Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Ano Mariano

Convoquei um ano mariano no Opus Dei para rezar com toda a Igreja pela próxima Assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos, que será sobre a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo. Queremos, e assim o pedimos de forma veemente a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, que em todo a parte se redescubra o valor insubstituível desta célula fundamental da sociedade. Se os lares cristãos reconhecem e aceitam os desígnios de Deus para eles, podem remediar-se os males que afetam os povos e as nações.
S. João Paulo II, nas primeiras semanas do seu pontificado, ao receber um grupo de casais que participavam em cursos de orientação familiar, disse-lhes: «o futuro da Igreja e da humanidade nasce e cresce na família» [5]. Mais tarde, repetiria esta ideia, de uma e de outra maneira, em incontáveis ocasiões, durante o seu longo e fecundo pontificado. Na Exortação Apostólica Familiaris consortio, fruto do Sínodo dos Bispos de 1980, escreveu: «No plano de Deus Criador e Redentor, a família descobre não só a sua "identidade", o que "é", mas também a sua "missão", o que pode e deve "fazer". A missão que a família é chamada por Deus a desempenhar na História, brota do seu próprio ser e representa o seu desenvolvimento dinâmico e existencial» [6]. E concluía, com um chamamento premente, que continua a ressoar agora com mais força: «Família, "torna-te" naquilo que "és"»!" [7]
Qualquer momento é bom para elevarmos ao Céu esta petição, e com mais razão neste tempo festivo de Natal, que lança uma luz diáfana sobre o plano divino para o género humano. Os Anjos anunciaram aos pastores uma grande alegria, que o será para todo o povo: hoje nasceu para vós, na cidade de David, o Salvador, que é o Messias, o Senhor [8]. Toda a humanidade aparece como destinatária desta boa nova. S. Lucas relata-o brevemente: foram a toda a pressa e encontraram Maria, José e o Menino reclinado no presépio [9]. No princípio, Deus criou o homem e a mulher com igual dignidade, estabelecendo a primeira família humana, e deu-lhes o mandato de governar o universo material e de povoar a Terra [10]. Aqui se fundamenta a raiz da instituição familiar. Mas o acontecimento de Belém vai muito mais além: o próprio Deus, na Sua benevolência infinita, encarnou no seio de uma família, mostrando assim a Sua Vontade para o adequado desenvolvimento da humanidade. A família de Belém aparece como modelo de todos os lares da Terra.
[5]. S. João Paulo II, Discurso numa Audiência privada, 30-X-1978.
[6]. S. João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 22-XI-1981, n. 17.
[7]. S. João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 22-XI-1981, n. 17.
[8]. Lc 2, 11.[9]. Lc 2, 16.[10]. Cfr. Gn 1, 26-28.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de janeiro de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

«Aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz»

São Romano, o Melodista (?-c. 560), compositor de hinos 
Hinos para a Epifania, I, 1-2; II, 3


Hoje, Senhor, Tu manifestaste-Te ao Universo e a Tua luz apareceu-nos. Por isso, face a essa revelação, nós Te cantamos: Tu vieste, Tu manifestaste-Te, ó luz inacessível! (1Tm 6,16). [...]

Na Galileia dos gentios, no país de Zabulão, na terra de Neftali, como diz o profeta, resplandeceu Cristo, a grande luz (cf Is 8,23-9,1); para os que estavam nas trevas, uma grande claridade brilhou em Belém. O Senhor nascido de Maria, o Sol de justiça, faz irradiar os Seus raios para todo o universo (cf Ml 3,20). Nós, os filhos de Adão que estamos nus, venhamos, revistamo-nos d'Ele para nos aquecermos. Pois foi para vestir os que estão nus, e iluminar os que estão nas trevas, que Tu Te manifestaste, ó luz inacessível.

Deus não desprezou aquele que por malícia foi despojado das suas vestes no Paraíso e perdeu a veste tecida pelas mãos de Deus; volta-Se de novo para ele e a Sua santa voz chama quem Lhe desobedeceu: Adão, «onde estás? (Gn 3,9) Não te escondas de Mim. Por muito nu e pobre que estejas, quero ver-te. Não tenhas medo, fiz-Me semelhante a ti. Tu querias tornar-te deus (cf. Gn 3,5) e não conseguiste. Agora fui Eu que Me fiz carne porque quis. Apresenta-te pois, reconhece-Me e diz: Tu vieste, Tu manifestaste-Te, ó luz inacessível. [...]

Canta, canta Adão: adora Aquele que a ti vem. Enquanto te afastavas Ele manifestava-Se-te para que O visses, O tocasses, O acolhesses. Aquele a Quem temias quando foste enganado pelo demónio fez-Se semelhante a ti, por ti. Desceu à terra para te levar aos céus; tornou-Se mortal para que tu te tornasses Deus e recuperasses a tua beleza inicial. Querendo abrir-te as portas do Paraíso viveu em Nazaré. Por tudo isso canta, ó homem, canta e louva Aquele que Se manifestou e iluminou todo o universo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de dia 5 de janeiro de 2015

Tendo Jesus ouvido dizer que João fora preso, retirou-Se para a Galileia. Depois, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, situada junto do mar, nos confins de Zabulon e Neftali, cumprindo-se o que tinha sido anunciado pelo profeta Isaías, quando disse: “Terra de Zabulon e terra de Neftali, terra que confina com o mar, país além do Jordão, Galileia dos gentios! Este povo, que jazia nas trevas, viu uma grande luz, e uma luz levantou-se para os que jaziam na sombra da morte”. Desde então, começou Jesus a pregar: «Fazei penitência porque está próximo o Reino dos Céus». Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho do reino de Deus, e curando todas as enfermidades entre o povo. A Sua fama espalhou-se por toda a Síria, e trouxeram-Lhe todos os que tinham algum mal, possuídos de vários achaques e dores: possessos, lunáticos, paralíticos. E Ele curava-os. Seguiam-n'O grandes multidões de povo da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e de além do Jordão.

Mt 4, 12-17.23-25