Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
"Renovar a fé no Pastor Supremo: Cristo Senhor"
Bento XVI presidiu à celebração das cinzas, na Basílica de São Pedro, com votos de «regresso a Deus»
Bento XVI, que esta segunda-feira apresentou a renúncia ao pontificado, disse hoje no Vaticano que a Igreja vive um momento “particular”, deixando agradecimentos a quantos o acompanharam nesta missão.
“Para mim, esta é uma ocasião propícia para agradecer a todos, especialmente aos fiéis da Diocese de Roma, enquanto me preparo para concluir o ministério petrino, e para pedir uma particular recordação na oração”, disse, na homilia da celebração das cinzas, que foi transferida para a Basílica de São Pedro, dando início ao tempo da Quaresma.
A Quaresma é um período de 40 dias em que os católicos são chamados a práticas de jejum, penitência e esmola para preparar a Páscoa, a festa mais importante do calendário cristão que assinala a ressurreição de Jesus.
A homilia do Papa cessante falou da importância do “regresso a Deus”, lembrando os que “estão longe da fé ou indiferentes”.
“Muitos estão prontos para ‘rasgar as vestes’, perante escândalos e injustiças, mas poucos parecem disponíveis para agir sobre o seu próprio ‘coração’, a própria consciência e as suas intenções, deixando que o Senhor transforme, renove e converta”, acrescentou.
Bento XVI convidou os presentes a viverem o “caminho penitencial” da Quaresma em conjunto com “muitos irmãos e irmãs, na Igreja”.
“Viver a Quaresma numa comunhão eclesial mais intensa e evidente, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso”, precisou.
O Papa frisou que o “regresso a Deus” implica “a cruz, seguir Cristo no caminho que conduz ao Calvário, ao dom total de si”.
“É um caminho no qual se aprende todos os dias a sair cada vez mais do nosso egoísmo e dos nossos fechamentos, para dar espaço a Deus que abre e transforma o coração”, acrescentou.
Bento XVI concluiu com o pedido de que ninguém fique “surdo” perante estes convites à conversão, elogiando o “rito austero, tão simples e tão sugestivo, da imposição das cinzas”.
OC / Agência Ecclesia
Só vídeo
Bento XVI, que esta segunda-feira apresentou a renúncia ao pontificado, disse hoje no Vaticano que a Igreja vive um momento “particular”, deixando agradecimentos a quantos o acompanharam nesta missão.
“Para mim, esta é uma ocasião propícia para agradecer a todos, especialmente aos fiéis da Diocese de Roma, enquanto me preparo para concluir o ministério petrino, e para pedir uma particular recordação na oração”, disse, na homilia da celebração das cinzas, que foi transferida para a Basílica de São Pedro, dando início ao tempo da Quaresma.
A Quaresma é um período de 40 dias em que os católicos são chamados a práticas de jejum, penitência e esmola para preparar a Páscoa, a festa mais importante do calendário cristão que assinala a ressurreição de Jesus.
A homilia do Papa cessante falou da importância do “regresso a Deus”, lembrando os que “estão longe da fé ou indiferentes”.
“Muitos estão prontos para ‘rasgar as vestes’, perante escândalos e injustiças, mas poucos parecem disponíveis para agir sobre o seu próprio ‘coração’, a própria consciência e as suas intenções, deixando que o Senhor transforme, renove e converta”, acrescentou.
Bento XVI convidou os presentes a viverem o “caminho penitencial” da Quaresma em conjunto com “muitos irmãos e irmãs, na Igreja”.
“Viver a Quaresma numa comunhão eclesial mais intensa e evidente, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso”, precisou.
O Papa frisou que o “regresso a Deus” implica “a cruz, seguir Cristo no caminho que conduz ao Calvário, ao dom total de si”.
“É um caminho no qual se aprende todos os dias a sair cada vez mais do nosso egoísmo e dos nossos fechamentos, para dar espaço a Deus que abre e transforma o coração”, acrescentou.
Bento XVI concluiu com o pedido de que ninguém fique “surdo” perante estes convites à conversão, elogiando o “rito austero, tão simples e tão sugestivo, da imposição das cinzas”.
OC / Agência Ecclesia
Só vídeo
Amar a Cristo...
Bom Mestre e Amigo de todas as horas, confessamos-Te que numa atitude pouco cristã há momentos em que não conseguimos calar a nossa indignação que nos provoca um aperto no coração, por não podermos, nem devermos, dizer tudo o que nos vai na alma. Estamos evidentemente a falar do relativismo e da forma como vemos alguns católicos, incluindo sacerdotes, pecarem por omissão.
Não, não se trata de bom senso e não sejamos ingénuos, a verdade é que não amam Jesus Cristo Ressuscitado, respeitam Jesus Cristo humanizado e como verdadeiros narcisistas que são isso chega-lhes para se darem bem com muita gente, ou seja, são tíbios e hipócritas, esquecendo-se que Tu para nós és exemplum e também donum.
JPR
Não, não se trata de bom senso e não sejamos ingénuos, a verdade é que não amam Jesus Cristo Ressuscitado, respeitam Jesus Cristo humanizado e como verdadeiros narcisistas que são isso chega-lhes para se darem bem com muita gente, ou seja, são tíbios e hipócritas, esquecendo-se que Tu para nós és exemplum e também donum.
JPR
QUARTA FEIRA DE CINZAS
O tempo da Quaresma é para mim um tempo de profunda tranquilidade, um tempo de procura de um encontro sempre mais intimo com Deus, um tempo de uma serena alegria, um tempo de regressar, (não ao ventre materno como pergunta Nicodemos a Jesus Jo 3, 4), mas ao nascer do Alto, ao nascer do e no Espírito Santo, que nos conduz no caminho da conversão, no caminho da santidade.
No tempo da Quaresma os cânticos, os Salmos, “enchem-se” de palavras e de músicas que convidam à interioridade, repassadas por vezes de dor, mas sempre com uma serena alegria por detrás, a alegria da confiança, da esperança que nos leva a acreditar, a viver a Verdade, de que a seguir à Paixão e Morte do Senhor, vem inexorável a Sua Ressurreição.
«Chegaram os dias de penitência:
expiemos nossos pecados e salvaremos nossas almas.»
Assim cantamos, e neste cântico vêm-me as lágrimas aos olhos, não tanto porque sou pecador, mas mais porque pela graça de Deus me sei pecador.
Mas essas lágrimas, não são lágrimas de tristeza, mas de uma imensa serenidade, quase diria de um intimo consolo, por saber, por acreditar, que o Seu amor por nós, por mim, é sempre muito maior, infinitamente maior, do que as nossas fraquezas, do que o meu pecado.
Quando as cinzas caírem na minha cabeça, neste dia de Quarta feira de Cinzas, peço a Deus que elas caiam directas no meu coração, que o meu pecado, desde o mais leve ao mais pesado, seja transformado nessas cinzas, e assim purificado pelo Seu amor, que do meu coração se eleve um cântico, um salmo de louvor ao meu Deus e meu Senhor, e que nos meus lábios desponte o sorriso sereno daqueles que nada temem porque vivem a verdade da Sua constante presença no meio de nós e em nós.
«Chegaram os dias de penitência:
expiemos nossos pecados e salvaremos nossas almas.»
'CINZAS' de António Mexia Alves
No simbolismo especial
Desta Quarta-Feira.
Mais leves,
Os meus pecados redimem-se afinal
Nesta Quarta-Feira.
O grande peso que me oprimia os ombros
Fica nos escombros
Desta Quarta-Feira.
Naquele montinho de pó
Desta Quarta-Feira.
Estou eu, só!
Quarta-Feira de Cinzas, 2013
Imitação de Cristo, 3, 52, 2 - Que o homem se não repute digno de consolação, mas merecedor de castigo
Que fiz eu, Senhor, para que me désseis alguma consolação celestial? Não me lembra ter feito bem algum, mas antes fui sempre inclinado a pecados, e tardio na emenda. É esta a verdade, não há negá-lo. Se dissesse outra coisa, vós estaríeis contra mim e não haveria quem me defendesse. Que outra coisa mereci pelos meus pecados, senão o inferno e o fogo eterno? Confesso com sinceridade que sou digno de todo escárnio e desprezo, e que não mereço ser contado no número de vossos servos. E ainda que ouça isso muito a contragosto, por amor à verdade, acusarei contra mim os meus pecados, para alcançar mais facilmente a vossa misericórdia.
Bento XVI explica de novo as razões da sua decisão
Caros irmãos e irmãs,
Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou a 19 de abril de 2005. Fi-lo em plena liberdade, para o bem da Igreja, depois de ter rezada longamente e de ter examinado diante de Deus a minha consciência, bem consciente da gravidade dessa ato, mas também consciente de já não estar em condições de prosseguir o ministério petrino com aquela força que ele exige. Sustenta-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, à qual nunca faltará a sua guia e o seu cuidado. Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me tendes acompanhado. (aplausos). Obrigado, senti quase fisicamente nestes dias nada fáceis para mim, a força da oração que o amor da Igreja, a vossa oração, me traz. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa. O Senhor o guiará.
Rádio Vaticano
Só vídeo da entrada de Bento XVI na sala Paulo VI
Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou a 19 de abril de 2005. Fi-lo em plena liberdade, para o bem da Igreja, depois de ter rezada longamente e de ter examinado diante de Deus a minha consciência, bem consciente da gravidade dessa ato, mas também consciente de já não estar em condições de prosseguir o ministério petrino com aquela força que ele exige. Sustenta-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, à qual nunca faltará a sua guia e o seu cuidado. Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me tendes acompanhado. (aplausos). Obrigado, senti quase fisicamente nestes dias nada fáceis para mim, a força da oração que o amor da Igreja, a vossa oração, me traz. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa. O Senhor o guiará.
Rádio Vaticano
Só vídeo da entrada de Bento XVI na sala Paulo VI
«Continuai a rezar pelo Papa e pela Igreja», pede Bento XVI
Decisão de resignar foi tomada «em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de muito rezar» e de ter «examinado» a «consciência diante de Deus»
O Papa pediu hoje aos fiéis que continuem “a rezar pelo Papa e pela Igreja”, depois de nesta segunda-feira ter anunciado a resignação, que terá efeito a partir de 28 de fevereiro.
“Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou a 19 de abril de 2005”, disse Bento XVI perante milhares de peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, no Vaticano, ao abrir a audiência geral das quartas-feiras.
Bento XVI sublinhou que a decisão foi tomada “em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de muito rezar” e de ter “examinado” a “consciência diante de Deus”.
O Papa frisou que está “bem consciente da gravidade” do seu ato, “mas também consciente de não estar mais em condições de desempenhar o ministério petrino com a força física e de espírito que requer”.
“Sustenta-me e ilumina-me a certeza que a Igreja é de Cristo, o qual nunca lhe faltará a sua orientação e o seu cuidado”, assinalou.
“Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me haveis acompanhado. Continuai a rezar pelo Papa e pela Igreja”, concluiu antes de iniciar a catequese dedicada à Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, que ocorre hoje.
RJM / Agência Ecclesia
O Papa pediu hoje aos fiéis que continuem “a rezar pelo Papa e pela Igreja”, depois de nesta segunda-feira ter anunciado a resignação, que terá efeito a partir de 28 de fevereiro.
“Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou a 19 de abril de 2005”, disse Bento XVI perante milhares de peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, no Vaticano, ao abrir a audiência geral das quartas-feiras.
Bento XVI sublinhou que a decisão foi tomada “em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de muito rezar” e de ter “examinado” a “consciência diante de Deus”.
O Papa frisou que está “bem consciente da gravidade” do seu ato, “mas também consciente de não estar mais em condições de desempenhar o ministério petrino com a força física e de espírito que requer”.
“Sustenta-me e ilumina-me a certeza que a Igreja é de Cristo, o qual nunca lhe faltará a sua orientação e o seu cuidado”, assinalou.
“Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me haveis acompanhado. Continuai a rezar pelo Papa e pela Igreja”, concluiu antes de iniciar a catequese dedicada à Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, que ocorre hoje.
RJM / Agência Ecclesia
Amado Irmão Joseph Alois Ratzinger
Desconheço em absoluto se o Direito Canónico, que prevê a hipótese de resignação, contempla a forma de trato e as vestes que um Papa resignatário deverá usar, pessoalmente e conhecendo a tua humildade e simplicidade creio que gostarias de ficar apenas como Irmão, irmão carinhoso e sincero de todos os que fizeram parte do teu rebanho enquanto ocupaste a Cadeira de Pedro, pelo que no meu coração serás sempre o Irmão Joseph a quem muito amo.
Já quanto às vestes, quase que parece ridículo falar no assunto, pois será certamente algo que encararás com a mesma humildade e entrega a Deus como foi o teu Magistério, permito-me alvitrar que um hábito leve e confortável, mas quente em cinza poderia ser o adequado.
Querido Irmão Joseph, em nada as sugestões que acabo de fazer visam menosprezar a relevância da tua vida na nossa amada Igreja, mas antes pelo contrário apontam ao enaltecimento de um extraordinário homem de Igreja.
Quando iniciei este texto não pensava fazê-lo, mas deixa-me que te diga que estou confiante que um dia, talvez muito anos após a tua partida, e em respeito à tradição, a Igreja te concederá o título de Doutor da Igreja.
Termino e perdoa-me tratar-te por Irmão quando ainda és Papa, amado Irmão, desejando-te uns tempos muito tranquilos e felizes em meditação e oração junto do amor da tua vida, Jesus Cristo Nosso Senhor.
Bem-haja por tudo e um beijo filial,
João Paulo Reis
13.02.2013
CARTA A JESUS NUMA QUARTA-FEIRA
Meu querido Jesus
Hoje é Quarta-feira, e vem à minha memória a Quarta-feira de Cinzas, o arrependimento, a conversão.
Obrigado, adorado Jesus, porque não permitiste que me perdesse e apesar de ter vivido tantos anos afastado de Ti, quando foi o Teu tempo chamaste-me, docemente fizeste-me encontrar-te, tomaste-me nos Teus braços, acarinhaste-me, seduziste-me, e deste-me esta intimidade pessoal contigo, de tal maneira intensa que não me posso apartar de Ti.
E obrigado, Jesus, porque não quiseste saber dos meus muitos, enormes e continuados pecados, mas apenas estendeste a Tua mão, olhaste-me nos olhos, (terá sido assim que fizeste a Pedro daquela vez?), e, tocado pela Tua ternura, fizeste o meu coração arrepender-se, voltar-se para Ti, e com os olhos cheios de lágrimas dizer-te: «Perdoa-me Jesus, que eu não sabia o que fazia.»
E logo os Teus braços se abriram, (não Jesus, já estavam abertos, estão sempre abertos), e abraçaste-me com tanto amor, que as minhas barreiras caíram e logo decidi que a minha vida Te pertencia, em tudo a que me chamasses.
E agora, amado Jesus, já não peco, já não duvido, já não Te volto as costas, nunca?
Ah, Jesus, era tão bom que assim fosse!
Mas não, continuo pecador, fraco, um pouco incrédulo e às vezes até ainda fujo de Ti.
Mas Tu, querido Jesus, não desistes, corres para mim, (porquê Jesus, porque Te voltas para este nada?), e chamas-me, e dizes-me ao ouvido: «Amo-te, quero precisar de ti».
De mim, Jesus, pobre de mim!
Mas aqui estou, adorado Jesus, de mão dada contigo, no caminho da conversão diária, na luta constante com a minha fraqueza, por Tua graça, Jesus, por Tua graça.
«Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim». Alguma vez Jesus amado, poderei dizê-lo verdadeiramente?
Pede a Tua Mãe que nos ajude, que me ajude neste caminho de conversão, une-nos, une-me, contigo no amor do e ao Pai, e encharca-nos, encharca-me, no Espírito Santo, porque só na Sua força, a conversão será verdadeira e constante.
Beijo os Teus pés Jesus, porque é a Teus pés que eu quero viver o nosso amor.
12.07.2006
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/
Hoje é Quarta-feira, e vem à minha memória a Quarta-feira de Cinzas, o arrependimento, a conversão.
Obrigado, adorado Jesus, porque não permitiste que me perdesse e apesar de ter vivido tantos anos afastado de Ti, quando foi o Teu tempo chamaste-me, docemente fizeste-me encontrar-te, tomaste-me nos Teus braços, acarinhaste-me, seduziste-me, e deste-me esta intimidade pessoal contigo, de tal maneira intensa que não me posso apartar de Ti.
E obrigado, Jesus, porque não quiseste saber dos meus muitos, enormes e continuados pecados, mas apenas estendeste a Tua mão, olhaste-me nos olhos, (terá sido assim que fizeste a Pedro daquela vez?), e, tocado pela Tua ternura, fizeste o meu coração arrepender-se, voltar-se para Ti, e com os olhos cheios de lágrimas dizer-te: «Perdoa-me Jesus, que eu não sabia o que fazia.»
E logo os Teus braços se abriram, (não Jesus, já estavam abertos, estão sempre abertos), e abraçaste-me com tanto amor, que as minhas barreiras caíram e logo decidi que a minha vida Te pertencia, em tudo a que me chamasses.
E agora, amado Jesus, já não peco, já não duvido, já não Te volto as costas, nunca?
Ah, Jesus, era tão bom que assim fosse!
Mas não, continuo pecador, fraco, um pouco incrédulo e às vezes até ainda fujo de Ti.
Mas Tu, querido Jesus, não desistes, corres para mim, (porquê Jesus, porque Te voltas para este nada?), e chamas-me, e dizes-me ao ouvido: «Amo-te, quero precisar de ti».
De mim, Jesus, pobre de mim!
Mas aqui estou, adorado Jesus, de mão dada contigo, no caminho da conversão diária, na luta constante com a minha fraqueza, por Tua graça, Jesus, por Tua graça.
«Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim». Alguma vez Jesus amado, poderei dizê-lo verdadeiramente?
Pede a Tua Mãe que nos ajude, que me ajude neste caminho de conversão, une-nos, une-me, contigo no amor do e ao Pai, e encharca-nos, encharca-me, no Espírito Santo, porque só na Sua força, a conversão será verdadeira e constante.
Beijo os Teus pés Jesus, porque é a Teus pés que eu quero viver o nosso amor.
12.07.2006
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/
Quaresma: 40 dias, 40 ideias de Bento XVI
Propõem-se 40 frases extraídas das mensagens que Bento XVI dirigiu aos cristãos por motivo da Quaresma desde que ocupa a Sé de Pedro até 2009
2009/02/27
1. Que em cada família e comunidade cristã se valorize a Quaresma para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma e a abre ao amor de Deus e do próximo. Penso, especialmente, num maior empenho na oração, na lectio divina, no Sacramento da Reconciliação [a confissão] e na activa participação na Eucaristia, sobretudo na Santa Missa dominical. (2009)
2. O jejum é uma grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. (2009)
3. O verdadeiro jejum, repete noutra ocasião o divino Mestre, consiste antes em cumprir a vontade do Pai celestial, que “vê no oculto e te recompensará” (2009)
4. Se, portanto, Adão desobedeceu à ordem do Senhor de “não comer da árvore da ciência do bem e do mal”, com o jejum o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando na sua bondade e misericórdia. (2009)
5. Jejuar é bom para o bem-estar físico, mas para os crentes é, em primeiro lugar, uma “terapia” para curar tudo o que os impede de se conformarem à vontade de Deus. (2009)
6. Esta antiga prática penitencial, pode ajudar-nos a mortificar o nosso egoísmo e a abrir o coração ao amor de Deus e do próximo, primeiro e sumo mandamento da nova lei e compêndio de todo o Evangelho. (2009)
7. A prática fiel do jejum contribui, além disso, para dar unidade à pessoa, corpo e alma, ajudando-a a evitar o pecado e a aumentar a intimidade com o Senhor. (2009)
8. Privar-se do alimento material que nutre o corpo, facilita uma disposição interior para escutar Cristo e para nos nutrirmos com a sua palavra de salvação. Com o jejum e a oração permitimos-Lhe que venha saciar a fome mais profunda que experimentamos no íntimo do nosso coração: a fome e a sede de Deus. (2009)
9. O jejum ajuda-nos a tomar consciência da situação em que vivem muitos dos nossos irmãos (...).Ao optarmos livremente por nos privar de algo para ajudar os outros, demonstramos concretamente que o próximo que passa dificuldades não nos é estranho. (2009)
10. Privar-nos, por vontade própria, do prazer do alimento e de outros bens materiais, ajuda o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza debilitada pelo pecado original, cujos efeitos negativos afectam toda a personalidade humana. (2009)
11. “Quem ora, que jejue; quem jejua, que se compadeça, que dê ouvidos a quem lhe suplica; quem suplica, deseja ser ouvido; Deus dá ouvidos a quem não fecha os seus ao que lhe suplica” (São Pedro Crisólogo). (2009)
12. Que a Virgem Maria, Causa nostræ laetitiæ, nos ajude no esforço por libertar o coração da escravidão do pecado para que se converta, cada vez mais, em “tabernáculo vivo de Deus”. (2009)
13. A Quaresma oferece-nos uma ocasião providencial para aprofundar no sentido e valor de ser cristão, e estimula-nos a descobrir de novo a misericórdia de Deus, para que também nós cheguemos a ser mais misericordiosos com os nossos irmãos. (2008)
14. A esmola representa uma maneira concreta de ajudar os necessitados e, simultaneamente, um exercício ascético para nos libertarmos do apego aos bens terrenos. (2008)
15. Quão forte é a sedução das riquezas materiais e quão taxativa tem que ser a nossa decisão de não as idolatrar! (2008)
16. Não somos proprietários dos bens que possuímos, mas administradores; portanto, não devemos considerá-los uma propriedade exclusiva, mas meios através dos quais o Senhor nos chama, a cada um de nós, a ser instrumentos da Sua providência para com o próximo. (2008)
17. Socorrer os necessitados é um dever de justiça, mesmo antes de ser um acto de caridade. (2008)
18. Não há que alardear as boas acções próprias, para não correr o risco de ficarmos sem a recompensa nos céus (2008)
19. A esmola evangélica não é simples filantropia; é, antes, uma expressão concreta de caridade, a virtude teologal que exige a conversão interior ao amor de Deus e dos irmãos, à imitação de Jesus Cristo, que, morrendo na cruz, se entregou a si mesmo por nós. (2008)
20. Quem sabe que “Deus vê no oculto” e no oculto recompensa, não procura um reconhecimento humano pelas obras de misericórdia que realiza. (2008)
21. Quando actuamos com amor exprimimos a verdade do nosso ser; com efeito, não fomos criados para nós mesmos, mas para Deus e para os irmãos (2008)
22. Cada vez que, por amor de Deus, partilhamos os nossos bens com o próximo necessitado experimentamos que a plenitude de vida vem do amor e recuperamos tudo como bênção em forma de paz, de satisfação interior e de alegria. O Pai celestial recompensa as nossas esmolas com a sua alegria. (2008)
23. A esmola, aproximando-nos dos outros, acerca-nos de Deus e pode converter-se num instrumento de autêntica conversão e reconciliação com ele e com os irmãos. (2008)
24. Podemos aprender [de Cristo] a fazer da nossa vida uma doação total; imitando-o, estaremos dispostos a dar, não tanto algo do que possuímos, mas a dar-nos a nós mesmos. (2008)
25. Que Maria, Mãe e Escrava fiel do Senhor, ajude os crentes a prosseguir a “batalha espiritual” da Quaresma armados com a oração, o jejum e a prática da esmola. (2008)
26. A Quaresma é um tempo propício para aprender a permanecer com Maria e João, o discípulo predilecto, junto d’Aquele que na cruz consuma o sacrifício da sua vida por toda a humanidade. (2007)
27. No mistério da cruz revela-se plenamente o poder irrefreável da misericórdia do Pai celeste. (2007)
28. Olhemos Cristo trespassado na cruz. Ele é a revelação mais impressionante do amor de Deus (...). Na cruz o próprio Deus mendiga o amor da sua criatura, tem sede do amor de cada um de nós. (2007)
29. O Todo-poderoso espera o «sim» das suas criaturas como um jovem esposo o da sua esposa. (2007)
30. Só o amor em que se unem o dom gratuito de si mesmo e o desejo apaixonado de reciprocidade, é que infunde um gozo tão intenso que converte em leves, inclusive, os sacrifícios mais duros. (2007)
31. A resposta que o Senhor deseja ardentemente de nós é, antes de mais nada, que aceitemos o seu amor e nos deixemos atrair por ele. (2007)
32. Vivamos, pois, a Quaresma como um tempo «eucarístico», em que, aceitando o amor de Jesus, aprendamos a difundi-lo à nossa volta com cada gesto e cada palavra. (2007)
33. O apóstolo Tomé reconheceu Jesus como «Senhor e Deus» quando meteu a mão na ferida do seu lado. Não é de estranhar que, entre os santos, muitos tenham encontrado no Coração de Jesus a expressão mais comovedora deste mistério de amor.
34. Cristo «atrai-me para si» para unir-Se a mim, para que aprenda a amar os irmãos com o seu mesmo amor. (2007)
35. De modo nenhum é possível dar resposta às necessidades materiais e sociais dos homens sem encher, sobretudo, as profundas necessidades do seu coração. (2006)
36. Quem não dá a Deus, dá demasiado pouco. (2006)
37. É preciso ajudar a descobrir Deus no rosto misericordioso de Cristo (2006)
38. Enquanto o tentador nos move a desesperar, ou a confiar de maneira ilusória nas nossas próprias forças, Deus guarda-nos e apoia-nos. (2006)
39. A Quaresma é o tempo privilegiado da peregrinação interior para Aquele que é a fonte da misericórdia. É uma peregrinação em que Ele próprio nos acompanha através do deserto da nossa pobreza (2006).
40. Embora pareça que domine o ódio, o Senhor não permite que falte nunca o testemunho luminoso do seu amor. A Maria, «fonte viva de esperança», encomendo o nosso caminho quaresmal, para que nos leve ao seu Filho.
(Fonte: site do Opus Dei-Portugal AQUI)
2009/02/27
1. Que em cada família e comunidade cristã se valorize a Quaresma para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma e a abre ao amor de Deus e do próximo. Penso, especialmente, num maior empenho na oração, na lectio divina, no Sacramento da Reconciliação [a confissão] e na activa participação na Eucaristia, sobretudo na Santa Missa dominical. (2009)
2. O jejum é uma grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. (2009)
3. O verdadeiro jejum, repete noutra ocasião o divino Mestre, consiste antes em cumprir a vontade do Pai celestial, que “vê no oculto e te recompensará” (2009)
4. Se, portanto, Adão desobedeceu à ordem do Senhor de “não comer da árvore da ciência do bem e do mal”, com o jejum o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando na sua bondade e misericórdia. (2009)
5. Jejuar é bom para o bem-estar físico, mas para os crentes é, em primeiro lugar, uma “terapia” para curar tudo o que os impede de se conformarem à vontade de Deus. (2009)
6. Esta antiga prática penitencial, pode ajudar-nos a mortificar o nosso egoísmo e a abrir o coração ao amor de Deus e do próximo, primeiro e sumo mandamento da nova lei e compêndio de todo o Evangelho. (2009)
7. A prática fiel do jejum contribui, além disso, para dar unidade à pessoa, corpo e alma, ajudando-a a evitar o pecado e a aumentar a intimidade com o Senhor. (2009)
8. Privar-se do alimento material que nutre o corpo, facilita uma disposição interior para escutar Cristo e para nos nutrirmos com a sua palavra de salvação. Com o jejum e a oração permitimos-Lhe que venha saciar a fome mais profunda que experimentamos no íntimo do nosso coração: a fome e a sede de Deus. (2009)
9. O jejum ajuda-nos a tomar consciência da situação em que vivem muitos dos nossos irmãos (...).Ao optarmos livremente por nos privar de algo para ajudar os outros, demonstramos concretamente que o próximo que passa dificuldades não nos é estranho. (2009)
10. Privar-nos, por vontade própria, do prazer do alimento e de outros bens materiais, ajuda o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza debilitada pelo pecado original, cujos efeitos negativos afectam toda a personalidade humana. (2009)
11. “Quem ora, que jejue; quem jejua, que se compadeça, que dê ouvidos a quem lhe suplica; quem suplica, deseja ser ouvido; Deus dá ouvidos a quem não fecha os seus ao que lhe suplica” (São Pedro Crisólogo). (2009)
12. Que a Virgem Maria, Causa nostræ laetitiæ, nos ajude no esforço por libertar o coração da escravidão do pecado para que se converta, cada vez mais, em “tabernáculo vivo de Deus”. (2009)
13. A Quaresma oferece-nos uma ocasião providencial para aprofundar no sentido e valor de ser cristão, e estimula-nos a descobrir de novo a misericórdia de Deus, para que também nós cheguemos a ser mais misericordiosos com os nossos irmãos. (2008)
14. A esmola representa uma maneira concreta de ajudar os necessitados e, simultaneamente, um exercício ascético para nos libertarmos do apego aos bens terrenos. (2008)
15. Quão forte é a sedução das riquezas materiais e quão taxativa tem que ser a nossa decisão de não as idolatrar! (2008)
16. Não somos proprietários dos bens que possuímos, mas administradores; portanto, não devemos considerá-los uma propriedade exclusiva, mas meios através dos quais o Senhor nos chama, a cada um de nós, a ser instrumentos da Sua providência para com o próximo. (2008)
17. Socorrer os necessitados é um dever de justiça, mesmo antes de ser um acto de caridade. (2008)
18. Não há que alardear as boas acções próprias, para não correr o risco de ficarmos sem a recompensa nos céus (2008)
19. A esmola evangélica não é simples filantropia; é, antes, uma expressão concreta de caridade, a virtude teologal que exige a conversão interior ao amor de Deus e dos irmãos, à imitação de Jesus Cristo, que, morrendo na cruz, se entregou a si mesmo por nós. (2008)
20. Quem sabe que “Deus vê no oculto” e no oculto recompensa, não procura um reconhecimento humano pelas obras de misericórdia que realiza. (2008)
21. Quando actuamos com amor exprimimos a verdade do nosso ser; com efeito, não fomos criados para nós mesmos, mas para Deus e para os irmãos (2008)
22. Cada vez que, por amor de Deus, partilhamos os nossos bens com o próximo necessitado experimentamos que a plenitude de vida vem do amor e recuperamos tudo como bênção em forma de paz, de satisfação interior e de alegria. O Pai celestial recompensa as nossas esmolas com a sua alegria. (2008)
23. A esmola, aproximando-nos dos outros, acerca-nos de Deus e pode converter-se num instrumento de autêntica conversão e reconciliação com ele e com os irmãos. (2008)
24. Podemos aprender [de Cristo] a fazer da nossa vida uma doação total; imitando-o, estaremos dispostos a dar, não tanto algo do que possuímos, mas a dar-nos a nós mesmos. (2008)
25. Que Maria, Mãe e Escrava fiel do Senhor, ajude os crentes a prosseguir a “batalha espiritual” da Quaresma armados com a oração, o jejum e a prática da esmola. (2008)
26. A Quaresma é um tempo propício para aprender a permanecer com Maria e João, o discípulo predilecto, junto d’Aquele que na cruz consuma o sacrifício da sua vida por toda a humanidade. (2007)
27. No mistério da cruz revela-se plenamente o poder irrefreável da misericórdia do Pai celeste. (2007)
28. Olhemos Cristo trespassado na cruz. Ele é a revelação mais impressionante do amor de Deus (...). Na cruz o próprio Deus mendiga o amor da sua criatura, tem sede do amor de cada um de nós. (2007)
29. O Todo-poderoso espera o «sim» das suas criaturas como um jovem esposo o da sua esposa. (2007)
30. Só o amor em que se unem o dom gratuito de si mesmo e o desejo apaixonado de reciprocidade, é que infunde um gozo tão intenso que converte em leves, inclusive, os sacrifícios mais duros. (2007)
31. A resposta que o Senhor deseja ardentemente de nós é, antes de mais nada, que aceitemos o seu amor e nos deixemos atrair por ele. (2007)
32. Vivamos, pois, a Quaresma como um tempo «eucarístico», em que, aceitando o amor de Jesus, aprendamos a difundi-lo à nossa volta com cada gesto e cada palavra. (2007)
33. O apóstolo Tomé reconheceu Jesus como «Senhor e Deus» quando meteu a mão na ferida do seu lado. Não é de estranhar que, entre os santos, muitos tenham encontrado no Coração de Jesus a expressão mais comovedora deste mistério de amor.
34. Cristo «atrai-me para si» para unir-Se a mim, para que aprenda a amar os irmãos com o seu mesmo amor. (2007)
35. De modo nenhum é possível dar resposta às necessidades materiais e sociais dos homens sem encher, sobretudo, as profundas necessidades do seu coração. (2006)
36. Quem não dá a Deus, dá demasiado pouco. (2006)
37. É preciso ajudar a descobrir Deus no rosto misericordioso de Cristo (2006)
38. Enquanto o tentador nos move a desesperar, ou a confiar de maneira ilusória nas nossas próprias forças, Deus guarda-nos e apoia-nos. (2006)
39. A Quaresma é o tempo privilegiado da peregrinação interior para Aquele que é a fonte da misericórdia. É uma peregrinação em que Ele próprio nos acompanha através do deserto da nossa pobreza (2006).
40. Embora pareça que domine o ódio, o Senhor não permite que falte nunca o testemunho luminoso do seu amor. A Maria, «fonte viva de esperança», encomendo o nosso caminho quaresmal, para que nos leve ao seu Filho.
(Fonte: site do Opus Dei-Portugal AQUI)
«Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação» (2 Cor 6, 2)
São Leão Magno (? – c. 461), papa e Doutor da Igreja
IV Sermão para a Quaresma, 1-2
«Este é o dia da salvação!» É certo que não há período nenhum que não esteja cheia de dons divinos; a graças de Deus proporciona-nos, em todo o tempo, o acesso à Sua misericórdia. Contudo, é nesta época que todos os corações devem ser estimulados ainda com mais ardor ao seu progresso espiritual, e animados com mais confiança, porque o dia em que fomos resgatados convida-nos a praticar todas as obras espirituais. Celebremos pois, de corpo e alma purificados, o mistério que ultrapassa todos os outros: o sacramento da Páscoa do Senhor. [...]
Tais mistérios requerem de nós um esforço espiritual sem quebras [...], para que permaneçamos sempre sob o olhar de Deus; é assim que nos deve encontrar a festa da Páscoa. Mas esta força espiritual cabe apenas a um pequeno número de homens; para nós, que nos encontramos no meio das actividades desta vida, devido à fraqueza da carne, o zelo abranda. [...] Para conferir pureza às nossas almas, o Senhor previu, pois, o remédio de um treino de quarenta dia, no decurso dos quais as nossas faltas de outros tempos possam ser resgatadas pelas boas obras e consumidas por santos jejuns [...]. Tenhamos, pois, o cuidado de obedecer ao Apóstolo Paulo: «Purificai-vos de toda a mancha da carne e do espírito» (Cor 7, 1).
Mas que a nossa maneira de viver esteja de acordo com a nossa abstinência. O jejum não consiste apenas na abstenção de alimentos; de nada aproveita subtrair os alimentos ao corpo, se o coração se não desviar da injustiça, se a língua se não abstiver da calúnia [...]. Este é um tempo de doçura, de paciência, de paz [...]; uma altura em que a alma forte se habitua a perdoar as injustiças, a contar em nada as afrontas, a esquecer as injúrias [...]. Mas que a moderação espiritual não seja triste; que seja santa. Que não se oiça o murmúrio das queixas, porque àqueles que assim vivem nunca faltará o consolo das santas alegrias.
IV Sermão para a Quaresma, 1-2
«Este é o dia da salvação!» É certo que não há período nenhum que não esteja cheia de dons divinos; a graças de Deus proporciona-nos, em todo o tempo, o acesso à Sua misericórdia. Contudo, é nesta época que todos os corações devem ser estimulados ainda com mais ardor ao seu progresso espiritual, e animados com mais confiança, porque o dia em que fomos resgatados convida-nos a praticar todas as obras espirituais. Celebremos pois, de corpo e alma purificados, o mistério que ultrapassa todos os outros: o sacramento da Páscoa do Senhor. [...]
Tais mistérios requerem de nós um esforço espiritual sem quebras [...], para que permaneçamos sempre sob o olhar de Deus; é assim que nos deve encontrar a festa da Páscoa. Mas esta força espiritual cabe apenas a um pequeno número de homens; para nós, que nos encontramos no meio das actividades desta vida, devido à fraqueza da carne, o zelo abranda. [...] Para conferir pureza às nossas almas, o Senhor previu, pois, o remédio de um treino de quarenta dia, no decurso dos quais as nossas faltas de outros tempos possam ser resgatadas pelas boas obras e consumidas por santos jejuns [...]. Tenhamos, pois, o cuidado de obedecer ao Apóstolo Paulo: «Purificai-vos de toda a mancha da carne e do espírito» (Cor 7, 1).
Mas que a nossa maneira de viver esteja de acordo com a nossa abstinência. O jejum não consiste apenas na abstenção de alimentos; de nada aproveita subtrair os alimentos ao corpo, se o coração se não desviar da injustiça, se a língua se não abstiver da calúnia [...]. Este é um tempo de doçura, de paciência, de paz [...]; uma altura em que a alma forte se habitua a perdoar as injustiças, a contar em nada as afrontas, a esquecer as injúrias [...]. Mas que a moderação espiritual não seja triste; que seja santa. Que não se oiça o murmúrio das queixas, porque àqueles que assim vivem nunca faltará o consolo das santas alegrias.
Os exercícios da Quaresma: a esmola, a oração, o jejum
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 8; CCL 24, 59; PL 52, 208
Meus irmãos, começamos hoje a grande viagem da Quaresma. Levemos, pois, no navio todas as nossas provisões de alimento e bebida, colocando sobre elas a misericórdia abundante de que teremos necessidade. Porque o nosso jejum tem fome, o nosso jejum tem sede se não se alimentar de bondade, se não se dessedentar com misericórdia. O nosso jejum tem frio, o nosso jejum desfalece se o velo da esmola não o cobrir, se a capa da compaixão não o envolver.
Irmãos, a misericórdia está para o jejum como a Primavera está para os solos: o suave vento primaveril faz florescer todos os rebentos nas planícies; a misericórdia do jejum faz brotar todas as nossas sementes até à floração, fá-las encherem-se de frutos até à colheita celeste. A bondade está para o jejum como o óleo está para o candeeiro. Tal como a matéria gorda do óleo alimenta a luz do candeeiro e, com tão pouco alimento o faz brilhar para o conforto de toda a noite, assim a bondade faz o jejum resplandecer: lança raios até atingir o brilho pleno da continência. A esmola está para o jejum como o sol está para o dia: o esplendor do sol aumenta o brilho do dia, dissipa a obscuridade das nuvens; a esmola que acompanha o jejum santifica a santidade do mesmo e, graças à luz da bondade, remove dos nossos desejos tudo o que poderia ser mortífero. Em suma, a generosidade está para o jejum como o corpo está para a alma: quando a alma se retira do corpo, traz-lhe a morte; se a generosidade se afastar do jejum, é a morte deste.
Sermão 8; CCL 24, 59; PL 52, 208
Meus irmãos, começamos hoje a grande viagem da Quaresma. Levemos, pois, no navio todas as nossas provisões de alimento e bebida, colocando sobre elas a misericórdia abundante de que teremos necessidade. Porque o nosso jejum tem fome, o nosso jejum tem sede se não se alimentar de bondade, se não se dessedentar com misericórdia. O nosso jejum tem frio, o nosso jejum desfalece se o velo da esmola não o cobrir, se a capa da compaixão não o envolver.
Irmãos, a misericórdia está para o jejum como a Primavera está para os solos: o suave vento primaveril faz florescer todos os rebentos nas planícies; a misericórdia do jejum faz brotar todas as nossas sementes até à floração, fá-las encherem-se de frutos até à colheita celeste. A bondade está para o jejum como o óleo está para o candeeiro. Tal como a matéria gorda do óleo alimenta a luz do candeeiro e, com tão pouco alimento o faz brilhar para o conforto de toda a noite, assim a bondade faz o jejum resplandecer: lança raios até atingir o brilho pleno da continência. A esmola está para o jejum como o sol está para o dia: o esplendor do sol aumenta o brilho do dia, dissipa a obscuridade das nuvens; a esmola que acompanha o jejum santifica a santidade do mesmo e, graças à luz da bondade, remove dos nossos desejos tudo o que poderia ser mortífero. Em suma, a generosidade está para o jejum como o corpo está para a alma: quando a alma se retira do corpo, traz-lhe a morte; se a generosidade se afastar do jejum, é a morte deste.
O Rito das Cinzas
“É essencialmente um gesto de humildade, que significa: reconheço-me tal como sou, criatura frágil, feita de terra e destinada à terra, mas também feita à imagem de Deus e a Ele destinada. Pó, sim, mas amado, plasmado pelo seu amor, animado pelo seu sopro vital, capaz de reconhecer a sua voz e de lhe responder; livre, e por isso capaz de lhe desobedecer, cedendo à tentação do orgulho e da auto-suficiência”.
(Bento XI – homilia da Quarta-feira de Cinzas de 2010)
(Bento XI – homilia da Quarta-feira de Cinzas de 2010)
O verdadeiro jejum
No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum, condenando a atitude dos fariseus, os quais observaram escrupulosamente as prescrições impostas pela lei, mas o seu coração estava distante de Deus. O verdadeiro jejum, repete também noutras partes o Mestre divino, é antes cumprir a vontade do Pai celeste, o qual «vê no oculto, recompensar-te-á» (Mt 6, 18). Ele próprio dá o exemplo respondendo a Satanás, no final dos 40 dias transcorridos no deserto, que «nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4).
(…)
Com o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus.
(Excertos Mensagem para a Quaresma de 2009 de Bento XVI)
(…)
Com o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus.
(Excertos Mensagem para a Quaresma de 2009 de Bento XVI)
Quarenta dias para crescer no amor de Deus e do próximo
São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilias sobre os evangelhos, nº 16, 5
Iniciamos hoje os santos quarenta dias da quaresma, e convém-nos examinar atentamente por que razão esta abstinência é observada durante quarenta dias. Moisés, para receber a Lei pela segunda vez, jejuou quarenta dias (Gn 34,28). Elias, no deserto, absteve-se de comer durante quarenta dias (1Rs 19,8). O Criador dos homens, ao vir para o meio dos homens, não tomou qualquer alimento durante quarenta dias (Mt 4,2). Esforcemo-nos também nós, tanto quanto nos for possível, por refrear o nosso corpo pela abstinência neste tempo anual dos santos quarenta dias [...], a fim de nos tornarmos, segundo a palavra de Paulo, «uma hóstia viva» (Rom 12,1). O homem é, ao mesmo tempo, uma oferenda viva e imolada (cf Ap 5,6) quando, sem deixar esta vida, faz morrer nele os desejos deste mundo.
Foi a satisfação da carne que nos levou ao pecado (Gn 3,6); que a carne mortificada nos leve ao perdão. O autor da nossa morte, Adão, transgrediu os preceitos de vida comendo o fruto proibido da árvore. É por conseguinte necessário que nós, que fomos privados das alegrias do Paraíso pelo alimento, nos esforcemos por reconquistá-las pela abstinência.
Mas ninguém suponha que esta abstinência é suficiente. O Senhor disse pela boca do profeta: «O jejum que Eu aprecio é este, [...] repartir o teu pão com o esfomeado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir o nu, e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Eis o jejum que Deus aprova [...]: um jejum realizado no amor ao próximo e impregnado de bondade. Prodigaliza pois aos outros daquilo que retiras a ti próprio; assim, a tua penitência corporal permitir-te-á cuidar do bem-estar físico do teu próximo em necessidade.
Homilias sobre os evangelhos, nº 16, 5
Iniciamos hoje os santos quarenta dias da quaresma, e convém-nos examinar atentamente por que razão esta abstinência é observada durante quarenta dias. Moisés, para receber a Lei pela segunda vez, jejuou quarenta dias (Gn 34,28). Elias, no deserto, absteve-se de comer durante quarenta dias (1Rs 19,8). O Criador dos homens, ao vir para o meio dos homens, não tomou qualquer alimento durante quarenta dias (Mt 4,2). Esforcemo-nos também nós, tanto quanto nos for possível, por refrear o nosso corpo pela abstinência neste tempo anual dos santos quarenta dias [...], a fim de nos tornarmos, segundo a palavra de Paulo, «uma hóstia viva» (Rom 12,1). O homem é, ao mesmo tempo, uma oferenda viva e imolada (cf Ap 5,6) quando, sem deixar esta vida, faz morrer nele os desejos deste mundo.
Foi a satisfação da carne que nos levou ao pecado (Gn 3,6); que a carne mortificada nos leve ao perdão. O autor da nossa morte, Adão, transgrediu os preceitos de vida comendo o fruto proibido da árvore. É por conseguinte necessário que nós, que fomos privados das alegrias do Paraíso pelo alimento, nos esforcemos por reconquistá-las pela abstinência.
Mas ninguém suponha que esta abstinência é suficiente. O Senhor disse pela boca do profeta: «O jejum que Eu aprecio é este, [...] repartir o teu pão com o esfomeado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir o nu, e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Eis o jejum que Deus aprova [...]: um jejum realizado no amor ao próximo e impregnado de bondade. Prodigaliza pois aos outros daquilo que retiras a ti próprio; assim, a tua penitência corporal permitir-te-á cuidar do bem-estar físico do teu próximo em necessidade.
Interroguemo-nos e meditemos
«Como tratamos as pessoas que Deus colocou perto de nós? Que pormenores concretos, quotidianos, de serviço alegre, temos com cada um? Procuramos que em casa, no ambiente do trabalho, no círculo de amizades que frequentamos, se manifeste o bom aroma de Cristo [2 Cor 2, 15] da amizade sincera, de um afeto humano imerso no amor a Deus?»
«NÃO É ELE O CARPINTEIRO…?» de Joaquim Mexia Alves
Ao ler e ouvir este versículo do Evangelho de Domingo, não pude deixar de estabelecer um paralelo com frases que tantas vezes pronunciamos no nosso dia-a-dia, quando alguém nos chama a atenção para as nossas falhas, os nossos erros, as nossa fraquezas, as nossas atitudes.
“Quem é ele para me dar lições?”
“Era o que mais faltava, não aceito lições de qualquer um!”
“Mas quem é que ele se julga para me dar conselhos?”
“Essa é boa, então o sujeito é um zé-ninguém, e vem para aqui dar conselhos?”
“Coitado, não tem instrução e julga que sabe da vida!”
E podia repetir dezenas de frases idênticas, que eu já pensei ou pronunciei em tantas ocasiões, em que alguém me chamou a atenção para algum erro ou falha minha.
E porquê?
Porque verdadeiramente aqueles a quem dirigi tais frases, em pensamento ou vocalmente, não poderiam fazer-me tais reparos ou dar tais conselhos, ou porque o meu orgulho me impedia de os ouvir e me incomodava seriamente o que me estavam a dizer, por ser real e verdadeiro e exigir de mim uma mudança de atitude?
Seriamente, tenho que reconhecer que na esmagadora maioria das vezes em que tal aconteceu, os outros tinham razão em chamar-me a atenção e dar-me conselhos, para eu questionar as minhas atitudes e formas de proceder.
Mas se eu acredito que Deus está em mim e está no meu próximo, e se acredito que se Ele se serve de mim para dar testemunho, então tenho que acreditar que também se serve dos outros em relação a mim.
Eu acredito, sem dúvidas, que Deus me/nos fala de muitos modos, e que um deles é através dos nossos irmãos, sejam eles sacerdotes, ou leigos como eu.
E acredito também que, não fazendo Deus acepção de pessoas, se serve de todos, desde os mais simples aos mais instruídos, para nos fazer chegar a sua Palavra, a sua mensagem, a sua exortação.
Não eram os primeiros Apóstolos simples pescadores?
Não nos admiramos nós, por exemplo, com a sabedoria de vida dos mais velhos em tantas coisas, (como por exemplo a agricultura), e afinal muitos deles não têm nenhum “curso superior”, ou “instrução elevada”?
Quando não queremos ouvir, nem aceitar o que os outros nos dizem sobre os nossos comportamentos, (que interiormente sabemos estarem errados), não estamos a fazer mais do que estes de que nos fala o Evangelho:
Os numerosos ouvintes enchiam-se de espanto e diziam: «De onde é que isto lhe vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por suas mãos? Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?» E isto parecia-lhes escandaloso. Mc 6, 2-3
Joaquim Mexia Alves AQUI
“Quem é ele para me dar lições?”
“Era o que mais faltava, não aceito lições de qualquer um!”
“Mas quem é que ele se julga para me dar conselhos?”
“Essa é boa, então o sujeito é um zé-ninguém, e vem para aqui dar conselhos?”
“Coitado, não tem instrução e julga que sabe da vida!”
E podia repetir dezenas de frases idênticas, que eu já pensei ou pronunciei em tantas ocasiões, em que alguém me chamou a atenção para algum erro ou falha minha.
E porquê?
Porque verdadeiramente aqueles a quem dirigi tais frases, em pensamento ou vocalmente, não poderiam fazer-me tais reparos ou dar tais conselhos, ou porque o meu orgulho me impedia de os ouvir e me incomodava seriamente o que me estavam a dizer, por ser real e verdadeiro e exigir de mim uma mudança de atitude?
Seriamente, tenho que reconhecer que na esmagadora maioria das vezes em que tal aconteceu, os outros tinham razão em chamar-me a atenção e dar-me conselhos, para eu questionar as minhas atitudes e formas de proceder.
Mas se eu acredito que Deus está em mim e está no meu próximo, e se acredito que se Ele se serve de mim para dar testemunho, então tenho que acreditar que também se serve dos outros em relação a mim.
Eu acredito, sem dúvidas, que Deus me/nos fala de muitos modos, e que um deles é através dos nossos irmãos, sejam eles sacerdotes, ou leigos como eu.
E acredito também que, não fazendo Deus acepção de pessoas, se serve de todos, desde os mais simples aos mais instruídos, para nos fazer chegar a sua Palavra, a sua mensagem, a sua exortação.
Não eram os primeiros Apóstolos simples pescadores?
Não nos admiramos nós, por exemplo, com a sabedoria de vida dos mais velhos em tantas coisas, (como por exemplo a agricultura), e afinal muitos deles não têm nenhum “curso superior”, ou “instrução elevada”?
Quando não queremos ouvir, nem aceitar o que os outros nos dizem sobre os nossos comportamentos, (que interiormente sabemos estarem errados), não estamos a fazer mais do que estes de que nos fala o Evangelho:
Os numerosos ouvintes enchiam-se de espanto e diziam: «De onde é que isto lhe vem e que sabedoria é esta que lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por suas mãos? Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?» E isto parecia-lhes escandaloso. Mc 6, 2-3
Joaquim Mexia Alves AQUI
«Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus» (2Cor 5,20)
Bento XVI
Audiência geral de 17/02/2010 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
Audiência geral de 17/02/2010 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Ouvi-te no tempo favorável e ajudei-te no dia da salvação» (2 Cor 6, 1-2). Na realidade, na visão cristã da vida todos os momentos devem ser considerados favoráveis e todos os dias devem ser dias de salvação; mas a liturgia da Igreja refere estas palavras de um modo totalmente particular no tempo da Quaresma. E podemos compreender que os quarenta dias de preparação para a Páscoa são tempo favorável e de graça pelo apelo que o austero rito da imposição das cinzas nos dirige [...]: «Convertei-vos e acreditai no Evangelho!» [...]
O apelo à conversão, de facto, ressalta e denuncia a fácil superficialidade que caracteriza com muita frequência a nossa vida. Converter-se significa mudar de direcção no caminho da vida: não com um pequeno ajustamento, mas com uma verdadeira inversão de marcha. Conversão é ir contra a corrente, onde a «corrente» é o estilo de vida superficial, incoerente e ilusório, que muitas vezes nos arrasta, nos domina e nos torna escravos do mal ou prisioneiros da mediocridade moral.
Com a conversão, ao contrário, tem-se como objectivo a medida alta da vida cristã, confiamo-nos ao evangelho vivo e pessoal, que é Cristo Jesus. A Sua pessoa é a meta final e o sentido profundo da conversão, Ele é o caminho pelo qual todos são chamados a caminhar na vida, deixando-se iluminar pela Sua luz e amparar pela Sua força, que move os nossos passos. Deste modo a conversão manifesta o seu rosto mais maravilhoso e fascinante: não é uma simples decisão moral, que rectifica o nosso modo de vida, mas é uma escolha de fé, que nos envolve totalmente na comunhão íntima com a pessoa viva e concreta de Jesus. [...] A conversão é o «sim» total de quem entrega a própria existência ao evangelho, respondendo livremente a Cristo, que foi o primeiro a oferecer-Se ao homem como caminho, verdade e vida (Jo 14,6), como o único que liberta e salva. É precisamente este o sentido das primeiras palavras com as quais, segundo o evangelista Marcos, Jesus abre a pregação do «Evangelho de Deus»: «Completou-se o tempo e o reino de Deus está perto: Arrependei-vos e acreditai na Boa Nova» (Mc 1,15).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 13 de fevereiro de 2013
Tendo Jesus partido dali, foi para a Sua terra; e seguiram-n'O os discípulos. Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os Seus numerosos ouvintes admiravam-se e diziam: «Donde vêm a Este todas estas coisas que diz? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada? E como se operam tais maravilhas pelas Suas mãos? Não é Este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós as Suas irmãs?». E estavam perplexos a Seu respeito. Mas Jesus dizia-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa». E não pôde fazer ali milagre algum; apenas curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E admirava-Se da incredulidade deles. Depois, andava ensinando pelas aldeias circunvizinhas. Herodes,
porém, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que ressuscitou». Porque Herodes tinha mandado prender João, e teve-o a ferros numa prisão por
causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual tinha casado. Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter a mulher de teu irmão».
Mc 6, 1-6.16-18
Mc 6, 1-6.16-18
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