a maravilha. Admiremos a fonte donde brota o princípio, a embarcação completamente carregada de alegrias que nos traz a mensagem vinda do Pai. No seu seio puríssimo, recebeu e trouxe este grande Deus que governa a criação, este Deus por Quem a paz reina na terra e nos céus. Vinde, admiremos a Virgem puríssima, maravilhosa em si mesma, a única criatura que deu à luz sem ter conhecido homem. A sua alma estava cheia de assombro, e todos os dias glorificava a Deus na alegria, por estes dons que parecia não poderem unir-se: a sua integridade virginal e o seu Filho bem-amado. Sim, abençoado seja Quem dela nasceu! [...]
Ela tem-No dentro de si e canta os Seus louvores com suaves cânticos [...]: «O Teu lugar, meu Filho, é acima de todas as coisas; mas, porque assim o desejaste, vieste repousar em mim. Os céus são demasiado estreitos para a Tua majestade, e eu, que sou tão pequena, trago-Te dentro de mim! Que venha Ezequiel e Te veja no meu regaço; que ele se prostre e adore; que reconheça em Ti aquele que viu sentar-Se no carro dos querubins (Ez 1) e que me proclame bem-aventurada, graças a Quem trago dentro de mim! [...] Isaías, que proclamaste: «Eis, a Virgem concebeu e deu à luz um filho» (7,14), vem, contempla, congratula-te comigo. [...] Eis que dei à luz mantendo intacto o selo da minha virgindade. Contempla o Emanuel, que permaneceu escondido para ti. [...]
«Vinde a mim, vós, os sábios, chantres do Espírito, profetas que nas vossas visões tivestes a revelação das realidades escondidas, agricultores que, após terdes semeado, adormecestes na esperança. Levantai-vos, saltai de alegria vendo a colheita dos frutos. Eis nos meus braços a espiga de vida que dá pão aos que têm fome, que satisfaz os miseráveis. Congratulai-vos comigo: recebi uma braçada de alegrias!»
Santo Efraim (c. 306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja
Hino 7 sobre a Virgem
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Ela tem-No dentro de si e canta os Seus louvores com suaves cânticos [...]: «O Teu lugar, meu Filho, é acima de todas as coisas; mas, porque assim o desejaste, vieste repousar em mim. Os céus são demasiado estreitos para a Tua majestade, e eu, que sou tão pequena, trago-Te dentro de mim! Que venha Ezequiel e Te veja no meu regaço; que ele se prostre e adore; que reconheça em Ti aquele que viu sentar-Se no carro dos querubins (Ez 1) e que me proclame bem-aventurada, graças a Quem trago dentro de mim! [...] Isaías, que proclamaste: «Eis, a Virgem concebeu e deu à luz um filho» (7,14), vem, contempla, congratula-te comigo. [...] Eis que dei à luz mantendo intacto o selo da minha virgindade. Contempla o Emanuel, que permaneceu escondido para ti. [...]
«Vinde a mim, vós, os sábios, chantres do Espírito, profetas que nas vossas visões tivestes a revelação das realidades escondidas, agricultores que, após terdes semeado, adormecestes na esperança. Levantai-vos, saltai de alegria vendo a colheita dos frutos. Eis nos meus braços a espiga de vida que dá pão aos que têm fome, que satisfaz os miseráveis. Congratulai-vos comigo: recebi uma braçada de alegrias!»
Santo Efraim (c. 306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja
Hino 7 sobre a Virgem
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 1 de Janeiro de 2012 - Festa de Santa Maria Mãe de Deus
Foram a toda a pressa, e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Vendo isto, conheceram o que lhes tinha sido dito acerca deste Menino.E todos os que ouviram, se admiraram das coisas que os pastores lhes diziam. Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, conforme lhes tinha sido dito. Depois que se completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, deram-Lhe o nome de Jesus, como Lhe tinha chamado o anjo, antes que fosse concebido no ventre materno.
Lc 2, 16-21
Lc 2, 16-21
ANO NOVO, NOVA VIDA por Joaquim Mexia Alves
Senhor,
para o ano vou ser melhor!
Vou rezar cada vez mais,
e amar mais o meu irmão,
vou compreender melhor,
os que não me compreendem,
vou ser mais coração,
do que frieza de pensamento,
vou partilhar mais o que me dás,
com aqueles que nada têm,
vou ser mais Igreja,
vou ser mais Tu,
do que eu,
para que toda a gente Te veja.
Vou mudar tanta coisa,
Senhor,
que tenho nos meus planos,
que tenho na minha vontade,
que tenho no meu querer,
que vou ser muito diferente,
à vista de toda a gente.
É isso que queres,
não é Senhor?
Que eu seja mais,
o que acho devo ser,
que tome cada vez mais conta,
da minha forma de viver,
que mude a minha forma de amar,
para encontrar a felicidade,
não é,
Senhor?
O que me dizes,
Senhor?
Ah, afinal
basta-me fazer a Tua vontade!
Marinha Grande, 31 de Dezembro de 2011
Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/12/ano-novo-nova-vida.html
para o ano vou ser melhor!
Vou rezar cada vez mais,
e amar mais o meu irmão,
vou compreender melhor,
os que não me compreendem,
vou ser mais coração,
do que frieza de pensamento,
vou partilhar mais o que me dás,
com aqueles que nada têm,
vou ser mais Igreja,
vou ser mais Tu,
do que eu,
para que toda a gente Te veja.
Vou mudar tanta coisa,
Senhor,
que tenho nos meus planos,
que tenho na minha vontade,
que tenho no meu querer,
que vou ser muito diferente,
à vista de toda a gente.
É isso que queres,
não é Senhor?
Que eu seja mais,
o que acho devo ser,
que tome cada vez mais conta,
da minha forma de viver,
que mude a minha forma de amar,
para encontrar a felicidade,
não é,
Senhor?
O que me dizes,
Senhor?
Ah, afinal
basta-me fazer a Tua vontade!
Marinha Grande, 31 de Dezembro de 2011
Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2011/12/ano-novo-nova-vida.html
9 de Janeiro pelas 18h00 - Lançamento de "S. Josemaria Escrivá" de Mons.Hugo de Azevedo - AESE
Lisboa, Auditório da AESE,
9 de Janeiro de 2012 | Segunda-feira | 18h00
O Agrupamento de Alumni da AESE tem o gosto de anunciar que no dia 9 de Janeiro, aniversário de S. Josemaria Escrivá, realizará uma sessão dedicada à sua figura e mensagem com a presença de Mons. Hugo de Azevedo, nosso Capelão e autor da biografia «S. Josemaria Escrivá, Fundador do Opus Dei» (2ª edição actualizada de «Uma Luz no Mundo», de 1988), e de Zita Seabra, directora geral da editora «Alêtheia», que o publicou. Tanto o testemunho de quem conviveu de perto com o Santo, como o de quem o descobriu mais tarde, contribuirão decerto para o conhecimento do seu carisma eclesial.
Entrada gratuita, mediante inscrição prévia.
Informações:
Abdel Gama
Telefone (+351) 217 221 530 begin_of_the_skype_highlighting (+351) 217 221 530 end_of_the_skype_highlighting
abdelgama@aese.pt
A pobreza no seu sentido mais lato
«Mas o coração das pessoas que nada possuem pode estar endurecido, envenenado, corrompido: cheio interiormente de cobiça pelo que não possui, esquecido de Deus e ávido apenas de bens materiais».
(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)
(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)
Aproveitar a crise (os votos e Aura Miguel em 2010 que se mantêm perfeitamente actuais)
Sabem qual é o nosso problema? É que não gostamos de sacrifícios. Achamos que a vida só é boa quando não há contrariedades, quando nos distraímos, quando rimos com os amigos ou fazemos aquilo que nos apetece. Mas que grande ilusão!...
Bem sabemos que não é assim, que não existe esperança, nem beleza, nem bondade, nem justiça, nem amor, nem relações verdadeiras sem sacrifício.
Assim, a terminar este ano, desejo, a todos, um óptimo 2011 sem ilusões. Um ano cheio de vida verdadeira, leal, fecunda, sincera. E, portanto, com sacrifícios. Por isso, provavelmente, a crise vai fazer-nos bem, porque terá o mérito de nos reconduzir às coisas verdadeiramente importantes da vida.
Se assim for, podemos vir a ser melhores pessoas e, até mesmo, finalmente, vir a mudar Portugal.
Aura Miguel em 31 de Dezembro de 2010
Bem sabemos que não é assim, que não existe esperança, nem beleza, nem bondade, nem justiça, nem amor, nem relações verdadeiras sem sacrifício.
Assim, a terminar este ano, desejo, a todos, um óptimo 2011 sem ilusões. Um ano cheio de vida verdadeira, leal, fecunda, sincera. E, portanto, com sacrifícios. Por isso, provavelmente, a crise vai fazer-nos bem, porque terá o mérito de nos reconduzir às coisas verdadeiramente importantes da vida.
Se assim for, podemos vir a ser melhores pessoas e, até mesmo, finalmente, vir a mudar Portugal.
Aura Miguel em 31 de Dezembro de 2010
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1973
No último dia do ano de 1973, diz: “Hoje daremos graças ao Senhor, pelos benefícios que recebemos no ano que termina. Para o que começa, vendo como estão as coisas deste mundo em que vivemos e o modo de proceder de tanta gente, queremos ter a rectidão de intenção de sermos humildes, de voltarmos sempre à verdade e de nos agarrarmos com mais força a Nosso Senhor. Pedir-me-eis talvez outras palavrinhas para este ano que vem, e eu desejaria antes que nos decidíssemos a servir de verdade, completamente. Então, dir-vos-ei, concretizando:servite Domino in laetitia! (“servi ao Senhor com alegria!”); e também: gaudete in Domino semper! (“alegrai-vos sempre no Senhor!”).
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/31-12-1937)
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/31-12-1937)
«Nascido do Pai antes de todos os séculos [...] fez-Se homem [...] e nasceu da Virgem Maria (Credo)
Caríssimos irmãos, há dois nascimentos em Cristo, e tanto um como o outro são a expressão de um poder divino que nos ultrapassa absolutamente. Por um lado, Deus gera o Seu Filho a partir de Si mesmo; por outro, Ele é concebido por uma virgem por intervenção de Deus. [...] Por um lado, Ele nasce para criar a vida; por outro, para eliminar a morte. Ali, nasce de Seu Pai; aqui, é trazido ao mundo pelos homens. Por ter sido gerado pelo Pai, está na origem do homem; por ter nascido humanamente, liberta o homem. Uma e outra formas de nascimento são propriamente inexprimíveis e ao mesmo tempo inseparáveis. [...]
Quando ensinamos que há dois nascimentos em Cristo, não queremos com isto dizer que o Filho de Deus nasça duas vezes; mas afirmamos a dualidade de natureza num só e mesmo Filho de Deus. Por um lado, nasceu Aquele que já existia; por outro, foi produzido Aquele que ainda não existia. O bem-aventurado evangelista João afirma isto mesmo com as seguintes palavras: «No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus»; e ainda: «E o Verbo fez-Se homem».
Assim, pois, Deus, que estava junto de Deus, saiu Dele, e a carne de Deus, que não estava Nele, saiu de uma mulher. Assim, o Verbo fez-Se carne, não de maneira que Deus Se diluísse no homem, mas para que o homem fosse gloriosamente elevado em Deus. É por isso que Deus não nasce duas vezes; mas, por estes dois géneros de nascimentos – a saber, o de Deus e o do homem –, o Filho único do Pai quis ser, a um tempo, Deus e homem na mesma pessoa: «E quem poderá contar o Seu nascimento?» (Is 53, 8 Vulg)
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 10, sobre o Natal do Senhor, PL 57, 24
Quando ensinamos que há dois nascimentos em Cristo, não queremos com isto dizer que o Filho de Deus nasça duas vezes; mas afirmamos a dualidade de natureza num só e mesmo Filho de Deus. Por um lado, nasceu Aquele que já existia; por outro, foi produzido Aquele que ainda não existia. O bem-aventurado evangelista João afirma isto mesmo com as seguintes palavras: «No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus»; e ainda: «E o Verbo fez-Se homem».
Assim, pois, Deus, que estava junto de Deus, saiu Dele, e a carne de Deus, que não estava Nele, saiu de uma mulher. Assim, o Verbo fez-Se carne, não de maneira que Deus Se diluísse no homem, mas para que o homem fosse gloriosamente elevado em Deus. É por isso que Deus não nasce duas vezes; mas, por estes dois géneros de nascimentos – a saber, o de Deus e o do homem –, o Filho único do Pai quis ser, a um tempo, Deus e homem na mesma pessoa: «E quem poderá contar o Seu nascimento?» (Is 53, 8 Vulg)
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 10, sobre o Natal do Senhor, PL 57, 24
«O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina»
Sim, Tu amaste-nos primeiro, para que nós Te amássemos. Tu não necessitas do nosso amor, mas só poderemos atingir os Teus desígnios amando-Te. Por isso, «muitas vezes e de muitos modos falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos profetas. Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Seu Filho», (Heb 1, 1), o Seu Verbo. Foi por Ele que «a palavra do Senhor criou os céus, e o sopro da Sua boca, todos os astros» (Sl 32, 6). Para Ti, falar através do Teu Filho não é outra coisa que mostrares, fazeres ver com brilho quanto e como nos amas, dado que não poupaste o Teu próprio Filho, mas O entregaste por todos nós (Rom 8, 32). E também Ele nos amou e a Si mesmo se entregou por nós (Gal 2, 20).
Tal é a Palavra, o Verbo Todo-poderoso que nos diriges, Senhor. Enquanto todos mergulhavam no silêncio, ou seja, na profundidade do erro, Ele desceu das moradas reais (Sab 18, 14), para abater duramente o pecado e enaltecer suavemente o amor. E tudo quanto fez, tudo quanto disse na terra, até os opróbrios, até os escárnios e as bofetadas, até a cruz e o sepulcro, não eram mais que a Tua palavra pelo Teu Filho, palavra que nos incita ao amor, palavra que desperta em nós o amor por Ti.
Sabias com efeito, Deus, Criador das almas, que as almas dos filhos dos homens não podem ser forçadas a esta afeição, mas que é necessário provocá-las. Porque, onde houver constrangimento, não há liberdade; e onde não há liberdade, não há justiça. [...] Quiseste que Te amássemos, porque em justiça não podíamos ser salvos sem Te amar. E não podíamos amar-Te a menos que o amor partisse de Ti. Por conseguinte, Senhor, como apóstolo do Teu amor o digo, Tu amaste-nos primeiro (1Jo 4, 10), e primeiramente amas todos os que Te amam. Mas nós, nós amamos-Te pela afeição de amor que puseste em nós.
Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
A Contemplação de Deus, 10
Tal é a Palavra, o Verbo Todo-poderoso que nos diriges, Senhor. Enquanto todos mergulhavam no silêncio, ou seja, na profundidade do erro, Ele desceu das moradas reais (Sab 18, 14), para abater duramente o pecado e enaltecer suavemente o amor. E tudo quanto fez, tudo quanto disse na terra, até os opróbrios, até os escárnios e as bofetadas, até a cruz e o sepulcro, não eram mais que a Tua palavra pelo Teu Filho, palavra que nos incita ao amor, palavra que desperta em nós o amor por Ti.
Sabias com efeito, Deus, Criador das almas, que as almas dos filhos dos homens não podem ser forçadas a esta afeição, mas que é necessário provocá-las. Porque, onde houver constrangimento, não há liberdade; e onde não há liberdade, não há justiça. [...] Quiseste que Te amássemos, porque em justiça não podíamos ser salvos sem Te amar. E não podíamos amar-Te a menos que o amor partisse de Ti. Por conseguinte, Senhor, como apóstolo do Teu amor o digo, Tu amaste-nos primeiro (1Jo 4, 10), e primeiramente amas todos os que Te amam. Mas nós, nós amamos-Te pela afeição de amor que puseste em nós.
Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
A Contemplação de Deus, 10
«A quantos O receberam, aos que n'Ele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus»
Contemplai os mistérios do amor e vereis «o seio do Pai», que «nos deu a conhecer o Seu Filho unigénito», que é Deus (Jo 1,18). Deus é amor (1Jo 4,8) e, devido a este amor, deixou-Se ver por nós. No Seu ser inexprimível, é Pai; na Sua compaixão para connosco, tornou-Se Mãe. Ao amar, o Pai revela também uma dimensão feminina.
A prova incontestável é Aquele que gera de Si mesmo. E este Filho, fruto do amor, é amor. Por causa deste amor, Ele próprio Se baixou. Por causa deste amor, revestiu-Se da nossa humanidade. Por causa deste amor, sofreu livremente tudo o que diz respeito à condição humana. Assim, colocando-Se ao nível da nossa fraqueza porque nos amava, pôs-nos em igualdade à Sua força. Quando estava a ponto de Se oferecer em sacrifício e Se dar a Si próprio como preço da redenção, deixou-nos um testamento novo: «Dou-vos o Meu amor» (cf Jo 13,34; 14,27). Que amor é este? Qual o seu valor? Por cada um de nós, «entregou a Sua vida» (1Jo 3,16), uma vida mais preciosa que todo o universo.
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo
Homília «Os ricos poderão salvar-se?», 37
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
A prova incontestável é Aquele que gera de Si mesmo. E este Filho, fruto do amor, é amor. Por causa deste amor, Ele próprio Se baixou. Por causa deste amor, revestiu-Se da nossa humanidade. Por causa deste amor, sofreu livremente tudo o que diz respeito à condição humana. Assim, colocando-Se ao nível da nossa fraqueza porque nos amava, pôs-nos em igualdade à Sua força. Quando estava a ponto de Se oferecer em sacrifício e Se dar a Si próprio como preço da redenção, deixou-nos um testamento novo: «Dou-vos o Meu amor» (cf Jo 13,34; 14,27). Que amor é este? Qual o seu valor? Por cada um de nós, «entregou a Sua vida» (1Jo 3,16), uma vida mais preciosa que todo o universo.
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo
Homília «Os ricos poderão salvar-se?», 37
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 31 de Dezembro de 2011
No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus.
No princípio Ele estava em Deus.
Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência.
Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens.
A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele.
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.
Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus.
E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'»
Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças.
É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo.
A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.
Jo 1, 1-18
No princípio Ele estava em Deus.
Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência.
Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens.
A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele.
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.
Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus.
E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'»
Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças.
É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo.
A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.
Jo 1, 1-18
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