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terça-feira, 12 de agosto de 2014
Totus Tuus de Mons. Marco Frisina
Totus tuus sum ,Maria,
Mater nostri Redemptoris,
Virgo Dei, Virgo pia,
Mater mundi Salvatoris.
Amen.
A unidade e a integridade da fé
A unidade da Igreja, no tempo e no espaço, está ligada com a unidade da fé: « Há um só Corpo e um só Espírito, (...) uma só fé » (Ef 4, 4-5). Hoje poderá parecer realizável a união dos homens com base num compromisso comum, na amizade, na partilha da mesma sorte com uma meta comum; mas sentimos muita dificuldade em conceber uma unidade na mesma verdade; parece-nos que uma união do género se oporia à liberdade do pensamento e à autonomia do sujeito. Pelo contrário, a experiência do amor diz-nos que é possível termos uma visão comum precisamente no amor: neste, aprendemos a ver a realidade com os olhos do outro e isto, longe de nos empobrecer, enriquece o nosso olhar. O amor verdadeiro, à medida do amor divino, exige a verdade e, no olhar comum da verdade que é Jesus Cristo, torna-se firme e profundo. Esta é também a alegria da fé: a unidade de visão num só corpo e num só espírito. Neste sentido, São Leão Magno podia afirmar: « Se a fé não é una, não é fé ».[40]
Qual é o segredo desta unidade? A fé é una, em primeiro lugar, pela unidade de Deus conhecido e confessado. Todos os artigos de fé se referem a Ele, são caminhos para conhecer o seu ser e o seu agir; por isso, possuem uma unidade superior a tudo quanto possamos construir com o nosso pensamento, possuem a unidade que nos enriquece, porque se comunica a nós e nos torna um.
Depois, a fé é una, porque se dirige ao único Senhor, à vida de Jesus, à história concreta que Ele partilha connosco. Santo Ireneu de Lião deixou isto claro, contrapondo-o aos hereges gnósticos. Estes sustentavam a existência de dois tipos de fé: uma fé rude, a fé dos simples, imperfeita, que se mantinha ao nível da carne de Cristo e da contemplação dos seus mistérios; e outro tipo de fé mais profunda e perfeita, a fé verdadeira reservada para um círculo restrito de iniciados, que se elevava com o intelecto para além da carne de Jesus rumo aos mistérios da divindade desconhecida. Contra esta pretensão, que ainda em nossos dias continua a ter o seu encanto e os seus seguidores, Santo Ireneu reafirma que a fé é uma só, porque passa sempre pelo ponto concreto da encarnação, sem nunca superar a carne e a história de Cristo, dado que Deus Se quis revelar plenamente nela. É por isso que não há diferença, na fé, entre « aquele que é capaz de falar dela mais tempo » e « aquele que fala pouco », entre aquele que é mais dotado e quem se mostra menos capaz: nem o primeiro pode ampliar a fé, nem o segundo diminuí-la.[41]
Por último, a fé é una, porque é partilhada por toda a Igreja, que é um só corpo e um só Espírito: na comunhão do único sujeito que é a Igreja, recebemos um olhar comum. Confessando a mesma fé, apoiamo-nos sobre a mesma rocha, somos transformados pelo mesmo Espírito de amor, irradiamos uma única luz e temos um único olhar para penetrar na realidade.
[40] In nativitate Domini sermo, 4, 6: SC 22, 110.
[41] Cf. Ireneu, Adversus haereses, I, 10, 2: SC 264, 160.
Lumen Fidei, 47
«Quem, pois, se fizer humilde como este menino será o maior no Reino do Céu.»
Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Diário, Fátima, 2003, § 244
Diário, Fátima, 2003, § 244
Eis que começou agora mais um dia do vulgar e cinzento quotidiano. Passados que foram os momentos solenes dos votos perpétuos, na alma permaneceu uma grande graça divina. Sinto que sou toda de Deus, sua filha e inteira propriedade dele. Experimento isto até de uma maneira física e sensível. Mantenho-me absolutamente tranquila a respeito de tudo, pois sei bem que é desvelo do Esposo pensar em mim. Eu, pelo meu lado, acabei por me esquecer inteiramente de mim.
E a minha confiança no seu misericordiosíssimo coração não tem limites. Estou continuamente unida a Ele e tenho a impressão de que Jesus não pode ser feliz sem mim, nem eu sem Ele. Embora compreenda que, sendo Deus, é em Si mesmo a beatitude, e que em absoluto não necessita de nenhum outro ser, contudo a sua bondade compele-O a dar-Se a Si próprio à criatura – e isto com uma inconcebível generosidade.
E a minha confiança no seu misericordiosíssimo coração não tem limites. Estou continuamente unida a Ele e tenho a impressão de que Jesus não pode ser feliz sem mim, nem eu sem Ele. Embora compreenda que, sendo Deus, é em Si mesmo a beatitude, e que em absoluto não necessita de nenhum outro ser, contudo a sua bondade compele-O a dar-Se a Si próprio à criatura – e isto com uma inconcebível generosidade.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 12 de agosto de 2014
Naquela mesma ocasião aproximaram-se de Jesus os discípulos, dizendo: «Quem é o maior no Reino dos Céus?». Jesus, chamando uma criança, pô-la no meio deles e disse: «Na verdade vos digo que, se não vos converterdes e vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Aquele, pois, que se fizer pequeno como esta criança, esse será o maior no Reino dos Céus. E quem receber em Meu nome uma criança como esta, é a Mim que recebe. Vede, não desprezeis um só destes pequeninos, pois vos declaro que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de Meu Pai que está nos céus. «Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, porventura não deixa as outras noventa e nove no monte, e vai em busca daquela que se extraviou? E, se acontecer encontrá-la, digo-vos em verdade que se alegra mais por esta, do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Assim, não é a vontade de vosso Pai que está nos céus que pereça um só destes pequeninos.
Mt 18, 1-5.10.12-14
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