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domingo, 18 de agosto de 2013
Fé e violência são incompatíveis
O Papa Francisco rezou o Angelus deste domingo, 18 de agosto, da janela da residência pontifícia, com milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro.
Na alocução que precedeu a oração mariana, o pontífice explicou um trecho da Carta aos Hebreus que diz: "Corramos com perseverança na corrida, mantendo os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da fé".
"É uma expressão que devemos sublinhar especialmente neste Ano da Fé. Nós, também, ao longo deste ano, mantemos os olhos fixos em Jesus, porque a fé, que é o nosso sim à relação filial com Deus, vem d'Ele: Ele é o único mediador desta relação entre nós e nosso Pai que está nos céus. Jesus é o Filho, e Nele somos filhos", frisou Francisco.
O Santo Padre recordou que a Palavra de Deus deste domingo contém uma palavra de Jesus que nos coloca em crise, e precisa ser explicada, caso contrário, pode levar a mal-entendidos.
"Jesus diz aos seus discípulos: Vocês pensam que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu lhes digo, vim trazer divisão. O que isso significa? Significa que a fé não é algo decorativo, ornamental. Viver a fé não é decorar a vida com um pouco de religião, como se fosse um bolo que decoramos com natas. Não! A fé não é isso. A fé significa escolher Deus como critério-base da vida e Deus não é vazio, Deus não é neutro, Deus é sempre positivo, Deus é amor e o amor é positivo", frisou o pontífice!
O Papa disse ainda que "depois que Jesus veio ao mundo, não podemos mais agir como se Deus não o conhecêssemos, como se fosse algo abstrato, vazio, de referência puramente nominal. Não. Deus tem um rosto concreto, tem um nome: Deus é misericórdia, Deus é fidelidade, é vida que se doa a todos nós. É por isso que Jesus diz: vim trazer divisão, não que Jesus queira dividir as pessoas umas das outras, pelo contrário, Jesus é a nossa paz, é a nossa reconciliação! Mas esta paz não é a paz dos sepulcros, não é neutralidade. Jesus não traz neutralidade. Esta paz não é um compromisso a todo custo".
"Seguir Jesus significa renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade, a justiça, mesmo quando isso exige sacrifício e renúncia dos próprios interesses. E isso sim divide, nós sabemos, divide os vínculos mais estreitos. Mas atenção: não é Jesus quem divide! Ele põe o critério: viver para si mesmos ou viver para Deus e para os outros, ser servido ou servir, obedecer a si mesmo ou obedecer a Deus. E neste sentido Jesus é sinal de contradição", destacou o pontífice.
Francisco frisou que "esta palavra do Evangelho não autoriza o uso da força para difundir a fé. É exatamente o contrário: a verdadeira força do cristão é a força da verdade e do amor, que leva a renunciar a toda violência. Fé e violência são incompatíveis. Fé e violência são incompatíveis. Em vez disso, fé e fortaleza caminham juntas. O cristão não é violento, mas é forte. E com qual fortaleza? Com a da mansidão. A força da mansidão, a força do amor".
O Santo Padre recordou que "entre os parentes de Jesus havia alguns que não partilharam o seu modo de viver e pregar, diz o Evangelho. Mas sua mãe sempre o seguiu fielmente, mantendo fixos os olhos de seu coração em Jesus, o Filho do Altíssimo, e em seu mistério. No final, graças à fé de Maria, os familiares de Jesus tornaram-se parte da primeira comunidade cristã. Peçamos a Maria que nos ajude também a manter os olhos bem fixos em Jesus e a segui-lo sempre".
Após a oração do Angelus, o Santo Padre recordou mais uma vez que "seguir Jesus não é neutro, seguir Jesus significa se envolver, porque a fé não é algo decorativo, é força de alma".
O Papa saudou com afeto os romanos, peregrinos, famílias, grupos paroquiais e jovens e pediu-lhes para rezar pelas vítimas do acidente entre uma balsa e um navio cargueiro, em Cebu, nas Filipinas, na última sexta-feira, e suas famílias.
Francisco pediu aos fiéis para que continuem rezando pela paz no Egipto Todos juntos repetiram junto com o Papa: 'Maria, Rainha da Paz, rogai por nós'!
A seguir, o pontífice saudou o grupo folclórico polaco proveniente de Edmonton, no Canadá, e os jovens de Brembilla, perto de Bergamo, que levarão a pé de Roma à sua cidade a tocha abençoada pelo Papa. (MJ)
(Fonte: 'news.va')
Vídeo da ocasião em italiano
Bom Domingo do Senhor!
Conforme o Senhor nos alerta no Evangelho de hoje (Lc 12, 49-53) saibamos aceitar com humildade as divisões não sendo nós próprios causadores das mesmas salvo na defesa da nossa fé.
Que o Senhor nos ajude a ser firmes na fé e caridosos em tudo o mais!
«Dou-vos a minha paz» (Jo 14,27)
Concílio Vaticano II
Constituição da Igreja no mundo deste tempo «Gaudium et spes», § 78
Constituição da Igreja no mundo deste tempo «Gaudium et spes», § 78
A paz não é ausência de guerra; nem se reduz ao estabelecimento do equilíbrio entre as forças adversas, nem resulta duma dominação despótica. Com toda a exactidão e propriedade ela é chamada «obra da justiça» (Is 32,7). É um fruto da ordem que o divino Criador estabeleceu para a sociedade humana, e que deve ser realizada pelos homens, sempre anelantes por uma mais perfeita justiça. […] Por esta razão, a paz nunca se alcança duma vez para sempre, antes deve estar constantemente a ser edificada. Além disso, como a vontade humana é fraca e ferida pelo pecado, a busca da paz exige o constante domínio das paixões de cada um e a vigilância da autoridade legítima. Mas tudo isto não basta. […] Absolutamente necessárias para a edificação da paz são ainda a vontade firme de respeitar a dignidade dos outros homens e povos e a prática assídua da fraternidade. A paz é assim também fruto do amor, o qual vai além do que a justiça consegue alcançar.
A paz terrena, nascida do amor do próximo, é imagem e efeito da paz de Cristo, vinda do Pai. Pois o próprio Filho encarnado, Príncipe da Paz, reconciliou com Deus, pela cruz, todos os homens; restabelecendo a unidade de todos num só povo e num só corpo, extinguiu o ódio e, exaltado na ressurreição, derramou nos corações o Espírito de amor. Todos os cristãos são, por isso, insistentemente chamados a, «praticando a verdade na caridade» (Ef 4,15), unirem-se aos homens verdadeiramente pacíficos para implorarem e edificarem a paz. […]
Na medida em que os homens são pecadores, o perigo da guerra ameaça-os e continuará a ameaçá-los até à vinda de Cristo; mas na medida em que, unidos em caridade, superam o pecado, superadas ficam também as lutas, até que se realize aquela palavra: «com as espadas forjarão arados e foices com as lanças. Nenhum povo levantará a espada contra outro e jamais se exercitarão para a guerra» (Is 2,4).
A paz terrena, nascida do amor do próximo, é imagem e efeito da paz de Cristo, vinda do Pai. Pois o próprio Filho encarnado, Príncipe da Paz, reconciliou com Deus, pela cruz, todos os homens; restabelecendo a unidade de todos num só povo e num só corpo, extinguiu o ódio e, exaltado na ressurreição, derramou nos corações o Espírito de amor. Todos os cristãos são, por isso, insistentemente chamados a, «praticando a verdade na caridade» (Ef 4,15), unirem-se aos homens verdadeiramente pacíficos para implorarem e edificarem a paz. […]
Na medida em que os homens são pecadores, o perigo da guerra ameaça-os e continuará a ameaçá-los até à vinda de Cristo; mas na medida em que, unidos em caridade, superam o pecado, superadas ficam também as lutas, até que se realize aquela palavra: «com as espadas forjarão arados e foices com as lanças. Nenhum povo levantará a espada contra outro e jamais se exercitarão para a guerra» (Is 2,4).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Os nossos dias no Reino de Op - Paola Natalicchio, uma mãe, narra a oncologia pediátrica
Há livros que nunca deveriam ser lidos, porque nunca deveriam ser escritos. E simplesmente porque existem coisas que nunca deveriam acontecer. Por exemplo, nunca deveriam existir enfermarias hospitalares dedicadas à oncologia pediátrica. Nem à reanimação pediátrica. Nunca se deveria aceitar que a um bebé com apenas dois meses seja diagnosticado um fibrossarcoma abdominal, um raro tumor no abdómen; ou que alguém sofra, com sete anos, de um neuroblastoma metástico destinado a disseminar-se progressivamente dos pulmões para outras partes do corpo, até alcançar o cérebro; ou que, com doze anos, se receba como dom um diagnóstico de ependimoma, raríssimo tumor da medula espinhal; ou também, nunca se deveria, com quinze anos, ter um osteossarcoma no fémur. Todavia, acontece.
Tendo vivido na própria pele a experiência atroz de um filho doente, Paola Natalicchio (nascida em 1978) decidiu compartilhar a sua história. Angelo «completou sete ciclos de quimioterapia e sofreu uma operação que reabriu o seu desafio à vida. Não sarou. Serão necessários cinco anos para poder afirmar se realmente está bem. Entretanto, está bem. (…) Também eu e o Marco estamos bastante bem. Casamo-nos. Voltámos a trabalhar. E há dias em que conseguimos sentir-nos uma família normal. Mas nunca vou deixar de narrar a nossa viagem ao Reino de Op. Porque aprendi que a dor nunca deve ser removida, nem desperdiçada. Existe sempre um ponto de alavanca para a derrubar, a dor, e para a transformar em algo diferente». Natalicchi narrou tudo isto num livro, Il Regno di Op (Torino, Einaudi, 2013, 158 páginas) e continua a fazê-lo num blog (http://ilregnodiop.blogspot.pt/), que «hoje se tornou o espaço no qual uma comunidade – a das famílias das crianças oncológicas - se reencontra, está próxima mas sobretudo busca o contacto com o exterior, sem medo de tocar a pele e de se fazer tocar. Sem luvas de plástico». O que faz de um ser humano uma pessoa é a sua capacidade de enfrentar a realidade. As alegrias assim como as dores: nunca sozinhos, perante as multíplice situações da nossa vida. Mil faces que compõem e desenham o que somos.
Giulia Galeotti
9 de Agosto de 2013
(© L'Osservatore Romano)
(© L'Osservatore Romano)
«Lançar fogo sobre a terra»: o dom do Espírito Santo (At 2,3)
Ó Espírito de Deus, espírito de verdade e de luz,
Permanece constantemente na minha alma pela Tua graça divina.
Que o Teu sopro dissipe as trevas
E que na Tua luz as boas acções se multipliquem.
Ó Espírito de Deus, Espírito de amor e de misericórdia,
Que derramas no meu coração o bálsamo da confiança,
A Tua graça confirme a minha alma no bem,
Dando-lhe uma força invencível: a constância!
Ó Espírito de Deus, Espírito de paz e de alegria,
Que reconfortas o meu coração sedento,
Que derramas nele a fonte viva do amor divino,
E o tornas intrépido na luta.
Ó Espírito de Deus, ó mais amoroso hóspede da minha alma,
Eu desejo, por meu lado, ser-Te fiel,
Tanto nos dias de felicidade como nas horas de sofrimento;
Desejo, Espírito de Deus, viver sempre na tua presença.
Ó Espírito de Deus, que impregnas o meu ser
E me fazes conhecer a Tua vida divina e trinitária,
Tu me inicias no Teu Ser divino;
Unida assim a Ti, tenho a vida eterna.
Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Pequeno diário, 1411
Permanece constantemente na minha alma pela Tua graça divina.
Que o Teu sopro dissipe as trevas
E que na Tua luz as boas acções se multipliquem.
Ó Espírito de Deus, Espírito de amor e de misericórdia,
Que derramas no meu coração o bálsamo da confiança,
A Tua graça confirme a minha alma no bem,
Dando-lhe uma força invencível: a constância!
Ó Espírito de Deus, Espírito de paz e de alegria,
Que reconfortas o meu coração sedento,
Que derramas nele a fonte viva do amor divino,
E o tornas intrépido na luta.
Ó Espírito de Deus, ó mais amoroso hóspede da minha alma,
Eu desejo, por meu lado, ser-Te fiel,
Tanto nos dias de felicidade como nas horas de sofrimento;
Desejo, Espírito de Deus, viver sempre na tua presença.
Ó Espírito de Deus, que impregnas o meu ser
E me fazes conhecer a Tua vida divina e trinitária,
Tu me inicias no Teu Ser divino;
Unida assim a Ti, tenho a vida eterna.
Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Pequeno diário, 1411
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