Durante a audiência geral Bento XVI manifestou a própria trepidação pelas trágicas vicissitudes ocorridas em proximidade da Faixa de Gaza.
“Sinto a necessidade de exprimir os meus sentidos pêsames pelas vitimas destes dolorosíssimos acontecimentos que preocupam todos aqueles que têm a peito a paz na região
Uma vez mais repito com o espírito angustiado que a violência não resolve as controvérsias, mas aumenta as suas consequências dramáticas e gera outra violência.
Faço apelo a todos aqueles que têm responsabilidades politicas a nível local e internacional para que procurem incessantemente soluções justas através do diálogo, de maneira a garantir ás populações da área melhores condições de vida, em concórdia e serenidade".
O Santo Padre convidou depois a unir-se a ele na oração pelas vitimas, pelos seus familiares e por todos aqueles que sofrem, pedindo ao Senhor que sustente os esforços daqueles que não se cansam de operar pela reconciliação e pela paz.
Já no final da audiência geral o Papa recordou que nesta quinta-feira, solenidade do Corpo de Deus, com inicio ás 19h00 presidirá no átrio da Basílica de São João de Latrão, igreja catedral de Roma, a Missa, no fim da qual seguirá a tradicional procissão até á Basílica de Santa Maria Maior. E dirigiu a todos o convite a participar nesta celebração, para manifestar juntos a fé em Cristo, presente na Eucaristia.
Finalmente Bento XVI pediu a todos que o acompanhem com a oração na viagem pastoral a Chipre que empreenderá na próxima sexta-feira, dia 4 para que seja rica de frutos espirituais para as queridas comunidades cristãs do Médio Oriente.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 2 de junho de 2010
São Tomás de Aquino no centro da catequese de Bento XVI durante a Audiência Geral desta Quarta-Feira
É uma grande graça quando os teólogos sabem falar com facilidade e fervor e um são realismo pastoral enriquece de estímulos vivazes a sua investigação. Foi o que salientou o Papa Bento XVI durante a audiência geral dedicada nesta quarta feira á figura de São Tomás de Aquino do qual exaltou a grandeza recordando que é citado 61 vezes no Catecismo da Igreja Católica e que realizou uma operação de fundamental importância para a historia da filosofia e da cultura distinguindo aquilo que era válido daquilo que era duvidoso no pensamento de Aristóteles e que se ia difundindo , e mostrando que entre a fé cristã e a razão subsiste uma fundamental harmonia.
Escutemos agora o Santo Padre falando em português:
Queridos irmãos e irmãs,
São Tomás de Aquino é proposto pela Igreja como mestre de pensamento e modelo quanto ao recto modo de fazer teologia. Nascido na primeira metade do século XIII, no seio de uma família nobre e rica, fez os primeiros estudos na Abadia beneditina de Montecassino, seguindo depois para Nápoles, onde teve o primeiro contacto com as obras de Aristóteles. Aí decide fazer-se dominicano, enfrentando a oposição familiar. Enviado a Paris, teve como mestre Santo Alberto Magno, com quem pôde aprofundar os estudos aristotélicos: com efeito, as obras deste filósofo grego eram vistas por muitos como contrárias a fé cristã, mas Tomás soube distinguir aquilo que era válido, do que era duvidoso ou mesmo contrário à fé, mostrando assim a harmonia natural entre a fé cristã e a razão. Escreveu inúmeras obras, dentre as quais se destaca a Summa Theologiae. Profundo amante do Mistério Eucarístico, compôs os textos litúrgicos da festa de Corpus Christi. Depois de uma experiência mística enquanto celebrava a missa, decidiu interromper a sua produção literária, reconhecendo humildemente que tudo quanto tinha escrito era infinitamente superado pela grandeza e beleza de Deus. Morreu a caminho do Concílio Ecuménico de Lião.
Uma saudação afectuosa a todos os peregrinos vindos do Brasil e demais países lusófonos, nomeadamente os fiéis da diocese de Serrinha, acompanhados do seu bispo D. Ottorino Assolari! Possa cada um de vós encontrar a Jesus Cristo vivo e operante na Igreja através da sua presença real na Eucaristia. E assim, fortalecidos com a sua Graça, possais servi-Lo nos irmãos. De coração, a todos abençoo. Ide com Deus!
(Fonte: site Radio Vaticana)
Escutemos agora o Santo Padre falando em português:
Queridos irmãos e irmãs,
São Tomás de Aquino é proposto pela Igreja como mestre de pensamento e modelo quanto ao recto modo de fazer teologia. Nascido na primeira metade do século XIII, no seio de uma família nobre e rica, fez os primeiros estudos na Abadia beneditina de Montecassino, seguindo depois para Nápoles, onde teve o primeiro contacto com as obras de Aristóteles. Aí decide fazer-se dominicano, enfrentando a oposição familiar. Enviado a Paris, teve como mestre Santo Alberto Magno, com quem pôde aprofundar os estudos aristotélicos: com efeito, as obras deste filósofo grego eram vistas por muitos como contrárias a fé cristã, mas Tomás soube distinguir aquilo que era válido, do que era duvidoso ou mesmo contrário à fé, mostrando assim a harmonia natural entre a fé cristã e a razão. Escreveu inúmeras obras, dentre as quais se destaca a Summa Theologiae. Profundo amante do Mistério Eucarístico, compôs os textos litúrgicos da festa de Corpus Christi. Depois de uma experiência mística enquanto celebrava a missa, decidiu interromper a sua produção literária, reconhecendo humildemente que tudo quanto tinha escrito era infinitamente superado pela grandeza e beleza de Deus. Morreu a caminho do Concílio Ecuménico de Lião.
Uma saudação afectuosa a todos os peregrinos vindos do Brasil e demais países lusófonos, nomeadamente os fiéis da diocese de Serrinha, acompanhados do seu bispo D. Ottorino Assolari! Possa cada um de vós encontrar a Jesus Cristo vivo e operante na Igreja através da sua presença real na Eucaristia. E assim, fortalecidos com a sua Graça, possais servi-Lo nos irmãos. De coração, a todos abençoo. Ide com Deus!
(Fonte: site Radio Vaticana)
INDIFERENÇA
Não haverá pior defeito.
Na verdade, o indiferente, carece de virtudes fundamentais num ser humano tais como, entre outras: solidariedade, preocupação pelos outros, carinho, compaixão, ternura, afectividade, companheirismo, amizade, dedicação, caridade, espírito de serviço, amor.
O indiferente vai pela vida sozinho, debruçado sobre si próprio, sem emoções, sem causas a defender nem princípios a observar.
Não tem interesse especial por nada nem ninguém. A sua vida é monótona, o percurso errático, o comportamento abúlico.
O principal efeito da indiferença é a aridez que gera à sua volta, o isolamento e solidão.
O indiferente é um morto vivo. Não interessa aos outros homens. Deus não pode comunicar com ele.
E, sem comunicação com Deus não há vida.
(AMA, dissertação, 2010.05.27)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI AQUI
Na verdade, o indiferente, carece de virtudes fundamentais num ser humano tais como, entre outras: solidariedade, preocupação pelos outros, carinho, compaixão, ternura, afectividade, companheirismo, amizade, dedicação, caridade, espírito de serviço, amor.
O indiferente vai pela vida sozinho, debruçado sobre si próprio, sem emoções, sem causas a defender nem princípios a observar.
Não tem interesse especial por nada nem ninguém. A sua vida é monótona, o percurso errático, o comportamento abúlico.
O principal efeito da indiferença é a aridez que gera à sua volta, o isolamento e solidão.
O indiferente é um morto vivo. Não interessa aos outros homens. Deus não pode comunicar com ele.
E, sem comunicação com Deus não há vida.
(AMA, dissertação, 2010.05.27)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI AQUI
Vamos todos Ajudar ?
Caros amigos,
Alguns sabem e outros nem por isso (e assim aqui vai a notícia) mas estou em Timor a dar aulas na UNTL (Universidade Nacional de Timor Leste) no âmbito de uma colaboração com a ESE do Porto.
Aquilo que vos venho pedir é o seguinte: livros. Não vou dar a grande conversa que é para montar uma biblioteca ou seja o que for, porque não é. O que se passa é o seguinte... não sei muito bem como funcionam as instituições, nem fui mandatada para angariar seja o que for, mas o que é certo é que sou (somos!) muitas vezes abordados na rua por pessoas que desejariam aprender português mas não possuem um livro sequer e vão pedindo, o que é mto bom.
O que é certo é que a minha biblioteca pessoal não suportaria tanta pressão e nem eu, nos míseros 50 quilos a que tive direito na viagem, pude trazer grande coisa para além dos livros de trabalho de que necessito.
COMO MANDAR?
Basta dirigirem-se aos correios (CTT) e mandarem uma encomenda tarifa económica para Timor (insistam porque nem todos os funcionários conhecem este tarifário!) e mandam a coisa por 2,49 €. Claro que a encomenda não pode exceder os 2 quilos para poder ser enviada por este preço.
Devem enviar as encomendas em meu nome para:
Joana Alves dos Santos
Embaixada de Portugal em Díli
Av. Presidente Nicolau Lobato
Edifício ACAIT
Díli - TIMOR LESTE
E O QUE MANDAR?
Mandem por favor livros de ficção, romances, novela, ensaio, livros infantis etc, etc. Evitem gramáticas e manuais escolares. Dicionários, mesmo que um pouquinho desactualizados são bem vindos. Este critério é meu e explico porquê. Alguns timorenses (estudantes e não só) são um bocado fixados em aprender gramática mas ainda não têm os skills básicos de comunicação. Parece-me melhor ideia que possam ler outras coisas, deixar-se apaixonar um bocadinho pelas histórias mesmo que não entendam as palavras todas, do que andarem feitos tolinhos a marrar manuais e gramáticas. O caso dos dicionários é outro. Um aluno, por exemplo, usa um dicionário português-inglês para tentar adivinhar o significado das palavras. Como o inglês dele tb não é grande charuto imaginam como é a coisa.
Bom, espero ter vendido bem o peixe do povo timorense. Falam pouco e mal mas na sua grande maioria manifesta simpatia pela língua portuguesa. De qualquer forma isto não vai lá (muito sinceramente) com umas largas dezenas de professores portugueses por cá. É preciso ter a língua a circular em vários meios e suportes. Espero que respondam ao meu apelo!! Eu por cá andarei sempre com um livrito na carteira para alguém que peça!
SE NÃO MANDAREM PELO MENOS DIVULGUEM
Alguns sabem e outros nem por isso (e assim aqui vai a notícia) mas estou em Timor a dar aulas na UNTL (Universidade Nacional de Timor Leste) no âmbito de uma colaboração com a ESE do Porto.
Aquilo que vos venho pedir é o seguinte: livros. Não vou dar a grande conversa que é para montar uma biblioteca ou seja o que for, porque não é. O que se passa é o seguinte... não sei muito bem como funcionam as instituições, nem fui mandatada para angariar seja o que for, mas o que é certo é que sou (somos!) muitas vezes abordados na rua por pessoas que desejariam aprender português mas não possuem um livro sequer e vão pedindo, o que é mto bom.
O que é certo é que a minha biblioteca pessoal não suportaria tanta pressão e nem eu, nos míseros 50 quilos a que tive direito na viagem, pude trazer grande coisa para além dos livros de trabalho de que necessito.
COMO MANDAR?
Basta dirigirem-se aos correios (CTT) e mandarem uma encomenda tarifa económica para Timor (insistam porque nem todos os funcionários conhecem este tarifário!) e mandam a coisa por 2,49 €. Claro que a encomenda não pode exceder os 2 quilos para poder ser enviada por este preço.
Devem enviar as encomendas em meu nome para:
Joana Alves dos Santos
Embaixada de Portugal em Díli
Av. Presidente Nicolau Lobato
Edifício ACAIT
Díli - TIMOR LESTE
E O QUE MANDAR?
Mandem por favor livros de ficção, romances, novela, ensaio, livros infantis etc, etc. Evitem gramáticas e manuais escolares. Dicionários, mesmo que um pouquinho desactualizados são bem vindos. Este critério é meu e explico porquê. Alguns timorenses (estudantes e não só) são um bocado fixados em aprender gramática mas ainda não têm os skills básicos de comunicação. Parece-me melhor ideia que possam ler outras coisas, deixar-se apaixonar um bocadinho pelas histórias mesmo que não entendam as palavras todas, do que andarem feitos tolinhos a marrar manuais e gramáticas. O caso dos dicionários é outro. Um aluno, por exemplo, usa um dicionário português-inglês para tentar adivinhar o significado das palavras. Como o inglês dele tb não é grande charuto imaginam como é a coisa.
Bom, espero ter vendido bem o peixe do povo timorense. Falam pouco e mal mas na sua grande maioria manifesta simpatia pela língua portuguesa. De qualquer forma isto não vai lá (muito sinceramente) com umas largas dezenas de professores portugueses por cá. É preciso ter a língua a circular em vários meios e suportes. Espero que respondam ao meu apelo!! Eu por cá andarei sempre com um livrito na carteira para alguém que peça!
SE NÃO MANDAREM PELO MENOS DIVULGUEM
O Santuário de Torreciudad, em Espanha
O Santuário de Torreciudad está localizado no norte da Espanha, na região dos Pirenéus. Antigamente, encontrava-se isolado entre as montanhas, mas hoje é um Santuário fácil de se chegar, caracterizado pelo silêncio e pela paz e pela beleza que o circunda.
A devoção popular por este santuário mariano teve início no século XI e seu cuidado espiritual é confiado à Prelatura do Opus Dei. De facto, foi promovido por São Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador da Prelatura. O próprio Escrivá contou que, uma vez, em 1904, aos dois anos de idade, ficou tão doente que os médicos deram poucas esperanças para seu caso. Sua mãe rezou intensamente a Maria e, alguns dias depois, restabelecido de maneira surpreendente, o levou em peregrinação de agradecimento à capela de Nossa Senhora de Torreciudad.
Antes de ser transferida para o Santuário, a imagem original da Virgem ficou custodiada na Capela. Trata-se de uma Virgem negra, muito parecida com a Nossa Senhora de Montserrat, sempre em Espanha. Segundo uma lenda, a Virgem apareceu a alguns cortadores de lenha de Bolturina, um pequeno vilarejo nos arredores de Torreciudad, dizendo-lhes que queria ser venerada naquele lugar. Na cripta há quatro capelas dedicadas à Sagrada Família e às invocações marianas de Loreto (França), do Pilar (Saragozza-Espanha) e de Guadalupe (México).
Três cerâmicas do artista José Alzuet representam os mistérios do Terço. Uma das características deste Santuário é ser um local de reconciliação com Deus através dos sacramentos. São Josemaría pedia à Virgem “abundantes frutos espirituais” e por isso ordenou inúmeros confessionários.
As famílias neste Santuário são as protagonistas, a ponto que o principal encontro do ano é-lhes dedicado. Participam cerca de 15 mil por ano para pedir à Mãe de Deus uma ajuda nas dificuldades e bênção para o matrimónio. Além disso, o Santuário faz parte da chamada “Via Mariana”, que une Montserrat, El Pilar, Torreciudad e Lourdes.
Outra particularidade é que abriga uma galeria de invocações marianas de outros lugares. A galeria foi criada em 1984, quando, por ocasião do IX centenário de Torreciudad, os santuários marianos mais famosos foram convidados a peregrinarem aqui para entronizar suas padroeiras, deixando uma réplica como recordação.
Por isso, é possível ver quase 200 imagens da Virgem. Todavia, a galeria não é um museu porque reflecte os muitos testemunhos espontâneos do amor à Virgem deixados em Torreciudad. Além disso, em muitos casos tornou-se uma tradição voltar aqui todos os anos para venerar a imagem, reviver os costumes passados e entoar os hinos locais. E assim, deste santuário dos cortadores de lenha se desprendeu um ardor mariano internacional.
Josemaría Escrivá de Balaguer: "Quando se fala dos santuários dedicados à Virgem, diz-se que existem muitas imagens de Maria. Eu, pelo contrário, creio que existem poucas. E agora, com a ajuda de todos, com a oração e o sacrifício de todos, conseguimos edificar outro santuário que já existia no século XI."
Josemaría Escrivá de Balaguer: "Peçamos à Virgem Maria que nos doe abundantes graças espirituais que somente o Céu conhece. Aqueles que se dirigirão a Nossa Senhora para manifestar-lhe o seu amor, deverão claramente fazer votos, e Ela expandirá a graça do seu Filho através dos sacramentos e da penitência".
“Santa Maria, Mãe de Deus, Nossa Senhora de Torreciudad, há mais de nove séculos vigias sobre essas montanhas nas quais se reflectem a antiga Capela e a nova Torre que unem a fé de ontem àquela de hoje. Viemos aqui em busca da tua sombra para receber o corpo e o perdão do teu Filho; para rezar em silêncio e poder comunicar assim ao mundo a tua pureza e aquela que, através do teu amor, tu ofereces aos teus filhos”.
http://www.torreciudad.org
(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)
Tema para reflexão
Deus na Sua vida íntima (2)
Estas duas processões chamam-se imanentes e diferenciam-se radicalmente da criação, que é transeunte, no sentido de que é algo que Deus faz para fora de Si. Tratando-se de processões dão conta da distinção em Deus, enquanto que ao serem imanentes dão razão da unidade. Por isso, o mistério do Deus Uno e Trino não pode ser reduzido a uma unidade sem distinções, como se as três Pessoas fossem apenas três máscaras; ou a três seres sem unidade perfeita, como se se tratasse de três deuses distintos, embora juntos.
As duas processões são o fundamento das diversas relações que em Deus se identificam com as Pessoas divinas: o ser Pai, o ser Filho e o ser espirado por Eles. De facto, como não é possível ser pai e ser filho da mesma pessoa, no mesmo sentido assim não é possível ser ao mesmo tempo a Pessoa que procede pela espiração e as duas Pessoas das quais procede. Convém esclarecer que no mundo criado as relações são acidentes, no sentido de que as suas relações não se identificam com o seu ser, embora o caracterizem no que é mais profundo como no caso da filiação. Em Deus, como nas processões é doada toda a substância divina, as relações são eternas e identificam-se com a própria substância.
Estas três relações eternas não só caracterizam, mas identificam-se com as três Pessoas divinas, visto que ao Pai pensar quer dizer pensar no Filho; e pensar no Espírito Santo quer dizer pensar naqueles a respeito dos quais Ele é Espírito. Assim as Pessoas divinas são três Alguém, mas um único Deus. Não como se dá entre três homens, que participam da mesma natureza humana sem a esgotar. As três Pessoas são cada uma toda a Divindade, identificando-se com a única Natureza de Deus : as Pessoas são Uma na Outra. Por isso, Jesus diz a Filipe que quem o viu a Ele viu o Pai (cf. Jo 14, 6), enquanto Ele e o Pai são uma só coisa (cf. Jo 10, 30 e 17, 21). Esta dinâmica, que tecnicamente se chama pericorese ou circumincesio – dois termos que fazem referência a um movimento dinâmico em que um se intercambia com o outro como numa dança em círculo – ajuda a apercebermo-nos de que o mistério do Deus Uno e Trino é o mistério do Amor: «Ele próprio é eternamente permuta de amor: Pai, Filho e Espírito Santo, e destinou-nos a tomar parte nessa comunhão» (Catecismo, 221).
(GIULIO MASPERO)
Agradecimento: António Mexia Alves
Estas duas processões chamam-se imanentes e diferenciam-se radicalmente da criação, que é transeunte, no sentido de que é algo que Deus faz para fora de Si. Tratando-se de processões dão conta da distinção em Deus, enquanto que ao serem imanentes dão razão da unidade. Por isso, o mistério do Deus Uno e Trino não pode ser reduzido a uma unidade sem distinções, como se as três Pessoas fossem apenas três máscaras; ou a três seres sem unidade perfeita, como se se tratasse de três deuses distintos, embora juntos.
As duas processões são o fundamento das diversas relações que em Deus se identificam com as Pessoas divinas: o ser Pai, o ser Filho e o ser espirado por Eles. De facto, como não é possível ser pai e ser filho da mesma pessoa, no mesmo sentido assim não é possível ser ao mesmo tempo a Pessoa que procede pela espiração e as duas Pessoas das quais procede. Convém esclarecer que no mundo criado as relações são acidentes, no sentido de que as suas relações não se identificam com o seu ser, embora o caracterizem no que é mais profundo como no caso da filiação. Em Deus, como nas processões é doada toda a substância divina, as relações são eternas e identificam-se com a própria substância.
Estas três relações eternas não só caracterizam, mas identificam-se com as três Pessoas divinas, visto que ao Pai pensar quer dizer pensar no Filho; e pensar no Espírito Santo quer dizer pensar naqueles a respeito dos quais Ele é Espírito. Assim as Pessoas divinas são três Alguém, mas um único Deus. Não como se dá entre três homens, que participam da mesma natureza humana sem a esgotar. As três Pessoas são cada uma toda a Divindade, identificando-se com a única Natureza de Deus : as Pessoas são Uma na Outra. Por isso, Jesus diz a Filipe que quem o viu a Ele viu o Pai (cf. Jo 14, 6), enquanto Ele e o Pai são uma só coisa (cf. Jo 10, 30 e 17, 21). Esta dinâmica, que tecnicamente se chama pericorese ou circumincesio – dois termos que fazem referência a um movimento dinâmico em que um se intercambia com o outro como numa dança em círculo – ajuda a apercebermo-nos de que o mistério do Deus Uno e Trino é o mistério do Amor: «Ele próprio é eternamente permuta de amor: Pai, Filho e Espírito Santo, e destinou-nos a tomar parte nessa comunhão» (Catecismo, 221).
(GIULIO MASPERO)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Justino (c. 100 -160), filósofo, mártir
Tratado sobre a ressurreição, 2.4.7-9 (a partir da trad. OC, Migne, 1994, pp. 345ss.)
«Creio na ressurreição da carne» (Credo)
Aqueles que estão enganados dizem que não há ressurreição da carne, que é impossível que esta, após ter sido destruída e reduzida a pó, reencontre a sua integridade. Segundo eles, a salvação da carne seria não apenas impossível mas nociva: eles culpam a carne, denunciam os seus defeitos, tornam-na responsável pelos pecados; dizem que, se esta carne ressuscitar, também os seus defeitos ressuscitarão [...]. E aliás o Salvador disse «Quando ressuscitarem de entre os mortos não se casarão, mas serão como anjos nos céus». Ora os anjos, dizem eles, não têm carne, não comem nem se unem. Portanto, dizem eles, não haverá ressurreição da carne. [...]
Como são cegos os olhos do intelecto! Porque eles não viram na terra «os cegos verem, os coxos caminharem» (Mt 11, 5) graças à palavra do Salvador [...], para nos fazer crer que na ressurreição a carne ressuscitará completa. Se nesta terra Ele curou as enfermidades da carne e devolveu ao corpo a sua integridade, quanto mais fará no momento da ressurreição, para que a carne ressuscite sem defeito, integralmente [...]. Parece-me que essas pessoas ignoram a acção divina no seu conjunto, na origem da criação, no fabrico do homem; elas ignoram a razão por que as coisas terrenas foram feitas.
O Verbo disse: «Façamos o homem à Nossa imagem e semelhança» (Gn 1, 26). [...] É evidente que o homem, moldado à imagem de Deus, era de carne. Que absurdo é considerar desprezível e sem qualquer mérito a carne moldada por Deus segundo a Sua imagem! É evidente que a carne é preciosa aos olhos de Deus porque é obra Sua. E, porque nela se encontra o princípio do Seu projecto para o resto da criação, é o que há de mais precioso aos olhos do Criador.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Tratado sobre a ressurreição, 2.4.7-9 (a partir da trad. OC, Migne, 1994, pp. 345ss.)
«Creio na ressurreição da carne» (Credo)
Aqueles que estão enganados dizem que não há ressurreição da carne, que é impossível que esta, após ter sido destruída e reduzida a pó, reencontre a sua integridade. Segundo eles, a salvação da carne seria não apenas impossível mas nociva: eles culpam a carne, denunciam os seus defeitos, tornam-na responsável pelos pecados; dizem que, se esta carne ressuscitar, também os seus defeitos ressuscitarão [...]. E aliás o Salvador disse «Quando ressuscitarem de entre os mortos não se casarão, mas serão como anjos nos céus». Ora os anjos, dizem eles, não têm carne, não comem nem se unem. Portanto, dizem eles, não haverá ressurreição da carne. [...]
Como são cegos os olhos do intelecto! Porque eles não viram na terra «os cegos verem, os coxos caminharem» (Mt 11, 5) graças à palavra do Salvador [...], para nos fazer crer que na ressurreição a carne ressuscitará completa. Se nesta terra Ele curou as enfermidades da carne e devolveu ao corpo a sua integridade, quanto mais fará no momento da ressurreição, para que a carne ressuscite sem defeito, integralmente [...]. Parece-me que essas pessoas ignoram a acção divina no seu conjunto, na origem da criação, no fabrico do homem; elas ignoram a razão por que as coisas terrenas foram feitas.
O Verbo disse: «Façamos o homem à Nossa imagem e semelhança» (Gn 1, 26). [...] É evidente que o homem, moldado à imagem de Deus, era de carne. Que absurdo é considerar desprezível e sem qualquer mérito a carne moldada por Deus segundo a Sua imagem! É evidente que a carne é preciosa aos olhos de Deus porque é obra Sua. E, porque nela se encontra o princípio do Seu projecto para o resto da criação, é o que há de mais precioso aos olhos do Criador.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 2 de Junho de 2010
São Marcos 12,18-27
18 Foram ter com Ele os saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O, dizendo:19 «Mestre, Moisés deixou-nos escrito que, se morrer o irmão de alguém e deixar a mulher sem filhos, seu irmão tome a mulher dele e dê descendência a seu irmão.20 Ora havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos.21 O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar filhos. Do mesmo modo o terceiro.22 Nenhum dos sete deixou filhos. Depois deles todos, morreu também a mulher.23 Na ressurreição, pois, quando tornarem a viver, de qual deles será ela mulher? Porque os sete a tiveram por mulher».24 Jesus respondeu-lhes: «Não andareis vós em erro, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus?25 Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem os homens tomarão mulheres, nem as mulheres maridos, mas todos serão como anjos do céu.26 Relativamente à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés, como Deus lhe falou sobre a sarça, dizendo: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob”?27 Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. Logo vós estais num grande erro».
18 Foram ter com Ele os saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O, dizendo:19 «Mestre, Moisés deixou-nos escrito que, se morrer o irmão de alguém e deixar a mulher sem filhos, seu irmão tome a mulher dele e dê descendência a seu irmão.20 Ora havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos.21 O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar filhos. Do mesmo modo o terceiro.22 Nenhum dos sete deixou filhos. Depois deles todos, morreu também a mulher.23 Na ressurreição, pois, quando tornarem a viver, de qual deles será ela mulher? Porque os sete a tiveram por mulher».24 Jesus respondeu-lhes: «Não andareis vós em erro, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus?25 Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem os homens tomarão mulheres, nem as mulheres maridos, mas todos serão como anjos do céu.26 Relativamente à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés, como Deus lhe falou sobre a sarça, dizendo: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob”?27 Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. Logo vós estais num grande erro».
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