Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Milhares de pessoas exigem referendo

Esta acção foi convocada pela Plataforma “Cidadania e Casamento” que paralisou o centro da capital durante a tarde.

António Pinheiro Torres, deste movimento, explica o que está em causa.

“Aquilo que é chamado o casamento entre pessoas do mesmo sexo não se trata de facto de um casamento. Um casamento é aquele que é celebrado há milénios entre um homem e uma mulher. Existem uniões entre pessoas do mesmo sexo, mas o tratamento jurídico e os direitos que precisam de ser atendidos, podem ser atendidos de outra maneira pela ordem jurídica e não por esta designação do casamento”, disse.

De balões e bandeiras nas mãos, os participantes, muitas famílias, desta manifestação concentram-se já ao final da tarde na praça do Restauradores.

No centro estava um palco por onde passaram vários oradores que apelaram à realização do referendo, um direito e até um dever disseram.

Entre os presentes estava D. Duarte Pio que apelou à intervenção do Chefe de Estado nesta matéria.

“O Presidente da República, que certamente concorda com a posição pró-referendo, poderia tomar mais umas medidas no sentido de conseguir o referendo e é o que esperamos dele. A maioria dos portugueses prefere ser ouvido”, refere.

(Fonte: site Rádio Renascença)

O tesouro da Igreja de Roma (Editorial)

As lágrimas de Bento XVI são o símbolo que mais resume o sentido da sua visita ao albergue da Caritas na estação Termini de Roma. Lágrimas provindas do coração do Papa e de muitos presentes ao ouvir a saudação simples e bonita de Giovanna Cataldo, com palavras disse a mulher com uma voz que se deteve várias vezes pela emoção que "não são minhas, mas nossas", isto é, daqueles rostos e sobretudo daquelas almas que no albergue foram "para um momento ou para muito tempo".

E aqueles rostos e almas mulheres e homens, crianças e idosos desorientados e socorridos, sofredores e confortados em nome da caridade de Cristo pediram ao seu Bispo para "resistir às fadigas do mundo". Por isso, garantiram a sua oração, para implorar de Deus serenidade, força e esperança para Bento XVI, sobretudo "quando os dias de chuva se alternarem ainda aos dias de sol".

Ninguém teria podido dirigir palavras mais comovedoras e verdadeiras ao Bispo de Roma, daquela Igreja identificada já nos primeiros decénios cristãos como aquela que preside à caridade. E é por isso exemplo para o mundo. Não é por acaso que a tradição relaciona à memória do terceiro grande santo romano depois de Pedro e Paulo, o diácono Lourenço, a consideração dos pobres como tesouro precioso. "Aqueles vossos amigos" chamou-lhes Bento XVI, que encontrou e acariciou dezenas deles misturados com os voluntários, circundado pelo cardeal vigário e pelos seus bispos.

Juntamente com o anúncio da verdade, o testemunho da caridade pertence à missão da Igreja, ressaltou o Papa que quis a palavra caritas no título de duas das suas encíclicas. E esta proximidade de Deus que as liturgias orientais chamam "amigo do homem" realiza-se nas estruturas de caridade, como a intitulada a um sacerdote que Roma não esquece, Luigi Di Liegro: estruturas tornadas possíveis também pelo apoio de instituições públicas, que através de alguns dos seus representantes participaram na visita.

O vigário de Roma pediu às instituições e às autoridades para não reduzir a ajuda aos pobres num tempo difícil, no qual os corações parecem endurecer e que ao contrário exige a colaboração de todos, crentes e não-crentes. Como pretende demonstrar a iniciativa europeia que vê muitos bispos na Itália, além do presidente da conferência episcopal e diversos outros, todos os da Úmbria seguir e apoiar o exemplo de Bento XVI. Que para anunciar o Deus "amigo dos homens" está próximo dos pobres, aqueles "amigos" que são o tesouro da Igreja.

Giovanni Maria Vian - Director

(© L'Osservatore Romano - 20 de Fevereiro de 2010)

L'Osservatore Romano edição em língua portuguesa de 20-II-2010

Manifestação pela Família é este Sábado

É em clima de festa que a Plataforma Cidadania e Casamento quer terminar a manifestação de amanhã, em Lisboa, em defesa da instituição Família.

A manifestação parte às 15h00 do Marquês de Pombal, desce a Avenida da Liberdade e termina nos Restauradores com a Festa da Família, explica Sofia Guedes, da organização.

A este desfile e à festa vai juntar-se um grupo de 25 militares de Abril, liderado pelo General Garcia Leandro.

Esta acção da Plataforma Cidadania e Casamento vai ser marcada por vários discursos e por muita animação.

“Procurámos que os grandes protagonistas desta festa fossem as próprias famílias. Vai haver uma animação musical, vamos ter um hino, várias cantigas portuguesas que vão ser cantadas por famílias. Vai ser uma animação muito simples, em que todas as pessoas vão poder participar”, diz Sofia Guedes, da organização.

(Fonte: site Rádio Renascença)

Audiência do Papa ao Primeiro Ministro libanês: salientada a importância do diálogo inter-religioso e intercultural


Vídeo em espanhol

A necessidade de encontrar uma solução justa e global para os conflitos que atormentam a região do Médio Oriente foi sublinhada neste sábado durante o encontro no Vaticano entre Bento XVI e o Primeiro Ministro libanês Saad Hariri, como refere um comunicado.

Durante a audiência, que durou cerca de vinte minutos e o sucessivo colóquio entre o Primeiro Ministro e o Secretario de Estado Cardeal Tarcisio Bertone foi abordada a situação no Líbano e foi auspiciado que este país, através da convivência exemplar das varias comunidades religiosas que o compõem permaneça uma mensagem para a região do Médio Oriente e para o mundo inteiro.

Na promoção da paz e da justiça foi salientada a importância do diálogo intercultural e inter-religioso.

O Primeiro Ministro libanês manifestou também vivo apreço pelo contributo que a Igreja católica oferece em beneficio da sociedade inteira, em particular através das suas instituições educativas, no campo da saúde e da assistência

(Fonte: site Radio Vaticana)

Papa pede respeito, nos aeroportos, da dignidade da pessoa humana que é a prioridade também em tempo de crise


No inicio da tarde o Papa recebeu na grande aula das audiência do Vaticano o variegado mundo da aviação civil italiana. Como recordou no discurso que lhes dirigiu, pessoas chamadas a regular e controlar o trafico aéreo e a cuidar da eficiência do sistema nacional dos transportes no respeito dos empenhos internacional da Itália; garantir aos utentes e ás empresas a segurança dos voos, a tutela dos direitos, a qualidade dos serviços nos aeroportos e a justa competitividade no respeito do ambiente.

Na multiplicidade dos empenhos - salientou depois o Papa é importante recordar que em cada projecto e actividade, o primeiro capital que se deve salvaguardar e valorizar é a pessoa humana, na sua integridade.

“O respeito de tais princípios pode parecer particularmente complexo e difícil no contexto actual, por causa da crise económica, que tem efeitos problemáticos no sector da aviação civil e da ameaça do terrorismo internacional que tem no seu objectivo também os aeroportos e aviões para atingir os seus objectivos eversivos.

Também nesta situação é necessário que nunca se perda de vista que o respeito do primado da pessoa e a atenção às suas necessidades, não só não tornam menos eficaz o serviço e não penalizam a gestão económica, mas pelo contrário, representam importantes garantias de verdadeira eficiência e de autentica qualidade.

Bento XVI descreveu o aeroporto de hoje como o espelho do mundo onde também os migrantes e refugiados vivem vicissitudes de expectativa, de esperança e de temor pelo futuro.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Apresentado ao Papa o Anuário Pontifício de 2010: novidades relativas à vida da Igreja no mundo

Na manhã deste sábado foi apresentado ao Papa o anuário pontifício de 2010. Bento XVI agradeceu a homenagem e mostrou vivo interesse pelos dados ali ilustrados. Da leitura do volume podem deduzir-se algumas novidades relativas á vida da Igreja no mundo a partir de 2009.

A situação numérica dos padres, tanto diocesanos como religiosos continua a mostrar, uma evolução positiva, embora moderada à volta de 1% no período que vai de 2000 a 2008. As religiosas pelo contrario diminuem progressivamente; no mesmo período de referencia a diminuição é de 7,8%.

A distribuição do clero entre continentes, é caracterizada por uma forte prevalência de padres europeus (47,1%), os americanos são 30%; o clero asiático incide num montante de 13,2%, os africanos 8,7% e os da Oceânia 1,2%.

Entre 2000 e 2008 não se modificou a incidência relativa dos sacerdotes na Oceânia; pelo contrário aumentou o peso tanto do clero africano como daquele asiático e dos sacerdotes americanos, enquanto que o clero europeu diminuiu vistosamente de 51,5 para 47,1 %.

Não obstante a sua progressiva diminuição, as irmãs religiosas continuam a ser entre as figuras de agentes religiosos que ajudam na actividade pastoral os bispos e os sacerdotes, o grupo de maior peso numérico . A este propósito o anuário pontifício salienta que os grupos mais numerosos de religiosas professas se encontram na Europa e na América e que as contracções de maior relevo se manifestaram igualmente na Europa e na América além da Oceânia, enquanto que na África e Ásia se verificaram aumentos notáveis, mais 21,2% na África e mais 16,4 % na Ásia que contrabalançam a referida diminuição mas não até ao ponto de a anular.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Nomeado novo Núncio Apostólico em Angola

O Santo Padre nomeou núncio apostólico em Angola D. Novatus Rugambwa, já Núncio Apostólico em São Tomé e Príncipe.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Crónica do Vaticano - Desporto na Igreja

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Lucas, IV, 7-12 ; PL 15,1614 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans A, p. 88)

«Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto [...], onde era tentado pelo diabo»

Recordemos que o primeiro Adão foi expulso do paraíso para o deserto, para que a nossa atenção se concentre na maneira como o segundo Adão (1Cor 15, 45) regressa do deserto ao paraíso. Vede, com efeito, como a primeira condenação é desenredada, depois de ter sido enredada, como são restabelecidos os benefícios divinos sobre os vestígios dos benefícios antigos. Adão vem de uma terra virgem, Cristo vem da Virgem; aquele foi feito à imagem de Deus, Este é a imagem de Deus (Col 1, 15); aquele foi colocado acima de todos os animais irracionais, Este acima de todos os seres vivos. Por uma mulher veio a insensatez, por uma virgem a sabedoria; a morte veio de uma árvore, a vida pela cruz. Um, despido das vestes espirituais, concebeu para si uma veste de folhas de árvore; o Outro, despido da veste deste mundo, deixou de desejar uma veste material (Jo 19, 23).

Adão foi expulso do deserto, Cristo vem do deserto; porque Ele sabia onde se encontrava o condenado que queria reconduzir ao paraíso, já liberto do seu pecado. [...] Aquele que tinha perdido a rota que seguia no paraíso não era capaz de reencontrar a rota perdida no deserto, sem ter quem o guiasse. As tentações são numerosas, o esforço com vista à virtude é difícil, é fácil dar passos em falso e cair no erro. [...] Sigamos pois a Cristo, conforme está escrito: «É ao Senhor vosso Deus que deveis temer e seguir» (Dt 13, 5). [...] Sigamos, pois, os Seus passos, e poderemos passar do deserto ao paraíso.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 21 de Fevereiro de 2010


São Lucas 4,1-13

Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto,
onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome.
Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: Nem só de pão vive o homem.»
Levando-o a um lugar alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo
e disse-lhe: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e dou-o a quem me aprouver.
Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.»
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.»
Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo,
pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que eles te guardem;
e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas o teu pé nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus.»
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Manifestação pelo Casamento e pela Família – 20 de Fevereiro em Lisboa



S. Josemaría nesta data em 1934

“Afasta de ti esses pensamentos inúteis que, pelo menos, te fazem perder tempo”, anota hoje. Virá a ser o n. 13 de Caminho.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

As aparições de Maria em Zeitoun

Uma das aparições marianas menos conhecidas é a de Zeitoun, em que Maria se mostrou sem deixar qualquer mensagem, seja aos cristãos, seja aos muçulmanos. Em árabe, Zeitoun significa “olivas” e por isso a aparição é associada à paz.

A cidade de Zeitoun está situada na região de Matruh, perto do Cairo, a capital do Egipto. Segundo a tradição, neste lugar Jesus, Maria e José se refugiaram para fugir da perseguição do Rei Herodes.

Em Zeitoun se encontra a Igreja ortodoxa copta de São Marcos. Na noite de 2 de Abril de 1968, no telhado desta igreja apareceu uma imagem luminosa com o perfil de mulher, identificada como Nossa Senhora. Este evento foi observado por várias testemunhas, cujas descrições concordam na descrição dos detalhes.

Todavia, as aparições remontam a 1920, quando Tawfiq Khalil Bey, um proprietário copta decidiu construir em Zeitoun um edifício. A Virgem apareceu prometendo-lhe que se no lugar de um edifício construísse uma igreja, ela honraria aquele lugar de maneira especial. Assim fui, e foi erigida a igreja de São Marcos.

As aparições de Zeitoun ocorreram entre 1968 e 1970. Quando em 2 de Abril de 1968 alguns operários muçulmanos viram uma mulher ajoelhada aos pés da cruz, logo reconheceram nela a Virgem Maria. Depois se verificaram outras aparições, e sempre relacionadas a fenómenos luminosos, definidos “chuvas de diamantes” e acompanhados por um perfume de incenso. A imagem parece com a da Imaculada Conceição vista por Catherine Labouré em Paris em 1830 e que no Egipto se tornou muito popular nas escolas católicas.

Dessas aparições ficaram testemunhos em alguns vídeos e fotos. Inúmeras foram as tentativas para tentar descobrir se eram falsos ou não.

Sucessivamente, nos decorrer dos anos, essas aparições começaram a atrair multidões, algumas vezes até 250.000 pessoas por vez, entre os quais cristãos, judeus, muçulmanos, mas também não fiéis, de diversas nacionalidades.

Normalmente, as aparições de Maria ocorriam à noite. Com a Virgem, podiam-se ver também pombos luminosos que voavam em torno dela. Aqueles que assistiram a esses fenómenos viram a Virgem caminhar sobre a igreja e sobre a cúpula, ajoelhar-se e em algumas ocasiões levantar o Menino Jesus entre os braços. As aparições não tinham todas a mesma duração, e variavam de poucos minutos até nove horas.

Kyrillos VI, o patriarca ortodoxo, criou uma comissão cujo objectivo era conduzir pesquisas sobre as aparições. Alguns dos membros da comissão descreveram uma fumaça perfumada de cor roxa que saia da igreja durante as aparições desta mulher envolvida em uma esfera de luz, que podia ser observada por todos os presentes, cristãos e muçulmanos.


A igreja, uma vez renovada, foi depois intitulada a "A Virgem da luz". As aparições silenciosas de Zeitoun são consideradas um apelo ao diálogo ecuménico e inter-religioso. O Papa Paulo VI, que enviou observadores ao local, declarou que a Santa Sé respeitava o parecer da Igreja local. Ao mesmo tempo, a Igreja Católica copta respeita profundamente a versão da narração das aparições fornecida pela Igreja Ortodoxa copta.

“Virgem Imaculada, Tu que acolheste a luz do Espírito Santo, e se tornaste a casa do Deus vivente. Mãe da luz, vigia sobre teus filhos, especialmente sobre aqueles que seguiram teu Filho e foram perseguidos. Nós te pedimos para impedir que o mundo possa acabar com a verdade e justiça. Tira a pedra que têm no lugar do coração e que os leva a matar em nome da religião. Possa a tua luz iluminar a todos!”.

(Fonte: H2O News)

S. Josemaría Escrivá: que significa o Opus Dei na Igreja? (legendado em inglês)

Beato Francisco Marto e Beata Jacinta Marto, videntes de Fátima

Francisco Marto

Francisco, nascido numa povoação chamada Aljustrel, pertencente à paróquia de Fátima, em Portugal, no dia 11 de Junho de 1908, era filho de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus Marto, modestos agricultores e bons cristãos; no dia 20 do mesmo mês, recebido o baptismo, tornou-se membro do povo da nova aliança.

De carácter dócil e condescendente, recebeu com fruto a boa educação que os pais lhe deram. Em casa, começou a conhecer e a amar a Deus, a rezar, a participar nas sagradas funções paroquiais, a ajudar o próximo necessitado, a ser sincero, justo, obediente e diligente. Viveu em paz com todos, quer adultos quer da mesma idade. Não se irritava quando o contrariavam e nos jogos não encontrava dificuldades em se adequar à vontade dos outros. Era sensível à beleza da natureza, que contemplava com sensibilidade e admiração; deleitava-se com a solidão dos montes e ficava extasiado perante o nascer e pôr do sol. Chamava ao sol «candeia de Nosso Senhor» e enchia-se de alegria ao aparecerem as estrelas que designava «candeias dos Anjos». Era de tal inocência que dizia que ao chegar ao céu havia de colocar azeite na candeia da Virgem Maria.

Logo que pôde, quando atingiu a idade de cerca de seis anos, foi-lhe confiada a guarda do rebanho, que diariamente pastoreava; segundo o costume, saía de manhã cedo com a sacola levando o alimento e a flauta, com a qual se divertia, e tornava a casa ao pôr do sol. Muitas vezes era acompanhado pela irmãzinha Jacinta e ambos se reuniam com a prima Lúcia de Jesus dos Santos, que guardava também as suas ovelhas. Estas crianças declararam ter visto três vezes um anjo no ano de 1916. Este acontecimento inesperado e imprevisto constitui para Francisco o início duma experiência espiritual mais generosa, mais eficaz e mais intensa de dia para dia. De repente começou a tornar-se mais piedoso e taciturno; recitava frequentemente a oração ensinada pelo anjo; estava disposto a oferecer sacrifícios pela salvação dos que não acreditam, não esperam e não amam.

Do dia 13 de Maio até ao dia 13 de Outubro de 1917, algumas vezes, juntamente com a Jacinta e a Lúcia, foi-lhe concedido o privilégio de ver a Virgem Maria na Cova da Iria. A partir daí, inflamado cada vez mais no amor a Deus e às almas, tinha uma só aspiração: rezar e sofrer de acordo com o pedido da Virgem Maria. Se extraordinária foi a medida da benignidade divina para com ele, extraordinária foi também a maneira como ele quis corresponder à graça divina na alegria, no fervor, e na constância. Não se limitou apenas a ser como que um mensageiro do anúncio, da penitência e da oração, mas, mais do que isso, com todas as suas forças, conformou a sua vida com a mensagem que ele anunciou mais com a bondade das obras do que com palavras.
Costumava dizer: «Que belo é Deus, que belo! mas está triste por causa dos pecados dos homens. Eu quero consolá-lo, quero sofrer por seu amor».

Manteve este propósito até ao fim. Durante as aparições suportou com espírito inalterável e com admirável fortaleza as más interpretações, as injúrias, as perseguições e mesmo alguns dias de prisão. Resistiu respeitosa e fortemente à autoridade local que tudo tentou para conhecer o «segredo» revelado pela Virgem Santíssima às três crianças, infundindo coragem simultaneamente à irmã e à prima. Todas as vezes que o ameaçavam com a morte respondia: «se nos matarem não importa: vamos para o céu».

Já antes das aparições rezava, porém depois, movido por um espírito de fé mais vivo e amadurecido, tomou consciência de ser chamado e de se entregar zelosa e constantemente ao dever de rezar segundo as intenções da Virgem Maria. Procurava o silêncio e a solidão para mergulhar totalmente na contemplação e no diálogo com Deus.

Participava na missa dos dias festivos e quando podia também nos feriais. Nutriu uma especial devoção à Eucaristia e passava muito tempo na igreja, adorando o Sacramento do altar a que chama «Jesus escondido». Recitava diariamente os quinze mistérios do Rosário e muitas vezes mais, a fim de satisfazer o desejo da Virgem; para isso gostava de juntar orações e jaculatórias, que tinha aprendido no catecismo e que o Anjo, a Virgem Santíssima e piedosos sacerdotes lhe tinham ensinado. Rezava para consolar a Deus, para honrar a Mãe do Senhor, que muito amava, para ser útil às almas que expiam as penas no fogo do purgatório, para auxiliar o Sumo Pontífice no seu importante múnus de pastor universal; rezava pelas necessidades do mundo transtornado pelo pecado; rezava pela Igreja e pela salvação eterna das almas. Rezava sozinho, com os familiares, com os peregrinos, manifestando um profundo recolhimento interior e uma confiança segura na bondade divina.

Como tivesse sabido da Virgem Maria que a sua vida iria ser breve, passava os dias na ardente expectativa de entrar no céu. E de facto tal expectativa não foi longa. Com efeito, apesar de ser robusto e de gozar de boa saúde, em Outubro do ano de 1918 foi atingido pela grave epidemia bronco-pulmonar chamada «espanhola». Do leito em que caiu não chegou a levantar-se; pelo contrário, no ano de 1919, o seu estado de saúde agravou-se. Sofreu, com íntima alegria, a sua enfermidade e as suas enormes dores, em oblação a Deus. À Lúcia que lhe perguntava se sofria, respondeu: «Bastante, mas não me importa. Sofro para consolar Nosso Senhor e em breve irei para o céu». No dia 2 de Abril, recebeu santamente o sacramento da Penitência e no dia seguinte foi finalmente alimentado com o Corpo de Cristo, como Santo Viático. Ao despedir-se dos presentes prometeu rezar por eles no céu.

Entrou piedosamente na vida eterna, que veementemente desejara, no dia 4 de Abril de 1919. Foi sepultado no cemitério de Fátima, mas depois as suas relíquias foram transladadas para o Santuário, que entretanto fora construído onde a Virgem aparecera.

Jacinta Marto

Jacinta, a sétima filha do casal Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus dos Santos, nasceu no lugar de Aljustrel, paróquia de Fátima, no dia 11 de Março de 1910. No dia 19 do mesmo mês recebeu a graça do Baptismo.

Os seus pais, que eram humildes agricultores e piedosos cristãos, deram-lhe uma sã educação moral e religiosa. Desde tenra idade mostrou o gosto pela oração, a preocupação pelas verdades da fé, prudência na escolha das amizades e um sereno espírito de obediência. De índole vivaz, expansiva e alegre, gostava de brincar e bailar; cativava a simpatia dos outros, se bem que tivesse certa inclinação a dominar e a não ser contrariada tanto que facilmente amuava e era ciosa do que lhe pertencia. Todavia, depois mudou completamente e tornou-se um modelo esplêndido de humildade, de mortificação e de generosidade.

Logo que pôde, começou a trabalhar; em particular foi encarregada de acompanhar o irmão Francisco, um pouco mais velho do que ela, no pastoreio do rebanho. Ambos gostavam de se juntar com a prima Lúcia de Jesus dos Santos, que era também pastora de ovelhas. Deste modo as três crianças, unidas por uma grande amizade, passavam o dia inteiro nesta actividade, que, apesar de custosa, eles executavam diligentemente e com prazer, porque lhes deixava tempo para brincar e para rezar e lhes permitia usufruir das belezas da natureza.

O que inesperadamente lhes mudou a vida, deu-se no ano de 1916: eles disseram ter visto três vezes um anjo que os exortava a rezar e a fazer penitência pela remissão dos pecados e para obter a conversão dos pecadores. A partir deste momento; a pequena Jacinta aproveitava todas as ocasiões para fazer o que o anjo lhe pedira.

Desde o dia 13 de Maio até ao dia 13 de Outubro de 1917, juntamente com Francisco e Lúcia, teve o privilégio de ver várias vezes a Virgem Maria no lugar chamado Cova da Iria, perto de Fátima. Cheia de alegria e gratidão pelo dom recebido, quis imediatamente responder com todas as forças à exortação da Virgem Maria que lhes pedia orações e sacrifícios em reparação dos pecados que ofendem a Deus e o Imaculado Coração de Maria e pela conversão dos pecadores.

Ao mesmo tempo dócil à acção da graça, separou-se das coisas terrenas, a fim de se voltar para as coisas celestes e voluntariamente consagrou a sua vida para entrar um dia no paraíso. Estava constantemente mergulhada na contemplação de Deus, em colóquio íntimo com Ele. Procurava o silêncio e a solidão e de noite levantava-se da cama para rezar e livremente expressar o seu amor ao Senhor. Em pouco tempo, a sua vida interior se notabilizou por uma grande fé e por uma enorme caridade.

A propósito disto dizia: «Gosto tanto de Nosso Senhor! Por vezes julgo ter um fogo no peito, mas que não me queima». Gostava muito de contemplar Cristo Crucificado e comovia-se até às lágrimas ao ouvir a narração da Paixão. Então afirmava já não querer cometer pecados para não fazer sofrer Jesus. Alimentou uma ardente devoção à Eucaristia, que visitava frequentemente e durante longo tempo na igreja paroquial, escondendo-se no púlpito, onde ninguém a pudesse ver e distrair.

Desejava alimentar-se do Corpo de Cristo mas isso não lhe foi permitido por causa da idade. Encontrava contudo consolação na comunhão espiritual. De igual modo honrou a Virgem Maria, com um amor terno, filial e alegre e constantemente correspondeu às suas palavras e desejos; muitas vezes honrava-a com a recitação do rosário e com piedosas jaculatórias.

O seu desejo de sofrer tornou-se mais notório durante a longa e grave doença que a atingiu a partir de Outubro do ano de 1918. Contaminada pela epidemia bronco-pulmonar, a que chamavam «espanhola», o seu estado de saúde agravou-se a pouco e pouco, de tal forma que teve de suportar a ideia de ter de ser operada. Sabendo que lhe restava pouco tempo de vida, multiplicou os sacrifícios, as penitências e as privações de forma a cooperar até ao máximo das suas possibilidades na obra da Redenção. Porém, o que lhe custou mais foi o ter de deixar a família a fim de ser tratada num hospital. Prevendo morrer sozinha, isto é, longe dos seus queridos familiares, disse: «Ó meu Jesus, agora podes converter muitos pecadores, porque este sacrifício é muito grande!».

No dia 20 de Fevereiro do ano de 1920 pediu os Sacramentos. Apenas recebeu o Sacramento da Penitência: consciente de estar próxima da morte, pediu o Sagrado Viático, mas o sacerdote, não obstante as suas insistências, adiou-o para o dia seguinte.

Naquele mesmo dia à noite, longe dos pais e dos conhecidos, morreu no hospital de Lisboa, onde desde há algum tempo se encontrava internada. Alcançara finalmente a meta dos seus desejos: a vida eterna.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

4º Dia da Quaresma

Evangelho segundo S. Lucas 5,27-32.

Depois disto, Jesus saiu e viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no posto de cobrança. Disse-lhe: «Segue-me.»
E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o.
Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete; e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas.
Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?»
Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes.
Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»

Nesta caminhada quaresmal no Evangelho de hoje, Senhor, chamas-nos a atenção para os nossos preconceitos, os nossos julgamentos dos outros e até os nossos medos.

Quantas vezes, Senhor, nos achamos nós melhores do que os outros?
Quantas vezes, Senhor, pretendemos nós saber e escolher aqueles que devem ou podem estar na Igreja, ou não?
Quantas vezes, Senhor, pretendemos nós estar “apenas” na igreja, “protegidos” de tudo, em vez de sairmos para o mundo chamando os outros?
Quantas vezes, Senhor, nos afastamos nós de outros, que consideramos pecadores impenitentes, quando nós o somos todos os dias?
Quantas vezes, Senhor, temos nós medo de sermos vistos com outros fora da igreja, para não falarem de nós?
Quantas vezes, Senhor, temos nós vergonha humana, perante os outros, de nos afirmarmos em comunhão contigo?
Quantas vezes, Senhor, pedimos para nós o Teu perdão, mas recusamos o nosso perdão àqueles que nos magoam?
Quantas vezes, Senhor, não damos testemunho nas nossas vidas, naquilo que Tu hoje mesmo nos dizes, ou seja, que vieste para todos sem excepção?

Faz-nos perceber, Senhor, as nossas fraquezas, os nossos medos, as nossas vergonhas.
Faz-nos reconhecer, Senhor, os nossos pecados, as nossas dúvidas e debilidades.
Faz-nos ser, Senhor, muito mais segundo a Tua vontade, do que da nossa vontade própria, ou da vontade do mundo.
Faz-nos entender, Senhor, que a nossa conversão não pode ser exterior, mas tem da partir do interior, onde Tu moras.
Faz-nos ser conscientes, Senhor, de que a conversão não é só mudança de vida, mas a vida em permanente mudança por Ti, para Ti e em Ti.
Faz-nos viver, Senhor, essa conversão constante, que só é possível num encontro pessoal e íntimo contigo.

E perdoa-nos, Senhor, e deixa que nos sentemos à Tua mesa, porque também nós precisamos de médico, pois estamos doentes, somos pecadores, e acreditamos que foi para nós e por nós, que Te fizeste igual a nós, excepto no pecado, e Te entregaste na Paixão que leva à Ressurreição.

E por isso mesmo, Senhor, confirma em nós o Teu amor, que nos leva à paz e à alegria de Te sabermos sempre connosco.

Joaquim Mexia Alves

(Fonte: blogue ‘O que é a verdade?' AQUI)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Chile reduz mortalidade materna com gravidez segura e não com abortos

Um estudo preliminar apresentado pelo epidemiólogo da faculdade de medicina da Universidade do Chile, Elard Koch, mostrou que a prevenção para ter "gravidezes seguras" foi o caminho com que o país conseguiu reduzir a mortalidade materna, e não a promoção do aborto.

O estudo foi apresentado no mês passado na reunião inaugural do International Working Group for Global Women's Health Research, em Washington D.C. (Estados Unidos).

Segundo o C-FAM, as conclusões preliminares que examinaram "a pronunciada queda no número de mortes maternas ao longo dos últimos cinquenta anos na nação latino-americana do Chile, fragilizando assim os argumentos do lobby abortista, segundo os quais são necessárias leis de aborto permissivas para reduzir os índices de mortalidade materna".

Indicou que de acordo com os números agora apresentados, "a razão de mortalidade materna reduziu-se de 275 por 100.000 nascidos vivos em 1960 para 18,7 por 100.000 nascidos vivos no ano 2000, a maior redução observada em países da América Latina".

O relatório preliminar destaca que desde 1960 houve "um grande avanço no sistema de saúde pública e de atenção primária" e uma melhora importante em educação, que permitiram ao Chile ter um registo de saúde materna comparável com o das nações desenvolvidas.

C-FAM acrescenta que tendo em conta que as leis chilenas protegem a vida do concebido, a diminuição da mortalidade materna "não pode ser atribuída ao acesso ao aborto legal".

Inclusive, indicou, as estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentam o Chile como o país com "o índice mais baixo de mortalidade materna da América do Sul, enquanto que Guiana, que liberalizou significativamente suas leis em meados dos anos noventa argumentando preocupação pelo número de mortes maternas, conta com os registos mais altos".

C-FAM também cita um artigo de Irvine Loudon sujeito à arbitragem, publicado no American Journal of Clinical Nutrition no ano 2000, e que confirma que os principais factores que conduziram a queda da mortalidade materna em todos os países desenvolvidos desde 1937, "parecem ter sido as sucessivas melhorias nos cuidados maternos".

"Como actualmente acontece no Chile, estes grandes avanços no mundo desenvolvido ocorreram antes que se liberalizasse o aborto. É por isso que, aparentemente, o que gera a redução do número de mortes maternas durante a gravidez e o parto é o melhoramento do acesso à assistência médica de qualidade em saúde materna", afirmou C-FAM.

"De facto, nações como a África do Sul, que conta com um dos regimes mais liberais em matéria de aborto, experimentaram um incremento no número de mortes maternas que se atribui, em parte, às complicações desencadeadas por causa do aborto legal", acrescentou.

(Fonte: ‘Acidigital’ com edição de JPR)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
No Greater Love (a partir da trad. Il n'y a pas de plus grand amour, Lattès, 1997, p. 67)

Chamados a ser santos

Qual é a vontade perfeita de Deus a nosso respeito ? Deves tornar-te santo. A santidade é a maior dádiva que Deus nos pode fazer, porque Ele criou-nos para esse fim. Para aquele ou aquela que ama, submeter-se é mais do que um dever, é o próprio segredo da santidade.

Como dizia São Francisco, todos nós somos quem somos aos olhos de Deus – nada mais, nada menos. Todos somos chamados a ser santos. Não há nada de extraordinário nessa chamada. Todos fomos criados à imagem de Deus, a fim de amarmos e sermos amados. Jesus deseja a nossa perfeição com um ardor indizível. «Eis a vontade de Deus: a vossa santificação» (1Tess 4, 3). O Seu Sagrado Coração transborda de uma vontade insaciável de nos ver caminhar em direcção à santidade.

Devemos renovar todos os dias a nossa decisão de nos elevarmos com mais fervor, como se se tratasse do primeiro dia da nossa conversão, dizendo: «Ajuda-me, Senhor meu Deus, nas minhas boas resoluções ao Teu santo serviço e dá-me hoje mesmo a graça de começar verdadeiramente, pois tudo o que fiz até agora não é nada.» Só podemos ser renovados se tivermos a humildade de reconhecer aquilo que em nós tem necessidade de o ser.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 20 de Fevereiro de 2010

São Lucas 5,27-32

Depois disto, Jesus saiu e viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no posto de cobrança. Disse-lhe: «Segue-me.»
E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o.
Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete; e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas.
Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?»
Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes.
Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)