Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 23 de junho de 2020

“Jesus, em teu nome procurarei almas”

"Duc in altum" – Ao largo! – Repele o pessimismo que te torna cobarde. "Et laxate retia vestra in capturam” – e lança as redes para pescar. Não vês que podes dizer, como Pedro: "In nomine tuo, laxabo rete". – Jesus, em teu nome procurarei almas?(Caminho, 792) 

Acompanhemos Jesus nesta pesca divina. Jesus está junto do lago de Genesaré e as pessoas comprimem-se à sua volta, ansiosas por ouvirem a palavra de Deus. Tal como hoje! Não estais a ver? Estão desejando ouvir a mensagem de Deus, embora o dissimulem exteriormente. Talvez alguns se tenham esquecido da doutrina de Cristo; talvez outros, sem culpa sua, nunca a tenham aprendido e olhem para a religião como coisa estranha... Mas convencei-vos de uma realidade sempre atual: chega sempre um momento em que a alma não pode mais; em que não lhe bastam as explicações vulgares; em que não a satisfazem as mentiras dos falsos profetas. E, mesmo que nem então o admitam, essas pessoas sentem fome, desejam saciar a sua inquietação com os ensinamentos do Senhor. (Amigos de Deus, 260)

São Josemaría Escrivá

A hiperprotecção

Há uns anos atrás, uma rapariga norte americana, que estava a estudar na Universidade de Barcelona, ficou presa no elevador. Ao ver-se em tal apuro, achou que o melhor modo de resolver a situação era telefonar para a sua mãe, que estava na Flórida, a 7500 km de distância.

A supermãe entrou rapidamente em acção. Ao dar-se conta da magnitude do problema, começou por tranquilizar o seu “rebento universitário” e resolveu tomar as rédeas do assunto com determinação: contactou a Universidade e exigiu a “libertação imediata” da sua filha.

Enquanto isso, a universitária “aproveitou o tempo” no elevador para pôr em dia as suas redes sociais, mensagens e e-mails. Nem lhe passou pela sua cabeça “intelectual” que ela própria podia pressionar o botão de alarme que possuía o elevador para estas lamentáveis situações.

Esta história é um exemplo gráfico de onde pode chegar a hiperprotecção dos pais em relação aos seus filhos. O resultado são “rebentos” que, mesmo que possuam uma grande preparação académica, não têm capacidade para resolver os seus problemas do dia-a-dia.

O objectivo desse actuar é tornar os filhos felizes. Mas é exactamente aquilo que não conseguem, porque ser superprotector torna os filhos dependentes. E as pessoas dependentes não são felizes.

Não permitir aos filhos que experimentem frustrações é enganá-los. A vida está repleta de pequenas e grandes contrariedades, e é preciso ensinar que a tolerância à frustração e a resiliência são hábitos fundamentais para sermos felizes.

Na educação é necessário um certo risco, sempre de acordo com a idade dos filhos. É preciso deixá-los actuar por sua conta, ensiná-los a gerir a sua liberdade e a aprender com os inevitáveis fracassos.

Isso é o que lhes dará uma verdadeira felicidade no presente e no futuro: saberem-se capazes de resolver os seus próprios problemas.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Exorcismo

O telemóvel tocou. Uma voz aflita do outro lado: "Sr. Padre, o João está muito mal. Podia vir vê-lo".

O sacerdote já conhecia o caso. Aquele rapaz tinha feito todos os exames possíveis exames: epilepsia, convulsões, tacs... De vez em quando, assim que a avó começava a rezar o terço, ele sentia-se mal e saía. Já tinha sido acólito. Uns dias antes, a avó tinha contado o caso ao sacerdote, que se aconselhou com outro sacerdote mais velho e com mais experiência.

Naquele dia, o rapaz gritava e nada nem ninguém o conseguia acalmar. Quando o sacerdote chegou, tremia de nervoso. Abriu o ritual dos exorcismos, e começou a rezar. O João gritava ainda mais alto. Depois da litânia dos santos, o sacerdote impôs-lhe as mãos. A pouco e pouco, à medida que ia recitando as orações de exorcismo, o João foi acalmando.

Depois de terminar, o sacerdote esperou um pouco. O João não se lembra de nada. Sente-se cansado. Pede ao sacerdote para conversarem um pouco. Os outros saem.


Ainda foi preciso repetir o exorcismo várias vezes. O João voltou a ir à Missa, a rezar o terço com a avó.


Há quem tenha mais medo dos exorcismos do que do demónio. Já houve tempos em que tinha dúvidas sobre estas coisas. À semelhança daquele cura de aldeia, a constatação directa destas realidades levou-me a mudar de opinião. O demónio existe mesmo e Jesus Cristo é o único que salva. Não são os méritos (ou desméritos, no meu caso) do sacerdote que contam. A oração de libertação resulta quando se tem fé. Resulta mesmo.

Publicada por JP em 8/24/2009 06:33:00 PM

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