Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 21 de junho de 2020

Levai a carga uns dos outros

Diz o Senhor: "Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Nisto se conhecerá que sois meus discípulos". – E São Paulo: "Levai a carga uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo". – Eu não te digo nada. (Caminho, 385)

Olhando à nossa volta, talvez descobríssemos razões para pensar que a caridade é realmente uma virtude ilusória. Mas considerando as coisas com sentido sobrenatural, descobrirás também a raiz dessa esterilidade, que se cifra numa ausência de convívio intenso e contínuo, de tu a tu, com Nosso Senhor Jesus Cristo, e no desconhecimento da acção do Espírito Santo na alma, cujo primeiro fruto é precisamente a caridade.

Recolhendo um conselho do Apóstolo – levai uns as cargas dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo – acrescenta um Padre da Igreja: amando a Cristo, suportaremos facilmente a fraqueza dos outros, mesmo a daquele a quem ainda não amamos, porque não tem boas obras .

Por aí se eleva o caminho que nos faz crescer na caridade. Enganar-nos-íamos se imaginássemos que primeiro temos de nos exercitar em actividades humanitárias, em trabalhos de assistência, excluindo o amor do Senhor. Não descuidemos Cristo por causa do próximo que está enfermo, uma vez que devemos amar o enfermo por causa de Cristo.

Olhai constantemente para Jesus, que, sem deixar de ser Deus, se humilhou tomando a forma de servo para nos poder servir, porque só nessa mesma direcção se abrem os afãs por que vale a pena lutar. O amor procura a união, a identificação com a pessoa amada; e, ao unirmo-nos com Cristo, atrair-nos-á a ânsia de secundar a sua vida de entrega, de amor sem medida, de sacrifício até à morte. Cristo coloca-nos perante o dilema definitivo: ou consumirmos a existência de uma forma egoísta e solitária ou dedicarmo-nos com todas as forças a uma tarefa de serviço. (Amigos de Deus, 236)

São Josemaría Escrivá

Bom Domingo do Senhor!

O Senhor na Sua infinita bondade comprometeu-se em interceder junto do Pai por todos os que O pregaram e defenderam conforme nos narra o Evangelho de hoje (Mt 10, 26-33), tão pouco que nos pede para tanto que nos oferece.

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor fonte permanente de inspiração.

Educação e Liberdade

«Como posso amar e respeitar a liberdade dos meus filhos, se isso significa que muitas vezes não serei obedecido? É possível educar na liberdade?» ― são perguntas de um jovem pai com alguns filhos na “encantadora” idade da adolescência.

A verdade é que educar na liberdade não é uma tarefa nada fácil. No entanto, é o único caminho para educar de verdade, porque toda a tarefa educativa apela à liberdade das pessoas. Educar é diferente de instruir ― e está a anos-luz do conceito “domesticar”. Por isso, educar na liberdade é um caminho que é necessário aprender constantemente a percorrer, e que obriga a saber recomeçar e rectificar quantas vezes for necessário. Os pais cristãos sabem que Deus não os deixa sozinhos nesse caminho tão importante e delicado ao mesmo tempo.

Bento XVI escreveu, numa carta sobre a tarefa urgente da educação das novas gerações, que este era o ponto mais delicado da matéria: o justo equilíbrio entre a liberdade e a disciplina.

Porque existem pais e educadores que, por afã desmedido de liberdade, não educam. E outros que, por afã desmedido de educar, não respeitam a liberdade. Ambos os extremos são igualmente errados. É sobretudo neste ponto que se nota que a educação não é uma técnica que se aprende de uma vez para sempre. Assemelha-se muito mais a uma arte que é necessário aperfeiçoar constantemente.

Não podemos confundir a autoridade ― sem a qual não há educação possível ― com o autoritarismo, caricatura da verdadeira autoridade. A “ditadura familiar” requer muito pouco talento e é, como todas as suas primas ditaduras, uma péssima estratégia a curto, médio e longo prazo.

Mandar é relativamente fácil. Conseguir ser obedecido já não o é tanto. E atenção: o objectivo da educação não se reduz a conseguir ser obedecido, por muito admiráveis que sejam os mandatos. O objectivo número um da educação é preparar os filhos para que possam escolher livremente o que é melhor para eles. Em poucas palavras: ensiná-los a usarem bem a sua liberdade.

Por isso, aquilo que exige uma verdadeira arte dos pais é conseguir que os filhos obedeçam num clima de liberdade, sem nunca terem a sensação de que se lhes “rouba” a justa capacidade de iniciativa a que têm direito, de acordo com a sua idade. A autonomia de uma criança não é a mesma de um adolescente ou de um jovem. Os filhos crescem e têm de aprender a ponderar e a decidir com responsabilidade pessoal.

Amar os filhos de verdade é amar a sua liberdade ― como Deus faz com cada um de nós. Apesar de todo o empenho que os pais ponham, sempre será necessário correr um justo risco da liberdade dos filhos. Só assim o seu crescimento é verdadeiramente seu: aprendem a ponderar, decidir, rectificar e recomeçar.

Valha uma comparação para terminar: uma planta não cresce porque o jardineiro a estique, mas porque faz seu o alimento que recebe.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Quero...

- Oh, Jesus, quero ser uma fogueira de loucura de Amor! Quero que só a minha presença seja bastante para incendiar o mundo, num raio de muitos quilómetros, com um incêndio inextinguível. Quero saber que sou teu. Depois, venha a Cruz...Magnífico caminho!: sofrer, amar e crer.

S. Josemaría Escrivá – Forja 790

«Não temais [...] Não tenhais medo» (Mt 10, 28.31)

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II) 
Nº 5

Dou-Te graças, Senhor, 
Porque Te amo. 
Não me abandones, Altíssimo, 
Porque em Ti espero. 
De graça recebi a Tua Graça 
E é ela que me dá vida. 
Quando os meus perseguidores chegarem, 
Nem sequer poderão descortinar-me, 
Porque uma nuvem de obscuridade descerá ante os seus olhos 
E embaçá-los-á um ar de trevas. 
Não poderão distinguir-me sem luz, 
Nem de me agarrar serão capazes. [...]

Os planos que eles engendraram 
Ficarão reduzidos a nada. 
Conceberam projectos maldosos, 
Mas é só vê-los defraudados. 

No Senhor coloco a minha esperança 
E não temo nem por um segundo. 
No Senhor está a minha salvação, 
Não temo nem um bocadinho. 
Ele é uma coroa na minha cabeça, 
Com Ele não vacilarei.

Mesmo que o Universo inteiro vacilasse 
Manter-me-ia de pé. 
Se morrer tudo o que a vista alcança, 
Sei que não hei-de morrer, 
Porque o Senhor está comigo 
E eu com Ele. 
Aleluia!