Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Maria, Regina pacis

Maria, Regina pacis, Rainha da Paz, porque tiveste fé e acreditaste que se cumpriria o anúncio do Anjo, ajuda-nos a aumentar a Fé, a sermos firmes na Esperança, a aprofundar o Amor. Porque é isso que quer hoje de nós o teu Filho, ao mostrar-nos o seu Sacratíssimo Coração. (Cristo que passa, 170)

Característica evidente de um homem de Deus, de uma mulher de Deus, é a paz na alma: tem "a paz" e dá "a paz" às pessoas com quem convive. (Forja, 649).

Não é lícito escudar-se em razões aparentemente piedosas para espoliar os outros do que lhes pertence: Se alguém diz: "Eu amo a Deus" mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Mas também se engana a si mesmo quem regateia ao Senhor o amor e a reverência – a adoração – que lhe são devidos como Criador e nosso Pai; a quem se nega a obedecer aos seus mandamentos com a falsa desculpa de que algum deles é incompatível com o serviço dos homens claramente adverte S. João que nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: Se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque o amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados(Amigos de Deus, 166)

São Josemaría Escrivá

Um Diário de bordo com 2000 anos

Os ventos são contrários e a embarcação avança devagar. Finalmente, chegam a Mira e apanham um navio de Alexandria que vai para Itália: embarcam o centurião, os soldados que levam Paulo e outros prisioneiros e Lucas, que acompanhava Paulo. Foi Lucas quem escreveu o diário de bordo:

«Navegando lentamente vários dias, chegámos a custo à vista de Cnido e, porque o vento nos impedia, passámos a sotavento de Creta, por altura de Salmona. Depois de a termos costeado com dificuldade, chegámos a um lugar chamado Bons-Portos, perto da cidade de Laseia. Decorrido bastante tempo, não sendo já segura a navegação (…), Paulo advertia-os: “Senhores, vejo que a travessia vai decorrer com abalo e grave prejuízo, não só da carga e do barco, mas também das nossas vidas”. Porém o centurião fiava-se mais no piloto e no capitão que nas palavras de Paulo. Como o porto não fosse bom para invernar, a maior parte foi de parecer que se continuasse, para tentar atingir Fenice, porto de Creta abrigado dos ventos de sudoeste e de noroeste, e invernar ali. Principiando a soprar brandamente um vento do sul, julgaram o seu plano seguro e, levantando ferro, iam costeando Creta de mui perto. Contudo, pouco depois, desencadeou-se sobre esta ilha um vento tempestuoso, que se chama Euroaquilão. Com o navio arrastado sem poder resistir ao vento, deixámo-nos levar. Arrojados pela corrente, passámos a sotavento de uma pequena ilha chamada Cauda. Com dificuldade pudemos recolher o escaler. Depois de içado, os marinheiros serviam-se de todos os recursos de emergência para amarrarem o navio em volta. Com receio de ir contra a Sirte, soltou-se a âncora flutuante, indo assim ao sabor das ondas. No dia seguinte, violentamente batidos pela tempestade, os marinheiros alijaram a carga; ao terceiro dia lançaram ao mar, com as próprias mãos, o aparelho do navio. Não aparecendo, durante muitos dias, nem o sol nem as estrelas e continuando a tempestade com violência, foi-se desvanecendo toda a esperança de salvação.

Muito tempo havia que estávamos sem comer, e então Paulo postou-se no meio deles e disse: “Convinha, senhores, terdes seguido o meu conselho de não sair de Creta e evitar perigos e danos. Mas agora exorto-vos a que tenhais coragem, porque nenhum de vós perderá a vida, mas somente o navio será destruído. Porque esta noite apareceu-me o Anjo daquele Deus a quem pertenço e a quem sirvo (…). Portanto, coragem! (…) Temos, porém, de bater numa ilha”. Quando chegou a décima quarta noite, indo nós baloiçados no mar Adriático, a meio da noite, os marinheiros julgaram estar perto de terra. Lançaram a sonda e acharam vinte braças de profundidade; um pouco adiante, encontraram quinze. Com receio de bater nalgum recife, lançaram quatro âncoras da popa e ficaram a suspirar que chegasse o dia. Como os marinheiros tentassem fugir do navio e tivessem arreado o escaler ao mar, com o pretexto de irem largar as âncoras de proa, Paulo disse ao centurião e aos soldados: “Se estes homens não ficarem no barco, não podereis salvar-vos”. Então os soldados cortaram o cabo do escaler e deixaram-no cair. Até ao despontar do dia, Paulo exortava a todos que comessem alguma coisa: “Há 14 dias que estais à espera, sem comer nada (…)”. Dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus em presença de todos (…) e começou a comer. Éramos, ao todo, no navio, 276 pessoas. Depois de saciados, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar. Quando se fez dia, não reconheceram a terra, mas divisaram uma enseada com a sua praia, para a qual pretendiam, se pudessem, impelir o barco. Soltando as âncoras, deixaram-nas cair ao mar e afrouxaram ao mesmo tempo as cordas dos lemes; depois içaram ao vento a vela do artemão, rumo à praia. Tendo, porém embatido num baixio, com mar de ambos os lados, fizeram o barco encalhar. A proa, enterrada, permanecia firme, mas a popa foi-se desconjuntando com a força das vagas. Os soldados resolveram matar os prisioneiros (…), mas o centurião impediu-os e mandou que aqueles que soubessem nadar fossem os primeiros a lançar-se à água e alcançar terra; depois os outros, sobre tábuas ou destroços do barco. E assim chegaram todos sãos e salvos a terra. Já fora de perigo é que soubemos que a ilha se chamava Malta. Os indígenas trataram-nos com invulgar humanidade, pois acenderam uma grande fogueira junto à qual nos recolheram a todos, por causa da chuva que caía e do frio».

O diário conta que Paulo fez coisas extraordinárias em Malta e conclui esta parte da viagem: «Também nos cumularam de honras e, quando embarcámos, forneceram-nos o necessário».

Ainda hoje os malteses, orgulhosos da generosidade dos seus antepassados, todos os anos festejam o naufrágio no dia 10 de Fevereiro. Mas, este ano, com um ingrediente especial. O Papa pediu-lhes uma ideia para toda a Igreja viver com intensidade o Oitavário pela Unidade dos Cristãos que estamos a celebrar (18 a 25 de Janeiro). A sugestão, inspirada numa frase deste diário de bordo, foi: «trataram-nos com muita humanidade».

O diário de bordo pode ler-se nos capítulos 27 e 28 do livro dos Actos dos Apóstolos.
José Maria C.S. André

FELIZ ÉS TU PORQUE ACREDITAS!

«Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.» Lc 1, 45

Há o Dom da Fé, Dom gratuito de Deus aos homens.

Mas se não abrimos o coração a Deus, se não abrimos o coração para acreditar, para que serve o Dom da Fé?

Feliz de ti que acreditaste, porque assim o Dom da Fé se tornou real, vivo e actuante na tua vida.

E se tens Fé, se acreditas que tens esse Dom da Fé, então acreditas em Deus pela Fé, e acreditas que Ele está sempre contigo, porque acreditas em tudo quanto te foi dito pelo próprio Senhor na Sua Palavra.

E se acreditas que Deus está sempre contigo, como podes tu não ser feliz?

Feliz és tu porque acreditas!

E és feliz porque não só acreditas em Deus, como acreditas em tudo o que Ele te disse, acreditas na Sua Palavra e acreditas em tudo quanto te foi dito da parte d’Ele, pela Igreja.

Por isso, porque acreditas, a Palavra é vida para ti, a oração é ânimo para ti, a Eucaristia é alimento para ti, a Igreja é casa de família e caminho seguro para ti e Maria é tua mãe e refúgio em todos os momentos.

Feliz és tu porque acreditas!

Leiria, 23 de Janeiro de 2016

Joaquim Mexia Alves

Nota: Escrito durante a recoleção para Ministros Extraordinários da Comunhão, no Seminário Diocesano de Leiria-Fátima

S. Francisco de Sales – Bispo e Doutor da Igreja – †1622

"Nenhum dos Doutores da Igreja, mais do que São Francisco de Sales preparou as deliberações e decisões do Concílio Vaticano II com uma visão tão perspicaz e progressista. Oferece-nos a sua contribuição pelo exemplo da sua vida, pela riqueza da sua verdadeira e sólida doutrina, pelo facto que abriu e reforçou as veredas da perfeição cristã para todos os estados e condições de vida. Propomos que essas três coisas sejam imitadas, acolhidas e seguidas."

(Paulo VI – 1967)

Formado em Direito e, com todos os requisitos para ser um óptimo advogado, Francisco contrariou os pais ao entrar para o sacerdócio; porém acertou na vocação, porque assim passou a advogar espiritualmente pelo povo de Deus.

Depois de sua ordenação sacerdotal, foi, após algum tempo, ordenado bispo, cuja missão era lidar com os católicos convertidos ao Calvinismo.

Este grande servo de Deus usou de folhetos e de todos os meios possíveis, para, naquela época, consciencializar o povo sobre a doutrina cristã, promovendo encontros, diálogos, palestras e, acima de tudo, por meio do testemunho de vida.

Indo a Genebra, acabou nas mãos dos calvinistas, porém conseguiu ser um pastor sábio e prudente entre eles.