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quinta-feira, 10 de julho de 2014
Participação no espírito de apostolado da Obra
Enchem-me de alegria as notícias sobre a multiplicação das obras de misericórdia que, fiéis ao espírito de S. Josemaria, se desenvolvem nos locais onde trabalhamos apostolicamente, tanto no trabalho com os jovens como com os adultos. Tratar com mais afeto o doente ou a doente que vive em casa ou num hospital, colaborar com um banco alimentar, não descuidar os mais pobres de um bairro periférico ou aqueles pobres “envergonhados” que escondem a sua situação, proporcionar companhia aos idosos de um lar, ou aos que estão presos sem que ninguém se preocupe com eles… Tudo isto, mais ainda, nos ajuda de forma excelente a preparar-nos para a beatificação de D. Álvaro. Recentemente pedi-vos que vos esmereis na preparação espiritual desse acontecimento: também as obras de misericórdia fazem parte dessa preparação. Intensificai sobretudo o apostolado da confissão: não há maior exercício de caridade do que aproximar de Deus aqueles que se encontram afastados d’Ele pelo pecado.
A beatificação do queridíssimo D. Álvaro convida-nos – assim o peço ao Senhor e à Sua Mãe, a Virgem Maria – a que milhares de homens e de mulheres, nós mesmos em primeiro lugar, amemos mais Cristo e a Igreja. Peçamos que seja um momento de especial fraternidade, mais uma ocasião de transmitir a nossa amizade e o nosso afeto a todas e a todos os que, durante estes anos do caminhar da Obra, participaram de algum modo no seu espírito e apostolado. Estou certo de que D. Álvaro intercederá de modo especial por cada uma dessas mulheres, por cada um desses homens.
Como sempre, peço que rezeis pelas minhas intenções: agora também pelos frutos da viagem que penso fazer na segunda quinzena deste mês, aos diversos países da América Central.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de julho de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Uma luz a redescobrir
(...) De facto, a luz da fé possui um carácter singular, sendo capaz de iluminar toda a existência do homem. Ora, para que uma luz seja tão poderosa, não pode dimanar de nós mesmos; tem de vir de uma fonte mais originária, deve porvir em última análise de Deus. A fé nasce no encontro com o Deus vivo, que nos chama e revela o seu amor: um amor que nos precede e sobre o qual podemos apoiar-nos para construir solidamente a vida. Transformados por este amor, recebemos olhos novos e experimentamos que há nele uma grande promessa de plenitude e se nos abre a visão do futuro. A fé, que recebemos de Deus como dom sobrenatural, aparece-nos como luz para a estrada orientando os nossos passos no tempo. Por um lado, provém do passado: é a luz duma memória basilar — a da vida de Jesus –, onde o seu amor se manifestou plenamente fiável, capaz de vencer a morte. Mas, por outro lado e ao mesmo tempo, dado que Cristo ressuscitou e nos atrai de além da morte, a fé é luz que vem do futuro, que descerra diante de nós horizontes grandes e nos leva a ultrapassar o nosso « eu » isolado abrindo-o à amplitude da comunhão. Deste modo, compreendemos que a fé não mora na escuridão, mas é uma luz para as nossas trevas. Dante, na Divina Comédia, depois de ter confessado diante de São Pedro a sua fé, descreve-a como uma « centelha / que se expande depois em viva chama / e, como estrela no céu, em mim cintila ». [4] É precisamente desta luz da fé que quero falar, desejando que cresça a fim de iluminar o presente até se tornar estrela que mostra os horizontes do nosso caminho, num tempo em que o homem vive particularmente carecido de luz.
[4] Divina Comédia, Paraíso, XXIV, 145-147.
Lumen Fidei, 4
Jesus, a Parábola de Deus
“… a verdadeira Parábola de Deus é o próprio Jesus, a sua Pessoa, que, no signo da humanidade, esconde e ao mesmo tempo revela a divindade. Deste modo, Deus não nos constringe a acreditar nele, mas atrai-nos a Si com a verdade e a bondade do seu filho encarnado. De facto, o amor respeita sempre a liberdade”.
(Bento XVI – Angelus de 10.07.2011)
«Proclamai que está próximo o Reino dos Céus»
São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Vida de S. Francisco, «Legenda Major», cap. 3
Vida de S. Francisco, «Legenda Major», cap. 3
A entrada na Ordem [de S. Francisco] de mais um homem de bem elevou para sete o número dos filhos do servo de Deus. Então, esse bom pai reuniu-os a todos e falou-lhes longamente do Reino de Deus, do desprezo do mundo, da renúncia à própria vontade e da mortificação dos sentidos, e anunciou-lhes o seu projecto de os enviar aos quatro cantos do mundo. […]
«Ide — disse com ternura aos seus filhos — e anunciai a paz aos homens; proclamai a conversão, para que obtenham o perdão dos pecados (Mc 1,4). Sede pacientes nas tribulações, assíduos na oração, corajosos no trabalho; pregai os vossos sermões com simplicidade, sede irrepreensíveis na vossa conduta e agradecidos pelos benefícios recebidos. Se cumprirdes tudo isto, será vosso o Reino do Céu (Mt 5,3; Lc 6,20)!»
Então, humildemente de joelhos diante do servo de Deus, eles acolheram este envio na alegria espiritual que advém da santa obediência. Francisco disse a cada um: «Abandona ao Senhor todas as preocupações, e Ele te sustentará» (Sl 54,23). Esta era a sua frase habitual sempre que enviava um irmão em missão. Quanto a ele, consciente da sua vocação de modelo e querendo igualmente pôr em prática não só os seus «ensinamentos» mas também as suas «obras» (Act 1,1), levou consigo um dos seus companheiros e tomou com ele a direcção de um dos quatro pontos cardeais.
«Ide — disse com ternura aos seus filhos — e anunciai a paz aos homens; proclamai a conversão, para que obtenham o perdão dos pecados (Mc 1,4). Sede pacientes nas tribulações, assíduos na oração, corajosos no trabalho; pregai os vossos sermões com simplicidade, sede irrepreensíveis na vossa conduta e agradecidos pelos benefícios recebidos. Se cumprirdes tudo isto, será vosso o Reino do Céu (Mt 5,3; Lc 6,20)!»
Então, humildemente de joelhos diante do servo de Deus, eles acolheram este envio na alegria espiritual que advém da santa obediência. Francisco disse a cada um: «Abandona ao Senhor todas as preocupações, e Ele te sustentará» (Sl 54,23). Esta era a sua frase habitual sempre que enviava um irmão em missão. Quanto a ele, consciente da sua vocação de modelo e querendo igualmente pôr em prática não só os seus «ensinamentos» mas também as suas «obras» (Act 1,1), levou consigo um dos seus companheiros e tomou com ele a direcção de um dos quatro pontos cardeais.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 10 de julho de 2014
Ide, e anunciai que está próximo o Reino dos Céus. «Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, lançai fora os demónios. Dai de graça o que de graça recebestes. Não leveis nos vossos cintos nem ouro, nem prata, nem dinheiro, nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão; porque o operário tem direito ao seu alimento. «Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, informai-vos de quem há nela digno de vos receber, e ficai aí até que vos retireis. Ao entrardes na casa, saudai-a, dizendo: “A paz seja nesta casa”. Se aquela casa for digna, descerá sobre ela a vossa paz; se não for digna, a vossa paz tornará para vós. Se não vos receberem nem ouvirem as vossas palavras, ao sair para fora daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que será menos punida no dia do juízo a terra de Sodoma e de Gomorra do que aquela cidade.
Mt 10, 7-15
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