– Estamos gostosamente, Senhor, na tua mão chagada. Aperta-nos com força!, espreme-nos!, de modo que percamos toda a miséria terrena!, que nos purifiquemos, que nos inflamemos, que nos sintamos empapados no teu Sangue! E depois, lança-nos longe!, longe, com fome de messe, para uma sementeira cada dia mais fecunda, por Amor de Ti.
(São Josemaría Escrivá - Forja, 5)
Sem grande dificuldade, poderíamos encontrar na nossa família, entre os nossos amigos e companheiros – para não me referir já ao imenso panorama do mundo – tantas pessoas mais dignas do que nós de receber o chamamento de Cristo. Mais simples, mais sábias, mais influentes, mais importantes, mais gratas, mais generosas...
Eu, ao pensar nisto, fico envergonhado. Mas compreendo também que a nossa lógica humana não serve para explicar as realidades da graça. Deus costuma procurar instrumentos fracos para que se manifeste com evidente clareza que a obra é sua. O próprio S. Paulo evoca com estremecimento a sua vocação; e por último, depois de todos, foi também visto por mim, como por um aborto. Porque eu sou o mínimo dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. Assim escreve Paulo de Tarso, homem de uma personalidade e de um vigor que a história não fez mais do que engrandecer.
Fomos chamados sem mérito algum da nossa parte, dizia-vos. Realmente, na base da nossa vocação está o conhecimento da nossa miséria, a consciência de que as luzes que iluminam a alma – a fé – o amor com que amamos – a caridade – e o desejo que nos mantém – a esperança – são dons gratuitos de Deus. Por isso, não crescer em humildade significa perder de vista o objectivo da escolha divina: ut essemus sancti, a santidade pessoal.
Agora, tomando como ponto de partida essa humildade, podemos compreender toda a maravilha da chamada divina. A mão de Cristo colheu-nos num trigal: o semeador aperta na sua mão chagada o punhado de trigo; o sangue de Cristo banha a semente, empapa-a. Depois, o Senhor lança ao ar esse trigo, para que, morrendo, seja vida e, afundando-se na terra, seja capaz de multiplicar-se em espigas de oiro.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 3)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Boa tarde!
Da Melhoria Pessoal e da Vida Interior
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Livro-entrevista a Bento XVI chega a Portugal
«Luz do Mundo» apresenta o Papa pelas suas próprias palavras. Primeira tiragem esgotada
O novo livro “Luz do Mundo - O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos”, que resulta de uma entrevista de Bento XVI ao jornalista alemão Peter Seewald, chegou às livrarias portuguesas esta terça-feira, 30 de Novembro.
A obra é apresentada como uma oportunidade para conhecer Bento XVI pelas suas próprias palavras e está a suscitar grande curiosidade. A tiragem da primeira edição foi de 10 mil exemplares, “substancialmente mais do que o inicialmente previsto”, indica Henrique Mota, editor da Lucerna, marca da Principia, responsável pela versão portuguesa.
Neste momento, está já em marcha uma segunda tiragem, de mais 10 mil exemplares, e o livro será apresentado em Portugal a 16 de Dezembro, por Marcelo Rebelo de Sousa e pelo seu autor, Peter Seewald.
A obra que retrata Bento XVI merece um olhar especial por parte do semanário Agência ECCLESIA. Além da apresentação de excertos da obra, dois especialistas apresentam a sua opinião sobre as palavras do Papa: D. António Marcelino, bispo emérito de Aveiro, fala num “passo renovador”, fora dos canais tradicionais; Jorge Teixeira da Cunha, teólogo, explica “o que é novo” nas palavras de Bento XVI sobre temas de Moral.
~
Para D. António Marcelino, “Bento XVI foi sempre um pensador e um teólogo inconformado, incapaz de dormir descansado quando outros sofrem, mormente quando pensa que, pelas suas acções ou omissões, ele pode estar, de algum modo, na causa desse sofrimento”.
O bispo emérito de Aveiro considera que o Papa “deu, publicamente, um passo renovador ao falar de problemas, concretos e actuais, fora dos canais tradicionais. Deu, deste modo, esperança a muitos que, na Igreja, por amor à Missão e fiéis ao essencial, sentem que, antes da última palavra, é importante que outras se digam e se escutem”.
Jorge Teixeira da Cunha assinala, por seu lado, a importância das afirmações do Papa sobre o uso do preservativo, a “humanização” da pessoa e da sua sexualidade.
Num excerto da obra, o Papa afirma que pode haver casos pontuais em que admite o caso do preservativo, mas sublinha que esta "não é a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por HIV".
“Bento XVI não faz um gesto a pender perigosamente para o lado dos direitos do sujeito, mas faz um gesto de pastor, como é esperado de um Papa, a consolar os errantes e a chamá-los ao bom caminho da conversão”, indica Teixeira da Cunha, Director-Adjunto do núcleo do Porto da Faculdade de Teologia da UCP.
Peter Seewald assegura que Bento XVI não fugiu a nenhuma das 90 perguntas nem “modificou as palavras pronunciadas”, propondo apenas “pequenas correcções” na transcrição final. Seis horas de entrevista dão origem a uma obra inédita, que procura “modificar a imagem do Panzerkardinal” e, mais do que mostrar Joseph Ratzinger numa versão light, permite, como diz Seewald, conhecer a “versão original”.
O jornalista alemão afirma que, neste primeiro trabalho depois da eleição papal, encontrou “um homem igualmente brilhante e dotado de uma extraordinária força intelectual, mas, sobretudo, espiritual, muito próximo de Deus”.
A conversa entre Bento XVI e Peter Seewald - que já por duas vezes tinha entrevistado Joseph Ratzinger, ainda cardeal – decorreu na residência pontifícia de Castelgandolfo, perto de Roma, entre os dias 26 e 31 de Julho.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
O novo livro “Luz do Mundo - O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos”, que resulta de uma entrevista de Bento XVI ao jornalista alemão Peter Seewald, chegou às livrarias portuguesas esta terça-feira, 30 de Novembro.
A obra é apresentada como uma oportunidade para conhecer Bento XVI pelas suas próprias palavras e está a suscitar grande curiosidade. A tiragem da primeira edição foi de 10 mil exemplares, “substancialmente mais do que o inicialmente previsto”, indica Henrique Mota, editor da Lucerna, marca da Principia, responsável pela versão portuguesa.
Neste momento, está já em marcha uma segunda tiragem, de mais 10 mil exemplares, e o livro será apresentado em Portugal a 16 de Dezembro, por Marcelo Rebelo de Sousa e pelo seu autor, Peter Seewald.
A obra que retrata Bento XVI merece um olhar especial por parte do semanário Agência ECCLESIA. Além da apresentação de excertos da obra, dois especialistas apresentam a sua opinião sobre as palavras do Papa: D. António Marcelino, bispo emérito de Aveiro, fala num “passo renovador”, fora dos canais tradicionais; Jorge Teixeira da Cunha, teólogo, explica “o que é novo” nas palavras de Bento XVI sobre temas de Moral.
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Para D. António Marcelino, “Bento XVI foi sempre um pensador e um teólogo inconformado, incapaz de dormir descansado quando outros sofrem, mormente quando pensa que, pelas suas acções ou omissões, ele pode estar, de algum modo, na causa desse sofrimento”.
O bispo emérito de Aveiro considera que o Papa “deu, publicamente, um passo renovador ao falar de problemas, concretos e actuais, fora dos canais tradicionais. Deu, deste modo, esperança a muitos que, na Igreja, por amor à Missão e fiéis ao essencial, sentem que, antes da última palavra, é importante que outras se digam e se escutem”.
Jorge Teixeira da Cunha assinala, por seu lado, a importância das afirmações do Papa sobre o uso do preservativo, a “humanização” da pessoa e da sua sexualidade.
Num excerto da obra, o Papa afirma que pode haver casos pontuais em que admite o caso do preservativo, mas sublinha que esta "não é a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por HIV".
“Bento XVI não faz um gesto a pender perigosamente para o lado dos direitos do sujeito, mas faz um gesto de pastor, como é esperado de um Papa, a consolar os errantes e a chamá-los ao bom caminho da conversão”, indica Teixeira da Cunha, Director-Adjunto do núcleo do Porto da Faculdade de Teologia da UCP.
Peter Seewald assegura que Bento XVI não fugiu a nenhuma das 90 perguntas nem “modificou as palavras pronunciadas”, propondo apenas “pequenas correcções” na transcrição final. Seis horas de entrevista dão origem a uma obra inédita, que procura “modificar a imagem do Panzerkardinal” e, mais do que mostrar Joseph Ratzinger numa versão light, permite, como diz Seewald, conhecer a “versão original”.
O jornalista alemão afirma que, neste primeiro trabalho depois da eleição papal, encontrou “um homem igualmente brilhante e dotado de uma extraordinária força intelectual, mas, sobretudo, espiritual, muito próximo de Deus”.
A conversa entre Bento XVI e Peter Seewald - que já por duas vezes tinha entrevistado Joseph Ratzinger, ainda cardeal – decorreu na residência pontifícia de Castelgandolfo, perto de Roma, entre os dias 26 e 31 de Julho.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
S. Josemaría nesta data em 1964
Com mineiros de Oviedo, durante um encontro em Pamplona. A sua pregação constante era a de que “Cristo interessa-se por esse trabalho que devemos realizar – uma vez e mil vezes – no escritório, na fábrica, na oficina, na escola, no campo, no exercício da profissão manual ou intelectual”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Pureza
«Responde-me: Se tivesses as mãos manchadas em esterco atrever-te-ias a tocar com elas nas vestes do rei? Nem sequer os teus próprios vestidos tocarias com as mãos sujas; antes lavá-las-ias e secá-las-ias cuidadosamente, então os tocarias. Pois, porque não dá a Deus essa mesma honra que concedes a uns vis vestidos?»
(Sermo de Sancta Synaxis – Santo Atanásio Sinaíta)
Enquanto pecador, quão difícil é pronunciar-me sobre a pureza, mas permito-me sugerir que “lavemos as nossas mãos” com frequência e para tal só conheço uma maneira, que é recorrendo ao Sacramento da Reconciliação.
É certo que um bom exame de consciência e um sincero arrependimento nos ajudam a “sacudir” a sujidade, mas não ficamos completamente limpos.
Estou a imaginar algumas pessoas que conheço e de quem gosto e com quem convivo regularmente a pensarem, “lá está este chato a falar da Confissão, mas eu confesso-me directamente a Deus”, pois é, desculpar-me-ão a linguagem frontal, mas tudo isso não passa de cobardia e soberba, a verdadeira Confissão, e o Catecismo da Igreja Católica apenas a pede uma vez por ano (§ 1.457), está em recorrermos a quem investido pelo Sacramento da Ordem e como tal sendo o próprio Cristo no acto.
Não vos é fácil de digerir, mas acreditem que faz bem, além de evidentemente de respeitar a Igreja que Jesus Cristo Deus Nosso Senhor fundou e que os homens guiados pelo Espírito Santo foram construindo ao longo dos séculos.
(JPR)
(Sermo de Sancta Synaxis – Santo Atanásio Sinaíta)
Enquanto pecador, quão difícil é pronunciar-me sobre a pureza, mas permito-me sugerir que “lavemos as nossas mãos” com frequência e para tal só conheço uma maneira, que é recorrendo ao Sacramento da Reconciliação.
É certo que um bom exame de consciência e um sincero arrependimento nos ajudam a “sacudir” a sujidade, mas não ficamos completamente limpos.
Estou a imaginar algumas pessoas que conheço e de quem gosto e com quem convivo regularmente a pensarem, “lá está este chato a falar da Confissão, mas eu confesso-me directamente a Deus”, pois é, desculpar-me-ão a linguagem frontal, mas tudo isso não passa de cobardia e soberba, a verdadeira Confissão, e o Catecismo da Igreja Católica apenas a pede uma vez por ano (§ 1.457), está em recorrermos a quem investido pelo Sacramento da Ordem e como tal sendo o próprio Cristo no acto.
Não vos é fácil de digerir, mas acreditem que faz bem, além de evidentemente de respeitar a Igreja que Jesus Cristo Deus Nosso Senhor fundou e que os homens guiados pelo Espírito Santo foram construindo ao longo dos séculos.
(JPR)
Santo André, apóstolo
Os gregos chamam a este ousado apóstolo "Protókletos", que significa: o primeiro chamado. Ele foi um dos afortunados que viram Jesus na verde planície de Jericó. Ele passava. O Baptista indicou-o com o dedo de Precursor e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André e João foram atrás d'Ele. Não se atreveram a falar-Lhe até que Jesus se virou para trás e perguntou: "Que procurais?" - Mestre, onde habitas? - "Vinde e vede". A Igreja deve muito a Santo André. Terá sido martirizado numa cruz em forma de aspa ou X, que é conhecida pelo nome de cruz de Santo André.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São João Crisóstomo (c. 345-407), bispo de Antioquia, depois de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho de João 19, 1
O primeiro a ser chamado, o primeiro a dar testemunho
«Como é bom, como é agradável, viverem os irmãos em unidade» (Sl 132, 1). [...] Depois de ter estado com Jesus (Jo 1, 39), e de ter aprendido muitas coisas, André não guardou esse tesouro para si: apressou-se a ir ter com seu irmão, Simão Pedro, para partilhar com ele os bens que recebera. [...] Repara no que ele diz ao irmão: «Encontrámos o Messias (que quer dizer Cristo)» (Jo 1, 41). Estás a ver o fruto daquilo que ele tinha aprendido há tão pouco tempo? Isto é uma prova, a um tempo, da autoridade do Mestre que ensinou os Seus discípulos e, desde o princípio, do zelo com que estes queriam conhecê-Lo.
A pressa de André, o zelo com que difunde imediatamente uma tão grande boa nova, dá a conhecer uma alma que ardia por ver cumpridas todas as profecias respeitantes a Cristo. Partilhar assim as riquezas espirituais é prova de uma amizade verdadeiramente fraterna, de um afecto profundo e de uma natureza cheia de sinceridade. [...] «Encontrámos o Messias», diz ele; não está a referir-se a um messias qualquer, mas ao verdadeiro Messias, Àquele que esperavam.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Homilias sobre o evangelho de João 19, 1
O primeiro a ser chamado, o primeiro a dar testemunho
«Como é bom, como é agradável, viverem os irmãos em unidade» (Sl 132, 1). [...] Depois de ter estado com Jesus (Jo 1, 39), e de ter aprendido muitas coisas, André não guardou esse tesouro para si: apressou-se a ir ter com seu irmão, Simão Pedro, para partilhar com ele os bens que recebera. [...] Repara no que ele diz ao irmão: «Encontrámos o Messias (que quer dizer Cristo)» (Jo 1, 41). Estás a ver o fruto daquilo que ele tinha aprendido há tão pouco tempo? Isto é uma prova, a um tempo, da autoridade do Mestre que ensinou os Seus discípulos e, desde o princípio, do zelo com que estes queriam conhecê-Lo.
A pressa de André, o zelo com que difunde imediatamente uma tão grande boa nova, dá a conhecer uma alma que ardia por ver cumpridas todas as profecias respeitantes a Cristo. Partilhar assim as riquezas espirituais é prova de uma amizade verdadeiramente fraterna, de um afecto profundo e de uma natureza cheia de sinceridade. [...] «Encontrámos o Messias», diz ele; não está a referir-se a um messias qualquer, mas ao verdadeiro Messias, Àquele que esperavam.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 30 de Novembro de 2010
São Mateus 4,18-22
18 Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 19 «Segui-Me, disse-lhes, e Eu vos farei pescadores de homens».20 E eles, imediatamente, deixando as redes O seguiram. 21 Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam numa barca juntamente com seu pai Zebedeu, consertando as suas redes. E chamou-os. 22 Eles, deixando imediatamente a barca e o pai, seguiram-n'O.
18 Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 19 «Segui-Me, disse-lhes, e Eu vos farei pescadores de homens».20 E eles, imediatamente, deixando as redes O seguiram. 21 Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam numa barca juntamente com seu pai Zebedeu, consertando as suas redes. E chamou-os. 22 Eles, deixando imediatamente a barca e o pai, seguiram-n'O.
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