Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

22 Abr 21h30 DrªAlexandra Chumbo "Amar é educar - desenvolvimento dos valores humanos na infância" - Clínica da criança e do adolescente


DIÁLOGOS COM O MEU EU (12)

Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!
Alto lá, isso é Ele quem diz de Si próprio!

Pois é, mas acreditas no que Ele diz?
Claro que acredito!

Mas se Ele está em ti, também te repete as mesmas palavras.
Claro que repete!

Então porque teimas tantas vezes em querer fazer o teu caminho, declarar a tua verdade e viver a vida segundo a tua própria vontade?

Marinha Grande, 3 de Abril de 2013

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.pt/2015/04/dialogos-com-o-meu-eu-12.html

Lealdade

A um mês da canonização de João XXIII e João Paulo II (N. Spe Deus: texto escrito em março de 2014), é normal querer saber os pormenores mais pessoais. Se não tivesse sido pelos processos de canonização, algumas histórias nunca se saberiam.

É impossível ler essa documentação sem ficar comovido. Realmente, estes Papas foram grandes santos, de uma humildade e de uma rectidão impressionantes.

Nos processos não encontramos só momentos heróicos protagonizados por eles, descobrimos também, lateralmente, a companhia silenciosa ‒ de uma lealdade compacta ‒ de muitas outras pessoas. Dou um exemplo.

De vez em quando, João Paulo II escapava incógnito do Vaticano para um passeio rápido pelo monte. Não conseguia fazer estas pausas com frequência mas, como o pontificado durou mais de 26 anos, no total foram várias dezenas de saídas.

Vale a pena abrir aqui um parêntese, para se perceber como é que um Papa sai clandestinamente do Vaticano. Primeiro, com antecedência, a Santa Sé comunica o plano ao Estado italiano. Depois, no próprio dia, alguns carros da polícia italiana vão fazer uma vistoria aos locais, umas horas antes de o Papa chegar. Finalmente, sai o carro em que vai o Papa, o secretário e alguns convidados, acompanhado por um carro da polícia italiana e outro de guardas suíços.

Oratório Tor d'Aveia
O programa que foi seguido mais vezes consistiu em sair logo a seguir à audiência das quartas-feiras, rumo a Tor d’Aveia, a uma hora de Roma, e só regressar ao Vaticano no dia seguinte à tarde. Uma tarde inteira e uma manhã, para passear por aqueles caminhos montanhosos dos Abruzzi!

João Paulo II passava a noite num casarão onde estavam alojados estudantes universitários a terminar teses de doutoramento, juntamente com alguns professores da Universidade Pontifícia da Santa Cruz, dirigida pelo Opus Dei. Ao lado, existe uma escola e um centro de formação para raparigas, também do Opus Dei: elas é que se encarregavam de toda a logística e das refeições. O Papa queria pratos muito simples e algumas vezes apenas um farnel para andar pelo monte, mas as cozinheiras deviam concentrar-se especialmente, porque os polícias italianos ainda hoje se recordam daquelas sopas! Daqueles bifes! Daquelas saladas!...

Os relatos dos universitários que conviveram com o Papa nestas ocasiões são mais sóbrios e mais centrados noutros aspectos. Lembram-se especialmente das conversas e, algumas vezes, de diálogos pessoais.

As raparigas da escola ao lado contam que organizavam ranchos folclóricos para cantar ao Papa, pelos vistos com grande êxito (segundo as próprias), além de dizerem ao Papa, em prosa e em poesia, que rezavam muito por ele e que estavam muito felizes com a sua visita.

No conjunto, contando os funcionários administrativos do Estado italiano, os polícias, os universitários, as alunas da escola e do centro de formação e os guardas suíços, mais de mil pessoas, ao longo de duas décadas, sabiam destas «fugas» de João Paulo II. Todas sabiam que o Papa só poderia manter estes escapes se não se tornassem públicos e todas corresponderam com uma lealdade absoluta. Ninguém disse uma palavra, até estas histórias se conhecerem, durante o processo de canonização. Nenhum polícia contou em casa quem tinha encontrado naquele dia; nenhuma aluna contou aos pais... absolutamente ninguém faltou à lealdade para com o Papa.

É evidente que os Papas sofrem muito, mas também é verdade que têm experiências destas – em certa medida sublimes – de milhares de pessoas que são leais.

José Maria C. S. André

«Correio dos Açores», 30-III-2014

«Aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida»

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas
Exercício espiritual de 19/01/1642

Deus dá-nos as Suas graças segundo as necessidades que temos. Deus é uma fonte à qual todos vão buscar água segundo as suas necessidades. Como uma pessoa que precisa de seis baldes e traz seis; de três, três; um pássaro que não precise mais do que um golo e é isso que toma; ou um peregrino que sacia a sede com uma mão cheia de água. Acontece-nos o mesmo em relação a Deus.

Devemos sentir uma profunda emoção quando nos fidelizamos à leitura de um capítulo do Novo Testamento e produzimos os correspondentes actos: de adoração, adorando a palavra de Deus e a Sua verdade; entrando nos sentimentos com os quais Nosso Senhor os pronunciou e aceitando essas verdades; decidindo praticar essas mesmas verdades. [...] Devemos sobretudo evitar ler por uma questão de estudo, dizendo: «Esta passagem vai servir-me para esta ou aquela prédica», mas ler apenas para nosso desenvolvimento.

Não nos devemos sentir desencorajados se, depois de o ler várias vezes, um mês, dois meses, seis meses, não nos sentimos tocados. Acontece que um dia veremos uma pequena luz, noutro dia uma maior, e uma maior ainda quando tivermos necessidade dela. Uma só palavra é capaz de nos converter; basta uma.

O Evangelho do dia 16 de abril de 2015

Aquele que vem lá de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra, é da terra, e terrestre é a sua linguagem. Aquele que vem do céu, é superior a todos. Ele testifica o que viu e ouviu, mas ninguém recebe o Seu testemunho. Quem recebe o Seu testemunho certifica que Deus é verdadeiro. Aquele a Quem Deus enviou fala palavras de Deus, porque Deus não Lhe dá o Espírito por medida. O Pai ama o Filho e pôs todas as coisas na Sua mão. Quem acredita no Filho tem a vida eterna; quem, porém, não acredita no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele». 

Jo 3, 31-36