Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 10 de março de 2019

Bom Domingo do Senhor!

Lutemos por imitar o Senhor resistindo às constantes tentações do demónio como nos fala o Evangelho de hoje (Lc 4, 1-13), usemos como a arma a nossa fé e os ensinamentos das Sagradas Escrituras para assim estarmos municiados para resistir.

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor que tudo nos ensinou!

O Filho de Deus rejeita a tentação de tomar outras vias e obedece à vontade de Seu Pai

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais, 15/12/1936

Também eu, quando estava no mundo, corria muitas vezes pelas estradas de Espanha, encantado por ver o velocímetro do meu carro marcar 90 Km à hora! Que disparate! Quando me apercebi de que não tinha mais horizontes, sofri a decepção típica daquele que tem a liberdade deste mundo, pois a terra é pequena e depressa lhe damos a volta. O homem está rodeado de horizontes pequenos e limitados. Para quem tem a alma sedenta de horizontes infinitos, os da terra não bastam: abafam-no, não há mundo que lhe chegue e só encontra o que procura na grandeza e imensidão de Deus. Homens livres que percorreis o planeta, não tenho inveja da vossa vida neste mundo; fechado num convento e aos pés do crucifixo, tenho uma liberdade infinita, tenho um céu, tenho Deus. Que sorte tão grande ter um coração apaixonado por Ele! [...]

Pobre irmão Rafael! [...] Continua a aguardar, continua a esperar com essa doce serenidade que a esperança certa proporciona; permanece imóvel, pregado, prisioneiro do teu Deus, ao pé do Seu tabernáculo. Escuta ao longe o ruído que fazem os homens que desfrutam dos breves dias da sua liberdade no mundo; escuta ao longe as suas vozes, os seus risos, os seus choros, as suas guerras. Escuta e medita um momento; medita sobre um Deus infinito, o Deus que fez o céu e a terra e os homens, o Senhor absoluto dos céus e da terra, dos rios e dos mares; Aquele que, num instante, só por assim o querer, fez sair do nada tudo aquilo que existe.

Medita por momentos na vida de Cristo e verás que não há nela, nem liberdades, nem barulho, nem burburinho de vozes; verás o Filho de Deus submetido ao homem; verás Jesus obediente, submisso e numa paz serena, tendo como única regra de vida fazer a vontade de Seu Pai. E, finalmente, contempla Cristo pregado na cruz. De que serve então falar de liberdades?