A importância de um laicado católico empenhado no campo social e político, defendendo concretamente o valor da vida e uma correta antropologia, promovendo os verdadeiros valores da família e da sexualidade – foi sublinhada por Bento XVI, ao receber, nesta quinta-feira, no Vaticano, um grupo de Bispos da Conferência Episcopal dos Estados Unidos da América, vindos a Roma para a visita “ad limina Apostolorum”.
Evocando a sua visita pastoral aos Estados Unidos, o Papa observou que essa ocasião permitiu reflectir sobre a experiência histórica da liberdade religiosa ali vivida, num contexto cultural que inclui uma visão das coisas “modelada não só pela fé mas também pelo compromisso em relação a certos princípios éticos que derivam da natureza e do Deus da natureza”. Contudo – reconheceu Bento XVI com pesar – esta compreensão das coisas encontra-se hoje minada em grande parte por “novas e fortes correntes culturais que não só se opõem diretamente aos ensinamentos morais da tradição judaico-cristã, mas se vão tornando cada vez mais hostis ao Cristianismo como tal.
Neste contexto, a Igreja nos Estados Unidos está chamada, a tempo e fora de tempo – sublinhou o Papa – a proclamar um Evangelho, que não só propõe verdades morais que não mudam, mas que as propõe precisamente como chave para a felicidade humana e para a prosperidade social”.
“Quando uma cultura tenta suprimir a dimensão última de mistério e fecha as portas à verdade transcendente, empobrece-se inevitavelmente e degrada-se ao ponto de, como nos seus últimos anos o Papa João Paulo II tão claramente viu, por se degradar numa visão reducionista e totalitarista da pessoa humana e da natureza da sociedade”.
À luz destas considerações, Bento XVI advertiu que se impõe que toda a comunidade católica dos Estados Unidos consiga compreender as graves ameaças que constituem para o testemunho moral público da Igreja o secularismo radical que encontra crescente expressão nas esferas políticas e culturais”. “A seriedade destas ameaças precisa de ser claramente avaliada a todos os níveis da vida eclesial” – clamou o Papa.
“Mais uma vez vemos a necessidade de um laicado católico empenhado, articulado e bem preparado, dotato de um forte sentido crítico perante a cultura dominante e com coragem para contrastar um secularismo redutivo que quer delegitimar a participação da Igreja no debate público, sobre temas que determinam o futuro da socieade americana”.
“A preparação de líderes leigos empenhados e a apresentação de uma articulação convincente da visão cristã do homem e da sociedade – insistiu o Papa – permanece como a tarefa primeira na Igreja” nos Estados Unidos. “Como componentes essenciais da nova evangelização, estas preocupações devem modelar a visão e os objetivos dos programas catequísticos, a todos os níveis”.
Rádio Vaticano
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Amar a Cristo...
A alegria é um extraordinário bem que o Senhor nos concedeu. Fazendo-nos à sua imagem e semelhança, deu-nos o exemplo de Jesus Cristo Seu Filho sobre o qual em múltiplas passagens dos Evangelhos podemos concluir que gostava de parodiar inclusive com os Apóstolos. Sejamos pois alegres e deixá-Lo-emos satisfeito e agradecido.
JPR
JPR
“O mandamento novo do amor”
Jesus Nosso Senhor amou tanto os homens, que encarnou, tomou a nossa natureza e viveu em contacto diário com pobres e ricos, com justos e pecadores, com novos e velhos, com gentios e judeus. Dialogou constantemente com todos: com os que gostavam dele e com os que só procuravam a maneira de retorcer as suas palavras, para o condenar. – Procura comportar-te como Nosso Senhor. (Forja, 558)
Compreende-se muito bem a impaciência, a angústia, os inquietos anseios daqueles que, com uma alma naturalmente cristã, não se resignam perante a injustiça individual e social que o coração humano é capaz de criar. Tantos séculos de convivência dos homens entre si, e ainda tanto ódio, tanta destruição, tanto fanatismo acumulado em olhos que não querem ver e em corações que não querem amar!
Os bens da Terra, repartidos entre muito poucos; os bens da cultura, encerrados em cenáculos... E, lá fora, fome de pão e de sabedoria; vidas humanas – que são santas, porque vêm de Deus – tratadas como simples coisas, como números de uma estatística! Compreendo e compartilho dessa impaciência, levantando os olhos para Cristo, que continua a convidar-nos a pormos em prática o mandamento novo do amor.
É preciso reconhecer Cristo que nos sai ao encontro nos nossos irmãos, os homens. Nenhuma vida humana é uma vida isolada; entrelaça-se com as demais. Nenhuma pessoa é um verso solto; todos fazemos parte de um mesmo poema divino, que Deus escreve com o concurso da nossa liberdade. (Cristo que passa, 111)
Assembleia da República com mais olhos que Barrigas de Aluguer
Desculpe incomodar! É rápido:
O Parlamento quer aprovar as Barrigas de Aluguer esta semana (na 6ª).
Barrigas de Aluguer?
Simples: alugar uma mulher para "fazer a gravidez" de um filho doutros.
Mete-se o embrião, fica no quentinho, nasce, e... pronto, devolve-se.
(Você já não se espanta com nada, não é?...)
Simples: alugar uma mulher para "fazer a gravidez" de um filho doutros.
Mete-se o embrião, fica no quentinho, nasce, e... pronto, devolve-se.
(Você já não se espanta com nada, não é?...)
Só que não nos deixaram nem discutir.
Ninguém avisou: nem Passos, nem Portas, nem Seguro.
E você pergunta: posso fazer alguma coisa?
Sim. Pode tentar parar.
Escreva aos partidos.
O que quiser. Mas escreva.
E-mails dos grupos parlamentares:
gppsd@psd.parlamento.pt;
gppsdeputados@ps.parlamento.pt;
gppev@pev.parlamento.pt;
gppcpdeputados@pcp.parlamento.pt;
gpcds-ppdeputados@cds.parlamento.pt;
gpbedeputados@be.parlamento.pt
gppsdeputados@ps.parlamento.pt;
gppev@pev.parlamento.pt;
gppcpdeputados@pcp.parlamento.pt;
gpcds-ppdeputados@cds.parlamento.pt;
gpbedeputados@be.parlamento.pt
remententes : J o ã o (Araújo & Silveira)
O mundo, templo de oração
«É possível, mesmo no mercado ou durante um passeio solitário, fazer oração frequente e fervorosa; sentados na vossa loja, a tratar de compras e vendas, até mesmo a cozinhar»
(São João Crisóstomo, De Anna, sermo 4, 6)
(São João Crisóstomo, De Anna, sermo 4, 6)
«NÃO SÃO OS QUE TÊM SAÚDE QUE PRECISAM DE MÉDICO, MAS SIM OS ENFERMOS.» de Joaquim Mexia Alves
Jesus cura o cego - El Greco |
Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira-mar. Toda a multidão ia ao seu encontro, e Ele ensinava-os.
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me.» E, levantando-se, ele seguiu Jesus.
Depois, quando se encontrava à mesa em casa dele, muitos cobradores de impostos e pecadores também se puseram à mesma mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que o seguiam.
Mas os doutores da Lei do partido dos fariseus, vendo-o comer com pecadores e cobradores de impostos, disseram aos discípulos: «Porque é que Ele come com cobradores de impostos e pecadores?»
Jesus ouviu isto e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»
Ao escutar este Evangelho na Missa de Sábado passado, detive-me na frase de Jesus:
«Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»
Fiquei a pensar no médico e na necessidade de a ele recorrer se nos encontramos doentes.
E daí reflecti também que o médico não trata só da doença, mas antes, e talvez prioritariamente, deve tratar da prevenção da doença.
Por isso mesmo, e porque com certeza ninguém quer estar doente, devemos recorrer ao médico, se por qualquer razão percebemos que podemos estar em perigo de contrair uma doença.
Por pequenos sinais, por ligeiros sintomas, percebemos muitas vezes que poderemos estar a ficar doentes e assim, aconselha o bom senso, que rapidamente consultemos um médico, para que possamos iniciar um tratamento que impeça a doença de progredir e até talvez, quem sabe, se não o fizermos, podermos chegar a uma situação de falta de saúde irreversível.
É pensamento mais ou menos aceite, que a doença é uma coisa latente em nós, ou seja, que de alguma forma os “provocadores” de doença estão em nós, e é apenas uma questão de se manifestarem ou não, (às vezes porque estamos mais débeis física ou mentalmente), e a doença acontecer, privando-nos da saúde que todos devemos e queremos ter.
Comparativamente, se há coisa que um cristão reconhece e aceita, é que o pecado o envolve, é que a tentação está sempre presente, e que, por isso mesmo, a queda no pecado é algo que devemos sempre encarar, sobretudo se estamos mais frágeis na fé, mais débeis espiritualmente.
Ora como esta é uma constante da nossa vida, devemos usar das mesmas precauções que usamos para nos defender da doença.
Com efeito, para protegermos a nossa saúde, somos capazes de nos esforçar dando grandes caminhadas, fazendo dietas saudáveis, recusando certas práticas que não são aconselháveis, desistindo até, por vezes, de certos “prazeres” que sabemos são momentâneos, e que acabam por nos conduzir a estados de má disposição e até falta de saúde.
Tomamos vacinas, fazemos exames, por vezes muito incómodos e desagradáveis, mas não deixamos de cuidar da nossa saúde, que amiúde até afirmamos ser o nosso maior bem!
Claro que para fazer tudo isso, despendemos muito do nosso tempo, das nossas posses financeiras, da nossa paciência, em filas de espera, em marcações a longo prazo, e vivemos também uma grande incerteza sobre se o que estamos a fazer é o melhor e, sobretudo, se vai dar resultado.
Voltemos então à comparação com a nossa vida espiritual, e podemos perceber que não dedicamos nem um décimo do nosso tempo e das nossas energias, a precavermo-nos das tentações, a proteger-nos do mal, enfim, a evitarmos a todo o custo cair no pecado.
E no entanto o nosso “médico das almas” está sempre disponível, e os “exames” e “tratamentos” que nos prescreve, são de imediato acesso e não têm nenhum custo financeiro.
Poderemos até dizer, e permitam-me a comparação mais uma vez, que são “genéricos”, no sentido de que servem a todos, e todos lhes têm acesso.
São realmente um “serviço de saúde espiritual mundial”, em que todos são efectiva e rigorosamente iguais na capacidade da sua “utilização”.
E todos os conhecemos, porque o “Médico” é sempre o mesmo e desde logo nos ensinou o que era preciso.
São os exames de consciência, com os respectivos resultados sempre alcançados na Confissão.
São os “comprimidos” da oração individual e colectiva.
São os “alimentos saudáveis”, que é sem dúvida a Comunhão, o alimento divino.
São as “caminhadas” na fé, que nos fortalecem perante os ataques dos desânimos, das provações, dos desesperos.
É a Palavra de Deus, que não tem nenhuma contra-indicação.
São os Sacramentos, “vacinas” poderosíssimas contra as tentações e o mal.
É, no fundo, a presença constante, viva, sensível de Jesus Cristo, o “médico das almas”, que não só está connosco, mas em nós, se assim o desejarmos e quisermos.
E, melhor ainda, porque se estamos precavidos, ou seja, se “usamos” estes “tratamentos” constantemente, no dia-a-dia, então estamos fortes e bem espiritualmente, e se estamos fortes e bem espiritualmente, em comunhão com Deus, as doenças do mundo que nos tocarem, deixam de ser sofrimento, para passarem a ser entrega de amor a Deus, por nós e pelos outros.
Como eu não posso saber se vou contrair alguma doença, vou tentando tudo fazer para que tal não aconteça, seguindo alguns conselhos médicos.
Mas como eu tenho a certeza que sou pecador, tenho também a certeza que vou cair na tentação, que me vou deixar tocar pelo pecado em algum momento da minha vida, por isso, tenho que tentar com todas as minhas forças, todos os dias e em todos os momentos, ouvir as “prescrições” do meu Senhor e seguir os “tratamentos que Ele mesmo sempre nos ensina.
Monte Real, 17 de Janeiro de 2012
Joaquim Mexia Alves em http://queeaverdade.blogspot.com/2012/01/nao-sao-os-que-tem-saude-que-precisam.html
A liberdade religiosa
Foto corresponde à celebração da Santa Missa no dia 01.01.2012 |
(Bento XVI na homilia do Dia Mundial da Paz em 01.01.2011)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934
Escreve: “Que boa coisa é ser criança! – Quando um homem solicita um favor, é preciso que no requerimento junte a folha dos seus méritos. Quando quem pede é um miúdo – como as crianças não têm méritos – basta-lhe dizer: sou filho de Fulano. Ah, Senhor – di-lo com toda a alma! – eu sou filho... filho de Deus!”
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Uma grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia
Santo Ireneu de Lyon (c. 130 - c. 208), bispo, teólogo e mártir
Demonstração da pregação apostólica, 92-95 (a partir da trad. Bouchut. Lectionnaire, p. 297 rev. ; cf SC 62, p. 159)
O próprio Verbo, a Palavra de Deus, diz pela boca do Profeta Isaías que Ele tinha de Se manifestar no meio de nós - com efeito, o Filho de Deus fez-Se filho de homem - e de Se deixar conhecer por nós, que anteriormente O não conhecíamos: «Eu estava à disposição dos que me consultavam, saía ao encontro dos que não me buscavam. Dizia: "Eis-me aqui, eis-me aqui" a um povo que não invocava o meu nome» (Is 65, 1). [...] É também este o sentido daquelas palavras de João Baptista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3, 9). Com efeito, depois de terem sido arrancados pela fé ao culto das pedras, os nossos corações vêem Deus e tornam-se filhos de Abraão, que foi justificado pela fé. [...]
O Verbo de Deus encarnou e habitou entre nós, como afirma São João (Jo 1, 14), Seu discípulo. Graças a Ele, o coração dos pagãos foi mudado por esta nova vocação, e a Igreja dá muitos frutos naqueles que se salvam; e já não é um intercessor como Moisés, nem um mensageiro como Elias, mas o próprio Senhor que nos salva, dando à Igreja mais filhos do que os anciãos davam à sinagoga, como havia previsto Isaías ao dizer: «Regozija-te, estéril, que não tinhas filhos» (Is 54, 1; Gal 4, 27). [...] Deus encontra a Sua felicidade na concessão da Sua herança às nações insensatas, àquelas que não pertencem à cidade de Deus. Agora pois que, graças a este apelo, a vida nos foi dada, e que em nós Deus levou à plenitude a fé de Abraão, não podemos voltar para trás, ou seja, não podemos regressar à primeira legislação, porque recebemos o Senhor da Lei, o Filho de Deus, e pela fé Nele aprendemos a amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos.
Demonstração da pregação apostólica, 92-95 (a partir da trad. Bouchut. Lectionnaire, p. 297 rev. ; cf SC 62, p. 159)
O próprio Verbo, a Palavra de Deus, diz pela boca do Profeta Isaías que Ele tinha de Se manifestar no meio de nós - com efeito, o Filho de Deus fez-Se filho de homem - e de Se deixar conhecer por nós, que anteriormente O não conhecíamos: «Eu estava à disposição dos que me consultavam, saía ao encontro dos que não me buscavam. Dizia: "Eis-me aqui, eis-me aqui" a um povo que não invocava o meu nome» (Is 65, 1). [...] É também este o sentido daquelas palavras de João Baptista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3, 9). Com efeito, depois de terem sido arrancados pela fé ao culto das pedras, os nossos corações vêem Deus e tornam-se filhos de Abraão, que foi justificado pela fé. [...]
O Verbo de Deus encarnou e habitou entre nós, como afirma São João (Jo 1, 14), Seu discípulo. Graças a Ele, o coração dos pagãos foi mudado por esta nova vocação, e a Igreja dá muitos frutos naqueles que se salvam; e já não é um intercessor como Moisés, nem um mensageiro como Elias, mas o próprio Senhor que nos salva, dando à Igreja mais filhos do que os anciãos davam à sinagoga, como havia previsto Isaías ao dizer: «Regozija-te, estéril, que não tinhas filhos» (Is 54, 1; Gal 4, 27). [...] Deus encontra a Sua felicidade na concessão da Sua herança às nações insensatas, àquelas que não pertencem à cidade de Deus. Agora pois que, graças a este apelo, a vida nos foi dada, e que em nós Deus levou à plenitude a fé de Abraão, não podemos voltar para trás, ou seja, não podemos regressar à primeira legislação, porque recebemos o Senhor da Lei, o Filho de Deus, e pela fé Nele aprendemos a amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos.
«Todos os que padeciam de enfermidades caíam sobre Ele para Lhe tocarem»
Santo Afonso-Maria de Liguori (1696-1787), bispo e Doutor da Igreja
5º Discurso para a Novena do Natal (trad. Éds Saint-Paul 1993, p. 76 rev.)
«Dizei a todos os que têm o coração despedaçado: Tomai coragem e não tenhais medo. [...] O próprio Deus virá salvar-vos» (Is35, 4). Esta profecia realizou-se. Seja-me pois permitido gritar de júbilo: Alegrai-vos, filhos de Adão, alegrai-vos; deixai para trás todo o desalento! Perante a vossa fraqueza e a vossa incapacidade de resistir a tantos inimigos, «abandonai todo o receio, o próprio Deus virá salvar-vos». Como é que Ele veio salvar-vos? Dando-vos a força necessária para enfrentar e ultrapassar todos os obstáculos que se opõem à vossa salvação. E como é que o Redentor vos deu essa força? Fazendo-Se fraco, de forte e todo-poderoso que era; Ele tomou sobre Si toda a nossa fraqueza, e comunicou-nos a Sua força. [...]
Deus é todo-poderoso: «Senhor, clamava Isaías, quem resistirá à força do Teu braço?» (40, 10). [...] Mas as feridas feitas no homem pelo pecado tinham-no enfraquecido tanto que ele era incapaz de resistir aos seus inimigos. O que fez o Verbo eterno, o que fez a palavra de Deus? De forte e todo-poderoso que era, tornou-Se fraco; revestiu-se da fraqueza corporal do homem para dar ao homem, pelos Seus méritos, a força de alma necessária [...]; tornou-Se criança [...]; e no fim da Sua vida, no Jardim das Oliveiras, encheu-Se de laços, dos quais não Se pode libertar. No Sinédrio, foi preso à coluna para ser flagelado. Depois, com a cruz aos ombros, caiu várias vezes no caminho com falta de forças. Pregado na cruz, não conseguiu libertar-Se. [...] E nós somos fracos? Ponhamos a nossa confiança em Jesus Cristo e seremos todo-poderosos: «Tudo posso nAquele que me dá força» dizia o Apóstolo Paulo (Fil 4,13). Eu sou todo-poderoso, não pelas minhas forças, mas pelas forças que me foram dadas pelos méritos do meu Redentor.
5º Discurso para a Novena do Natal (trad. Éds Saint-Paul 1993, p. 76 rev.)
«Dizei a todos os que têm o coração despedaçado: Tomai coragem e não tenhais medo. [...] O próprio Deus virá salvar-vos» (Is35, 4). Esta profecia realizou-se. Seja-me pois permitido gritar de júbilo: Alegrai-vos, filhos de Adão, alegrai-vos; deixai para trás todo o desalento! Perante a vossa fraqueza e a vossa incapacidade de resistir a tantos inimigos, «abandonai todo o receio, o próprio Deus virá salvar-vos». Como é que Ele veio salvar-vos? Dando-vos a força necessária para enfrentar e ultrapassar todos os obstáculos que se opõem à vossa salvação. E como é que o Redentor vos deu essa força? Fazendo-Se fraco, de forte e todo-poderoso que era; Ele tomou sobre Si toda a nossa fraqueza, e comunicou-nos a Sua força. [...]
Deus é todo-poderoso: «Senhor, clamava Isaías, quem resistirá à força do Teu braço?» (40, 10). [...] Mas as feridas feitas no homem pelo pecado tinham-no enfraquecido tanto que ele era incapaz de resistir aos seus inimigos. O que fez o Verbo eterno, o que fez a palavra de Deus? De forte e todo-poderoso que era, tornou-Se fraco; revestiu-se da fraqueza corporal do homem para dar ao homem, pelos Seus méritos, a força de alma necessária [...]; tornou-Se criança [...]; e no fim da Sua vida, no Jardim das Oliveiras, encheu-Se de laços, dos quais não Se pode libertar. No Sinédrio, foi preso à coluna para ser flagelado. Depois, com a cruz aos ombros, caiu várias vezes no caminho com falta de forças. Pregado na cruz, não conseguiu libertar-Se. [...] E nós somos fracos? Ponhamos a nossa confiança em Jesus Cristo e seremos todo-poderosos: «Tudo posso nAquele que me dá força» dizia o Apóstolo Paulo (Fil 4,13). Eu sou todo-poderoso, não pelas minhas forças, mas pelas forças que me foram dadas pelos méritos do meu Redentor.
«Os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para Lhe tocarem»
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
Os graus de humildade e de orgulho, cap 3, §§ 6.12
Segui o exemplo de Nosso Senhor, que quis sofrer a Sua Paixão para assim aprender a compaixão, sujeitar-Se à miséria para assim compreender os miseráveis. Tal como «aprendeu a obedecer, sofrendo» (Heb 5,8), quis aprender também a misericórdia. [...] Talvez acheis bizarro o que acabo de dizer de Cristo: Ele que é a sabedoria de Deus (1 Cor 1,24), que tinha Ele a aprender? [...]
Reconheceis que ele é Deus e homem numa só pessoa. Enquanto Deus, é eterno, teve sempre conhecimento de tudo; enquanto homem, nascido no tempo, aprendeu muitas coisas no tempo. Desde que começou a ser na nossa carne, começou também a aprender pela experiência as misérias da carne. Teria sido mais feliz e sábio para os nossos primeiros pais não terem de fazer esta experiência, mas o seu criador «veio procurar aquele que estava perdido» (Lc 19,10). Teve pena da Sua obra e veio procurá-la, descendo misericordiosamente para onde ela tinha perecido miseravelmente. [...]
Não foi simplesmente para partilhar a sua desgraça, mas por empatia com a sua miséria e para os libertar: para Se tornar misericordioso, não como um Deus na Sua felicidade eterna, mas como um homem que partilha a situação dos homens. [...] Maravilhosa lógica de amor! Como teríamos nós podido conhecer esta misericórdia admirável se ela não Se tivesse inclinado sobre a miséria existente? Como teríamos podido compreender a compaixão de Deus se ela tivesse permanecido humanamente estranha ao sofrimento? [...] À misericórdia de um Deus, Cristo uniu pois a de um homem, sem a mudar, mas multiplicando-a, como está escrito: «Tu salvarás os homens e os animais, Senhor. Ó Deus, como fizeste abundar a Tua misericórdia!» (Sl 35, 7-8 Vulg).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Os graus de humildade e de orgulho, cap 3, §§ 6.12
Segui o exemplo de Nosso Senhor, que quis sofrer a Sua Paixão para assim aprender a compaixão, sujeitar-Se à miséria para assim compreender os miseráveis. Tal como «aprendeu a obedecer, sofrendo» (Heb 5,8), quis aprender também a misericórdia. [...] Talvez acheis bizarro o que acabo de dizer de Cristo: Ele que é a sabedoria de Deus (1 Cor 1,24), que tinha Ele a aprender? [...]
Reconheceis que ele é Deus e homem numa só pessoa. Enquanto Deus, é eterno, teve sempre conhecimento de tudo; enquanto homem, nascido no tempo, aprendeu muitas coisas no tempo. Desde que começou a ser na nossa carne, começou também a aprender pela experiência as misérias da carne. Teria sido mais feliz e sábio para os nossos primeiros pais não terem de fazer esta experiência, mas o seu criador «veio procurar aquele que estava perdido» (Lc 19,10). Teve pena da Sua obra e veio procurá-la, descendo misericordiosamente para onde ela tinha perecido miseravelmente. [...]
Não foi simplesmente para partilhar a sua desgraça, mas por empatia com a sua miséria e para os libertar: para Se tornar misericordioso, não como um Deus na Sua felicidade eterna, mas como um homem que partilha a situação dos homens. [...] Maravilhosa lógica de amor! Como teríamos nós podido conhecer esta misericórdia admirável se ela não Se tivesse inclinado sobre a miséria existente? Como teríamos podido compreender a compaixão de Deus se ela tivesse permanecido humanamente estranha ao sofrimento? [...] À misericórdia de um Deus, Cristo uniu pois a de um homem, sem a mudar, mas multiplicando-a, como está escrito: «Tu salvarás os homens e os animais, Senhor. Ó Deus, como fizeste abundar a Tua misericórdia!» (Sl 35, 7-8 Vulg).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 19 de Janeiro de 2012
Jesus retirou-Se com Seus discípulos para o mar, e segiu-O uma grande multidão do povo da Galileia; também da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, da Transjordânia e das vizinhanças de Tiro e de Sidónia, tendo ouvido as coisas que fazia, foram em grande multidão ter com Ele. Mandou aos Seus discípulos que Lhe aprontassem uma barca para que a multidão não O apertasse. Porque, como curava muitos, todos os que padeciam algum mal lançavam-se sobre Ele para O tocarem. E os espíritos imundos, quando O viam, prostravam-se diante d'Ele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». Mas Ele ordenava-lhes com severidade que não O manifestassem.
Mc 3, 7-12
Mc 3, 7-12
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