Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Amar a Cristo...

Senhor, quão impacientes somos frequentemente com o próximo e portanto pouco caridosos, ainda há dias já Te reconhecíamos esta enorme falta de amor.

Querido Jesus, ajuda-nos, Te rogamos a sermos de facto bons filhos Teus e a combatermos a falta de disponibilidade para com o próximo.

Obrigado meu Senhor e meu Deus pela Tua paciência em escutar este pobre pecador!

JPR

É universitário e vai para Lisboa? (e não sabe onde ficar?)


Comunistas e fascistas: o Papa explica

Na sua primeira encíclica (Lumen Fidei), Francisco I seguiu a herança central do seu antecessor, isto é, atacou de frente a arrogância do racionalismo que julga possuir a capacidade de autonomizar o homem em relação a qualquer ética transcendente, em relação a qualquer exigência exterior ao "eu" moderninho e pós-moderninho. Numa atmosfera cultural saturada de imanência (decretos legais e sentenças científicas chovem todos os dias), Francisco I escreveu aquilo que tinha de escrever enquanto líder da Igreja: existe uma transcendência acima do aqui e agora, acima das leis, acima da ciência. Sim, transcendência. Sim, Deus. Se tiverem problemas com a palavra Deus, usem a expressão Direito Natural para disfarçar o incómodo . O Direito Natural é a pastilha Rennie da teologia.

O pensamento clássico presente nesta encíclica não é um comunicado interno para os claustros. É uma interpelação para o exterior, para a Cidade. É, aliás, uma aula de história e de filosofia. Explico porquê. Na esfera moral, um racionalismo sem qualquer noção de transcendência acaba por fazer coisas imorais ; deixada sozinha no galinheiro, a ciência pode cair num poço sem fundo, basta pensar na fronteira da genética . Na esfera política, uma razão meramente mecânica aceita de forma acrítica aquilo que existe, revelando a incapacidade positivista para desafiar a realidade. Exemplos? Positivistas do início do século XX diziam que a legitimidade de um regime não depende da sua moral mas da sua sobrevivência. Se sobreviver durante muito tempo, fica provado que regime x é legítimo. A Coreia do Norte é, portanto, legitíma. Bonito, ah? E deveras científico. Mais exemplos? O direito português é insuportavelmente positivista. Foi, é e continuará a ser uma escolinha de gestão jurídica daquilo que existe. Pior: o comentário político que nasceu nesta tradição de direito, o comentário à Marcelo, é uma mera gestão do status quo, sem qualquer proposta de mudança normativa . Esta é a parte da filosofia. Falta a parte da história.

Num dos momentos mais pertinentes da encíclica, o Papa argentino recorda o choque entre São Paulo e os fariseus, "a discussão sobre a salvação pela fé ou pelas obras da lei". São Paulo rejeitava a "atitude de quem se quer justificar a si mesmo diante de Deus através das próprias obras". Na esteira de Paulo, Francisco I afirma que "quem actua assim, quem quer ser fonte da sua própria justiça" acaba mal. Neste sentido, os fariseus são a metáfora perfeita da modernidade assanhada que quis substituir a fé pela fé na razão, que quis substituir o Direito Natural pela endeusamento do direito positivo. Qual foi o erro desta modernidade cafeinada? Ao rejeitar a transcendência do Direito Natural, assumiu-se que o direito só podia ser positivo, assumiu-se que a noção de justiça só podia ser determinada pela vontade política. Um erro evidente: os homens falam recorrentemente em "leis injustas" e este julgamento parte sempre - explícita ou implicitamente - de um padrão de justiça que não depende da atmosfera do momento, dos políticos ou sequer da legislação do momento. O direito positivo não é sinónimo de bem ou verdade. Eis, portanto, a lição de história: a modernidade matou milhões através do comunismo e fascismo, as vanguardas modernas, porque libertou os políticos de qualquer travão moral, porque libertou a política de qualquer transcendência independente da imanência humana, porque destruiu o padrão de justiça universal que impõe os direitos inalienáveis do indivíduo, os direitos que não dependem da vontade do poder político. Este padrão universal pode ser apelidado de Direito Natural, sim senhor, mas isso é só uma forma de evitar a palavra proibida: Deus.

Henrique Raposo in Expresso

Estas crises mundiais são crises de santos

Chegou para nós um dia de salvação, de eternidade. Uma vez mais se ouvem os assobios do Pastor Divino, as suas palavras carinhosas: "Vocavi te nomine tuo". – Chamei-te pelo teu nome. Como a nossa mãe, Ele convida-nos pelo nome. Mais: pelo apelativo carinhoso, familiar. Lá, na intimidade da alma, chama, e é preciso responder: "Ecce ego, quia vocasti me". Aqui estou, porque me chamaste; decidido a que desta vez não passe o tempo como a água sobre os seixos rolados, sem deixar rasto.(Forja, 7)

Todos os que aqui estamos fazemos parte da família de Cristo, porque Ele mesmo nos escolheu antes da criação do mundo, por amor, para sermos santos e imaculados diante dele, o qual nos predestinou para sermos seus filhos adoptivos por meio de Jesus Cristo para sua glória, por sua livre vontade. (...)


A meta que proponho – ou melhor, a que Deus indica a todos – não é uma miragem ou um ideal inatingível: podia contar-vos tantos exemplos concretos de mulheres e de homens correntes, como vocês e como eu, que encontraram Jesus que passa quasi in occulto pelas encruzilhadas aparentemente mais vulgares e decidiram segui-lo, abraçando com amor a cruz de cada dia. Nesta época de desmoronamento geral, de concessões e de desânimos, ou de libertinagem e de anarquia, parece-me ainda mais actual aquela convicção simples e profunda que, no princípio da minha actividade sacerdotal e sempre, me consumiu em desejos de comunicar à humanidade inteira: estas crises mundiais são crises de santos. (...)

Vida interior: é uma exigência do chamamento que o Mestre fez à alma de todos. Temos de ser santos – di-lo-ei com uma expressão castiça – da cabeça aos pés: cristãos de verdade, autênticos, canonizáveis; se não, fracassámos como discípulos do único Mestre. Pensem também que Deus, ao reparar em nós, ao conceder-nos a sua graça para lutarmos por alcançar a santidade no meio do mundo, nos impõe também a obrigação do apostolado. (Amigos de Deus,  2–5)

São Josemaría Escrivá

Participantes na JMJ encontrarão na sua mochila um Manual de Bioética (vídeo em espanhol)

«... e as revelaste aos pequeninos»

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
Espelho da fé, 6; PL 180, 384; SC 301 (trad. Breviário)


Tu, alma fiel, quando à tua fé se apresentam mistérios demasiado profundos e a tua natureza estremece, diz sem medo, não com espírito de contradição, mas com desejo de ser ilustrado: Como pode ser isto? (Lc 1,34) Converta-se a tua pergunta em oração, em amor, em piedade, em desejo humilde; não seja perscrutar o que tem de mais alto a majestade de Deus, mas procurar a salvação nos meios salutares que Deus nos oferece. […]

Ninguém conhece o que há em Deus, a não ser o Espírito de Deus (1Cor 2,11). Corre, pois, a participar do Espírito Santo. Ele torna-Se presente logo que é invocado; mais ainda, não poderia ser invocado se não estivesse já presente. E, quando é invocado, vem e traz consigo a abundância da bênção de Deus. É essa a corrente impetuosa do rio que alegra a cidade de Deus (Sl 45,5). E, quando Ele vier, se te encontrar humilde e tranquilo e cheio de respeito pelas palavras de Deus, repousará sobre ti (Lc 1,35); revelar-te-á o que Deus Pai oculta aos sábios e prudentes deste mundo. Então começará a brilhar aos teus olhos aquilo que a Sabedoria (1Cor 1,24) pôde ensinar na terra aos seus discípulo, mas que eles não puderam compreender enquanto não veio o Espírito de verdade, que lhes havia de ensinar a verdade plena (Jo 16,12-13).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«E as revelaste aos pequeninos»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja 
Sermões sobre o Evangelho de S. Mateus, n°38, 1

«Bendigo-Te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos.» Como? Regozijar-Se-á com a perda daqueles que não acreditam n'Ele? Nada disso: são admiráveis os desígnios do Senhor para a salvação dos homens! Quando eles se opõem à verdade, e se recusam a recebê-la, Deus nunca os contraria, deixa-os na sua vontade. A perdição em que caem leva-os a encontrar o caminho; entrando em si mesmos, procuram com ardor a graça da chamada à fé que num primeiro momento haviam desprezado. Quanto aos que continuaram fiéis, mais forte ainda se revela, então, o seu ardor. Cristo regozija-Se, portanto, por estas coisas serem reveladas a alguns, mas atormenta-Se por ficarem escondidas a outros; percebe-se bem que é assim quando, ao aproximar-Se da cidade, Ele chora sobre ela (Lc 19,41). No mesmo espírito, escreve São Paulo: «Demos graças a Deus: éreis escravos do pecado, mas obedecestes de coração ao ensino que vos foi transmitido como norma de vida» (Rm 6,17). 

A que sábios está Jesus a referir-Se? Aos escribas e aos fariseus. Diz isto para encorajar os discípulos, mostrando-lhes os privilégios de foram julgados dignos; os simples pescadores receberam as luzes que os sábios e os entendidos desdenharam. Sábios, estes são-no só de nome; crêem-se sábios mas não passam de falsos eruditos. É por isso que Cristo não diz: «Revelaste-as aos insensatos» mas «aos pequeninos», isto é, a pessoas simples e sem argúcia. [...] Ensina-nos assim a renunciar à loucura das grandezas e a procurar a simplicidade. São Paulo vai mais longe: «Se algum de entre vós se julga sábio à maneira deste mundo, torne-se louco para ser sábio» (1Co 3,18).

O Evangelho do dia 17 de julho de 2013

Então Jesus, falando novamente, disse: «Eu Te louvo ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos pequeninos. Assim é, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. «Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai; nem ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

Mt 11, 25-27