Obrigado, Perdão Ajuda-me
quinta-feira, 5 de março de 2015
Brevíssimo comentário ao Evangelho de hoje
Que nunca nos suceda desviar o olhar e não dar a nossa assistência aos Lázaros que se cruzam connosco todos os dias, seja pela sua como pela nossa salvação (cfr. Lc 16, 19-31).
Amando o próximo, aquele que mais precisa material e espiritualmente estaremos a seguir Jesus Cristo. Ámen.
«Um pobre [...] jazia ao seu portão»
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Não Há Maior Amor
Cristo disse: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt 25, 35). Teve fome não só de pão, mas também da estima acolhedora que nos permite sentirmo-nos amados, reconhecidos, sermos alguém aos olhos de outrem. Foi desprovido não só da Sua roupa, mas também da dignidade e do respeito humano pela grande injustiça cometida para com o pobre, que é precisamente o ser-se desprezado por ser pobre. Foi privado não só de um tecto, mas também sofreu as privações por que passam os encarcerados, os rejeitados e os escorraçados, aqueles que vagueiam pelo mundo sem ter ninguém que se ocupe deles.
Ao desceres a rua, sem outro propósito senão esse, talvez atentes naquele homem, ali na esquina, e vás ao seu encontro. Talvez ele fique de pé atrás, mas tu permaneces lá, diante dele, na sua frente. Tens de irradiar a presença que trazes dentro de ti com o amor e a atenção para com o homem a quem te diriges. E porquê? Porque, para ti, se trata de Jesus. Sim, é Jesus, mas não pode receber-te em Sua casa — eis porque tens de ser tu a dirigir-te a Ele. Ele está escondido ali, naquela pessoa. Jesus, oculto no mais pequenino dos irmãos (Mt 25, 40), não só cheio de fome por um bocado de pão, mas também por amor, por reconhecimento, por ser tido como alguém com valor.
O Evangelho do dia 5 de março de 2015
«Havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho fino e todos os dias se banqueteava esplêndidamente. Havia também um mendigo, chamado Lázaro, que, coberto de chagas, estava deitado à sua porta, desejando saciar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico, e até os cães vinham lamber-lhe as chagas. «Sucedeu morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico, e foi sepultado. Quando estava nos tormentos do inferno, levantando os olhos, viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. Então exclamou: Pai Abraão, compadece-te de mim, e manda Lázaro que molhe em água a ponta do seu dedo para refrescar a minha língua, pois sou atormentado nestas chamas. Abraão disse-lhe: Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro, ao contrário, recebeu males; por isso ele é agora consolado e tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo; de maneira que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os daí podem passar para nós. O rico disse: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à minha casa paterna, pois tenho cinco irmãos, para que os advirta disto, e não suceda virem também eles parar a este lugar de tormentos. Abraão disse-lhe: Têm Moisés e os profetas; oiçam-nos. Ele, porém, disse: Não basta isso, pai Abraão, mas, se alguém do reino dos mortos for ter com eles, farão penitência. Ele disse-lhe: Se não ouvem Moisés e os profetas, também não acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos».
Lc 16, 19-31
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