Começa agora o tempo da esperança,
no Céu já brilha a luz gloriosa
da estrela auspiciosa
que aponta o caminho
do Nascimento em Belém.
Abre-se o coração
vai nascer o Salvador
Aquele que um dia na Cruz,
vai transformar a dor
na eterna salvação.
Ao longe
e dentro de nós,
já se ouve dos anjos,
a doce e amorosa voz,
que nos enche de felicidade:
«Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens,
de boa vontade!»
Marinha Grande, 28 de Novembro de 2015
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.pt/2015/11/advento-ii.html
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 28 de novembro de 2015
Discurso do Santo Padre ao jovens em Kampala
Santo Padre: Omukama Mulungi!
[Deus é bom!]
Os jovens: Obudde Bwoona!
[Agora e para sempre]
Prezados jovens, queridos amigos!
Estou feliz por me encontrar aqui partilhando estes momentos convosco. Desejo saudar os irmãos bispos e as autoridades civis presentes. Agradeço ao Bispo Paul Ssemogerere as suas palavras de boas-vindas. Os testemunhos de Winnie e Emmanuel reforçam a minha impressão de que a Igreja no Uganda é rica de jovens que desejam um futuro melhor. Hoje, se me permitirdes, quero confirmar-vos na fé, encorajar-vos no amor e, de modo especial, fortalecer-vos na esperança.
A esperança cristã não é mero optimismo; é muito mais. Tem as suas raízes na vida nova que recebemos em Jesus Cristo. São Paulo diz que a esperança não nos decepciona, porque, no Baptismo, o amor de Deus foi derramado nos nossos corações por meio do Espírito Santo (cf. Rm 5, 5). A esperança torna-nos capazes de confiar nas promessas de Cristo, na força do seu perdão, da sua amizade, do seu amor, que abre as portas para uma vida nova. Justamente quando embaterdes num problema, num insucesso, quando sofrerdes um revés, ancorai o vosso coração neste amor, porque ele tem o poder de mudar a morte em vida e de expulsar qualquer mal.
Assim, nesta tarde, quero convidar-vos, em primeiro lugar, a rezar para que este dom cresça em vós e possais receber a graça de vos tornardes mensageiros de esperança. Há tantas pessoas ao nosso redor que vivem em profunda ansiedade e até desespero. Jesus dissipa estas nuvens, se Lho permitirmos.
Gostaria também de partilhar convosco algumas reflexões a respeito de certos obstáculos que poderíeis encontrar no caminho da esperança. Todos vós desejais um futuro melhor, um emprego, saúde e bem-estar; e isso é bom. A bem do povo e da Igreja, quereis partilhar com os outros os vossos dons, as aspirações e o entusiasmo; e isso é muito bom. Mas às vezes, quando vedes a pobreza, quando vos deparais com a falta de oportunidades, quando experimentais insucessos na vida, pode surgir e crescer uma sensação de desespero. Podeis ser tentados a perder a esperança.
Já alguma vez vos aconteceu ver uma criança que, indo pela estrada, se vê obrigada a parar frente a uma poça de água que não é capaz de saltar nem contornar? Pode tentar fazê-lo, mas cai dentro e fica encharcada. Então, depois de várias tentativas, pede ajuda ao pai, que a agarra pela mão e fá-la passar rapidamente para o outro lado. Nós somos como aquela criança. A vida reserva-nos muitas poças de água. Mas não devemos superar todos os problemas e obstáculos apenas com as nossas forças. Deus está lá para agarrar a nossa mão… basta que O invoquemos.
O que pretendo dizer com isto é que todos, incluindo o Papa, nos deveríamos assemelhar àquela criança. Porque só se formos pequenos e humildes é que não teremos medo de pedir ajuda ao nosso Pai. Se já experimentastes este socorro, sabeis do que estou a falar. Temos de aprender a colocar a nossa esperança n’Ele, cientes de que o Pai está sempre presente, ao nosso dispor. Infunde-nos confiança e coragem. Mas – e isto é importante – seria um erro não partilhar esta experiência maravilhosa com os outros. Equivocar-nos-íamos se não nos tornássemos mensageiros de esperança para os outros.
Uma particular «poça de água» pode amedrontar os jovens que querem crescer na amizade com Cristo: é o medo de falir no compromisso assumido de amar, sobretudo naquele grande e sublime ideal que é o matrimónio cristão. Pode-se ter medo de não conseguir ser uma boa esposa e uma boa mãe, um bom marido e um bom pai. Se se continua a fixar a «poça de água», pode-se até ver as próprias fraquezas e medos recaírem sobre nós mesmos. Por favor, não vos rendais a eles! Às vezes estes medos provêm do diabo, que não quer que sejais felizes. Não vos rendais! Chamai Deus em vossa ajuda, abri-Lhe o coração e Ele vos levantará, tomando-vos nos seus braços, e far-vos-á ver como amar. Peço de modo particular a vós, jovens namorados, que cultiveis a confiança de que Deus quer abençoar o vosso amor e as vossas vidas com a sua graça no sacramento do Matrimónio. No coração do matrimónio cristão, temos o dom do amor de Deus, não a organização de festas sumptuosas que, muitas vezes, obscurecem o significado espiritual mais profundo duma jubilosa celebração com familiares e amigos.
Uma «poça de água», enfim, que todos temos de enfrentar é o medo de ser diferentes, de ir contra-a-corrente numa sociedade que nos impele constantemente a abraçar modelos de bem-estar e consumo alheios aos valores profundos da cultura africana. Pensai! Que diriam os Mártires do Uganda a propósito do mau uso dos meios de comunicação modernos, onde os jovens estão expostos a imagens e visões distorcidas da sexualidade, que degradam a dignidade humana levando à tristeza e ao vazio interior? Qual seria a reacção dos Mártires Ugandeses perante o crescimento de ganância e corrupção na sociedade? Certamente pedir-vos-iam para serdes modelos de vida cristã, confiantes de que o amor a Cristo, a fidelidade ao Evangelho e uma sábia utilização dos dons recebidos de Deus não podem deixar de enriquecer, purificar e elevar a vida deste país. Os Mártires continuam a mostrar-vos o caminho. Não tenhais medo de deixar que a luz da fé brilhe nas vossas famílias, nas escolas e nos locais de trabalho. Não tenhais medo de entrar humildemente em diálogo com outras pessoas que podem ver as coisas de forma diferente.
Prezados jovens, queridos amigos, fixando os vossos rostos, encho-me de esperança: esperança quanto a vós, ao vosso país e à Igreja. Peço para rezardes a fim de que a esperança que recebestes do Espírito Santo continue a inspirar os vossos esforços por crescer em sabedoria, generosidade e bondade. Não vos esqueçais de ser mensageiros desta esperança. E não esqueçais que Deus vos ajudará a atravessar qualquer «poça de água» que encontrardes ao longo do caminho.
Tende esperança em Cristo e Ele tornar-vos-á capazes de encontrar a verdadeira felicidade. E, se sentis dificuldade em rezar e esperar, não tenhais medo de vos voltar para Maria, porque é nossa Mãe, a Mãe da esperança. Uma última coisa: por favor, não vos esqueçais de rezar por mim. Deus vos abençoe!
Saudação do Santo Padre durante a visita à Casa da Caridade em Nalukolongo
Queridos amigos!
Obrigado pela vossa recepção calorosa. Grande era o meu desejo de visitar esta Casa da Caridade, que o Cardeal Nsubuga fundou aqui em Nalukolongo. Este lugar sempre apareceu associado com o empenho da Igreja a favor dos pobres, dos deficientes e dos doentes. Aqui, nos primeiros tempos, crianças foram resgatadas da escravidão e mulheres receberam uma educação religiosa. Saúdo as Irmãs do Bom Samaritano, que continuam esta obra estupenda, e agradeço os seus anos de serviço silencioso e feliz no apostolado.
Saúdo também os representantes de muitos outros grupos de apostolado, que cuidam das necessidades dos nossos irmãos e irmãs no Uganda. Penso, em particular, no grande e frutuoso trabalho feito com as pessoas doentes do SIDA. Sobretudo saúdo a quem habita nesta Casa e noutras como esta, e a quantos beneficiam das obras da caridade cristã. É que esta é mesmo uma casa! Aqui podeis encontrar carinho e solicitude; aqui podeis sentir a presença de Jesus, nosso irmão, que ama a cada um de nós com um amor que é próprio de Deus.
A partir desta Casa, quero hoje dirigir um apelo a todas as paróquias e comunidades presentes no Uganda – e no resto da África – para que não esqueçam os pobres. O Evangelho impõe-nos sair para as periferias da sociedade a fim de encontrarmos Cristo na pessoa que sofre e em quem passa necessidade. O Senhor diz-nos, em termos inequívocos, que nos julgará sobre isto. É triste quando as nossas sociedades permitem que os idosos sejam descartados ou esquecidos. É reprovável quando os jovens são explorados pela escravidão actual do tráfico de seres humanos. Se olharmos atentamente para o mundo ao nosso redor, parece que, em muitos lugares, campeiam o egoísmo e a indiferença. Quantos irmãos e irmãs nossos são vítimas da cultura actual do «usa e joga fora», que gera desprezo sobretudo para com crianças nascituras, jovens e idosos.
Como cristãos, não podemos ficar simplesmente a olhar. Qualquer coisa tem de mudar! As nossas famílias devem tornar-se sinais ainda mais evidentes do amor paciente e misericordioso de Deus não só pelos nossos filhos e os nossos idosos, mas por todos aqueles que passam necessidade. As nossas paróquias não devem fechar as portas e os ouvidos ao grito dos pobres. Trata-se da via-mestra do discipulado cristão. É assim que damos testemunho do Senhor que veio, não para ser servido, mas para servir. Assim mostramos que as pessoas contam mais do que as coisas, e que aquilo que somos é mais importante do que o que possuímos. De facto, é justamente naqueles que servimos que Cristo Se nos revela cada dia a Si mesmo e prepara a recepção que esperamos ter um dia no seu Reino eterno.
Queridos amigos, através de gestos simples, através de actos simples e devotos que honram a Cristo nos seus irmãos e irmãs mais pequeninos, fazemos entrar a força do seu amor no mundo e mudamo-lo realmente. Mais uma vez vos agradeço pela vossa generosidade e pela vossa caridade. Lembrar-vos-ei nas minhas orações e peço-vos, por favor, que rezeis por mim. Confio-vos todos à terna protecção de Maria, nossa Mãe, e dou-vos a minha bênção.
Omukama Abakuume! [Deus vos proteja!]
Homilia do Papa Francisco no Santuário Católico dos Mártires ugandeses em Namugongo
«Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo» (Act 1, 8).
Desde a Idade Apostólica até aos nossos dias, surgiu um grande número de testemunhas que proclamam Jesus e manifestam a força do Espírito Santo. Hoje lembramos, com gratidão, o sacrifício dos mártires ugandeses, cujo testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja chegou, justamente, até «aos confins do mundo». Recordamos também os mártires anglicanos, cuja morte por Cristo dá testemunho do ecumenismo do sangue. Todas estas testemunhas cultivaram o dom do Espírito Santo na sua vida e, livremente, deram testemunho da sua fé em Jesus Cristo, mesmo a preço da vida, e vários deles numa idade muito jovem.
Também nós recebemos o dom do Espírito para nos fazer filhos e filhas de Deus, mas também para dar testemunho de Jesus e torná-Lo conhecido e amado em todos os lugares. Recebemos o Espírito, quando renascemos no Baptismo e quando fomos reforçados com os seus dons na Confirmação. Cada dia somos chamados a aprofundar a presença do Espírito Santo na nossa vida, a «reavivar» o dom do seu amor divino para sermos, por nossa vez, fonte de sabedoria e de força para os outros.
O dom do Espírito Santo é-nos concedido para ser partilhado. Une-nos uns aos outros como fiéis e membros vivos do Corpo místico de Cristo. Não recebemos o dom do Espírito só para nós mesmos, mas para nos edificarmos uns aos outros na fé, na esperança e no amor. Penso nos Santos José Mkasa e Carlos Lwanga que, depois de ter sido instruídos na fé pelos outros, quiseram transmitir o dom que receberam. Fizeram-no em tempos perigosos: não só a vida deles estava ameaçada, mas também a vida dos mais novos, confiados aos seus cuidados. Dado que tinham cultivado a fé e crescido no amor a Deus, não tiveram medo de levar Cristo aos outros, inclusive a preço da vida. A fé deles tornou-se testemunho; venerados hoje como mártires, o seu exemplo continua a inspirar muitas pessoas no mundo. Continuam a proclamar Jesus Cristo e a força da Cruz.
Se nós, como os mártires, reavivarmos diariamente o dom do Espírito que habita nos nossos corações, tornar-nos-emos certamente naqueles discípulos-missionários que Cristo nos chama a ser. Sê-lo-emos sem dúvida para as nossas famílias e os nossos amigos, mas também para aqueles que não conhecemos, especialmente para quantos poderiam ser pouco benévolos e até mesmo hostis para connosco. Esta abertura aos outros começa na família, nos nossos lares, onde se aprende a caridade e o perdão, e onde, no amor dos nossos pais, se aprende a conhecer a misericórdia e o amor de Deus. A referida abertura exprime-se também no cuidado pelos idosos e os pobres, as viúvas e os órfãos.
O testemunho dos mártires mostra a quantos, ontem e hoje, ouviram a sua história que os prazeres mundanos e o poder terreno não dão alegria e paz duradouras. Mas são a fidelidade a Deus, a honestidade e integridade da vida e uma autêntica preocupação pelo bem dos outros que nos trazem aquela paz que o mundo não pode oferecer. Isto não diminui a nossa solicitude por este mundo, como se nos limitássemos a olhar para a vida futura; pelo contrário, dá uma finalidade à vida neste mundo e ajuda-nos a ir ter com os necessitados, a cooperar com os outros em prol do bem comum e a construir uma sociedade mais justa, que promova a dignidade humana, sem excluir ninguém, que defenda a vida, dom de Deus, e proteja as maravilhas da natureza, a criação, a nossa casa comum.
Queridos irmãos e irmãs, esta é a herança que recebestes dos mártires ugandeses: vidas marcadas pela força do Espírito Santo, vidas que ainda hoje testemunham o poder transformador do Evangelho de Jesus Cristo. Não tomamos posse desta herança com uma comemoração passageira ou conservando-a num museu como se fosse uma jóia preciosa. Mas honramo-la verdadeiramente, como honramos todos os Santos, quando levamos o seu testemunho de Cristo para os nossos lares e a nossa vizinhança, para os locais de trabalho e a sociedade civil, quer permaneçamos em nossas casas, quer tenhamos de ir até ao canto mais remoto do mundo.
Que os mártires ugandeses juntamente com Maria, Mãe da Igreja, intercedam por nós, e o Espírito Santo acenda em nós o fogo do amor divino.
Omukama Abawe Omukisa! [Deus vos abençoe!]
Os três adventos de Cristo
Pierre de Blois (c. 1130-1211), arquidiácono em Inglaterra
Sermão 3 para o Advento
Sermão 3 para o Advento
Há três adventos do Senhor: o primeiro pela carne, o segundo pela alma e o terceiro pelo julgamento. O primeiro aconteceu a meio da noite, segundo as palavras do Evangelho: «A meio da noite, ouviu-se um brado: 'Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!'» (Mt 25,6). E esse primeiro acontecimento já se deu, pois Cristo foi visto na terra e conversou com os homens (cf Br 3,38).
Estamos agora no segundo advento, desde que estejamos de forma que Ele possa vir até nós, pois Ele disse que se O amarmos Ele virá e fará de nós Sua morada (cf Jo 14,23). Este segundo advento está pois, para nós, envolto em incerteza, pois quem, senão o Espírito de Deus, conhece aqueles que são de Deus? (cf 1Co 2,11) Aqueles em quem o desejo das coisas celestes transporta para fora de si próprios sabem bem quando Ele virá; contudo, eles «não sabem de onde vem nem para onde vai» (Jo 3,8).
Quanto ao terceiro advento, é certo que acontecerá, mas é muito incerto quando, pois nada é mais certo que a morte e nada mais incerto que o dia da morte. «Quando disserem: 'Paz e segurança', então se abaterá repentinamente sobre eles a ruína, como as dores de parto sobre a mulher grávida e não poderão escapar» (cf 1Ts 5,3). Assim, o primeiro advento foi humilde e escondido, o segundo é misterioso e cheio de amor, o terceiro será estrondoso e terrível. No seu primeiro advento, Cristo foi julgado injustamente pelos homens; no segundo faz-nos justiça, através da Sua graça; no último julgará todas as coisas com equidade — Cordeiro no primeiro advento, Leão no último, Amigo cheio de ternura no segundo.
Estamos agora no segundo advento, desde que estejamos de forma que Ele possa vir até nós, pois Ele disse que se O amarmos Ele virá e fará de nós Sua morada (cf Jo 14,23). Este segundo advento está pois, para nós, envolto em incerteza, pois quem, senão o Espírito de Deus, conhece aqueles que são de Deus? (cf 1Co 2,11) Aqueles em quem o desejo das coisas celestes transporta para fora de si próprios sabem bem quando Ele virá; contudo, eles «não sabem de onde vem nem para onde vai» (Jo 3,8).
Quanto ao terceiro advento, é certo que acontecerá, mas é muito incerto quando, pois nada é mais certo que a morte e nada mais incerto que o dia da morte. «Quando disserem: 'Paz e segurança', então se abaterá repentinamente sobre eles a ruína, como as dores de parto sobre a mulher grávida e não poderão escapar» (cf 1Ts 5,3). Assim, o primeiro advento foi humilde e escondido, o segundo é misterioso e cheio de amor, o terceiro será estrondoso e terrível. No seu primeiro advento, Cristo foi julgado injustamente pelos homens; no segundo faz-nos justiça, através da Sua graça; no último julgará todas as coisas com equidade — Cordeiro no primeiro advento, Leão no último, Amigo cheio de ternura no segundo.
O Evangelho de Domingo dia 29 de novembro de 2015
«Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra haverá consternação dos povos pela confusão do bramido do mar e das ondas, morrendo os homens de susto, na expectativa do que virá sobre toda a terra, porque as próprias forças celestes serão abaladas. Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande poder e majestade. Quando começarem, pois, a suceder estas coisas, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque está próxima a vossa libertação». «Velai, pois, sobre vós, para que não suceda que os vossos corações se tornem pesados com o excesso do comer e do beber e com os cuidados desta vida, e para que aquele dia não vos apanhe de improviso; porque ele virá como uma armadilha sobre todos os que habitam a superfície de toda a terra. Vigiai, pois, orando sem cessar, a fim de que vos torneis dignos de evitar todos estes males que devem suceder, e de aparecer com confiança diante do Filho do Homem».
Lc 21, 25-28.34-36
«A fim de aparecerdes firmes diante do Filho do Homem»
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Ato de oblação ao Amor misericordioso
Ato de oblação ao Amor misericordioso
Ó meu Deus, bem-aventurada Trindade, desejo amar-Vos e fazer amar¬-Vos, trabalhar para a glorificação da Santa Igreja, a salvar almas. [...] Desejo cumprir na perfeição a Vossa vontade e chegar ao degrau de glória que me preparastes no Vosso Reino; numa palavra, desejo ser santa, mas sinto a minha impotência e peço-Vos, ó meu Deus, que sejais Vós mesmo a minha santidade. Dado que me amastes a ponto de me dardes, para meu salvador e Esposo, o Vosso Filho único, serão pois meus os infinitos tesouros dos Seus méritos: ofereço-Vo-los com alegria, suplicando-Vos que me olheis apenas através da face de Jesus e no Seu coração ardente de amor. [...]
Agradeço-Vos, meu Deus, por todas as graças que me concedestes, em particular por me terdes feito passar pelo crisol do sofrimento. Será com alegria que Vos contemplarei no último dia, levando o ceptro da cruz. Porque Vos dignastes dar-me em partilha esta cruz tão preciosa, espero juntar-me a Vós no céu e ver brilhar no meu corpo glorificado os estigmas sagrados da Vossa Paixão. [...]
Depois do exílio da terra, espero fruir-Vos na pátria. Mas não quero amontoar méritos para o céu, quero apenas trabalhar para o Vosso amor, com o único objectivo de Vos agradar, de consolar o Vosso coração sagrado e de salvar as almas que Vos amarão eternamente. No ocaso desta vida, aparecerei frente a Vós de mãos vazias, porque não Vos peço, Senhor, que conteis as minhas obras. Todos os nossos atos de justiça terão máculas a Vossos olhos. Quero portanto revestir-me da Vossa própria justiça e receber do Vosso amor a posse eterna de Vós mesmo. Não quero trono nem coroa que não sejam Vós, ó meu Bem-Amado! A Vossos olhos o tempo nada é, um só dia é como mil anos (Sl 89,4), podeis portanto num breve instante preparar-me para aparecer diante de Vós.
Agradeço-Vos, meu Deus, por todas as graças que me concedestes, em particular por me terdes feito passar pelo crisol do sofrimento. Será com alegria que Vos contemplarei no último dia, levando o ceptro da cruz. Porque Vos dignastes dar-me em partilha esta cruz tão preciosa, espero juntar-me a Vós no céu e ver brilhar no meu corpo glorificado os estigmas sagrados da Vossa Paixão. [...]
Depois do exílio da terra, espero fruir-Vos na pátria. Mas não quero amontoar méritos para o céu, quero apenas trabalhar para o Vosso amor, com o único objectivo de Vos agradar, de consolar o Vosso coração sagrado e de salvar as almas que Vos amarão eternamente. No ocaso desta vida, aparecerei frente a Vós de mãos vazias, porque não Vos peço, Senhor, que conteis as minhas obras. Todos os nossos atos de justiça terão máculas a Vossos olhos. Quero portanto revestir-me da Vossa própria justiça e receber do Vosso amor a posse eterna de Vós mesmo. Não quero trono nem coroa que não sejam Vós, ó meu Bem-Amado! A Vossos olhos o tempo nada é, um só dia é como mil anos (Sl 89,4), podeis portanto num breve instante preparar-me para aparecer diante de Vós.
O Evangelho do dia 28 de novembro de 2015
«Velai, pois, sobre vós, para que não suceda que os vossos corações se tornem pesados com o excesso do comer e do beber e com os cuidados desta vida, e para que aquele dia não vos apanhe de improviso; porque ele virá como uma armadilha sobre todos os que habitam a superfície de toda a terra. Vigiai, pois, orando sem cessar, a fim de que vos torneis dignos de evitar todos estes males que devem suceder, e de aparecer com confiança diante do Filho do Homem».
Lc 21, 34-36
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