Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Cultivar a amizade

Não há dúvidas de que o tema da solidão é muito importante no mundo actual. É conhecido que em Inglaterra existe uma Secretaria de Estado especializada na solidão, uma vez que este problema nesse país é considerado – e bem! – como um problema de saúde pública. 

Numa das iniciativas desse órgão do governo inglês, suscitavam-se perguntas que são muito actuais e que permitem chegar ao cerne da questão: Porque é que já não falamos uns com os outros? Será que nos esquecemos de como fazer amigos e de como isso é essencial na nossa vida? 

Convém distinguir entre solidão (que é uma percepção) e isolamento (que é uma atitude). Viver sozinho não é necessariamente sentir-se sozinho. Uma pessoa pode sentir-se sozinha ─ isolada, sem companhia ─ e viver com outras pessoas. 

E também não convém pensar que este tema é exclusivo das pessoas mais velhas. De facto, em vários países, constatam-se sentimentos de solidão em adolescentes e jovens com implicações directas na sua saúde mental. 


Robert Waldinger possui uma TED Talk que foi vista por mais de 30 milhões de pessoas e que recomendo vivamente. É psiquiatra e é o 4º director de um estudo, que começou em 1938 e ainda continua nos dias de hoje, feito pelo Harvard Study of Adult Development sobre o modo como vivemos. 

A equipa de Harvard tirou muitas conclusões desse estudo, mas Waldinger destaca isto: «Para saber como envelhecerás, é mais relevante o grau de satisfação que possuis aos 50 anos com as tuas relações interpessoais do que o teu nível de colesterol». 


Segundo ele, há três características importantes que se podem resumir assim: 

1) As conexões sociais beneficiam a saúde, e a solidão prejudica-a.
2) O que importa não é a quantidade das relações, mas sim a sua qualidade.
3) As boas relações protegem o nosso cérebro da deterioração. 

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Santa Escolástica, virgem, †543

Santa Escolástica era irmã gémea do grande São Bento, pai do monaquismo. Nasceu numa região do centro da Itália em 480; tristemente perdeu sua mãe no parto.

Gémea de Bento, tornou-se também gémea de busca de santidade e missão, já que ambos deram testemunho de santos fundadores. A vida totalmente consagrada a Deus de Escolástica começou até antes do irmão; porém, foi aprofundada quando seguiu o irmão até que ele se instalou em Cassino. Desta forma, Escolástica, fundadora das irmãs beneditinas, sempre esteve ligada a Bento.

Relata-nos o Papa São Gregório Magno que Escolástica e Bento embora morassem pertinho, apenas se encontravam para diálogos santos uma vez ao ano. Daí que, no encontro que seria o último, Santa Escolástica pediu ao irmão que desta vez ficasse, a fim de se enriquecerem em conversas santas até ao amanhecer, mas foi repreendida pelo irmão, pois seria causa de transgressão da Regra.

Diante da resposta negativa do irmão e com o coração pulsando de amor fraterno, Santa Escolástica entrelaçou as mãos, abaixou a cabeça e rapidamente conversou com Deus. De repente, levantou-se um tamanha tempestade que São Bento ficou impedido de sair com seus irmãos.

Vendo o irmão zangado, Santa Escolástica esclareceu: "Pedi-te a ti e tu não me ouviste; pedi ao Senhor e ele me ouviu. Vai-te embora, se puderes, volta para o teu mosteiro". Depois daquela providencial partilha de graça e oração, São Bento regressou ao mosteiro e passados três dias percebeu numa visão a morte de sua irmã que o antecedeu 40 dias no céu.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)